As famílias desabrigadas por ataquesIsrael no Líbano: 'qual é a culpa das nossas crianças?':
'Eu simplesmente peguei meus netos e corri'
A avó Um Ahmad diz que um prédio ao ladosua casa foi gravemente atingido pelo ataque aéreoIsrael e ela efamília sobreviveram "magicamente".
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"Não sei como fugimos. Eu apenas peguei meus netos e corri. Uma parte da nossa casa estavachamas."
Eles pularam no carro e seu marido conseguiu dirigir enquanto mais prédios estavam sendo bombardeados emrua, ela diz.
Eles olharam para trás e viram quecasa também estava nivelada ao chão. "Pelo menos nos certificamosque não teríamos uma casa para onde voltar", diz Um Ahmed enquanto tenta não cairlágrimas.
"Eu não quero chorar. Não há mais nada para chorar. Perdemos tudo, mas graças a Deus sobrevivemos."
Os dois netosUm Ahmed têm deficiências e problemassaúde mental.
Ela parece frustrada e com raiva: "Estou triste pelas criançasGaza, mas qual é a culpa das nossas crianças?"
Enquanto conversamos, ouvimos um grande estrondo quando as equipesemergência estão descarregando alguns suprimentos do ladofora no corredor.
Seu neto mais novo começa a chorar.
"Veja como a criança está assustada. A cada som alto, cada porta batendo, ela começa a chorar e gritar."
Ela diz que seus netos não conseguem mais dormir à noite, então ela e seu marido também não conseguem. "Não só meus netos, todas as crianças aqui estão reagindo a qualquer som alto. Elas acham que é um ataque aéreo."
Elas fugiramuma pequena vila pertoTiro, no sul do Líbano. Seu refúgio é uma salaaula na escola que agora se transformouum abrigo para centenaspessoas do sul do Líbano que fugiram para Beirute.
A roupa está espalhada pela sala, pendurada no quadro, na paredes e nas janelas.
Alguns colchões estão dispostos no chão. Cadeirassalaaula se tornaram móveis para a famíliaUm Ahmad. Há algumas panelas e frigideiras na mesa do professor.
Enquanto estou sentada com Um, seu marido Barakat se junta a nós. Ele culpa os políticos por esta guerra sem mencionar nada sobre o Hezbollah.
"Escute, eu sei que precisávamos apoiar o povoGaza, mas essa não era a nossa guerra. Claro que queremos proteger nossa terra, mas por nós, pelos libaneses, devemos lutar por nós mesmos."
Como muitas outras famílias aqui, esta não é a primeira vez que eles foram deslocados. Em 2006 e 1982, eles também perderam suas casas. Esta é a terceira vez.
Barakat diz que ele efamília estão exaustos e não querem guerra. "Não queremos que crianças israelenses morram, nem que nossos próprios filhos morram. Devemos viverpaz."
Pergunto se ele acha que haverá paz. "Acho que não. Netanyahu não quer paz. Agora está muito claro e essa guerra vai ser muito mais difícil do que 2006 [quando Israel e o Hezbollah entraramguerra], com certeza."
"Assim como choramos pelas criançasGaza, choramos por nossos próprios filhos também. Assim como os israelenses choram e têm medo por seus filhos, nós também choramos", diz Um.
Mensagens do exército israelense
Conheço outra família.
"Tivemos apenas um avisocima da hora. Recebemos uma mensagem enviada pelo exército israelense para nossos telefones, pedindo para sairmoscasa", me conta Kamal Mouhsen,65 anos.
Ele foi uma das muitas pessoas que receberam essa mensagem por volta do meio-diasábado. Ele diz que "30 a 40 minutos" depois houve uma sérieataques aéreosseu bairro.
"Não conseguimos pegar nada. Eu apenas peguei a chave do meu carro e fui embora com minha família."
Ele está vestindo uma camiseta e shorts. "Tudo o que temos agora é o que você vê que estamos vestindo."
Ele está sentado comfilha, um neto e doisseus vizinhos no pátio da escolaque se refugiaram.
"Não há espaço disponível aqui. Está cheiopessoas que fugiram do sul."
Eles tiveram que dormir ao ar livre na primeira noite. Mas hoje eles descobriram que seus parentes que fugiram do sul também estão aqui, então eles conseguiram se espremerum quarto com eles.
"Estamos agora16 pessoas vivendoum quarto", diz Nada, filhaKamal.
"Na guerra2006, também viemos para cá."
Nada acredita que esta guerra será mais difícil. "Eles [israelenses] mataram o líder do Hezbollah. Isso por si só mostra que desta vez é diferente."
Medodrones
Enquanto conversamos, ouvimos o zumbido forteum drone israelense. Podemos vê-lo voando baixo, circulando repetidamente.
E então, alguns minutos depois, ouvimos estrondos ao fundo.
Israel acabarealizar ataques aéreosDahieh - não muito longe da escola.
Nada diz que a família está tentando se preparar mentalmente e preparar seus filhos para aceitar que pode não haver nenhum lar para onde retornar.
Somos então informadosque os banheiros da escola ficaram sem água pela manhã e a equipe conserta o que pode.
A ajuda começa a chegar
Um caminhão para e os trabalhadores começam a descarregar colchões da partetrás. Pelo menos algumas pessoas não dormirãoconcreto duro esta noite.
Mas o gerente do complexo me diz que não tem ideiaquanto tempo a escola pode ajudar e acomodar tantas pessoas.
Muitos voluntários estão vindo para cá - trazendo itens essenciais para aqueles que ficaram desabrigados.
Famílias também estão chegandooutras partes do Líbano ou apenasoutras áreasBeirute.
Eles estão trazendo algumas roupas e comida.
Mas o gerente me diz que não é o suficiente para todas as pessoas aqui - especialmente porque mais continuam chegando, não apenasBeirute, masoutras partes do Líbano que estão sendo alvosIsrael.
Fuga pela Síria
Para outros, deixar o país atravessando a Síria devastada pela guerra pareceu uma opção melhor do que esperar sobreviver aos ataques aéreos israelenses.
Sara Tohmaz, uma jornalista libanesa34 anos, fugiusua casa nos subúrbios ao sulBeirute commãe e dois irmãos na sexta-feira retrasada.
Ela disse à BBC News Arabic que se sente aliviada por eles terem tomado a decisãodeixar o país antes que Israel assassinasse o líder do Hezbollah.
A família levou quase dez horas para chegar à Jordânia pela Síriacarro.
"Acho que temos sorteter um lugar para ficar na Jordânia, onde os parentes da minha mãe estão."
"Não sabemos o que vai acontecer a seguir, e não sabemos quando voltaremos."
"Seioutros parentes que agora não conseguem sair, e alguns levaram cerca24 horas para conseguir fugir do Líbano pela Síria".
Reportagem adicional por Ethar Shalaby, BBC News Arabic