Tragédiabrabet comcomBrumadinho: familiares descrevem 'alegria e sonhos interrompidos' das vítimas:brabet comcom

Vítimasbrabet comcomBrumadinho

brabet comcom Um inspetor que, mesmo aposentado, continuava trabalhando na barragem da mina do Córrego do Feijão, um funcionário que havia se demitido e foi até a Vale apenas para se despedir dos colegas, e muitos homens e mulheres que planejavam casamentos ou haviam acabadobrabet comcomter filhos.

O rompimento da barragembrabet comcomBrumadinho (MG), no dia 25brabet comcomjaneiro, interrompeu dezenas destas histórias e deixou outrasbrabet comcomsuspenso. Até o momento, são 157 mortos, 182 pessoas desaparecidas e 103 desabrigadas. Já há 134 corpos identificados.

Os bombeiros continuam as buscas na região.

Apesar do longo tempo já passado desde a tragédia, muitas famílias ainda guardam a esperançabrabet comcomque seus entes queridos sejam encontrados - ou, pelo menos, seus corpos, para que possam ser enterrados.

"Não vou me conformar se pararem as buscas", diz Lorena Cota,brabet comcom25 anos, noivabrabet comcomTiago Barbosa da Silva, 30, ainda desaparecido. "Já não estou me conformando com essa situaçãobrabet comcomperder o meu noivo."

Veja abaixo as históriasbrabet comcomalgumas das vítimas:

