Extrema-direita e extrema-esquerda se beneficiampromocode1xbetgreve dos caminhoneiros, diz Meirelles:promocode1xbet

Henrique Meirelles

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'Existem grupos políticos infiltrados lá (entre os caminhoneiros), que estão interessadospromocode1xbetcriar problemas, desestabilizar o governo', diz Meirelles

A seguir, trechos da entrevista concedida à BBC Brasil.

promocode1xbet BBC Brasil - O que o senhor achou da negociação do governo com os caminhoneiros - que no, fim das contas, culminoupromocode1xbetum subsídio para o setorpromocode1xbetquase R$ 10 bilhões e, até o momento, não conseguiu colocar fim às paralisações?

promocode1xbet Henrique Meirelles - Em primeiro lugar, estamos falandopromocode1xbetuma diminuiçãopromocode1xbetimpostos, não é um subsídio no sentido clássico, que é quando o governo vai transferir recursos para um setor. O que existe é uma diminuiçãopromocode1xbetimpostospromocode1xbetum produto que tempromocode1xbetfato uma carga tributária muito elevada.

Em segundo lugar, dos R$ 9,5 bilhões que está se falando, existe espaço na meta fiscal para isso. Foram feitas contençõespromocode1xbetdespesas, inclusive quando estávamos lá (à frente do Ministério da Fazenda), cortes muito fortes, exatamente para prevenir e abrir espaço para determinada contingência como essa. Portanto, será uma diminuiçãopromocode1xbetimpostos, mas a meta será cumprida porque existiapromocode1xbetfato esse espaço disponível no orçamentopromocode1xbet2018.

promocode1xbet BBC Brasil - É a chamada margempromocode1xbetprovisãopromocode1xbetriscos?

promocode1xbet Meirelles - Exatamente. (Os R$ 9,5 bi) ocupam boa parte dessa margem. Mas não é só a margem, algumas despesas foram menores do que o previsto e a arrecadação, eu acho, vai surpreender. A arrecadaçãopromocode1xbetabril foi a maior desde 2014 (impulsionada pelo aumento do petróleo), surpreendendo todo mundo.

Tudo isso dá condições para se acomodar esses R$ 9,5 bilhões. O restante, os R$ 4 bilhões adicionais que são aí responsáveis pelos R$ 0,16promocode1xbetdiminuição do preço (Pis/Cofins e Cide), é simplesmente uma diminuiçãopromocode1xbetpreço e uma diminuiçãopromocode1xbetarrecadação.

Mulherpromocode1xbetprotesto a favor da grevepromocode1xbetcaminhoneirospromocode1xbetSão Paulo no dia 28promocode1xbetmaio

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'A extrema esquerda se beneficia pela insatisfação da população e a extrema direita se beneficia pela indignação e pelo desejopromocode1xbetque possa criar atividades agressivas', diz Meirelles a respeito da paralisaçãopromocode1xbetcaminhoneiros; cartaz acima diz, exibidopromocode1xbetprotesto na Av. Paulista,promocode1xbetSão Paulo, diz,promocode1xbetinglês: 'Nós brasileiros exigimos intervenção militar urgente'

No caso que estamos falando sobre substituição é visando criar receitas que substituam esses R$ 4 bilhões, e aí tem que aguardar o desfecho da votação pela Câmara e depois pelo Senado do projetopromocode1xbetreoneração ou a criaçãopromocode1xbetum outro imposto que venha a substituir isso. Não será pra mim uma surpresa muito grande se o próprio aumento da arrecadação já resolver uma boa parte do problema.

promocode1xbet BBC Brasil - Então está na mesa a possibilidade da criaçãopromocode1xbetum novo imposto para fazer frente a esses custos?

promocode1xbet Meirelles - Sim.

promocode1xbet BBC Brasil - Há dois anos, quando o senhor entrou na Fazenda, havia uma grande pressão para que a CPMF não voltasse. Isso está no horizonte agora?

promocode1xbet Meirelles - Olha, eu não estou considerando a hipótesepromocode1xbetser criada a CPMF, acho que pode ser algum outro tipopromocode1xbettributo.

Na realidade é uma redistribuição, você tira o imposto deste produto (combustível) que é o essencial, influencia todos os custos da economia, e, eventualmente tributa algum outro artigopromocode1xbetconsumo, etc.

