Inteligência artificial pode superar a humana? 8 perguntas sobre a tecnologia:casimiro betway
A especialista é Amparo Alonso Betanzos, professoracasimiro betwayCiência da Computação e Inteligência Artificial na Universidadecasimiro betwayCoruña, na Espanha, e assistente do reitor para questõescasimiro betwayIA. Ela também foi presidente da Associação Espanholacasimiro betwayInteligência Artificial (AEPIA).
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Fim do Matérias recomendadas
Confira, a seguir, as respostas dela.
casimiro betway Como funciona a inteligência artificial?
É difícil dizer porque existem muitas subáreas, mas há basicamente duas maneirascasimiro betwayabordar a inteligência artificial. Uma é a simbólica, a velha IA, sobre a qual adquirimos conhecimentocasimiro betwayespecialistas da área e que é muito mais transparente, mas menos quantificável.
A outra, a IA que temos hoje, é baseadacasimiro betwaydados. Para derivar o conhecimento, o que se faz é alimentar o sistema com dadoscasimiro betwayum determinado campo, o sistema aprende com esses dados e extrai os padrões. É capazcasimiro betwaygeneralizar, prever e etc.casimiro betwaymuitas áreas, desde linguagem natural, visão computacional ou aprendizadocasimiro betwaymáquina.
Existem modeloscasimiro betwayque o processo é feito por raciocínio baseadocasimiro betwayaprendizagem profunda com redes neurais com muitas camadas que acabam aprendendo aquele dado. Mas existem outros modelos, como raciocíniocasimiro betwayreforço ou outros tipos, que podem ser usados para aprender e derivar conhecimento para a IA.
casimiro betway A IA "se alimenta"casimiro betwaydados. De onde vêm essas informações?
Depende muito do sistema. Se for um sistema especialista para padrões médicos, ele é extraído dos grandes bancoscasimiro betwaydados clínicos que são referenciados por certos tiposcasimiro betwaydoenças ou certos tiposcasimiro betwaypacientes. Se forem dadoscasimiro betwaytrânsito, serão utilizadas as câmeras ou sensorescasimiro betwaytrânsito disponíveis.
Hoje, o processocasimiro betwaydigitalizaçãocasimiro betwayque estamos inseridos é tão imenso que existem sensores que podem extrair dadoscasimiro betwaypraticamente qualquer processo natural ou industrial que possamos imaginar. Praticamente todas as experiências que você pode imaginar são digitais: suas viagens, seus registros médicos, suas preferências…
Por exemplo, quando você se sentacasimiro betwayfrente à televisão e ela recomenda o que assistir, é baseado no que você já fez antes naquela plataforma. Às vezes, tudo isso é o alimento dos algoritmoscasimiro betwayIA.
casimiro betway Como é a IA? Muitos imaginam algo como um computador enorme ou uma máquina estilo T100 do Terminator.
Não. Não é assim... A menos que você tenha seus programascasimiro betwayIA embutidoscasimiro betwayalgum robôcasimiro betwayaparência antropomórfica. Pode ser como um aspirador automático que anda pela casa ou tem forma humanoide, mas também é simplesmente ligar o computador e ter um software que te escuta, ou um programa no celular que detectacasimiro betwayimpressão digital.
É impossível dizer um número, quantos são. Os sistemas são muitos e servem para coisas muito diferentes, desde a televisão que recomenda o que ver a uma app para prever se vinhedos vão desenvolver alguma praga. É algo muito transversal. Pode ser aplicado a praticamente qualquer área que se possa imaginar.
casimiro betway E qual é o impacto da IA no nosso dia a dia, nos empregos...?
Muitas vezes estamos usando inteligência artificial e nem temos consciência disso.
No futuro, tendemos a ter mais IA porque está sendo implementadacasimiro betwaymais e mais áreas.
Em relação ao emprego, antes da pandemia vimos como o panorama mudou. Existem muito mais empregos afetados pela automação, não apenas pela IA. Vemos isso nos supermercados, com cada vez mais máquinascasimiro betwayvezcasimiro betwaycaixas, por exemplo.
Isso mudará as formascasimiro betwaytrabalhar, principalmentecasimiro betwaytarefas automatizadas, e teremos que conviver com o fatocasimiro betwayque partecasimiro betwaynossas tarefas rotineiras será feita por máquinas. Dou como exemplo os médicos, que há 50 anos trabalhavam com quase nenhum instrumento e hoje têm muito mais máquinas àcasimiro betwaydisposição.
É claro que afetará os empregos e a economia, e é algo com o qual os governos devem lidar. Devemos ficar atentos porque, caso contrário, pode gerar grandes desníveis. E sim, alguns empregos serão destruídos, mas outros serão criados.
Ultimamente lemos muito, ou assim percebo, que a IA será catastrófico. Se está criando certo climacasimiro betwaypânico que penso que deve ser tratado com cuidado. Muitas vezes focamos apenas no lado mais trágico, mas a IA é uma ferramenta que tem muitas coisas boas a oferecer se for bem manuseada.
Por exemplo, nos últimos anos, vimos a capacidade da IAcasimiro betwayavançar a medicina preventiva. Ela pode nos ajudar no aprendizagem, podemos ser muito mais seletivos com os nossos alunos e adaptar o seu ensino, poder prever doenças do gado, combater as alterações climáticas, fazer coisas mais sustentáveis ou gerir melhor os estoquescasimiro betwayuma loja.
Existem muitos aspectos positivos que devemos aprender a aproveitar e nos proteger daqueles que podem nos prejudicar.
casimiro betway Que perigos a IA pode representar?