As faces da tragédiabrabet comcomBrumadinho :brabet comcom

  • Na manhãbrabet comcomsexta-feira (25), quando entrava no carro para ir ao trabalho na Vale, Adail encontrou Juliana Fonseca, que havia sidobrabet comcomprofessora do 5º ano, no pontobrabet comcomônibus. "Ele me disse: 'Bom dia, tia Ju'. Ele entrou na caminhonete e nunca mais o vimos", diz. Ele ainda não foi encontrado.
  • Segundobrabet comcomcunhada, Lorena Cota, Adnilson era "uma pessoa alto astral, que contagiava qualquer lugar onde estivesse". Ele tinha uma bandabrabet comcomsamba, onde tocava cavaquinho. Assim como seu irmão, Tiago Barbosa da Silva, que está desaparecido, ele gostavabrabet comcomtrabalhar na mineradora.
  • "Um amigo deles conseguiu se salvar e disse que almoçou com o Adnilson. Depois, ele foi pra o vestiário", diz Lorena. O corpobrabet comcomAdnilson foi encontrado e sepultado no dia 06brabet comcomfevereiro.
  • Adriano trabalhava havia cinco anos na mina do Córrego do Feijão, como mecânicobrabet comcomuma empresa terceirizada. Moradorbrabet comcomBelo Horizonte, ele viajava até Brumadinho, a 60 km da capital mineira, todos os dias. Casado com Nélia Mary, ele era paibrabet comcomuma garotabrabet comcom16 anos, que está grávida. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Amarina estava dentro do refeitório quando a barragem da mina do Córrego do Feijão se rompeu. "É uma pessoa que gostabrabet comcomuma festa, muito alegre e positiva, carinhosa com os filhos", diz Juliana Fonseca, atual mulher do ex-maridobrabet comcomAmarina, Milton Barbosa. Juntos, eles tiveram Leno,brabet comcom25 anos, Laila,brabet comcom23 anos, e Leticia,brabet comcom22 anos.
  • "Ela também tem duas netinhas, que vão fazer dois anosbrabet comcombreve e chamam pela avó o tempo todo", lamenta Juliana. "As meninas também me chamambrabet comcomvó, mas agora, quando ouço isso, me corta o coração." A casabrabet comcomque Amarina vive com os filhos e netas não foi atingida pela lama, mas não é possível chegar até lá. A Vale alugou uma casa para instalar a família temporariamente. Ela ainda não foi encontrada.
  • Primobrabet comcomGustavo Xavier e Letícia Almeida, que também trabalhavam na mina, André estavabrabet comcomfolga na sexta-feira (25), mas precisou ir à mina para substituir um colega. Ele era paibrabet comcomum garotobrabet comcomtrês anos. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Angélica trabalhava na área ambiental da Vale havia apenas seis meses e comemorou muito a conquista da vaga, conta seu primo, com quem ela moravabrabet comcomBelo Horizonte. Sua família ébrabet comcomGuapé, no sulbrabet comcomMinas, mas ela vivia na capital mineira havia seis anos. É a caçulabrabet comcomtrês irmãos. Angélica é descrita como uma mulher alegre, organizada e amante da natureza: gostavabrabet comcomfazer trilhas nos finsbrabet comcomsemana e estudou ciências biológicas embrabet comcomprimeira faculdade. Estudava engenharia civil.
  • Além do curso e do emprego, também era voluntáriabrabet comcomONGs, onde ajudava a construir casas para pessoasbrabet comcombaixa renda. "Ela estava muito feliz por conseguir conciliar tudo. Era alegre, divertida e gostabrabet comcomfesta", dizbrabet comcomprima Marina. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Motoristabrabet comcomuma empresa terceirizada, Ângelo dirigia um dos ônibus que levava funcionáriosbrabet comcomBelo Horizonte e Contagem para trabalharem na mina do Córrego do Feijão. Trabalhava havia cinco anos para a empresa e fazia várias viagens por dia à Brumadinho. "Na horabrabet comcomque a barragem rompeu, ele estava subindo para almoçar", conta a esposa Zuma Pires.
  • Ela diz que, desde o desastrebrabet comcomMariana (MG)brabet comcom2015, o marido tinha medo da barragem e trabalhava apreensivo. "Era uma tragédia anunciada." Ângelo Gabriel está entre os mortos identificados. Ele e Zuma têm um casalbrabet comcomfilhos.