Agora, vai depender da não aprovação da reoneração, que já está bem avançada e é muito provável que seja aprovada.

promocode1xbet BBC Brasil - Muito embora não se saiba ainda reoneraçãopromocode1xbetque setores, não é?

promocode1xbet Meirelles - Não, esse é um acordo que foi feito ontem à noite (domingo), foi anunciado hojepromocode1xbetmanhã. Então eu acho que,promocode1xbetprimeiro lugar, não se pode começar a falarpromocode1xbetoutro imposto, discutir outro imposto sendo que existe a possibilidade grandepromocode1xbetser aprovada a reoneração da folha. Se, o que eu não acho provável, isso não passar no Congresso, aí tem que pensarpromocode1xbetoutro imposto.

promocode1xbet BBC Brasil - O senhor diz que não se tratarpromocode1xbetum "subsídio clássico", mas a medida está diminuindo carga tributáriapromocode1xbetum setor e aumentando para outro, não é?

promocode1xbet Meirelles - Não, não. Isso aí nós estamos falando dos R$ 4 bilhões. O que eu disse que não é o subsídio clássico são os R$ 9,5 bilhões, esses não têm imposto pra substituir.

promocode1xbet BBC Brasil - Então os R$ 4 bilhões seriam subsídios?

promocode1xbet Meirelles - Não, é a substituiçãopromocode1xbetum imposto por outro, não é um subsídio porque a carga tributária fica a mesma. Seria subsídio clássico se o governo fosse, por exemplo, pagar a Petrobras para colocar um preço abaixo do custo. Não é o caso. É a retiradapromocode1xbetum impostopromocode1xbetum produto e uma oneração da folhapromocode1xbetpagamento, que é outro imposto.

promocode1xbet BBC Brasil - No domingo, o senhor estevepromocode1xbetconversa com o presidente Michel Temer e logo depois saiu esse acordo. O senhor advogou pelo acordo que foi feito?

promocode1xbet Meirelles - Eu acredito que é muito importante, foi muito importante fazer o acordo.

promocode1xbet BBC Brasil - Nesses moldes,promocode1xbetaceitar praticamente toda a pauta dos caminhoneiros?

promocode1xbet Meirelles - Foi feita uma negociação e foi feito um acordo necessário.

O que é importante para o governo não é necessariamente o que está se pedindo ou não, é se há espaço para fazer isso (cortar Cide e Pis/Cofins) ou não.

Michel Temer

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'Existem diversos líderes importantes que estão acusados - do MDB, mas tambémpromocode1xbetoutros partidos grandes', afirma o ex-ministro, quando questionado sobre o ônus das acusações que pesam contra o MDB sobrepromocode1xbetcandidatura

Segundo, esta greve estava já causando a desativaçãopromocode1xbetlinhaspromocode1xbetproduçãopromocode1xbetindústrias, isso estava começando a prejudicar seriamente a atividade econômica. Se continuasse, nós teríamos uma queda da atividade, uma queda do PIB, aumento do desemprego e quedapromocode1xbetarrecadação. Isso é inaceitável para a sociedade.

Uma quedapromocode1xbetarrecadação (a partir) desse impasse poderia ser maior do que o custopromocode1xbetresolver o problema.

promocode1xbet BBC Brasil - O governo errou na condução desse processo, deixando a greve se alongar?

promocode1xbet Meirelles - Não, eu acho que chegou a uma conclusão. E já está feito o acordo.

promocode1xbet BBC Brasil - É, mas antes tentaram-se outros remédios até que o senhor fosse chamado pelo Planalto.

promocode1xbet Meirelles - Tudo bem, eu acho que o que importa é o resultado, acreditopromocode1xbetuma políticapromocode1xbetresultados. O fato é que vamos ver agora se vai se conseguir superar esse impasse, apesarpromocode1xbetque eu acho que tem um componente político nessa greve também, além do fato que houve mesmo um aumento promocode1xbetcusto, etc.

Primeiro componente político: existem grupos políticos infiltrados lá (entre os caminhoneiros), que estão interessadospromocode1xbetcriar problemas, desestabilizar o governo, criar um sentimento ruim na sociedade, criar dificuldade para a população para ver se a população com isso votapromocode1xbetuma forma a privilegiar os extremos na eleição, seja a extrema-esquerda, seja a extrema-direita.

