Bilhetepoker 62escola gera desabafopoker 62mãe contra racismo: 'Não quero que minha história se repita com meus filhos':poker 62
Ela foi procurada pela escola e, na segunda-feira, 20poker 62junho, esteve no colégio acompanhadapoker 62seu advogado. A diretora Eliane Nascimento, proprietária do educandário que leva seu nome, disse então que só falaria com a mãe também acompanhadapoker 62um advogado, e nova reunião ocorreu nesta quarta-feira, 22poker 62junho.
À BBC Brasil, Eliane Nascimento defendeu o tom do bilhete e disse que ele,poker 62intenção ou expressão, não é mostrapoker 62qualquer tipopoker 62preconceito racial da coordenadora, que époker 62filha.
Segundo Eliane, há um surtopoker 62piolhos na escola, e o alerta da coordenadora foi no sentidopoker 62proteger os gêmeos, por entender que eles, com os cabelos cheios, ficam mais sujeitos a serem contaminados por colegas que têm piolhos.
Segundo ela, o tema "piolho" não apareceu no bilhete porque as crianças às vezes são buscadas por outra pessoa da família, e a coordenadora não quis falar do problema diretamente.
'Sem preconceito'
"De modo algum houve preconceito. Meu marido é negro. Aqui na escola aceitamos pessoaspoker 62todas as etnias e religiões, sem discriminação", afirmou Eliane. Ela afirmou ainda que a infestaçãopoker 62piolhos foi um dos temas da reuniãopoker 62pais realizada no dia 3poker 62junho, e que uma circular foi enviada aos pais pedindo ajuda para combater o problema.
Segundo Eliane, o educandário existe há 20 anos e tem cercapoker 62300 alunos, da educação infantil ao 9º ano.
Débora Figueiredo disse que recebeu a circular com o aviso do surtopoker 62piolhos, mas que o bilhete não é a mesma coisa, por se tratarpoker 62um recado específico sobre os cabelos dos gêmeos e sem falarpoker 62piolhos.
"Eu mesma fui vítimapoker 62muito preconceito quando criança. Os colegas faziam música, me chamavampoker 62nomes, eu chorava, brigava, apanhava... Sofri muito. Meus pais sempre me diziam que eu era linda, mas nunca agiram diretamente no colégio. Não quero que a história se repita com meus filhos", afirmou Débora, que está à procurapoker 62uma nova escola para as crianças.
Reunião na escola
Na manhãpoker 62hoje, Débora Nascimento teve uma reunião com a direção da escola, mas não houve desculpas nem entendimento. Débora entende que houve racismo, e a diretora da escola, Eliane Nascimento, reiterou a versãopoker 62que não houve intençãopoker 62discriminar as crianças. Débora trancou a matrícula dos filhos e procurará outro colégio para eles.
A direção do Educandário divulgou nota aos pais informando que o bilhete foi mal entendido pela família e que o recado se referia ao surtopoker 62piolhos.
"A escola não determinou nada, só fez uma sugestão para a mãe, que poderia aceitar ou não, e se ela não aceitasse os filhos continuariam frequentando a escola normalmente. Onde está o racismo?", indaga a nota.
A nota informa ainda que a escola já trabalha há 20 anos na comunidade e nunca viveu problema semelhante, não permitindo racismo contra alunos ou professores.