'Todos os serviços públicos no Brasil deveriam ser privatizados', diz João Amoêdo, do Novo:dap me up bet
Para Amoêdo e o Novo, porém, a defesa intransigente da liberdade individual termina no bolso: o pré-candidato se esquivadap me up bettemas polêmicos como o direito ao aborto; e conta que a sigla prefere deixar questões como estas a critériodap me up betcada umdap me up betseus candidatos.
Apesardap me up better trabalhado a vida toda como executivodap me up betbancos, Amoêdo diz que não é um mero representante do setor financeiro e muito menos um banqueiro (donodap me up betbanco); o setor já está bem representado pelos partidos tradicionais e nunca lucrou tanto quanto nos governos do PT, argumenta Amoêdo.
Ao longo dos últimos oito anos, Amoêdo calcula ter tirado do próprio bolso algo como R$ 4,5 milhões para levantar o partido. Outras doações importantes vieram do banqueiro Pedro Moreira Salles, do Itaú (R$ 100 mil); edap me up betCecília Sicupira, mulher do investidor Beto Sicupira. Hoje, diz Amoêdo, o Novo é sustentado integralmente por cercadap me up bet19 mil filiados, que contribuem cada um com R$ 29 mensais para a sigla.
Confira os principais trechos da entrevista:
dap me up bet BBC Brasil - Por que o eleitorado deve escolhê-lo e não a outros candidatos do campo da direita, como Henrique Meirelles, Rodrigo Maia ou Flávio Rocha?
dap me up bet João Amoêdo - Nós temos hoje um modelodap me up betEstado que não está funcionando. A gente paga muito imposto e tem muito poucodap me up bettroca. Então as pessoas querem renovação, querem mudança.
E isso pressupõe mudar esse modelo atual.
Acho muito pouco provável que essas pessoas que estão vindo pelos partidos tradicionais, que sempre viveram dentro desse modelo, com privilégios, com benefícios, concentraçãodap me up betpoder, tenham a capacidade e a liberdade por parte dessas plataformas pra fazer essas mudanças.
dap me up bet BBC Brasil - O Novo sempre se colocou a favor das privatizações. De que forma edap me up betque medida o partido as defende?
dap me up bet Amoêdo - A privatização, pra gente, não é um fimdap me up betsi mesmo. É um meio. A gente gostariadap me up better melhor qualidade na Saúde, na Educação. E, pra isso, é importante que o Estado defina prioridades, áreas onde deveria estar atuando, defina um foco.
E não faz sentido, portanto, ele estar fazendo gestãodap me up betempresas, estar fazendo gestãodap me up betdistribuidoradap me up betpetróleo, empresadap me up betcorreios, instituições financeiras. No nosso entendimento, a população terá um ganho enorme na gestão desses outros negócios se o Estado sair.
dap me up bet BBC Brasil - Nos últimos anos temos visto alguns processosdap me up betreestatizaçãodap me up betalgumas áreas - o saneamentodap me up betParis, por exemplo. Exemplos como esses não colocariam a "privatização total"dap me up betperspectiva?
dap me up bet Amoêdo - O importante é ter regras claras. Na maioria dos países, o processodap me up betprivatização funcionou muito melhor - o Brasil é um exemplo, como foi no caso da telefonia, da Vale do Rio Doce.
Agora, nas privatizaçõesdap me up betquestões específicas existem alguns mecanismos que protegem o cidadão. No caso agora da Eletrobras, com o qual eu concordo, há uma limitação de, no máximo, 10% para participação individual no controle da empresa, o governo terá direito a uma ação especial (golden share), que dá a ele poderdap me up betvetodap me up betalgumas coisas.
Tendo essas regras, você ganha eficiência, ganha capital pro Estado colocardap me up betoutras áreas. Acho que só tem pontos positivos.
dap me up bet BBC Brasil - Há hoje algum serviço público que não deveria ser privatizado?
dap me up bet Amoêdo - Acho que não.
Pra mim, o melhor exemplo é o Bolsa Família, que provê a coisa mais estratégica para a pessoa que está na miséria, que é alimentação.
E não se estatizou isso, não se construiu uma rededap me up betsupermercados populares. Simplesmente deu-se dinheiro e deixou-se essas pessoas com liberdade pra comprar na rede privada.
dap me up bet BBC Brasil - E Saúde e Educação, como que eles entram no Estado mínimo que o Novo defende?
dap me up bet Amoêdo - Na verdade a gente defende um Estado forte. O cidadão máximo e o Estado forte.
