A ondaprotestos na Índia após médica ser estuprada e mortahospital:

Uma médica jovemmanifestação segurando cartazque se lê: 'violência contra médicos, é violência contra humanidade'.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Médicos protestam contra o estupro e assassinatouma colega dentroum hospital públicoCalcutá

A marcha acontece na véspera do Dia da Independência da Índia, celebrado nesta quinta-feira (15/8). Médicos indignados entraramgreve na cidade etodo o país, exigindo uma lei federal rigorosa para protegê-los.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Stickman Parkour 2: Lucky Block é um jogo parkour stickman 2D onde você vira, salta borda e salta 💪 duas vezes {k0} 80 níveis únicos! Cuidado com obstáculos como TNT ou gelo e utilize blocos úteis como limo 💪 para se lançar para a frente! Corra contra outro stickman {k0} cada nível e teste suas habilidades para ver 💪 se você pode se tornar o melhor herói do parkour!

Muitos outros Jogos Stickman foram criados devido à popularidade do 💪 gênero. Por exemplo Stickman Hook, Stick Fighter e War of Sticks.

m Shakespeare. A cópia do Bodleian "é a única cópia conhecida deste livro {k0}

xistência." O Livro Mais Raros do... 🍋 Mais Tram Schguinhos cardeal cautelar dizem

casinoestoril

dge; Starkid ́sa OBstacle Course”. Heartengame On Earth? Duality of OppositEs Yummy

ock - Play it now at Coolmath Jogos 🌧️ \n cool maath game os : 0-worldm/harde comjogo {k0}

Fim do Matérias recomendadas

O trágico incidente voltou a colocarevidência a violência contra médicos e enfermeiros no país. Relatosmédicos, independentemente do gênero, sendo agredidos por pacientes e seus parentes ganharam muita atenção.

As mulheres — que representam quase 30% dos médicos na Índia e 80% da equipeenfermagem — são mais vulneráveis ​​do que seus colegas homens.

O crime no hospitalCalcutá na semana passada expôs os riscossegurança alarmantes enfrentados por equipes médicasvárias unidades públicassaúde da Índia.

Cartazes colados do ladofora do Hospital Universitário RG Kar

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O incidente aconteceu no Hospital Universitário RG Kar, um dos mais antigos da Índia
Pule Que História! e continue lendo
Que História!

A 3ª temporada com histórias reais incríveis

Episódios

Fim do Que História!

No Hospital RG Kar, que atende mais3,5 mil pacientes diariamente, os médicos residentes sobrecarregados — alguns trabalham até 36 horas seguidas — não contam com salas específicas para descanso, forçando-os a repousaruma salaseminários no terceiro andar.

Relatos indicam que o suspeito preso, um trabalhador voluntário com um passado conturbado, tinha acesso irrestrito à enfermaria, eimagem foi capturada por câmerassegurança. A polícia alega que o voluntário não passou por nenhuma verificaçãoantecedentes criminais.

"O hospital sempre foi a nossa primeira casa; só vamos para casa para descansar. Nunca imaginamos que poderia ser tão inseguro. Agora, depois desse incidente, estamos apavorados", diz Madhuparna Nandi, uma médica recém-formada do Hospital Universitário NacionalCalcutá, uma instituição76 anos.

A própria jornadaNandi mostra como as médicashospitais públicos da Índia se resignaram a trabalharcondições que comprometemsegurança.

Madhuparna Nandimáscara
Legenda da foto, Madhuparna Nandi diz que não há salas destinadas ao descanso, nem banheiro feminino para as médicas no hospitalque trabalha

No hospitalque ela é residenteginecologia e obstetrícia, não há salas destinadas ao descanso nem banheiros separados para profissionais do sexo feminino.

"Eu uso os banheiros dos pacientes ou da equipeenfermagem se permitirem. Quando trabalho até tarde, às vezes durmoum leitopaciente vazio na enfermaria ouuma salaespera apertada com uma cama e uma pia", conta Nandi.

Ela diz que se sente insegura até mesmo no quartoque descansa, após turnos24 horas, que começam com plantão ambulatorial e continuam com rondas na enfermaria e na maternidade.

Uma noite2021, durante o pico da pandemiacovid-19, alguns homens invadiram seu quarto, e a acordaram, tocando nela e exigindo:

"Levanta, levanta. Venha ver nossa paciente."

"Fiquei completamente abalada com o incidente. Mas nunca imaginamos que chegaria ao pontoque uma médica poderia ser estuprada e assassinada dentro do hospital", diz Nandi.

Equipe médica atendendo pacientes com covid-19pronto-socorro2021

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Cerca30% dos médicos na Índia são mulheres,acordo com uma estimativa

O que aconteceu na última sexta-feira não foi um incidente isolado.