  • Aroldo é o terceirobrabet comcomuma famíliabrabet comcomoito irmãos. Trabalha na Mina Córrego do Feijão há maisbrabet comcom30 anos, desde que pertencia ainda à Ferteco, posteriormente comprada pela Vale. Está prestes a se aposentar. Sua irmã, Neide Ferreirabrabet comcomOliveira, o descreve como alguém "muito na dele, mas ao mesmo tempo muito brincalhão", e muito dedicado à família. Ele é paibrabet comcomum casalbrabet comcomfilhos, Geovanna,brabet comcom22 anos, e Haroldo Júnior,brabet comcom29 anos, que seguiu os passos do pai e é funcionário da Vale. No dia do rompimento da barragem, o filho correu para o local onde ele estava e entrou na lama para tentar encontrar o pai. A família acredita que Aroldo estavabrabet comcomem contêinerbrabet comcomuma das partes mais baixas da mina, que foi soterrada por até 20 metrosbrabet comcomlama. Ele ainda não foi encontrado.
  • Rodrigues começou a trabalhar na Vale como estagiário há três anos e foi efetivado no ano passado, depoisbrabet comcomse formarbrabet comcomengenhariabrabet comcomprodução. "Ele amou. O sonho dele era entrar lá", conta a mãe, Andresa Oliveira. No último diabrabet comcomcada mês, Bruno vara a madrugada lançando os dados da produção mensal da mina, responsável pela classificação e registro dos tiposbrabet comcomminério. Filho único, ele mora com os pais no municípiobrabet comcomMário Campos, a meia horabrabet comcomBrumadinho. Andresa diz que o mínimo que espera é que as buscas possam encontrar o seu filho, que permanece desaparecido. "Viver esse luto sem o corpo, isso mata a gente", afirma, que pela primeira vez na vida está tomando remédio tarja preta. "É desesperador. E eu e centenasbrabet comcomfamílias estamos vivenciando isso." Seu filho, afirma, ébrabet comcompedra preciosa.
  • Sexta-feira, dia 25, era o primeiro diabrabet comcomDaiane na Vale depoisbrabet comcomsua licença-maternidade. Sua família, a mesmabrabet comcomGustavo Xavier, Letícia Almeida, André Santos e Luciano Rocha, diz que um supervisor pediu que ela voltasse ao trabalho mais cedo, quatro meses após o nascimento do seu primeiro filho, Heitor. A última mensagembrabet comcomDaiane foi uma foto do refeitório enviada à família às 12h20. Ela ainda não foi encontrada.
  • Dirce é descrita pela cunhada, Juliana Fonseca, como uma "mulher muito forte, que criou as quatro filhas sozinha e não faltava o trabalho nem para ir ao médico, porque tinha medo que descontassem do seu salário". Ela trabalhabrabet comcomuma empresa terceirizada e sustentabrabet comcomfamília.
  • "Sempre que me via para baixo, ela me dava conselhos. É uma pessoa perseverante e admirável", diz Juliana. Suas filhas têm 25, 23, 22 e 18 anos. Dirce também tem dois netos e espera o terceiro. De acordo com seu irmão, Milton Barbosa, a empresa para a qual ela trabalha liberou seu último salário para a família, mas nenhum outro tipobrabet comcomajuda. Seu corpo já foi encontrado e sepultado.
  • Djener Paulo começou a trabalhar para a Vale há menosbrabet comcomdois anos. Desde pequeno tinha gosto por tarefas mecânicas. Quando criança, seu hobby era montar e desmontar brinquedos, diz um parente. Montoubrabet comcomcasa uma pequena oficina, onde passava horas. Quando um eletrodoméstico dos pais quebrava, era para Djener que o entregavam. Também gostavabrabet comcomfazer trilhasbrabet comcommoto.
  • Ele estava noivobrabet comcomKetre, com quem namorava havia dez anos. Deixa também seus pais, a costureira Maria das Graças Las Casas e o operadorbrabet comcommáquina Moacir Melo,brabet comcomquem era o único filho. Segundo um familiar, os bombeiros encontraram seu corpo dentro da máquina onde estava trabalhando quando veio a ondabrabet comcomlama.
  • Em seu último diabrabet comcomtrabalho na mina do Córrego do Feijão, Eudes foi morto pelo rompimento da barragembrabet comcomrejeitosbrabet comcomminério. Ex-jogadorbrabet comcomfutebol, ele trabalhava na manutençãobrabet comcomequipamentos industriais e pediu demissão para abrir uma escolabrabet comcomfutebolbrabet comcomBrumadinho.
  • Segundo seus amigos, ele foi à empresa na sexta-feira (25) apenas para se despedir dos colegas. "Ele jogou no timebrabet comcomBrumadinho e era bombrabet comcombola. Era muito conhecido na cidade", disse Milton Barbosa, primobrabet comcomsua esposa. Seu corpo foi sepultado no dia 29brabet comcomjaneiro.
  • Everton trabalhava todos os dias dentro do armazém da Vale. Por isso,brabet comcommulher, a técnicabrabet comcomquímica Nayara Porto, ainda guardava esperançasbrabet comcomencontrá-lo com vida. "Eu conheço o prédio porque já trabalhei na Vale também. Era muito alto, tinha estruturas metálicas fortes. Tenho pra mim que ele pode não ter sido completamente destruído, mas ninguém fala das buscas naquele lugar", diz. Segundo ela, Everton era "só alegria" e tinha o costumebrabet comcompublicar piadasbrabet comcomsuas redes sociais, para entreter os amigos e familiares.