A extrema-esquerda se beneficia pela insatisfação da população, e a extrema-direita se beneficia pela indignação e pelo desejopromocode1xbetque possa criar atividades agressivas. Acho que tudo isso está sendo enfrentado, tem que ser enfrentado e resolvido porque os prejuízos para o Brasil serão muito grandes.

promocode1xbet BBC Brasil - Nesse momento, temos ainda maispromocode1xbet500 pontospromocode1xbetrodovias paradas, e o senhor está dizendo que seria um custo alto se isso se mantivesse. Há mesmo no horizonte a perspectivapromocode1xbetque isso vá acabar agora?

promocode1xbet Meirelles - Não, eu acho que existe, como eu falei, interessepromocode1xbetalguns grupos, sejapromocode1xbetextrema-esquerda, sejapromocode1xbetextrema-direitapromocode1xbetcontinuar com esse processo.

Mas acho que hoje eles começam cada vez mais claramente a estar trabalhando contra a sociedade, contra a população. E agora compete ao governo tomar uma atitude firme e usar as forçaspromocode1xbetsegurança para desbloquear as rodovias. A Justiça já mandou desbloquear. O que tem que fazer agora é aplicar a lei.

promocode1xbet BBC Brasil - Como o senhor responde à críticapromocode1xbetque o governo Temer tem um discurso muito fortepromocode1xbetausteridade fiscal, mas que cede a pressõespromocode1xbetsetores organizados, como aconteceu com o reajuste dos servidorespromocode1xbet2016, 2017, e agora com os caminhoneiros?

promocode1xbet Meirelles - Muito simples. Em relação aos servidorespromocode1xbet2016, eram acordos assinados e protocolados com a categoria e o governo da Dilma Rousseff. Então o governo Temer apenas cumpriu os acordos, que tinha que cumprir. Não podia começar o governo descumprindo acordo assinado, então isso não foi uma decisão.

Agora, o prolongamento dessa crise levaria a prejuízos inclusive fiscais maiores do que o custopromocode1xbetresolver a crise. A queda da arrecadação seria maior do que resolver a crise, sem falar do problema social, custopromocode1xbetemprego e renda da população.

promocode1xbet BBC Brasil - Essa greve conseguiu apoiopromocode1xbetdiversos setores da população, talvez por antipatia ao governo Temer, que é recordistapromocode1xbetimpopularidade. Sua candidatura foi lançadapromocode1xbetmeio à crise, talvez não houvesse momento pior para quepromocode1xbetcampanha fosse oficializada. Como vê o momento e a carga que terá que carregar?

promocode1xbet Meirelles - Em primeiro lugar eu acho um excelente momento para lançar a campanha, não poderia ser melhor.

A campanha foi lançada antes, na terça-feirapromocode1xbetmanhã, a crise começou mais tarde, ao longo da terça, durante o correr do dia ficou claro que havia o problema. Eu acho muito bom para a candidatura porque dá ainda um motivo, uma base ainda maior para esse movimento que começa a crescer cada vez mais com esse lemapromocode1xbetcampanha que é: "quando o Brasil tem problemas, chama o Meirelles!"

promocode1xbet BBC Brasil - Foi isso o que o Temer fez no domingo, chamou o Meirelles?

promocode1xbet Meirelles - (risos) Eu não comento conversas com o presidente da República. Mas dito isso, essa ideia do "chama o Meirelles" circulou muito mais, viralizou, e foi uma coisa que surgiu espontaneamente, não foi criaçãopromocode1xbetmarqueteiro,promocode1xbetpesquisas qualitativas.

O que eu acho importante é sinalizar que temos um problema. No fundo, o que a população está simpatizando não é com o caminhoneiro, e no Brasil há muito pouco caminhoneiro independente, estamos falandopromocode1xbetempresas transportadoras. Então dizer que o brasileiro tem simpatia por um setor empresarial específico, não existe isso. O que há é que ninguém gostapromocode1xbetaumentopromocode1xbetpreço. Como ninguém gostapromocode1xbetinflação.

Paralisaçãopromocode1xbetcaminhoneirospromocode1xbetSão Paulo

Crédito, EPA

Legenda da foto, 'Uma quedapromocode1xbetarrecadação (a partir) desse impasse poderia ser maior do que o custopromocode1xbetresolver o problema', diz Meirelles, ao defender solução do governo para grevepromocode1xbetcaminhoneiros

Para isso, existem duas questões: baixar artificialmente o custo do petróleo não existe, porque isso é um preço internacional. O governo anterior subsidiou com um custo fiscal enorme. E isso foi uma das coisas que ajudaram a criar o problema da recessão. Então a Petrobras tem uma políticapromocode1xbetpreço independente que tem que continuar. E os preços internacionais do petróleo ninguém controla.

