Tragédiabetesporte bonusBrumadinho: o que são liquefação e 'piping', os dois principais problemasbetesporte bonusbarragens no Brasil:betesporte bonus
As causas da tragédia na região metropolitanabetesporte bonusBelo Horizonte onde atuava a mineradora Vale,betesporte bonusacordo com a própria empresa, ainda estão sendo apuradas.
'O que era pastoso vira líquido'
Segundo Gama, a mudançabetesporte bonusfase do rejeito que caracteriza a liquefação se dábetesporte bonusdecorrênciabetesporte bonusvibrações no terreno - sismos induzidos que podem ser resultado, porbetesporte bonusvez,betesporte bonusalguma instabilidade no alicerce sobre o qual a barragem está construída.
O professor destaca, nesse sentido, a presença das cangas que recobrem parte do solo do quadrilátero ferríferobetesporte bonusMinas.
Esses afloramentosbetesporte bonusrochas ferruginosas muitas vezes abrigam, alémbetesporte bonusuma biodiversidade única, grutas e cavernas que poderiam favorecer as situaçõesbetesporte bonusinstabilidade às quais o especialistabetesporte bonusgeotecnia se refere.
Em um artigo que defende a preservação do ecossistema das cangas, os biólogos Claudia Maria Jacobi, Flávio Fonseca do Carmo, Felipe Fonseca do Carmo e Iara Christinabetesporte bonusCampos afirmam que cercabetesporte bonus20% das cavernas catalogadas no Brasil ocorrem nos geossistemas ferruginosos.
As lamas das barragensbetesporte bonusrejeito construídas no Brasil são densas, úmidas e bastante heterogêneas - suas característicasbetesporte bonusdeterminado ponto da estruturabetesporte bonuscontenção podem ser bem diferentes das verificadasbetesporte bonusoutro.
Assim, diantebetesporte bonusuma perturbação física, "o que era pastoso vira líquido", diz Gama, que já se aposentou e segue dando aulas na UFMG como professor voluntário.
Por essa razão, ele ressalta, as barragensbetesporte bonuscontenção precisam ser monitoradas constantemente e "muito instrumentadas", com a melhor tecnologia possível para avaliarbetesporte bonustempo realbetesporte bonussituação, como "um paciente no CTI", ilustra.
'Piping': infiltração no terreno
Outro problema recorrente nas barragensbetesporte bonusrejeito, que danificabetesporte bonusestrutura e favorece rompimentos, é o aparecimentobetesporte bonuscanais dentro da estruturabetesporte bonuscontenção - mais uma vez, um reflexo da característica heterogênea da lama.
"São formados pequenos funis, por onde a água acaba circulando", explica Gama.
Esse processobetesporte bonuserosão interna é muitas vezes agravado por falhas nos sistemasbetesporte bonusdrenagem. Por conta do peso e da pressão da lamabetesporte bonusrejeitos sobre o fundo da estrutura, "os filtros são amassados e ficam muitas vezes entupidos".
Quanto maior o acúmulobetesporte bonuságua, mais instável fica a estrutura e maior é a probabilidadebetesporte bonusruptura da contenção.
O professor pondera que, no caso das barragens construídas no Brasil, muitas da décadabetesporte bonus1950, o rejeito que entrava no início da operação era mais granular, mais resistente ao chamado cisalhamento - que grosso modo, significa a deformação da estrutura.
A argila, que apresenta maior dificuldadebetesporte bonussedimentação, foi sendo incluída com o tempo - o que poderia indicar, por exemplo, que a estrutura inicial das barragens não estava totalmente preparada para receber esse tipobetesporte bonusmaterial.
"Eu tenho 66 anosbetesporte bonusidade, mestrado e doutorado, e acho que entendo um poucobetesporte bonusgeotecnia (ramo que une a geologia e a engenharia e que estuda o comportamento do solo e das rochas). Qualquer pessoa que trabalhe fazendo segurançabetesporte bonusbarragembetesporte bonusrejeito deveria ter no mínimo mestrado - mas, hojebetesporte bonusdia, um curso técnicobetesporte bonus40 horas já habilita (legalmente) alguém pra fazer isso", critica o professor.
As barreiras a montante - e seu 'descomissionamento'
Um ponto comum a praticamente todos os casos mais recentesbetesporte bonusrompimentosbetesporte bonusbarragem no Brasil é o fatobetesporte bonusque elas eram construídas a montante.
Nessas estruturas, a barragem vai crescendo "para dentro": após a edificaçãobetesporte bonusum primeiro dique para represar o material, o segundo é erguidobetesporte bonusparte sobre a estrutura do primeiro ebetesporte bonusparte sobre o que já está depositado na barragem, e assim por diante.
No método a jusante, considerado mais seguro, os diques são empilhados no sentido contrário - eles vão avançando sobre o terreno, e não sobre os rejeitos que já estão depositados.
Já há muito tempo se sabe que o método a montante é o mais críticobetesporte bonusrelação à segurança. Ele é, contudo, mais barato e mais rápido.
No dia 29betesporte bonusjaneiro, a Vale anunciou que irá "descomissionar" todas as suas barragens a montante - que hoje são 10, todas localizadasbetesporte bonusMinas Gerais - nos próximos três anos. Segundo o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, isso significa esvaziá-las ou reintegrá-las ao meio ambiente.
O professor Evandro Gama alerta, contudo, que esse processo não é simples. Para tirar a lama do sistemabetesporte bonuscontençãobetesporte bonusrejeito, por exemplo, pode ser necessário dragar e escavar ao mesmo tempo, por causa da consistência do material.
Não se sabe também, ele acrescenta, se as bombasbetesporte bonusdragagem que operam no país teriam força suficiente pra puxar a massa densa encontrada nas barragens.
Nos últimos 14 anos, o professor tem se dedicado a pesquisar métodosbetesporte bonusrecuperaçãobetesporte bonusrejeitosbetesporte bonusmineração - como a fabricaçãobetesporte bonuscimento a partir da argila encontrada nesses materiais - justamente por acreditar que as barragens devem ser "depósitos temporários", e não permanentes.
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