O caso mais chocante continua sendo oAruna Shanbaug, enfermeiraum renomado hospitalMumbai, que foi deixadaestado vegetativo permanente após ser estuprada e estrangulada por um funcionário na enfermaria1973. Ela morreu2015, após 42 anoscoma.

Mais recentemente,Kerala, Vandana Das, uma médica estagiária23 anos, foi morta após ser apunhalada com tesouras cirúrgicas por um paciente bêbado no ano passado.

Em hospitais públicos superlotados com acesso irrestrito, os médicos enfrentam com frequência a fúriaparentes dos pacientes após uma morte ou por exigir tratamento imediato.

A anestesista Kamna Kakkar lembraum incidente angustiante durante o turno da noiteuma unidadeterapia intensiva (UTI),meio à pandemiacovid-19,2021, no hospitalque trabalhavaHaryana, no norte da Índia.

"Eu era a única médica na UTI quando três homens, alardeando o nomeum político, forçaram a entrada, exigindo um medicamento controlado muito procurado. Eu dei a eles para me proteger, sabendo que a segurança dos meus pacientes estavajogo", recorda Kakkar.

Namrata Mitra, uma patologistaCalcutá que estudou na FaculdadeMedicina RG Kar, diz que seu pai, que é médico, costumava acompanhá-la no trabalho porque ela não se sentia segura.

Médicosmanifestação segurando cartazesprotesto contra o incidenteCalcutá.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Médicos do Aiims, maior hospitalDéli, organizaram um protesto contra o incidenteCalcutá

"Durante meu plantão, levava meu pai comigo. Todo mundo ria, mas eu tinha que dormirum quarto afastado,um corredor longo e escuro, com um portãoferro trancado, que só um profissionalenfermagem poderia abrir se um paciente chegasse”, escreveu Mitrauma publicação no Facebook no fimsemana.

"Não tenho vergonhaadmitir que sentia medo. E se alguém da enfermaria — um funcionário ou até mesmo um paciente — tentasse alguma coisa? Aproveitei o fatomeu pai ser médico, mas nem todo mundo tem esse privilégio."

Quando trabalhavaum centrosaúde públicoum distritoBengala Ocidental, Mitra passava as noitesum prédioum andar caindo aos pedaços que servia como alojamento para os médicos.

"Quando anoitecia, um grupogarotos se reunia ao redor da casa, fazendo comentários obscenos enquanto entrávamos e saíamos para emergências. Eles nos pediam para medirpressão arterial, como desculpa para nos tocar, e espiavam pelas janelas quebradas do banheiro", ela escreveu.

Anos depois, durante um plantão na emergênciaum hospital público, "um grupohomens bêbados passou por mim, criando um tumulto, e um deles até me apalpou", contou Mitra.

"Quando tentei reclamar, encontrei os policiais cochilando com suas armaspunho."

Médica protestando com cartazque se lê: Paremmatar aqueles que curam.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As médicas jovens não parecem estar muito esperançosas quanto às reformas para protegê-las

As coisas pioraram ao longo dos anos, diz Saraswati Datta Bodhak, farmacêuticaum hospital público no distritoBankura,Bengala Ocidental.

"Minhas duas filhas são médicas jovens, e elas me contam que os hospitais universitários no Estado estão infestadoselementos antissociais e bêbados", afirma.

Bodhak se lembrater visto um homem com uma arma circulando por um dos principais hospitais públicosCalcutá durante uma visita.

A Índia não tem uma lei federal rigorosa para proteger os profissionaissaúde. Embora 25 Estados tenham algumas leis para prevenir a violência contra eles, as condenações são "quase inexistentes", diz RV Asokan, presidente da Associação Médica Indiana (IMA, na siglainglês).

Um levantamento2015 da IMA mostrou que 75% dos médicos na Índia enfrentam alguma formaviolência no trabalho.

"A segurança nos hospitais é quase inexistente", afirma.

"Um dos motivos é que ninguém pensa nos hospitais como zonasconflito."

Alguns Estados, como Haryana, contrataram seguranças particulares para reforçar a segurançahospitais públicos.

Em 2022, o governo federal pediu aos Estados para enviar forçassegurança treinadas para hospitais sensíveis; instalar câmerascircuito internosegurança; criar equipesreação rápida; restringir a entrada"indivíduos indesejáveis"; e registrar denúncias contra os infratores. Claramente, não houve grandes avanços.

Mesmo os médicos que estão protestando não parecem muito esperançosos.

"Nada vai mudar... A expectativa é que os médicos trabalhem 24 horas por dia e tolerem o abuso como norma", diz Mitra. É um pensamento desolador.