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"É extremamente importante, pois somos seres humanos, viemos das cavernas e precisamos nos sentir, antesbetnacional apostastudo, seguros onde moramos e também manter conexão com a natureza", declarou García à BBC News Mundo (o serviçobetnacional apostasespanhol da BBC).
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"Se você estiverbetnacional apostasum espaço muito pequeno que não tenha luz, nem acesso à vegetação, por exemplo, é provável que ele não faça você se sentir feliz."
Um estudo realizado nos Estados Unidos calculou que os norte-americanos passam,betnacional apostasmédia, 90% da vida entre paredes – seja no lar, no trabalho oubetnacional apostascentrosbetnacional apostasestudo.
Em outros países, este percentual pode ser menor, mas o espaço onde vivemos certamente irá causar impactos, ainda que subconscientes, sobre as nossas emoções.
A seguir, veja 10 conselhosbetnacional apostasarquitetos e designers para transformar os nossos laresbetnacional apostasuma maior fontebetnacional apostasbem-estar.
1. Conhecer a si próprio
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"Cores claras ampliam os espaços, o amarelo energiza e assim por diante."
Podemos encontrar muitas sugestões deste tipo na internet oubetnacional apostasrevistasbetnacional apostasarquitetura oubetnacional apostasdecoração. Mas o fundamental, segundo García, é se perguntar: Do que eu gosto? O que faz com que eu me sinta bem?
"Eu gostobetnacional apostasdizer aos meus clientes que uma coisa é a teoria e o que dizem os escritos – que o branco faz com que um espaço pareça maior, por exemplo", explica ela. "Mas,betnacional apostasúltima análise, somos indivíduos e temos nossas experiências."
"Em El Salvador, por exemplo, saem as procissões na Semana Santa. E, na procissão da Sexta-Feira Santa, todos saembetnacional apostasroxo."
"Para mim, o roxo, desde pequena, era muito forte e é algo que associo à mortebetnacional apostasJesus. Mas existem pessoas que adoram roxo e a cor as deixa felizes", afirma García.
"Não é questãobetnacional apostasseguir tendências, masbetnacional apostasestarbetnacional apostasharmonia com o seu ser e saber o que faz você se sentir bem ou não."
Podemos morar na mesma casa com outras pessoas, mas cada umbetnacional apostasnós passou por experiências diferentes, acrescenta ela. "Para mim, o trabalho mais importante como designer é entender do que o meu cliente gosta e do que ele não gosta."
"Mesmo que ele me diga uma coisa – porque, às vezes, as pessoas dizem algo só porque parece ser o que elas deveriam dizer – mas, na verdade, não é daquilo que elas realmente gostam."
2. Maximizar a luz natural
"Pessoalmente, a luz é o fator número 1, pois é a origem da vida", segundo García.
A luz natural favorece os nossos ritmos circadianos, que regulam nosso ciclobetnacional apostassono e vigília, além dos hormônios. E, se houver diversos espaços pequenosbetnacional apostasuma moradia, García considera muitas vezes a possibilidadebetnacional apostasderrubar paredes.
Uma alternativa é trocar janelas. Mas, se nada disso for possível, "você pode permitir a entradabetnacional apostasmais luzbetnacional apostasoutras formas – usando espelhos ou elementos que reflitam a luz, por exemplo".
"Existem também os acabamentosbetnacional apostaspinturas, já que a mesma cor pode ser opaca, acetinada ou brilhante", explica ela. "E isso também ajuda a refletir a luzbetnacional apostasum objeto para outro e a manter a luz no seu entorno."
Outra opção, segundo a arquiteta, é simplesmente aceitar que um espaço seja mais escuro e dar a ele outro uso.
"Se você for uma pessoa muito ativa, que precisabetnacional apostasluz para fazer as coisas, mas quer se sentir protegida e acalentada à noite, você pode se retirar para um espaço um pouco mais escuro que ofereça esta sensaçãobetnacional apostasproteção", indica ela.
"Um espaço escuro não precisa necessariamente ser negativo. Ele pode também ser algo positivo, dependendo do seu uso."
3. Trazer a natureza para casa
O termo "biofilia" significa, literalmente, amor à vida. Ele é usado para descrever nossa conexão inata com a natureza.
Reconhecer esta tendência ancestral na nossa casa é tão importante que gerou o que é chamadobetnacional apostasdesign biofílico.