Um dos riscos é, por exemplo, que o sistema se comportecasimiro betwaymaneira inadequada e a pessoa no controle não seja capazcasimiro betwaydetectar, caso a supervisão não seja tão rigorosa. Mas esse é um erro humano do qual não estamos livres, mesmo com a IA.
É também uma profissão ainda muito marcada pelo gênero masculino e é importante termos consciênciacasimiro betwayque parte do futuro vai ser desenhado com a tecnologia. Como chegaremos lá, como queremos que seja o futuro é importante, por isso o desenho dessas ferramentas exige que estejamos atentos aos vieses e exige a participaçãocasimiro betwaytodos.
Mas acho que está ajudando as pessoas, capacitando-as na tomadacasimiro betwaydecisões. Imagine que você é médico e está analisando um casocasimiro betwayque há muitos sintomas e dúvidas. Você pergunta a um colega, no caso, uma IA, e isso reduz suas chancescasimiro betwayerrar na decisão. É uma ajuda, mas a decisão final cabe a você. Assim como o algoritmocasimiro betwayuma plataforma pode dizer a você o que assistir, mas no final é você quem decide, não a máquina.
É certo que estamos progredindo muito com a IA e que a regulamentação é importante.
casimiro betway A IA pode ser regulada ou é como enxugar gelo? Já vimos o que aconteceu com a internet e a 'deep web', por exemplo.
Há muito que a União Europeia se preocupa com isto. Estamos indo devagar, mas há uma proposta na mesa.
As conversas sobre esse tópico começaramcasimiro betway2018, quando foi criado um grupocasimiro betwayespecialistascasimiro betwayinteligência artificialcasimiro betwayalto nível que produziu diretrizes para uma inteligência artificial confiável. Naquele momento já se falavacasimiro betwayuma supervisão humana da IA e aspectos como sustentabilidade, ausênciacasimiro betwayviés ou segurança foram analisados.
Por exemplo, a supervisão humana é um dos pontos básicos contemplados nas regulamentações europeias. Isso significa que qualquer sistemacasimiro betwayinteligência artificial sempre deverá ter um supervisor humano durante todo o processocasimiro betwayiniciação da operação, coleta dos dados e nos setores por tráscasimiro betwaysua aplicação.
Fomos pioneiros na UE e agora vemos empresascasimiro betwayfora do bloco, dos Estados Unidos especialmente, insistindo na necessidade dessa regulamentação.
É algo que deve ser feito mundialmente e estamos trabalhando nisso. O importante é dar o primeiro passo.
Tudo pode ser regulado? A resposta é complexa porque a IA é complexa e é claro que não existe risco zero aqui oucasimiro betwayqualquer lugar. Por exemplo, nós regulamos e fazemos leiscasimiro betwaytrânsito, mas isso não evita acidentes.
A regulamentação global seria desejável, mas é algo difícilcasimiro betwayalcançar. É só olharmos o protocolocasimiro betwayKyoto, por exemplo... Nem todos os países assinam e não há como forçá-los a fazê-lo. Para além da União Europeia não é fácil convencer os outros grandes centroscasimiro betwayIA do mundo, como China e Estados Unidos,casimiro betwayque a regulamentação é necessária.
Acho que, para além do barulho feito pela imprensa, todos deveríamos nos preocupa, porque é importante regular essa tecnologia e o monitoramento constantecasimiro betwaysistemas inteligentes deve ser arbitrado.
casimiro betway Ultimamente vimos muitas manchetes e especialistas dizendo que a IA pode levar à extinção da humanidade... É isso mesmo?
É difícil dizer até onde vai a inteligência artificial, mas é preciso ter sempre um jeitocasimiro betwayinterromper ou desligar as máquinas.
Elas estão sendo projetadas por pessoas... Assim como as pessoas estão trabalhando com energia nuclear. Então acho importante detectar se há algum problema e definir padrõescasimiro betwaysegurança e aplicação.
Mas na minha opinião, o que está acontecendo com a IA aconteceu também com os carros quando eles apareceram. A princípio pensava-se que seriam extremamente perigosos, que poderiam matar pessoas e que a velocidade que alcançavam poderia desnaturar as proteínas do nosso corpo. Hoje sabemos que não é assim e temos a tecnologia sob nosso controle, temos regulamentações e etc.
casimiro betway A IA pode superar a inteligência humana e se tornar consciente?
Quase todos os sistemascasimiro betwayIA excedem nossa inteligência, mas isso acontece apenascasimiro betwayum determinado campo.
A maioria das IAs que temos sãocasimiro betwaynicho estreito: capazescasimiro betwayter um nível muito altocasimiro betwayinteligênciacasimiro betwayum campo muito específico. Por exemplo, a máquina AlphaGo (que aprendeu a jogar Go, um jogocasimiro betwaytabuleiro) pode vencer o campeão mundialcasimiro betwayGo, mas precisa ser ensinada a jogar outros jogos, como o xadrez, para poder vencer uma partida.
Elas podem ser ótimas para diagnosticar um tipocasimiro betwaycâncer, mas não funcionam como clínicos gerais, porque o conhecimento necessário é mais amplo.
E sobre a consciência... É possível, entre aspas, modelá-la.
Existem robôs que podem modelar sentimentos e podem parecer ter consciência real, mas sequer sabemos como certos processoscasimiro betwayconsciência acontecem nos humanos, então é algo muito complexo e vasto.
Embora existam ferramentas como os chats, que parecem mais transversais por serem baseadas na linguagem, na realidade o que essas máquinas fazem é prever a próxima palavracasimiro betwayum texto. São buscadores muito sofisticado, mas que não são capazescasimiro betwayraciocinar profundamente porque não têm consciência. É como um papagaio treinado e muito inteligente.