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O que é arritmia cardíaca, que vitimou o zagueiro Juan Izquierdo:
"Todo o Nacional estáluto por essa perda irreparável."
emamente inteligente e excepcionalmente leal que muda a vida todos quando conhece ao
longo do caminho. E também irá até 🍋 os confins na terra para seu mestre - assim como ele
Fim do Matérias recomendadas
Quase no final do segundo tempo do jogo com o São Paulo, aos 39 minutos, Izquierdo passou mal e caiu no gramado.
Os outros atletas pediram a entrada da ambulância, que levou o jogador direto para o Hospital Israelita Albert Einstein, que fica nas proximidades do estádio, onde ele ficou internado.
O quadroIzquierdo piorou nos últimos dias. Um boletim médicosegunda-feira (26) afirmou que o jogador estava na UnidadeTerapia Intensiva (UTI), dependendoventilação mecânica e com um "quadro neurológico crítico".
Segundo informações divulgadas nos últimos dias, o uruguaio sofreu uma parada cardíaca logo após deixar o gramado e precisoumanobrasressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação para que o coração voltasse a bater.
Também22agosto, o técnico Tite, que comanda o Flamengo, foi acometido pela arritmia cardíaca, mas já teve alta.
Após o jogo contra o BolívarLa Paz, na Bolívia, o treinador sentiu-se mal.
Ao chegar ao Brasil, foi internado no RioJaneiro na sexta-feira (23), onde recebeu medicações para regularizar o ritmo do coração.
Tite teve alta no sábado (24) e ficourepouso durante o domingo, mas está bem e retomou o trabalho nesta semana.
Entenda a seguir o que é a arritmia cardíaca, como ela surge e quais são as formasdiagnóstico, prevenção e tratamento.
Arritmia cardíaca: o coraçãodescompasso
O Instituto NacionalCoração, Pulmão e Sangue (NHLBI, na siglainglês), dos Estados Unidos, explica que o coração tem uma espéciesistema elétrico, que é responsável por ditar o ritmoque o órgão trabalha para bombear o sangue a todo o organismo.
"É normal que os batimentos cardíacos subam durante a atividade física e diminuam durante o descanso e o sono. Também é esperado que esse ritmo do coração sofra pequenas irregularidades ocasionalmente", explica o instituto.
Nos quadrosarritmia, porém, essas batidas do coração ficam irregulares demais. Elas podem se tornar muito rápidas ou muito lentas, ou assumir um comportamento absolutamente inconstante.
E esse comportamento errático do órgão faz com que uma quantidade insuficientesangue seja distribuída para o corpo — o que gera uma sérieproblemas, desde tontura e faltafôlego a desmaios e palpitações.
Ainda segundo o NHLBI, existem diferentes tiposarritmia, que são classificadosacordo com o local onde elas acontecem.
Há, por exemplo, as arritmias supraventriculares, que começam no átrio (as câmaras superiores do coração) ou nas estruturas que marcam a fronteira com os ventrículos (as câmaras inferiores).
Dentro desse grupo, encontra-se a fibrilação atrial — o quadro diagnosticado no técnico Tite.
Esse é o tipoarritmia mais comum, que afeta entre 2 e 4% da população mundial, segundo diversos levantamentos internacionais.
Nesse quadro, o coração chega a bater mais400 vezes por minuto (em repouso, o normal é que esse órgão bata entre 60 e 100 vezes por minuto).
Além disso, as câmaras superiores (os átrios) e as inferiores (os ventrículos) não trabalhamconjunto, como o esperado.
Esse descompasso faz com que os ventrículos não recebam a quantidadesangue suficiente para suprir toda a demanda do organismo.
Também fazem parte do grupo das arritmias supraventriculares o flutter atrial e a taquicardia paroxística.
Há também o grupo das arritmias ventriculares, que começam nas câmaras cardíacas inferiores. O NHLBI pontua que elas podem ser bastante perigosas e necessitamcuidados médicos imediatos.
No caso do zagueiro Juan Izquierdo, não foi divulgado qual tipo específicoarritmia ele apresentou.
Um artigo2012 publicado no site do Instituto do Coração (Incor),São Paulo, estima que "até 20% da população tem algum tipoarritmia cardíaca, incluindo aquelas que levam à morte súbita".
"Trata-seuma doença grave na qual a qualidadevida do paciente é comprometida, podendo chegar ao pontoele perder totalmente a autonomia", diz o texto.
A Sociedade BrasileiraArritmias Cardíacas (Sobrac) calcula que, a cada ano, mais300 mil pessoas são vítimasmorte súbita no Brasil, grande parte delas vítimas da arritmia cardíaca fatal.