Agora, a carga tributária (brasileira) é muito elevada. Então eu acho que tem que se fazer reformas fundamentais: a da Previdência, a tributária, visando diminuir as despesas públicas.

promocode1xbet BBC Brasil - A reforma da Previdência é um assunto bastante impopular, tanto que o governo Temer não conseguiu tocá-la como o senhor defendia. Como vai conseguir ganhar a eleição com a cargapromocode1xbetimpopularidade do presidente e chegar a conseguir implementar essa reforma da Previdência, caso assuma?

promocode1xbet Meirelles - Vamos separar as duas coisas. A reforma da Previdência é,promocode1xbetfato, controversa, mas o que é necessário é, passando esse ambiente eleitoral, polarizado, esclarecer a população.

A segunda questão,promocode1xbetpopularidade ou não do governo, acho que é uma questãopromocode1xbetesclarecimento. No meu caso específico, por exemplo, as pesquisas qualitativas que fizemos mostram que, no momentopromocode1xbetque o eleitor conhece minha história, a intençãopromocode1xbetvoto aumenta dramaticamente.

promocode1xbet BBC Brasil - Por que dissociapromocode1xbetimagem do presidente Temer?

promocode1xbet Meirelles - Não é que dissocia. Eu tive a maior parte da minha vida no setor privado, fui presidentepromocode1xbetuma grande organização internacional, sediada nos Estados Unidos.

Voltei para o Brasil, me candidatei a deputado federal, fui eleito, a maior votação da história do Estado, mas fui presidente do Banco Central do governo Lula, durante 8 anos. E o Brasil cresceu. Quando eu saí, o Brasil entroupromocode1xbetcrise.

O presidente Temer me convidou, voltei para o governo, o Brasil volta a crescer.

Então, no momentopromocode1xbetque os eleitores têm condiçõespromocode1xbetver esse meu histórico, a reação épromocode1xbetque "aqui está uma pessoa que vai ao governo para servir o país, não grupos políticos, e que obtém resultados".

promocode1xbet BBC Brasil - Como o senhor vê as críticas ao MDB,promocode1xbetser um partido fisiológico, adepto da política do toma lá da cá?

promocode1xbet Meirelles - Essa é a mais fácil. Todos os partidos têm políticos importantes que estão sendo acusados. Muitos deles,promocode1xbetoutros partidos, inclusive condenados.

Por exemplo: o líder máximo do PT (Lula) está detido. Os ex-tesoureiros do partido estão condenados. Têm direitopromocode1xbetdefesa. Todos têm direito e estão exercendo o direitopromocode1xbetdefesa, legítimo.

Agora, existem acusações contra políticos do PSDB. Um ex-presidente do partido também está detido, condenado (o ex-governadorpromocode1xbetMinas Gerais Eduardo Azeredo). Continua se defendendo, apelando, etc. Existem diversos líderes importantes do partido que estão acusados - do MDB, mas tambémpromocode1xbetoutros partidos grandes.

O que eu quero dizer é o seguinte: isso é algo que está acontecendopromocode1xbettodo o país, não é uma questão específica do MDB. Além do mais, no meu caso, não existe nenhum problema (acusações).

promocode1xbet BBC Brasil - Isso não pode acabar sendo um ônus para apromocode1xbetcandidatura, já que essa deve ser mais uma eleiçãopromocode1xbetque se vai contrapor a política tradicional a uma "nova política"?

promocode1xbet Meirelles - Acho que o contrário. Eu não sou político eleito, tá certo?

promocode1xbet BBC Brasil - Foi eleito deputado.

promocode1xbet Meirelles - Fui eleito, não assumi (risos). Fui convidado pelo ex-presidente Lula pra ser o presidente do Banco Central e assumi. Renunciei ao mandato antespromocode1xbetassumir.