Na Educação e na Saúde nós gostaríamosdap me up bettestar esse modelodap me up betdar recursos pro cidadão (no modelodap me up betvouchers). De novo, se ele funcionou bem pra alimentação, será que, se a pessoa tivesse um vale-educação com o qual pudesse escolher a escola, um vale-saúde com o qual pudesse ir numa clínica popular, adquirir um plano, não seria bom também?
O fatodap me up beto Estado prover, não significa, no meu entendimento, que ele necessariamente precise ser gestor - da escola, do hospital.
dap me up bet BBC Brasil - No caso Fies (Fundodap me up betFinanciamento Estudantil), que poderia ser considerado uma experiência nesse sentido, a transferênciadap me up betrecursos do setor público para o privado acabou gerando concentração no setordap me up beteducação, serviçodap me up betbaixa qualidade...
dap me up bet Amoêdo - O que houve no Fies foi um exagero enorme, né?
Se aumentou estupidamente o volumedap me up betfinanciamento e isso criou uma bolha,dap me up betque houve uma transferência grandedap me up betresultado do setor público para algumas empresasdap me up beteducação.
dap me up bet BBC Brasil - Outra bandeira do Novo é a redução da carga tributária. Como o senhor vê a propostadap me up betreforma tributária que está no Congresso?
dap me up bet Amoêdo - Ela tem algumas coisas positivas, que é a reduçãodap me up betalguns tributos, a simplificação. Mas está longe do que a gente gostaria - transferir mais autonomia pros Estados e municípios, por exemplo.
A gestão dos recursos está muito centralizadadap me up betBrasília. Nós achamos que seria mais eficiente isso estar mais próximo do cidadão.
dap me up bet BBC Brasil - Tornar o sistema mais progressivo (para tributar menos os mais pobres) também entraria no escopo?
dap me up bet Amoêdo - De fato, no Brasil, a gente tem uma penalização muito fortedap me up betcima do consumo, é diferente dos outros países. Então acho que a gente deve se aproximar do que é a regra geral nos outros países.
dap me up bet BBC Brasil - Ou seja, tributar mais a renda?
dap me up bet Amoêdo - É. Tributar menos o consumo e migrar mais pra renda, mas fazendo esse balanceamento pra que, no final, a gente tenha um saldo mais negativo, ou seja, menos tributos.
dap me up bet BBC Brasil - E quanto à taxaçãodap me up betgrandes fortunas, que é algo já previstodap me up betlei e que não foi regulamentado?
dap me up bet Amoêdo - Eu não gosto muito da ideia, porque todos os países que foram crescendo muito essa taxação acabaram por levar o empreendedor pra fora.
Na medidadap me up betque você tributa mais as fortunas, você está transferindo dinheiro da iniciativa privada, que poderia estar sendo utilizada para gerar novos negócios para a área pública, que tem se mostrado muito ineficiente na gestão dos recursos.
dap me up bet BBC Brasil - A desigualdade voltou a crescer nos últimos dois anos, com aumento da concentraçãodap me up betrenda. Como o programadap me up betvocês lidaria com essa questão?
dap me up bet Amoêdo - Eu tenho mais uma preocupação, que me parece mais relevante,dap me up betcombater a pobreza. Se tivermos que optar - 'vamos reduzir as desigualdades ou combater a pobreza' -, certamente eu quero combater a miséria.
dap me up bet BBC Brasil - E os caminhos para fazer isso seriam...?
dap me up bet Amoêdo - É reduzir a carga tributária, a burocracia, permitir que as pessoas possam empreender, aumentar a liberdade econômica.
Liberdade para abrir uma empresa, uma tributação menos complexa, custodap me up betcapital mais baixo, segurança jurídica, relações trabalhistasdap me up betque as pessoas possam fazer as coisasdap me up betforma mais simples.
Tudo isso contribuiria pra um ambientedap me up betnegócios mais propício, e a gente tendo mais capacidadedap me up betgerar negócio, teria mais capacidadedap me up betempreender. Você vai ter mais geraçãodap me up betrenda e consequentemente vai combater a pobreza.
dap me up bet BBC Brasil - Como o senhor vê a difusão das ideias liberais no Brasil?
dap me up bet Amoêdo - Isso é um reflexo do aprendizado que a gente tem tido com a própria realidade. O Estado brasileiro foi inchando, foi ficando mais intervencionista e a consequência foi que a nossa qualidadedap me up betvida foi piorando.