"Trata-sebetnacional apostasincorporar a naturezabetnacional apostastodas as suas formas (incluindo padrões, materiais, formas, espaços, odores, imagens e sons) ao projeto urbanobetnacional apostasdiferentes escalas", explicou à BBC Worklife a pesquisadorabetnacional apostasurbanismo australiana Jana Söderlund, autora do livro The Emergence of Biophilic Design ("O surgimento do design biofílico",betnacional apostastradução livre).
"Grande parte disso é senso comum, pois fomos programados evolutivamente para reagir à natureza", acrescenta. "Às vezes, precisamos apenasbetnacional apostasum lembrete."
Não se trata apenasbetnacional apostaster uma planta na sala. É possível também acrescentar uma "experiência indireta com a natureza" com tonsbetnacional apostasterra, que podem ter efeitos positivos, tanto psicológicos quanto fisiológicos.
Söderlund recomenda testar verde-floresta, azul-celeste ou tonsbetnacional apostasmarrom, corbetnacional apostasterra. "Olhe pela janela e imagine como você pode levar essas cores para o lado interno", orienta ela.
García acrescenta que, se morarmosbetnacional apostaspaíses com clima extremo ou não tivermos "boa mão" para as plantas, "é preferível ter uma planta, mesmo que seja artificial, a não ter nenhuma".
4. Escolher materiais naturais
"Os materiais naturais são aqueles com que normalmente mais nos identificamos", segundo García. "Porque também temos deles uma memória histórica, quando os seres humanos caçavam e moravambetnacional apostasedificações simples."
"Este contato com o adobe, com a madeira, com a palha, com todo este tipobetnacional apostasmateriais que conectam você à natureza é algo intrínseco no subconsciente humano."
A arquiteta relembra que, na décadabetnacional apostas1980, houve uma tendência a rejeitar o que é natural e preferir o moderno e o metálico.
"Mas, agora, estamos retornando ao natural. Se você pegar um material natural como a madeirabetnacional apostasvezbetnacional apostasum material metálico, seu ritmo cardíaco se altera."
Um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, e um teste clínico da Universidade Brown, nos Estados Unidos, demonstraram que a presença visualbetnacional apostaselementosbetnacional apostasmadeira pode reduzir o estresse com mais eficácia do que as plantas. Já as moradias com cercabetnacional apostas45% das superfíciesbetnacional apostasmadeira aumentam a percepçãobetnacional apostascomodidade e reduzem a pressão arterial.
Outro estudo solicitou aos participantes que tocassembetnacional apostassuperfíciesbetnacional apostasaço inoxidável, cerâmica, mármore ebetnacional apostasum painelbetnacional apostascarvalho. Os resultados demonstraram que tocar o painelbetnacional apostasmadeira apresenta efeito calmante sobre o sistema nervoso.
García relembra que "existem tecidos naturais, como a lã e o linho".
"As fibras naturais podem servir para suas almofadas, poltronas ou colchas, se fizer frio. Estes materiais naturais são diferentes ao tato."
"Agora, a tecnologia melhorou e, às vezes, é difícil diferenciar à primeira vista se um material é natural ou uma imitação artificial", explica ela. "Mas, inconscientemente, o ser humano sabe. Você pode não perceber, mas se sentar ou tocarbetnacional apostasalgo natural muda o seu humor."
5. Facilitar a circulação do ar
Quando García transforma espaços muito pequenos derrubando paredes, isso gera "a ilusãobetnacional apostasque, visualmente, o espaço termina mais longe. Mesmo tendo a mesma área, você se sente diferente."
Isso também permite o que García chamabetnacional apostas"ventilação cruzada".
"Em espaços pequenos, o mais comum é que cada quarto tenha só uma janela", explica ela. "Mesmo que você a deixe aberta e entre um poucobetnacional apostasar, o vento não se canaliza, não tem por onde sair."
"Mas, se você abrir a porta para outro quarto, que tenha outra janela, pode haver trocabetnacional apostasar. Você tem acesso não só à iluminação dos dois lados, mas pode também ventilar o ar. Isso se chama ventilação cruzada."
"Somos compostosbetnacional apostaságua, mas tambémbetnacional apostasenergia", afirma García. "A energia precisa ser renovada e tem que circular, para trazer mais energia positiva. Senão, fica estancada."
6. Não sobrecarregar
É importante não superlotar um espaço com móveis e outros objetos, principalmente se ele for pequeno.
"A energia, a luz, tudo se move através do espaço e, se ele estiver sobrecarregado, a energia não flui ou os objetos não são iluminados porque há coisas demais."
Deixar alguns espaços vazios proporciona um respiro visual, um alívio mental.
García volta a insistir na ideiabetnacional apostasnos concentrarmos naquilo que nos agrada, como ter muitas fotosbetnacional apostaspessoas queridas, mas é preciso buscar o equilíbrio.