Acho que tem congressistas muito competentes, muito sérios. O Congresso tem aprovado coisas muito importantes para o Brasil. Só pra deixar isso claro.

promocode1xbet BBC Brasil - O MDB esteve uma única vez como cabeçapromocode1xbetchapa,promocode1xbet89, com um nome histórico do partido, Ulysses Guimarães, e, depois disso, foi governopromocode1xbettodas as disputas. Como que o eleitor que cogite seu nome pode ter segurançapromocode1xbetque seu partido não vai eventualmente rifá-lo para apoiar quem vai ganhar e compor o governo, como costuma fazer?

promocode1xbet Meirelles - Em primeiro lugar, é importante dizer, o saudoso Ulysses Guimarães, homem muito honrado, grande líder brasileiro, enfrentou um problema. Ele era do partido que estava no governo.

promocode1xbet BBC Brasil - Bastante parecido com o seu problema.

promocode1xbet Meirelles - Não, não é. E eu vou te dizer por que. É o oposto. Naquela época nós tínhamos uma hiperinflação. A inflação que o Brasil tevepromocode1xbet2017, naquela época era a inflaçãopromocode1xbettrês dias. Nós vivemos uma hiperinflação que foi talvez a mais longa da História da humanidade. O Brasil viveu uma crise econômica profunda.

Então é diferente. É normal que a população quisesse uma mudança.

promocode1xbet BBC Brasil - O senhor não considera que há hoje uma crise política e econômica profunda?

promocode1xbet Meirelles - Não há uma crise econômica. O Brasil criou, nos últimos dois anos, dois milhõespromocode1xbetnovos empregos (contabilizando formais e informais). O Brasil cresceupromocode1xbet2017 depoispromocode1xbetter uma quedapromocode1xbetPIBpromocode1xbet3,5%promocode1xbet2016. As expectativaspromocode1xbetcrescimento estão aí ao redorpromocode1xbet2,5%. Isso não é crise econômica.

promocode1xbet BBC Brasil - Mas a gente teve agora uma ondapromocode1xbetrevisões para baixo nas estimativaspromocode1xbetcrescimento, revisão para cima na taxapromocode1xbetdesemprego e aumento nos juros futurospromocode1xbetlongo prazo, que indicam que o mercado prevê uma situação mais adversa para o país à frente.

promocode1xbet Meirelles - Mais uma vez, reforça o "chama o Meirelles". Por quê? Porque desde o ano passado eu estava já avisando, alertando a todos que o processo eleitoral levaria a um aumento da incerteza, principalmente pelas propostas dos candidatos radicais, da extrema-direita e extrema-esquerda, e que era absolutamente previsível que nós teríamos aí uma desaceleração do ritmopromocode1xbetcrescimento, uma piora das condições financeiras principalmente pela subida do juro longo, que é resultado direto das expectativas e da insegurança.

Em função disso, é absolutamente normal que haja essa revisão para baixo dessas taxaspromocode1xbetcrescimento, porque isso ficou claro à medida que a campanha eleitoral começou a se desenvolver.

E eu já dizia isso um ano atrás: quepromocode1xbetum certo momento durante o anopromocode1xbet2018 nós já teríamos o efeito da campanha eleitoral atingindo as expectativas da economia.

Eu estava brincando com a história do "chama o Meirelles", mas acho que é sério. É real, isso mostra a necessidadepromocode1xbettermos um candidato que esteja comprometido com o crescimento, com o emprego, com políticas econômicas racionais, que dão e deram certo, e que evite que o país volte atrás para uma política que só gerou recessão e desemprego.

promocode1xbet BBC Brasil - Voltando à questão do MDB, o senhor fazia uma comparação com a situação do Ulysses, que foi vítimapromocode1xbetum governo impopular. O senhor tem isso no seu horizonte, mas não acha que é semelhante. Mas como o eleitor pode ter segurançapromocode1xbetque o MDB não vai optar por ser governo, eventualmente, casopromocode1xbetcandidatura continue nesse mesmo patamar?

promocode1xbet Meirelles - Em 89, como eu disse, existia uma inflação que chegou a serpromocode1xbet1% ao dia. Alguém que era candidato e que tinha que defender uma política econômica hiperinflacionária... era uma situação muito mais difícil. Hoje eu saio, depoispromocode1xbetter ficado praticamente dois anos no Ministério da Fazenda,promocode1xbetter retirado o Brasil da maior crise econômica da História, ter criado emprego, aumentado a renda e controlado a inflação. Isso é um resultado concreto a mostrar à população.

E as pesquisas qualitativas mostram que, no momento que entrar a propaganda eleitoral aberta, o crescimento da intençãopromocode1xbetvoto deve ser muito forte. Um partido pragmático, forte, enraizado no Brasil inteiro como é o MDB, vai ter todo o interesse e todo o comprometimentopromocode1xbetter um candidato vitorioso.