Os sintomas e o diagnóstico da arritmia cardíaca
A British Heart Foundation, uma organização sobre saúde cardiovascular do Reino Unido, lista os sinais mais comunsuma arritmia:
- Palpitações no peito;
- Enjoo e náusea;
- Sensaçãodesmaio;
- Faltafôlego;
- Desconforto no tórax;
- Cansaço.
A entidade aponta que os sintomas podem variaracordo com o tipoarritmia que o paciente tem.
Mas como é feito o diagnóstico da condição?
O NHS, o serviçosaúde pública do Reino Unido, explica que quando esses sintomas persistem por muito tempo ou existe um histórico familiarmorte súbita por problemas cardiovasculares, é importante passar por uma avaliação médica.
Um dos métodos mais usados para detectar as arritmias é o eletrocardiograma. O exame faz um registro do sistema elétrico do coração, para ver como está o ritmobatidas do órgão.
"Mesmo se o eletrocardiograma não encontrar nenhuma alteração, pode ser necessário fazer outros monitoramentos", diz o NHS.
Outro teste comum aqui é o holter, um pequeno dispositivo que avalia o funcionamento do coração por um período24 horas (ou mais, se o especialista achar necessário).
Caso a arritmia aconteçamomentosatividade física, o médico pode ainda sugerir a realizaçãotestesesforço, que são feitosesteiras ou bicicletas ergométricas.
Por fim, também pode ser necessário fazer um monitoramento contínuo do coração ou outros exames, como um estudo eletrofisiológico ou um ecocardiograma (um ultrassom do músculo cardíaco).
As causas da arritmia cardíaca
O NHLBI, dos EUA, explica que as arritmias "são geralmente causadas por um problema no sinal elétrico do coração".
"Frequentemente, a condição se desenvolve a partirum gatilho. Em alguns casos, a causa da arritmia não é conhecida", diz o instituto.
Entre as possíveis origens da doença, destacam-se:
- Idade: conforme envelhecemos, o coração pode sofrer algumas lesões ou sentir as consequênciaslongo prazocondições crônicas, como colesterol alto, hipertensão, problemas na tireoide e diabetes;
- Genética: algumas arritmias que aparecemcrianças e adolescentes estão relacionadas a defeitos congênitos ou problemas herdados das gerações anteriores;
- Estilovida: estudos revelam que o riscoter uma arritmia é maior entre fumantes, usuáriosdrogas ilegais, como cocaína e anfetaminas, e quem bebe muito álcool;
- Remédios: alguns fármacos prescritos para tratar outros problemassaúde, como hipertensão, alergias, infecções bacterianas ou transtornos psiquiátricos, podem gerar uma arritmia. Antesinterromper o uso deles, no entanto, é importante passar por uma avaliação para ver se é possível fazer um ajustedoses ou trocar o princípio ativo;
- Outras doenças: as arritmias também são mais frequentesindivíduos com cardiomiopatias, defeitos cardíacos congênitos, inflamação cardíaca, doenças renais, pulmonares, obesidade, apneia do sono, gripe, covid-19, entre outras.
Existem também alguns fatores que podem engatilhar as arritmiasdeterminadas pessoas.
É o casoaumentos ou baixas na quantidadeaçúcar no sangue, cafeína, drogas, quadrosdesidratação, faltaeletrólitos (potássio, magnésio e cálcio, por exemplo), atividade física, questões emocionais (como estresse, ansiedade, raiva, dor e surpresa), vômitos e tosses.
Nesses casos, uma das maneirasprevenir as arritmias é justamente evitar sempre que possível esses gatilhos — embora isso não descarte a necessidadeum acompanhamento médico e uma busca por tratamentos efetivos, sobre os quais falaremos adiante.
Como é o tratamento da arritmia cardíaca
O NHS destaca que o controle da arritmia depende do tipo do quadro — e se o coração está batendo mais rápido ou mais devagar do que o esperado.
Também há a necessidadetratar as condições que estão por trás do descompasso cardíaco.
Se o paciente está com diabetes, pressão e colesterol fora das metas, por exemplo, é importante lidar com esses fatores também.
Já os tratamentos específicos da arritmia envolvem:
- Remédios, como os betabloqueadores e os bloqueadores dos canaiscálcio;
- Cardioversão-desfibrilação (dar um choque elétrico no peito para que o ritmo do coração volte ao compasso);
- Ablação por catéter (técnica cirúrgica que "queima" e destrói o tecido cardíaco doente, onde se origina a arritmia);
- Instalaçãomarca-passos ou outros pequenos dispositivos que mantêm o ritmo adequado das batidas do coração;
A British Heart Foundation lembra que a maioria das arritmias são tratáveis. "Isso significa que, com a terapia correta, o paciente pode seguir a vida normalmente".
"Viver com um ritmo cardíaco anormal pode ser emocionalmente desafiador para a pessoa e a família. E é importante lidar com a ansiedade e o estresse relacionados ao quadro", conclui a instituição.
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