Então ficou claro pras pessoas que esse viés mais liberal, que, no meu entender, significa dar mais protagonismo ao cidadão, é o que tem que ser feito.
Infelizmente a realidade mostrou que aquele (estatismo) é um modelo inviável, que não funcionou. Não funcionou não só no Brasil como também não funcionoudap me up betnenhum lugar do mundo onde você teve muita concentraçãodap me up betpoder no Estado.
dap me up bet BBC Brasil - Países como os escandinavos, grosso modo, têm Estado grande e economias desenvolvidas.
dap me up bet Amoêdo - Mas esses países normalmente têm muita liberdade econômica.
E alguns deles começaram a dar toda essa gamadap me up betbenefícios sociais depoisdap me up betterem se tornado ricos,dap me up betterem uma economia mais aberta.
dap me up bet BBC Brasil - Como o Novo se coloca dentro da discussão sobre a nova direita brasileira,dap me up betgeral liberal na economia e conservadora nos costumes?
dap me up bet Amoêdo - Do pontodap me up betvista econômico, somos totalmente liberais por entendermos que isso é o que vai gerar a maior qualidadedap me up betvida para todos os brasileiros.
Já no comportamento, as pessoas têm que ter liberdade para decidir se são mais liberais ou mais conservadoras.
Então, o que o Novo fez foi: a grande maioria dessas pautas fica a critério dos mandatários (e candidatos) ou dos filiados.
E não vai se intrometer se o candidato quer ser a favor ou contra o aborto, por exemplo, vai deixar que ele coloque adap me up betposição.
Quanto a alguns temas específicos, nós já nos posicionamos porque achamos que já havia consenso (dentro do partido), com pouca polêmica e critérios já claros.
Por exemplo: união homoafetiva e desarmamento, entendemos que são duas coisas que levamdap me up betconta a liberdade individual das pessoas. As pessoas devem ter liberdade para se juntar com quem elas desejarem e também para ter possedap me up betarma.
dap me up bet BBC Brasil - O aborto não seria uma questãodap me up betliberdade individual, por exemplo?
dap me up bet Amoêdo - Depende, né. Tem gente que entende que tem que ser feita a defesa do feto. Então, no caso do aborto, tem pessoas que são extremamente religiosas e entendem que a vida começa na gestação. Então essas pessoas... É razoável que elas tenham esse direitodap me up betdefender a vida do feto.
dap me up bet BBC Brasil - Nesse caso o Estado adotaria a posição das pessoas religiosas?
dap me up bet Amoêdo - Não. O Estado adotaria a posição da maioria da população.
dap me up bet BBC Brasil - Pode-se argumentar que os religiosos teriam a liberdadedap me up betnão praticar este ato (abortar).
dap me up bet Amoêdo - Tá certo, mas ao dar a prerrogativa aos outros (de abortar) você estaria impondo uma demanda total… quer dizer, numa sociedade democrática, como é que a gente toma as posições? A gente coloca os temas e leva a votação, e a sociedade define. Então no caso do aborto é exatamente isso que a gente pretende fazer.
dap me up bet BBC Brasil - Num referendo?
dap me up bet Amoêdo - Não, não. O referendo será feito por meio dos candidatos. Se, por acaso, as pessoas acharem que aquilo é um tema muito relevante…
Porque assim, eu tenho acompanhado muito a mídia e é um assunto, o aborto, que geralmente não tem… Ele normalmente é um assunto que só aparece nas eleições.
dap me up bet BBC Brasil - Há alguns meses esse assunto foi bastante discutido por causadap me up betum projetodap me up betlei para proibir o aborto mesmodap me up betcasodap me up betestupro.
dap me up bet Amoêdo - É. Então assim, a minha impressão, justamente por este assunto não estar muito presente na mídia, e, como a mídia captura muito bem o interesse do cidadão, dos eleitores, é que ele não deve ser hoje um assunto tão relevante quanto devem ser os outros,dap me up betsegurança,dap me up beteducação,dap me up betcorrupção,dap me up betbuscadap me up betemprego.
Mas mesmo assim, o que acontecerá? No caso do Novo, ao ter essa liberdade (de escolha), os eleitores terão a opçãodap me up betescolher alguém que é a favor ou alguém que é contra, e que o represente.
dap me up bet BBC Brasil - Vocês atraíram quadrosdap me up betmovimentos como o Vem pra Rua e o MBL. Qual a afinidade do Novo com esses grupos?
dap me up bet Amoêdo - Eu não diria que a gente atrai pessoas dos movimentos. A gente teve pessoas do Vem pra Rua, que saíram do movimento e vieram ser candidatos.