Refinaria da Petrobraspromocode1xbetCubatão

Crédito, Reuters

Legenda da foto, 'A Petrobras tem uma políticapromocode1xbetpreço independente que tem que continuar', defende o ex-ministro

Estou viajando pelo país e uma coisa que é vista como desvantagem no MBD eu vejo como vantagem, que é o fatopromocode1xbetque o MDB não tem dono. É uma confederaçãopromocode1xbetdiretórios estaduais, é verdade.

Isso é ótimo, porque mostra que é um partido enraizado, que está presentepromocode1xbettodo o país. É um partidopromocode1xbetque não é uma, duas ou três pessoas que vão decidir o que o partido vai fazer. E, nas minhas visitas a todos os Estados e os diretórios eu tô sentindo, cada vez mais, que o partido está se engajando na perspectivapromocode1xbetter um candidato vitoriosopromocode1xbetoutubro.

Eu tenho ditopromocode1xbetalgumas reuniõespromocode1xbetdiretório, inclusive reuniões feitas com presidentespromocode1xbetdiretóriospromocode1xbetBrasília,promocode1xbetque é uma oportunidade histórica do MDB ganhar eleição e,promocode1xbetfato, ter condiçõespromocode1xbettransformar o país.

promocode1xbet BBC Brasil - O senhor frisou bastante a questão das agendaspromocode1xbetreformas. No entanto, as concessões praticamente não caminharam, o pacotepromocode1xbet15 projetos prioritários que substituíram Previdência também não foi para frente. O que mais avançou foi o cadastro positivo, que, contudo, não chegou a ser sancionado. Por que o governo, mesmo com ampla basepromocode1xbetapoio no Congresso, não consegue passar medidaspromocode1xbetimpactopromocode1xbetmédio e longo prazo?

promocode1xbet Meirelles - Os 15 projetos prioritários não foram feitospromocode1xbetsubstituição à Previdência, eles foram feitos inclusive antes da intervenção federal no Riopromocode1xbetJaneiro. São projetos que começaram a ser formulados a partirpromocode1xbetuma reunião que eu tive com a diretoria do Banco Mundial,promocode1xbetWashington,promocode1xbet2016,promocode1xbetque nós discutimos a questão da facilidadepromocode1xbetproduzir.

Portanto, ali nós estabelecemos um grupopromocode1xbettrabalho conjunto para definirmos uma sériepromocode1xbetmedidas que visariam elevar a capacidade do paíspromocode1xbetcrescer. Isso foi concretizado depois, atravéspromocode1xbetuma sériepromocode1xbetprojetos que foram sendo apresentados ao Congresso e que estão ali sumarizados.

É um processo normalpromocode1xbetque isso vai caminhando, principalmentepromocode1xbetum ano eleitoral como agora, é normal que haja uma evolução... existem alguns projetos que estão jápromocode1xbetandamento, como você mencionou, o cadastro positivo, a duplicata eletrônica

promocode1xbet BBC Brasil - A reoneração estava nesse pacote.

promocode1xbet Meirelles - A reoneração tava lá e tá caminhando, o projetopromocode1xbetreforma tributária está caminhando. Em resumo, existe aí uma sériepromocode1xbetcoisas. Agora, é evidente que, no processo eleitoral, existe uma dúvida. Todos olham e falam: "O próximo presidente vai liderar esse processo ou vai ser contra?" Eu tenho certeza que vai liderar.

promocode1xbet BBC Brasil - Ao longo da nossa conversa foi ficando clarapromocode1xbetimportância para que esse acordo que foi anunciado com os caminhoneiros fosse fechado. Se eu lhe pedisse para fazer uma previsãopromocode1xbetcomo estaremos até quarta-feira, digamos, o que o senhor diria?

promocode1xbet Meirelles - Eu prefiro não fazer previsãopromocode1xbetcurto prazo, inclusive porque eu já saí do governo, não estou lápromocode1xbetBrasília, não estou no comando lá da crise.

Eu acho que foi um avanço muito grande. Espero que o assunto seja resolvido. Não há dúvidapromocode1xbetque é interesse da população. Acho que a imprensa e a mídia têm um papel importante, mostrando claramente, cada vez mais, que isso pode inclusive ter interesses empresariais envolvidos na paralisação.

E, principalmente, mais importante que empresariais, (interesses) políticos. É importante dizer que o governo fez um esforço muito grande.

Eu não sou governo hoje, não participei dessa formulação e da negociação desse acordo. Por isso eu fico tranquilo para falar: eu acho que todos aqui temos agora que cobrar que o país volte a funcionar, porque isso que é importante.