Os gráficos que mostram como Terra atingiu 'linha vermelha'yuri pokeraquecimentoyuri poker2024:yuri poker

Imagem criativa mostrando linhas brancas onduladasyuri pokerum fundo vermelho à esquerda, simbolizando o aquecimento global, e um quarto do globo terrestre à direita

"Precisamos sair deste caminho para a ruína — e não temos tempo a perder", disse ele emyuri pokermensagemyuri pokerAno Novo, pedindo que os países reduzam as emissõesyuri pokergases que causam o aquecimento globalyuri poker2025.

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Gráficoyuri pokerbarras das temperaturas médias anuais globais entre 1940 e 2024. Há uma tendência crescente, e 2024 apresenta a maior temperatura média global,yuri pokeracordo com o serviço climático europeu.

As temperaturas médias globaisyuri poker2024 ficaram cercayuri poker1,6 °C acima das do período pré-industrial — antesyuri pokeros seres humanos começarem a queimar grandes quantidadesyuri pokercombustíveis fósseis —,yuri pokeracordo com os dados do Copernicus.

Com isso, 2024 bateu o recorde estabelecidoyuri poker2023yuri pokerpouco maisyuri poker0,1ºC — e agora os últimos 10 anos são os 10 anos mais quentes já registrados.

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O Met Office, centro nacionalyuri pokermeteorologia britânico, a Nasa, agência espacial americana, e outros grupos climáticos devem divulgar seus próprios dados ainda nesta sexta-feira.

A expectativa éyuri pokerque todos concordem que 2024 foi o ano mais quente já registrado, embora os números precisos possam variar um pouco.

O calor do ano passado se deve principalmente às emissõesyuri pokergases que aquecem o planeta, como o dióxidoyuri pokercarbono, que ainda estãoyuri pokerníveis recordes.

Os padrões climáticos naturais, como o El Niño,yuri pokerque as águas na superfície do Oceano Pacífico tropical oriental ficam excepcionalmente quentes, tiveram um papel menor.

"De longe, a maior contribuição que impacta nosso clima são as concentraçõesyuri pokergasesyuri pokerefeito estufa na atmosfera", afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, à BBC.

O marcoyuri poker1,5°C se tornou um símbolo poderoso nas negociações internacionais sobre o clima desde que foi acordadoyuri pokerParisyuri poker2015, com muitos dos países mais vulneráveis considerando-o uma questãoyuri pokersobrevivência.

Os riscos das mudanças climáticas — como ondasyuri pokercalor intensas, aumento do nível do mar e perdayuri pokervida selvagem — seriam muito maiores com um aquecimentoyuri poker2ºC do que com 1,5ºC,yuri pokeracordo com um relatórioyuri pokerreferência da ONUyuri poker2018.

No entanto, o mundo tem se aproximado cada vez maisyuri pokerromper a barreirayuri poker1,5ºC.

"É difícil prever quando exatamente vamos ultrapassar o limiteyuri poker1,5ºCyuri pokerlongo prazo, mas é óbvio que já estamos muito perto agora", adverte Myles Allen, do Departamentoyuri pokerFísica da Universidadeyuri pokerOxford, no Reino Unido, e um dos autores do relatório da ONU.

Mapas para cada década desde 1970, mostrando as temperaturas médias do ar ao redor do mundoyuri pokercomparação com o períodoyuri pokerreferênciayuri poker1991-2020.

A trajetória atual provavelmente faria com que o mundo ultrapassasse 1,5ºCyuri pokeraquecimentoyuri pokerlongo prazo no início da décadayuri poker2030. Isso seria politicamente significativo, mas não significaria o fim da linha para a ação climática.

"Não é como se 1,49ºC fosse bom, e 1,51ºC fosse o apocalipse. Cada décimoyuri pokergrau é importante, e os impactos climáticos pioram progressivamente quanto maior for o aquecimento", explica Zeke Hausfather, cientista climático da Berkeley Earth, um grupoyuri pokerpesquisa nos EUA.

Até mesmo fraçõesyuri pokerum grauyuri pokeraquecimento global podem provocar condições climáticas extremas mais frequentes e intensas, como ondasyuri pokercalor e chuvas fortes.

Em 2024, o mundo sofreu com temperaturas escaldantes na África Ocidental, seca prolongadayuri pokerpartes da América do Sul, chuvas intensas na Europa Central e algumas tempestades tropicais particularmente fortes na América do Norte e no sul da Ásia.

Estes fenômenos foram apenas alguns dos que se tornaram mais intensos devido às mudanças climáticas no ano passado,yuri pokeracordo com o grupo World Weather Attribution.

Inclusive nesta semana, quando os novos números foram divulgados, a cidadeyuri pokerLos Angeles foi atingida por incêndios florestais devastadores, alimentados por ventos fortes e faltayuri pokerchuva.

Embora haja muitos fatores que contribuíram para os eventos desta semana, os especialistas dizem que as condições propícias aos incêndios na Califórnia estão se tornando mais prováveisyuri pokerum mundoyuri pokeraquecimento.

Gráfico mostrando a distribuição das diferenças globais na temperatura diária do aryuri pokerrelação à médiayuri poker1991-2020, para cada ano entre 1940 e 2024.

Não foram apenas as temperaturas do ar que estabeleceram novos patamaresyuri poker2024.

As temperaturas da superfície do mar também alcançaram uma nova máxima diária, enquanto a quantidade totalyuri pokerumidade na atmosfera atingiu níveis recordes.

O fatoyuri pokero mundo estar batendo novos recordes não é uma surpresa: sempre se esperou que 2024 fosse quente, devido ao efeito do fenômeno climático El Niño — que terminou por voltayuri pokerabril do ano passado —, além do aquecimento causado pelos seres humanos.

Mas a margemyuri pokervários recordes nos últimos anos não era tão esperada, e alguns cientistas temem que isso possa representar uma aceleração do aquecimento.

"Acho que é seguro dizer que as temperaturasyuri poker2023 e 2024 surpreenderam a maioria dos cientistas do clima — não achávamos que veríamos um ano acimayuri poker1,5ºC tão cedo", diz Hausfather.

"Desde 2023, tivemos cercayuri poker0,2°Cyuri pokeraquecimento extra que não podemos explicar totalmente, além do que esperávamos das mudanças climáticas e do El Niño", concorda Helge Gößling, físico climático do Instituto Alfred Wegener, na Alemanha.

Várias teorias foram sugeridas para explicar este calor "extra", como uma redução aparente na coberturayuri pokernuvens baixas que tende a resfriar o planeta, e o aquecimento prolongado do oceano após o fim do El Niño.

"A questão é se essa aceleração é algo persistente ligado às atividades humanas, que significa que teremos um aquecimento mais acentuado no futuro, ou se é parte da variabilidade natural", acrescenta Gößling.

"No momento, é muito difícil dizer."

Apesar desta incerteza, os cientistas enfatizam que os seres humanos ainda têm controle sobre o clima futuro, e reduções acentuadas nas emissões podem diminuir as consequências do aquecimento.

"Mesmo que 1,5°C tenha ido por água abaixo, provavelmente ainda podemos limitar o aquecimento a 1,6°C, 1,7°C ou 1,8°C neste século", afirma Hausfather.

"Isso vai ser muito, muito melhor do que continuarmos queimando carvão, petróleo e gás sem parar, e acabarmosyuri poker3°C ou 4°C (de aquecimento) — ainda importa muito."