Do MBL não teve ninguém que tenha vindo ser candidato recentemente pelo Novo.
dap me up bet BBC Brasil - Vimos notícias sobre o Marcel Van Hattem (atualmente deputado estadual pelo PP-RS).
dap me up bet Amoêdo - É, mas ele não era do MBL, era do PP (Partido Progressista). Pode ser que ele tenha passado pelo MBL, mas eu já enxergava ele como um membro do PP.
Então, certamente como nosso vereadordap me up betPorto Alegre, o Felipe Camozzato, também teve uma passagem no MBL.
É um movimento grande. Mas, do pontodap me up betvistadap me up betinstituições, não há uma ligação nem do Novo com o Vem pra Rua nem com o MBL, como instituições.
dap me up bet BBC Brasil - Como o senhor vê especificamente o MBL e polêmicas recentes envolvendo o movimento e a disseminaçãodap me up betnotícias falsas nas redes sociais?
dap me up bet Amoêdo - Acho que foi importante as pessoas se engajarem na política. Esses movimentos capturaram muito bem isso, acho que tiveram seu papel.
Agora eu não sei, nesse negócio... tem tanta notícia fake e verdadeira, qual que no final é a versão correta.
dap me up bet BBC Brasil - Uma das páginas o próprio Facebook tirou do ar depoisdap me up betverificar que realmente disseminava notícias falsas - e a página estava ligada a dois dirigentes do MBL.
dap me up bet Amoêdo - Então tinha que ter tirado mesmo, e eu lamento que isso tenha acontecido. Até porque isso é o contrário do que a gente prega, da transparência, da verdade.
dap me up bet BBC Brasil - A crítica que o senhor faz sobre a forma tradicionaldap me up betfazer política, do outro lado do espectro ideológico, a gente viu partidos como PSTU, o próprio PSOL fazendo ao PT na época que era governo. O senhor não teme que o Novo se torne uma espéciedap me up bet"PSTU do liberalismo", muito puro ideologicamente, masdap me up betpouca expressão?
dap me up bet Amoêdo - Não. Primeiro tenho questionamento se esses partidos, na verdade... porque uma coisa é você dizer, outra coisa é você fazer.
Esses outros partidos fizeram cortedap me up betprivilégios quando foram eleitos seus representantes? Abriram mãodap me up betdinheiro público que deveria ir para o cidadão ou só criticaram o PT e não fizeram nada?
No fundo, para ser consistente, você precisa ser coerente. O Novo, desde a fundação, tem sido coerente. Por isso que a gente tem crescido bastante. Os filiados é que sustentam o partido, que é o maior partido nas mídias sociais, fomos o quinto ou sexto partido mais votado nas eleiçõesdap me up bet2016, apesardap me up bettermos tido pouco tempodap me up bettelevisão.
dap me up bet BBC Brasil - Apesar desse crescimento, o senhor segue com 1% nas pesquisasdap me up betintençãodap me up betvoto.
dap me up bet Amoêdo - Eu vejo muito bem essa posição ainda do 1%.
É óbvio que a gente quer ter mais, mas, com 20 e poucos candidatos (a presidente)... O candidato eventualmente pelo MDB, que tem um pouco maisdap me up bet7 mil vereadores, o candidato a presidente pelo DEM, que tem uns 4 mil vereadores - os dois estão aparecendo com 1% também.
O Novo ainda é muito pouco conhecido. Eu nunca fui político, todos os outros candidatos estão na política aí há 20, 30, alguns até 50 anos, o partido tem aí 2 anos.
Mostra que,dap me up betfato, as pessoas estão querendo alguma coisa nova, que a gente vai ter tempo pra se tornar mais conhecido, e eu não tenho dúvida que o crescimento acontecerá.
dap me up bet BBC Brasil - O senhor trabalhou no mercado financeiro boa parte da carreira. Como responderia a um crítico que dissesse, por exemplo, que o Novo é a expressão do que deseja o setor financeiro para o país?
dap me up bet Amoêdo - Eu comecei como trainee no Citibank, virei gerente, gerente comercial, fui pro BBA, depois cuideidap me up betuma empresadap me up betfinanciamentodap me up betautomóveis e fui trabalhar num banco.
O fatodap me up beteu ter trabalhado num lugar edap me up better tido sucesso no meu crescimento mostra, no meu entender, a capacidadedap me up betgestão edap me up betmontar equipe.
