Mais da metade dos alunos brasileiros não tem conhecimentos financeiros básicos, diz OCDE:bet f
As questões no nível 1 são as mais simples e envolvem, por exemplo, saber reconhecer a finalidadebet fdocumentos como uma simples fatura.
A OCDE considera que o nível 2 representa conhecimentos financeiros necessários para se integrar à sociedade.
Ou seja, ficar abaixo desse nível significa que os alunos não são capazesbet fenfrentar situações financeiras diárias para poder tomar decisões - como reconhecer o simples montantebet fum orçamento ou saber,bet ffunção do preço, se é melhor comprar tomates por quilo ou por caixa.
De acordo com o estudo, 53% dos alunos brasileiros na faixabet f15 anos ficaram abaixo do nívelbet fconhecimentos financeiros mínimos (não conseguiram atingir o nível 2).
Lanterna
O resultado do Brasil é o pior entre os 15 países ou provínciasbet feconomias analisadas no estudo.
O Peru teve o segundo desempenho mais baixo, com 48%bet falunos abaixo do nívelbet fconhecimentos financeiros básicos.
Chile e Eslováquia também estão entre os lanternas, com, respectivamente, 38% e 35% dos estudantes com baixa performance no testebet fcultura financeira.
Os chineses (das provínciasbet fPequim, Xangai, Jiangsu e Guangdong) conquistaram os melhores resultados: apenas 9% ficaram abaixo do nívelbet fconhecimentos sumários.
A média obtida nos países-membros da OCDE - grupo do qual o Brasil não faz parte - nessa categoria foibet f22%.
De acordo com a organização, estudantes com melhores performances na área financeira têm mais chancesbet fsaber economizar,bet fcompletar o ensino universitário ebet fencontrar um emprego com maior qualificação.
"Isso sugere que estudantes com cultura financeira podem ser mais capazesbet freconhecer o valorbet finvestirbet fseu capital humano e financeiro", ressalta o estudo.
Questões complexas
Somente 3% dos estudantes brasileirosbet f15 anos (faixa etária avaliada no Pisa) conseguiram atingir o nível 5, obet fmaior conhecimento na área.
Eles são capazesbet flidar com questões financeiras mais complexas, como custosbet fuma operação ou ganhos com uma transação e têm compreensões mais amplas desse cenário, incluindo temas como o Impostobet fRenda.
A Eslováquia teve o mesmo desempenho do Brasil, com 3% dos estudantes que atingiram o nívelbet fmáxima dificuldade no teste. O Peru teve o pior resultado, com apenas 1% nessa categoria.
No caso da China, um terço dos alunos obteve a melhor performance. Nos países da OCDE, da qual Brasil e China não fazem parte, a médiabet festudantes que atingiram o nível máximo no teste ébet f22%.
"Uma cultura financeira básica é uma habilidade essencial na vida. As pessoas tomam decisões financeirasbet ftodas as idades: desde crianças que decidem como gastar a mesada ou adolescentes que entram no mundo do trabalho e jovens adultos que compram uma casa a pessoas mais velhas que administram economias parabet faposentadoria", destaca o estudo.
"A rapidez das transformações socioeconômicas e o avanço das tecnologias, inclusive digitais, colocam os jovens face a decisões mais complexas e perspectivas econômicas e profissionais mais incertas", afirma o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría.
"Mas frequentemente eles não possuem a educação, a formação e os instrumentos necessários para tomar decisões certas sobre questões que influenciam seu bem-estar financeiro", completa.
Na média dos 15 países avaliados no estudo sobre cultura financeira, cercabet fum quarto "é incapazbet ftomar a menor decisão relativa a despesas correntes e apenas 10% compreende conceitos complexos como o do Impostobet fRenda", diz a organização.
Matemática e leitura
Segundo a organização, "os alunos com uma boa cultura financeira têm, geralmente, bons resultados nas provasbet fmatemática e leitura do Pisa, enquanto os que possuem competências financeiras rudimentares têm mais riscosbet fobter resultados medíocres nas disciplinas avaliadas".
No último Pisa, divulgado no finalbet f2016 com dadosbet f2015, o Brasil ficou entre os últimos lugares: o país obteve a 66ª colocaçãobet fmatemática e a 59ªbet fleitura entre os 72 países avaliados.
As províncias chinesas avaliadas no recente estudo sobre cultura financeira estão entre as melhores performances mundiais, tantobet fmatemática quantobet fleitura.
A organização também ressalta que alunos com melhores condições socioeconômicas obtêm resultados muito mais elevados do que estudantes desfavorecidos.
"A cultura financeira não é relevante apenas para quem tem grandes quantiasbet fdinheiro para investir. Todos precisam ter conhecimentos na área, sobretudo quem vive com orçamentos apertados e tem pouca margembet fmanobra no casobet ferros financeiros", afirma a OCDE.