Mulheres forçadas a caminhar nuas, espancadas e estupradas: uma triste realidade recorrente na Índia:casino sportingbet
A mulhercasino sportingbet42 anos foi arrastada, despida e obrigada a desfilar nua pela aldeia, sendocasino sportingbetseguida amarrada a um postecasino sportingbeteletricidade e espancada durante horas.
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Moradora da aldeiacasino sportingbetHosa Vantamuri, no distritocasino sportingbetBelagavi, no Estadocasino sportingbetKarnataka, no sul da Índia, ela estava sendo punida porque seu filhocasino sportingbet24 anos havia fugido com a namoradacasino sportingbet18 anos.
A jovem havia sido prometida pela família a outro homem e se casaria no dia seguinte. A família furiosa queria saber onde o casal estava.
Uma toneladacasino sportingbetcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A polícia chegou à aldeia por volta das 4h, após receber uma denúncia. Agentes resgataram Sasikala e a levaram ao hospital.
Relatos apontam que ela está sob trauma profundo. O marido dela disse a um ministrocasino sportingbetEstado que visitou o hospital que "nem minha esposa e nem eu sabíamos sobre o relacionamento".
Maiscasino sportingbetuma dúziacasino sportingbetpessoas foram presas e um policial local foi suspenso por "abandono do dever".
O incidente ganhou manchetes nacionais e as autoridades foram acionadas. O ministro-chefecasino sportingbetKarnataka, Siddaramaiah, chamou o episódiocasino sportingbet"ato desumano" e prometeu justiça à mulher.
O governo deu a ela algumas terras agrícolas e uma indenização, embora as autoridades tenham reconhecido que não haveria compensação suficiente pela humilhação que ela sofreu.
A juíza do tribunal superiorcasino sportingbetKarnataka, Prasanna Varale, e o juiz MGS Kamal, que convocaram a polícia e iniciaram uma apuração por conta própria, disseram estar "chocados" com o fatocasino sportingbettal incidente poder ocorrer na Índia moderna.
Mas o casocasino sportingbetBelagavi não é raro e vários incidentes semelhantes chegaram às manchetes na Índia nos últimos anos.
Casos se multiplicam
Uma das histórias que provocaram indignação global veio do Estadocasino sportingbetManipur, no nordeste do país,casino sportingbetjulho.
Um vídeo viral mostrou duas mulheres sendo arrastadas e apalpadas por uma multidãocasino sportingbethomens. Em seguida, uma delas aparentemente foi estuprada por diversos deles.
O terrível ataque teve um viés político - Manipur foi assolada por violentos confrontos étnicos envolvendo as comunidades Kuki e Meitei.
Mas casoscasino sportingbetoutros Estados mostram que incidentes do tipo estão muitas vezes enraizadoscasino sportingbetconflitoscasino sportingbetcastas ou familiares, com os corpos das mulheres se tornando rotineiramente o campocasino sportingbetbatalha.
Em agosto, uma mulher grávidacasino sportingbet20 anos foi obrigada a caminhar nua no Rajastão pelo marido e pelos sogros, depoiscasino sportingbetsupostamente tê-lo trocado por outro homem.
Uma mulhercasino sportingbet23 anoscasino sportingbetGujarat foi punidacasino sportingbetforma semelhante por fugir com outro homemcasino sportingbetjulhocasino sportingbet2021.
Em maiocasino sportingbet2015, cinco mulheres dalits tiveram que desfilar nuas e foram espancadas por membroscasino sportingbetuma outra castacasino sportingbetUttar Pradesh, depoiscasino sportingbetuma das suas filhas ter fugido com um rapaz dalit.
Em 2014, uma mulhercasino sportingbet45 anos no Rajastão foi exposta nua sobre um burro depoiscasino sportingbetser acusadacasino sportingbetmatar o sobrinho.
Estes são apenas alguns casos que chegaram às manchetes, mas há uma falta geralcasino sportingbetdados sobre tais incidentes. Alguns casos são politizados, com partidoscasino sportingbetoposição os expondo para constranger governos estaduais.