De forma nenhuma estou defendendo interessedap me up betinstituições. Pelo contrário: o modelodap me up betEstado que a gente prega, com menos concentraçãodap me up betpoder, com mais concorrência, com mais facilidadedap me up betempreendedorismo, é justamente o que a concentração não deseja.
Foi justamente durante os governos petistas, por exemplo, que os bancos ganharam maior volumedap me up betrecursos porque tinha muita concentração.
O que a gente quer mudar é esse modelo que está aí, a gente vai retirar poder para devolver ao cidadão. Edap me up betonde a gente vai tirar esse poder? Dos políticos. Os políticos vão dizer que privatização é ruim, que eu sou um banqueiro - quando na verdade eu nunca fui um banqueiro, eu sempre fui executivo do mercado financeiro.
Mas a gente vai explicar, com a coerência. Não faria sentido ter ficado trabalhando oito anos pra montar uma instituição pra defender o interesse dos bancos quando os interesses deles já estavam muito bem representados pelos partidos atuais.
dap me up bet BBC Brasil - O Novo não usa recurso do fundo partidário. Como se financia?
dap me up bet Amoêdo - A maioria (dos recursos) vem dos R$ 29 por mês que cada filiado paga.
dap me up bet BBC Brasil - Quantos são?
dap me up bet Amoêdo - Hoje são 19 mil. Majoritariamente nossos recursos vêm daí.
dap me up bet BBC Brasil - No começo da vida do partido houve algumas doações mais vultosas, do senhor, do pessoal do Itaú.
dap me up bet Amoêdo - Na verdade, vultosa mesmo só minha. Por exemplo, o Pedro Moreira Salles doou R$ 100 mil. Lembrando que o Pedro é uma pessoa que deve ter um patrimôniodap me up betmais ou menos US$ 4 bilhões.
Talvez a mais vultosa tenha sido a da Cecília Sicupira, esposa do Beto Sicupira (um dos cinco brasileiros mais ricos do país) - que é (o patrimônio)dap me up betUS$ 10 bilhões ou US$ 12 bilhões.
Eu,dap me up betfato, fiz uma doaçãodap me up betcercadap me up betR$ 4,5 milhões pro Novo ao longo desse tempodap me up betformação do partido. Então os outros eu até diria que foram muito pouco relevantes, me frustraram as doações.
dap me up bet BBC Brasil - O senhor esperava mais?
dap me up bet Amoêdo - Obviamente. Eu coloquei R$ 4,5 (milhões) e trabalho, eu esperava que essas pessoas que têm esse níveldap me up betpatrimônio pudessem doar mais.
dap me up bet BBC Brasil - Nós gostaríamosdap me up betsaber como o senhor vê alguns dos presidenciáveis. Marina Silva?
dap me up bet Amoêdo - Desconheço um pouco as ideias da Marina para mudar o Brasil, eu gostariadap me up betconhecer mais qual o roteiro que ela pretende aplicar.
dap me up bet BBC Brasil - Michel Temer?
dap me up bet Amoêdo - Fez alguns avanços na área econômica, mas através da velha política, do toma lá dá cá.
dap me up bet BBC Brasil - O ex-presidente Lula?
dap me up bet Amoêdo - Infelizmente, apesardap me up betdizer que era a favor do povo brasileiro, foi pegodap me up betatos criminosos, recebendo propina. Eu lamento que ele tenha feito isso e certamente é um condenado que deve ser punido e está lá na prisão, no meu entenderdap me up betforma correta.
dap me up bet BBC Brasil - O ex-ministro Henrique Meirelles?
dap me up bet Amoêdo - É um bom gestor público, um técnico competente.
dap me up bet BBC Brasil - Ex-ministro do Supremo Joaquim Barbosa?
dap me up bet Amoêdo - É outro cujas opiniões desconheço. Acompanhei ele na etapa do julgamento (do mensalão), mas tenho muita curiosidadedap me up betsaber o que ele pensa.
dap me up bet BBC Brasil - O deputado federal Jair Bolsonaro?
dap me up bet Amoêdo - Um político que está há muitos anos aí, há cercadap me up bet30 anos. Também não está claro pra mim os posicionamentos, porque, apesardap me up betnos últimos tempos ter dito que seria um candidato liberal, na prática, o próprio mandato dele, que estádap me up betcurso, você nunca teve oportunidadedap me up betver alguma medida mais liberal.