Nazismo ébetsuldireita, define Museu do Holocausto visitado por BolsonarobetsulIsrael:betsul
Em seu site, a instituição traz um breve histórico sobre a ascensão do partido nazista na Alemanha entre guerras.
Ao abordar a situação alemã após o TratadobetsulVersailles, que selou a paz entre as principais potências europeias após a Primeira Guerra, o museu explica que havia um climabetsulfrustração que, "junto a intransigente resistência e alertas sobre a crescente ameaça do Comunismo, criou solo fértil para o crescimentobetsulgrupos radicaisbetsuldireita na Alemanha, gerando entidades como o Partido Nazista".
A classificação do Partido Nazista como parte da direita vaibetsulencontro com opiniões expressadas pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Em um post recentebetsulseu blog, Metapolítica 17, Araújo escreveu que "a esquerda fica apavorada cada vez que ressurge o debate sobre a possibilidadebetsulclassificar o nazismo como movimentobetsulesquerda", explicando que,betsulumbetsulopinião, o nazismo foi um movimentobetsulesquerda.
"Livres dessa inibição, podemos facilmente notar que o nazismo tinha traços fundamentais que recomendam classificá-lo na esquerda do espectro político", escreveu o chanceler, que já havia expresso opiniões semelhantesbetsuloutras ocasiões.
Araújo fez parte da comitiva que acompanhou Bolsonaro na visita ao memorial.
Direita ou esquerda?
A discussão sobre se o movimento nazista alemão teria as mesmas origens do marxismo ganhou fôlego com a polarização do debate político no Brasil.
Mas historiadores entrevistados pela BBC Brasil dizem que há uma "confusãobetsulconceitos" que alimenta o debate e explicam que o movimento se apresentava como uma "terceira via".
"Tanto o nazismo alemão quanto o fascismo italiano surgem após a Primeira Guerra Mundial, contra o socialismo marxista – que tinha sido vitorioso na Rússia na revoluçãobetsuloutubrobetsul1917 –, mas também contra o capitalismo liberal que existia na época. É por isso que existe essa confusão", afirma Denise Rollemberg, professorabetsulHistória Contemporânea da Universidade Federal Fluminense (UFF).
"Não era que o nazismo fosse à esquerda, mas tinha um pontobetsulvista críticobetsulrelação ao capitalismo que era comum à crítica que o socialismo marxista fazia também. O que o nazismo falava é que eles queriam fazer um tipobetsulsocialismo, mas que fosse nacionalista, para a Alemanha. Sem a perspectivabetsulunir revoluções no mundo inteiro, que o marxismo tinha."
A ideiabetsuluma "revolução social para a Alemanha" deu origem ao Partido Nacional-Socialista alemão,betsul1919. O "socialista" no nome é um dos principais argumentos usados nos debatesbetsulinternet que falam no nazismo como um movimentobetsulesquerda, mas historiadores discordam.
"Me parece que isso é uma grande ignorância da História ebetsulcomo as coisas aconteceram", disse à BBC Brasil Izidoro Blikstein, professorbetsulLinguística e Semiótica da USP e especialistabetsulanálise do discurso nazista e totalitário.
"O que é fundamental aí é o termo 'nacional', não o termo 'socialista'. Essa é a linhabetsulforça fundamental do nazismo - a defesa daquilo que é nacional e 'próprio dos alemães'. Aí entra a chamada teoria do arianismo", explica.
'Besteira completa'
Em setembro do ano passado,betsulentrevista ao jornal O Globo, o embaixador alemão no Brasil, Georg Witschel, afirmou ser "uma besteira completa" dizer que o nazismo foi um movimento políticobetsulesquerda. O diplomata afirmou que há amplo consenso entre historiadores alemães e mundiaisbetsulque Hitler liderava uma corrente políticabetsuldireita.
As declaraçõesbetsulWitschel foram dadas depois que a divulgaçãobetsulum vídeo explicativo sobre o nazismo, publicado pela embaixada da Alemanha no Brasil e pelo consulado alemão no Recife (PE), provocou forte reação nas redes sociais no Brasil. Muito brasileiro contestou a representação alemã no país, questionando se o Holocausto realmente existiu e afirmando que o nazismo foi um movimentobetsulesquerda.
Com a legenda "Os alemães não escondem o seu passado. Saiba como se ensina história na Alemanha", o vídeo tem pouco maisbetsulum minutobetsulduração. A ideia era ressaltar a importânciabetsulnão se esquecer os crimes do nazismo entre 1933 e 1945, períodobetsulque o Holocausto levou à mortebetsulcercabetsul6 milhõesbetsuljudeus ebetsul5 milhõesbetsulpessoasbetsuloutros grupos, como homossexuais e ciganos.
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