Mas ativistas dizem que as mulheres muitas vezes não denunciam estes crimes por medocasino sportingbetquestionamentos insensíveis por parte da polícia e nos tribunais.
"Os casos que envolvem agressão a mulheres são sempre subnotificados por vergonha. As famílias não se manifestam porque é uma questãocasino sportingbethonra e o sistema não apoia as sobreviventes nem lhes dá um espaço seguro para denunciar esses crimes", afirma a advogada e ativistacasino sportingbetdireitos humanos Sukriti Chauhan.
No banco nacionalcasino sportingbetdados do país, este crime é registrado sob uma descrição ampla chamada "agressão com intençãocasino sportingbetultrajar a modéstia [de uma mulher]", que associa o crime a casoscasino sportingbetassédio nas ruas, gestos sexuais, voyeurismo e perseguição.
No ano passado, foram registrados 83.344 casos deste tipo, com 85.300 mulheres afetadas.
Tais casos são tratados sob o artigo 354.º do Código Penal Indiano e puníveis com apenas três a sete anoscasino sportingbetprisão – o que, segundo Chauhan, é "absurdamente inadequado".
"É uma zombaria da justiça. A lei só funciona quando desestimula. No momento, esta lei não é um impedimento para os abusadores e prejudica as mulheres. Ela precisa ser alterada para aumentar a punição", diz ela.
No tribunal superiorcasino sportingbetKarnataka, juízes também observaram que o ataquecasino sportingbetBelagavi foi assistido por "uma multidãocasino sportingbet50-60 membros do vilarejo", acrescentando que "apenas um homem tentou intervir e também foi espancado".
Destacando a necessidadecasino sportingbet"responsabilidade coletiva" para pôr fim a tais atrocidades, os juízes citaram um caso da décadacasino sportingbet1830 – quando a Índia era controlada pelos britânicos – apontando que uma aldeia inteira foi obrigada a pagar por um crime.
"Todas as pessoas da aldeia deveriam ser responsabilizadas. Alguém poderia ter tentado impedir isso", disseram.
O presidente do tribunal Varale invocou uma passarem do épico Mahabharat,casino sportingbetque uma mulher (Draupadi) é salva pelo deus hindu Krishna quando está sendo despida. Ele aconselhou as mulheres "a pegaremcasino sportingbetarmas, pois nenhum Deus virá protegê-las".
Esse conselho, acredita Chauhan, não é viável.
"Não somos Draupadis e não há armas para pegar. Além disso, a responsabilidade não pode recair sobre as mulheres. A lei tem que enfrentar o infrator, mas não, ela diz às mulheres que elas precisam encontrar uma maneiracasino sportingbetpermanecerem seguras." ela diz.
"A mensagem que precisamos transmitir é pelo fim das batalhas étnicas,casino sportingbetcastas e familiares sobre os nossos corpos, eles não são o seu campocasino sportingbetbatalha", acrescenta ela.
Maumil Mehraj, pesquisadora que trabalha com jovens sobre igualdadecasino sportingbetgênero, diz que "as mulheres têmcasino sportingbetaguentar desproporcionalmente o peso dos conflitos".
Tais incidentes, diz ela, também têm um elementocasino sportingbetvoyeurismo porque são vistos, fotografados e filmados.
Em Belagavi, ela conta, um dos detidos é menorcasino sportingbetidade, o que indica que tais crimes foram normalizados a tal ponto que até a próxima geração cresceu com ideiascasino sportingbetgênero arraigadas.
"Então será suficiente uma lei para lidar com esses casos? Acho que a única solução é criar meninos melhores. É necessário ensiná-los que vincular o corpocasino sportingbetuma mulher àcasino sportingbetprópria honra é problemático", diz ela.
"É uma tarefa hercúlea, mas tem que começar. Caso contrário, esta violência cruel contra as mulheres continuará."