  • Eles estavam juntos havia cinco anos, e ele era pai uma filhabrabet comcom11 anos,brabet comcomum relacionamento anterior. A menina é "a paixão da vida dele", segundo a esposa. Por causa das condições estabelecidas pela Vale para fazer a doaçãobrabet comcomR$ 100 mil a familiaresbrabet comcomdesaparecidos, a mãe da menina recebeu o dinheiro. Nayara, que está desempregada há três anos, não recebeu nenhuma ajuda, mesmo sendo legalmente casada com Everton. "Nunca pensamos na possibilidadebrabet comcoma barragem se romper. Mas ele uma vez me disse: 'Se a barragem um dia arrebentar, nós vamos ser os primeiros, porque estamos bem debaixo'", relembra. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Fernanda está prestes a se formarbrabet comcomPsicologia e, segundobrabet comcomamiga Pollyana Pabola, tem "o coração maior do mundo". "Nós passamos a infância juntas, estudamos juntas, eu namorei com o irmão dela muitos anos. Ela estava cheiabrabet comcomplanos ebrabet comcomsonhos que agora foram interrompidos", disse. Ela ainda não foi encontrada.
  • Francis e seu primo, Luis Paulo Caetano, prestavam serviçobrabet comcommanutençãobrabet comcomtratores para várias empresas, mas estavam na mina da Vale quando a barragem rompeu. A última pessoa a ter contato com um deles foi uma prima, com quem Francis trocou mensagens por volta das 11h. "A gente faz tudobrabet comcomfamília", diz Jessica, irmã mais novabrabet comcomFrancis. No trabalho e no lazer, estão semprebrabet comcomgrupo.
  • "Nos finsbrabet comcomsemana, eles gostambrabet comcomjuntar os amigos para fazer churrasco, beber, conversar", diz ela. Francis é casado com Solange e paibrabet comcomMelissa,brabet comcom5 anos. Os parentes pediram apoio psicológico para ajudar a menina a entender o desaparecimento do pai. "Mas, enquanto a gente não tiver certeza, teremos sempre um fiobrabet comcomesperança", diz Jessica. Ele ainda não foi encontrado.
  • Moradorbrabet comcomBrumadinho, Gustavo havia voltadobrabet comcomférias na quinta-feira. No dia seguinte, acordou atrasado para ir à Vale, onde trabalha há nove anos. Nas horas vagas, participa do grupobrabet comcomjovens da igreja que frequenta e toca violão. Namorando há cinco anos, ele estava construindo uma casa, mas ainda faltava o telhado. Tinha a pesca como umbrabet comcomseus hobbies. Um amigo dele que já foi localizado diz que o viu no refeitório logo antes do rompimento da barragem. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Funcionário da HP e moradorbrabet comcomBelo Horizonte, Helbert trabalhava havia cinco anos na mina do Córrego do Feijão e sonhava ser contratado pela mineradora. "Ele amava trabalhar lá. Tinha planosbrabet comcomfazer faculdade e estava planejando fazer o concurso para trabalhar para a Vale", contabrabet comcommãe, Maria da Gloria. Segundo parentes, ele preferia trabalharbrabet comcomBrumadinho a ficar no escritório da empresa terceirizada na capital mineira. Não cedeu aos apelos da família que lhe havia pedido para pararbrabet comcompercorrer quase 70 km todos os dias para ir ao trabalho. Ele era casado. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Jonis ligou para Aline,brabet comcommulher, às 11h45brabet comcomsexta-feira (25) para saber se ela estava bem. Como seu turno tinha começado às 7h, avisou que sairia para almoçar. Desde então, ela não conseguiu falar com ele. Aline descreve o marido, com quem tem dois filhos, como um homem otimista, positivo e fãbrabet comcomum bom churrasco. Ele trabalhava na Vale há 13 anos. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Na noite anterior ao rompimento da barragem, Leonardo recebeu mensagensbrabet comcomWhatsApp escritas porbrabet comcomfilhabrabet comcomdois anos e meio, Valentiny. Ele iria buscar a menina ebrabet comcommãe, a psicóloga Kenya Jorge, na rodoviáriabrabet comcomBelo Horizonte no dia seguinte. O administrador moravabrabet comcomBrumadinho durante a semana, quando trabalhava para a terceirizada Reframax na mina do Córrego do Feijão.