"Trata-sebetnacional apostasum equilíbrio entre o que deixa você feliz e um ambiente pesado, onde você já não se sente cômodo porque não há onde colocar um copo, ou você não consegue ver o outro lado do quarto", explica ela.
Sem este equilíbrio, existe o riscobetnacional apostasirmos para o outro extremo e nos sentirmos igualmente incômodos ou estressados.
"Você pode acabar optando por algo muito clínico ou estéril, onde tudo é muito branco e minimalista, e sentir que é 'melhor não tocarbetnacional apostasnada' ou 'se eu mover algo, irá ficar forabetnacional apostaslugar'", ressalta ela.
"Todas as tendências são válidas, mas é preciso não levá-las ao extremo."
7. Manter a organização
García destaca que a organização é fundamental, especialmente na cozinha.
"Tente não ter muitas coisas na bancada", orienta ela. "Embora você não seja uma pessoa meticulosamente organizada, observar sempre essa desordem irá inconscientemente gerar ansiedade."
A especialista afirma que este pequeno gesto – ter o mínimo sobre a bancada – pode chegar a melhorar o nosso humor.
"Se você tiver coisas que não usoubetnacional apostasum ano, o mais provável é que não irá ocupá-las", orienta ela. "Então, é melhor se desfazer delas e dar-lhes uma nova vida, ajudando pessoas que não as têm."
8. Considere a verticalidade
Em espaços muito pequenos, é possível instalar prateleiras altas, mas você também pode usar a verticalidadebetnacional apostasoutras formas.
Em casas com tetos altos, García propõe pendurar lâmpadas ou objetosbetnacional apostasarte no espaço superior, oubetnacional apostasalturas diferentes, para que não fiquem todos no mesmo nível.
"Com isso, você fazbetnacional apostasvisão se elevar, deixandobetnacional apostasse moverbetnacional apostasum único plano", explica a arquiteta.
No casobetnacional apostasbanheiros pequenos, García aconselha especialmente a pintar o tetobetnacional apostasoutra cor. "É uma ação que não irá ameaçar muito abetnacional apostasvida cotidiana e traz um poucobetnacional apostashumor."
"Pode ser um tom vivo, se você quiser olhar enquanto toma banhobetnacional apostasmanhã, ou uma cor serena, para ter paz na horabetnacional apostasdormir. Isso dependebetnacional apostascada personalidade."
9. Usar móveis multifuncionais
Em espaços reduzidos, é útil ter móveis que tenham maisbetnacional apostasuma função, segundo García.
"A flexibilidade é o mais importante. A mesma cadeira pode servir para alguém se sentar, para manter seus livros, como mesinhabetnacional apostasluz ou banquinho para alcançar alguma coisa", recomenda a arquiteta.
"Se você morabetnacional apostasum espaço pequeno e abetnacional apostassala for também seu refeitório, escritório e salabetnacional apostasjogos para as crianças, faça com que, no final do dia, elas tenham um lugar para guardar os brinquedos", como caixas decorativas.
"Assim, quando você sentir que o dia terminou, não haverá desordem para causar estresse."
García também aconselha, se o seu escritório ficar na sala, a guardar o laptop no final do dia e, se chegarem visitas, usar o mesmo móvel para servir comida.
"O importante é que, enquanto você estiver ocupando um espaço para uma determinada atividade, tudo sirva para aquilo, mas que você depois possa ocupar o mesmo espaço com outra finalidade."
10. Vá com calma
Se, ao ler estas sugestões, você sentir que gostariabetnacional apostassegui-las, mas não sabe por onde começar, respire profundamente... e sorria.
García relembra que seus conselhos são uma formabetnacional apostasnos empoderar, sem nos deixar esgotados.
"Comece com algo pequeno, com uma almofada que você viubetnacional apostasuma loja e se encantou, e depois você pode seguir progressivamente", indica ela. "Você não precisa fazer uma mudança da noite para o dia. Pode ser um processobetnacional apostaslongo prazo."
"E não tenha medobetnacional apostaserrar. Se um dia você tiver vontadebetnacional apostaspintar a paredebetnacional apostasverde, pinte. O pior que pode acontecer é que, amanhã, você volte a pintá-labetnacional apostasoutra cor."
"Pense, sobretudo,betnacional apostasuma paletabetnacional apostascores que deixe você feliz", orienta a arquiteta. "E lembre-sebetnacional apostasque aquilobetnacional apostasque você gosta hoje não será necessariamente o que irá agradar você amanhã."