  • Nos finsbrabet comcomsemana, voltava para a capital mineira para ficar perto da família. Ele tem dois filhos alémbrabet comcomValentiny, e cinco irmãos. "Leonardo é uma pessoa simples, mas que sempre lutou para ter seu lugar ao sol", diz Kenya. "Ele brincava com minha mãe, dizendo que queria ir morarbrabet comcomuma cidade do interior e ter uma pizzaria. Era para isso que trabalhava." Ele ainda não foi encontrado.
  • Primabrabet comcomGustavo, Letícia tornou-se funcionáriabrabet comcomVale há alguns meses, quando trabalhava para uma terceirizada da mineradora. Pouco antesbrabet comcoma barragem se romper, ligou para a babábrabet comcomseu filho,brabet comcomum ano e meio, para saber notícias dele e comentou que estava no refeitório. Quando a família soube que a lama havia engolido boa parte das instalações da empresa na mina, tentou, mas não conseguiu falar com ela. Na última semana, seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Um amigobrabet comcomLuciano, que estava com ele no momento do rompimento da barragem, diz que não o viu mais depoisbrabet comcomsair correndo para escapar da lama. Colegas dele contaram à família que, entre o rompimento e a chegada dos rejeitos ao refeitório, passaram-se apenas 30 segundos. Ele é cunhadobrabet comcomAndré Luiz Santos e ainda não foi localizado.
  • Luis e seu primo, Francis Erick Soares Silva, prestam serviçobrabet comcommanutençãobrabet comcomtratores a diversas mineradoras da região. Entre elas, a Vale. Por acaso era lá que estavam naquela sexta-feira à tarde. Ele é o caçulabrabet comcomtrês irmãos homens,brabet comcomuma famíliabrabet comcomque todos começaram a trabalhar cedo para ajudar os pais. "Desde os dez anos a gente vendia picolé, ajudavabrabet comcomserviçobrabet comcompedreiro", conta o irmão mais velho, Vanderlei Caetano.
  • A família ébrabet comcomNova Lima, mas têm se alternado nas buscas no Córrego do Feijão pelos corpos dos primos. "Meu pai diz que só saibrabet comcomlá depois que encontrar o corpo dele. Queremos enterrar eles com dignidade", afirma Vanderlei. Luis Paulo pratica jiu-jitsu, gostabrabet comcomviajar e é "muito brincalhão", segundo o irmão. Ele ainda não foi encontrado.
  • Formadobrabet comcomadministraçãobrabet comcomempresas, Marlon trabalhava no centro administrativo da Vale havia cercabrabet comcomdois anos, diz seu irmão, Marcone. Era casado e deixa uma filhabrabet comcomdois anos. Por causabrabet comcomuma doença na infância, tinha uma perna maior que a outra, mas isso não o impediabrabet comcomjogar futebol com os amigos e parentes. Às 12h29, uma amiga enviou uma mensagem para o celular dele, mas Marlon não respondeu. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Olavo era conhecido como alguém calado e que "só falava o necessário", segundo Milton Barbosa, que trabalhou com ele durante anos na Vale. "Nas horasbrabet comcomfolga dele, adorava uma pescaria, postava fotos da pescaria. Era caladão, mas uma pessoa muito amiga", diz.
  • Conhecido como Lau, ele ainda trabalhava na mina do Córrego do Feijão, fazendo inspeção justamente na barragem 1, que se rompeu. Deixou três filhos e a esposa. Seu corpo foi sepultado no dia 4brabet comcomfevereiro.
  • Ramon trabalhava na Vale havia quase dez anos, no centro administrativo da minabrabet comcomBrumadinho. A última pessoa a ter contato com ele foi um amigo, para quem Ramon mandou uma mensagembrabet comcomWhatsapp às 12h27. A resposta do amigo, no minuto seguinte, já não foi entregue. Ele era casado e paibrabet comcomuma meninabrabet comcomcinco anos, cujo aniversário seria comemorado no sábado (26). No dia anterior ao rompimento da barragem, Ramon havia tirado folga para passar o dia com a menina. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Trabalhava no setor administrativo da Vale havia quase quatro anos. Moravabrabet comcomBrumadinho com a mãe e quatro irmãos. Segundobrabet comcommãe, Sirlene, era um rapaz alegre, tranquilo e que preferia estar perto da família. Sirlene diz que ele gostavabrabet comcomtrabalhar na Vale e nunca mencionou ter medo da barragem. Umbrabet comcomseus irmãos, que é funcionáriobrabet comcomuma terceirizada da mineradora, foi encaminhado na manhãbrabet comcomsexta (25) para outro setor e escapou da ondabrabet comcomlama. O corpobrabet comcomRangel foi encontrado e identificado.
  • Na noitebrabet comcomquinta-feira (24), Rodrigo visitou a tia, Eva Xavier, para conversar. Ele saiubrabet comcomsua casa às 20h, porque iria para a Vale por volta das 5h no dia seguinte. "Naquela noite, ele estava tranquilo e alegre. Mas ele sempre foi extrovertido. Gostabrabet comcompescar, toca violão, é muito farrista", diz Eva. Rodrigo era casado e paibrabet comcomquatro filhos,brabet comcom17, 15, 13 e 10 anos. O corpo dele já foi sepultado.
  • Um "bom dia" no grupobrabet comcomWhatsapp é a última mensagem que a famíliabrabet comcomRogério recebeu dele, na sexta-feira (25) pela manhã. Depois do rompimento da barragem, os familiares descobriram que Rogério conseguiu salvar o irmão, Ronaldo, que também trabalhava na Vale como motoristabrabet comcomcarga. "Ronaldo desceu para almoçar e encontrou com Rogério, que avisou que o refeitório estava cheio, e ainda brincou: 'Não dá prejuízo para a Vale. Vai descarregar esse caminhão, depois você volta'", conta a irmã dos dois, Rosângela Melo.
  • Do alto, ainda no caminhão, Ronaldo viu o momentobrabet comcomque a barragem se rompeu. Rogério continua desaparecido. "Ele gostabrabet comcomdançar essas músicas mais antigas, Michael Jackson, Queen. É meio estourado, mas carinhoso e amoroso", descreve Rosângela. Ele é casado com Rosemeire Laje e tem duas filhas: Daniela,brabet comcom26 anos, e Carolina,brabet comcom23 anos.
  • Motorista por toda a vida, Sebastião era funcionáriobrabet comcomuma empresa terceirizada contratada pela Vale havia 13 anos. A maioriabrabet comcomsuas viagens aconteciam dentrobrabet comcomMinas Gerais, com exceçãobrabet comcomalgumas para São Paulo ou Riobrabet comcomJaneiro. O Rio era seu destino na quarta-feira, quando foi avisadobrabet comcomque os planos tinham mudado. Estariabrabet comcomBrumadinho na sexta.
  • Sebastião tem três filhas e uma neta que é "extremamente apegada nele", nas palavras da mãe da menina, Gisele. A criança,brabet comcomtrês anos, passou o domingo perguntando pelo avô, que, entre outras coisas, a ajudava a mexer no tablet. Muito presente na vida da família, ele morava perto das filhas,brabet comcomBetim. Costumava fazer viagens curtas e saíabrabet comcommadrugada para voltar para casa no mesmo dia. Seu corpo foi encontrado e identificado.
  • Sirley era secretária municipalbrabet comcomAção Socialbrabet comcomBrumadinho e professora na universidade local. Ela foi velada sob forte comoção. A advogada viviabrabet comcomum sítio próximo à sede da Vale, que foi fortemente atingida pelos rejeitos da barragem. Um bombeiro que fazia um serviço hidráulico embrabet comcomcasa no momento do rompimento diz que gritou para avisá-la, mas ela não conseguiu sobreviver ao marbrabet comcomlama. Sua irmã, Sirlenebrabet comcomBrito Ribeiro, acredita que ela poderia ter sobrevivido caso a sirenebrabet comcomemergência da barragem tivesse tocado.
  • No próximo mêsbrabet comcomsetembro, Tiago ebrabet comcomnamorada, Lorena Cota,brabet comcom25 anos, comemorariam seis anos juntos. Pouco tempo atrás, ele tinha comprado uma casa para onde eles se mudariam depois do casamento, planejado para maiobrabet comcom2020. "Nós conversamos na sexta pela manhã, por voltabrabet comcom6h30, quando ele estava indo trabalhar. Estávamos planejando nosso fimbrabet comcomsemana juntos", diz Lorena.
  • Ela descreve o namorado como alguém carinhoso, responsável e humilde, que tinha uma relação próxima com a mãe, Cleonice,brabet comcom65 anos. Ele era irmãobrabet comcomAdnilson da Silva do Nascimento, que morreu após o rompimento da barragem. Os corposbrabet comcomambos já foram sepultados.
  • Há poucos meses, Wesley foi demitido da Vale, mas "levou numa boa", segundobrabet comcomirmã, Pollyana Pabola. Logo depois, ele voltou a trabalhar na mina do Córrego do Feijão, empregado por uma terceirizada. Para trabalharbrabet comcomBrumadinho, ele morava com os pais durante a semana e, nos finsbrabet comcomsemana, percorria cercabrabet comcom42 km para ficar com a mulher e a filhabrabet comcomcinco anos na cidadebrabet comcomContagem. "Só temos foto dele sorrindo, é uma pessoa muito divertida e tranquila", diz Pollyana. O corpo dele foi sepultado no dia 8brabet comcomfevereiro.

*Com reportagembrabet comcomAmanda Rossi, Camilla Costa, Fernanda Odilla, Ingrid Fagundez, Luiza Franco e Júlia Carneiro

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