'Hoje começamos a cortar os mortos para comê-los': as cartas que revelam a tragédia do avião que caiu nos Andes:bonus n1bet

Crédito, Netflix

Legenda da foto, O filme 'A Sociedade da Neve' estreiabonus n1betdezembro nas salasbonus n1betcinema e chega ao streamingbonus n1betjaneiro

Para os sobreviventes, ali começava uma impiedosa jornadabonus n1bet72 dias, isoladosbonus n1bettudo, sob temperaturas baixíssimas durante o dia e insuportáveis à noite, quase sem suprimentos parabonus n1betsobrevivência.

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O avião decolou da capital uruguaia, Montevidéu, com 40 passageiros (a maioria, jogadoresbonus n1betrugby, seus amigos e familiares) e cinco tripulantes. Mas apenas 16 deles voltaram para contar a história.

Coco Nicolich registroubonus n1betpróprio punho o horror que eles enfrentaram, incluindo a antropofagia. Eles foram obrigados a se alimentar dos corpos dos passageiros mortos para continuar vivos.

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Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Gustavo Nicolich tinha 20 anosbonus n1betidade. Ele viajava para jogar uma partidabonus n1betrugby no Chile, quando o avião que o transportava caiu na cordilheira dos Andes
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Fim do Que História!

"De minha parte, pedi a Deus que, dentro do possível, este dia nunca chegasse", contou ele. "Mas chegou e precisamos enfrentá-lo com valentia e fé."

"Fé porque cheguei à conclusãobonus n1betque os corpos estão ali porque Deus os colocou e, como a única coisa que interessa é a alma, não tenho por que ter muitos remorsos."

"E, se chegasse um dia e eu, com meu corpo, pudesse salvar alguém, eu o faria com gosto", prosseguiu ele.

Os sobreviventes formaram um grupo que recebeu o nomebonus n1bet"sociedade da neve" – uma formabonus n1betvida isolada do mundo conhecido, com outras regras, estabelecidas para a sobrevivênciabonus n1betum conceito mais do que extremo. Uma contingência que ninguém poderia ter imaginado.

A "sociedade da neve" deu o nome a um documentário do cineasta uruguaio Gonzalo Arijón. E também já havia sido o títulobonus n1betum livrobonus n1betautoriabonus n1betPablo Vierci, também uruguaio, publicadobonus n1bet2008. Vierci conhecia muitos dos protagonistas do episódio desde seus temposbonus n1betescola.

Foi com base nesse livro que o diretor espanhol Juan Antonio Bayona dirigiu o filme A Sociedade da Neve, que estreou na segunda semanabonus n1betdezembro na América Latina e na Espanha. O filme estará disponível na Netflixbonus n1betjaneiro.

O documentário foi indicado para o Globobonus n1betOuro 2024bonus n1betmelhor filmebonus n1betlíngua não inglesa e é o representante espanhol na disputa pelo Oscar.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O avião que levava os atletas uruguaios para o Chile caiu nos Andes no dia 13bonus n1betoutubrobonus n1bet1972

O cenário e o entorno

Coco Nicolich fazia partebonus n1betum grupobonus n1betjogadoresbonus n1betrugby amador do clube Old Christians. A equipe era formada por ex-alunos do colégio católico Stella Maris,bonus n1betMontevidéu, fundado pela Congregação dos Irmãos Cristãos.

A equipe viajava com amigos e familiares para disputar uma partida amistosa contra o clube chileno Old Boys.

Nicolich gostavabonus n1betescrever. Por isso, ele decidiu relatar o que estava vivendobonus n1betduas cartas, uma destinada aos seus pais, seus três irmãos ebonus n1betnamorada e a outra, exclusivamente para a namorada.

Sua narração suavizava alguns aspectos do que eles estavam vivendo, especialmente no princípio da primeira carta.

"Estamosbonus n1betum lugar divino, todo rodeado por montanhas e com um lago ao fundo que irá descongelar assim que começar o degelo", contou ele. "Estamos todos muito bem."

Mas, das 45 pessoas a bordo do voo 571, 18 já estavam mortas naquele dia.

Era 21bonus n1betoutubrobonus n1bet1972. Eles ainda não haviam começado a se alimentar dos corpos das pessoas mortas. Enquanto isso, nabonus n1betcasabonus n1betMontevidéu, a famíliabonus n1betCoco ainda colocava um prato na mesa para ele, na horabonus n1betcomer.

"O moral existente é incrível e há colaboração permanente entre todos. Roy [Harley], Diego [Storm], Roberto [Canessa], Carlitos [Páez] e eu estamos perfeitamente bem, apenas um pouco mais fracos e barbudos", dizia Nicolich.

Crédito, Museu Andes 1972

Legenda da foto, Gustavo 'Coco' Nicolich escreveu duas cartas parabonus n1betfamília, descrevendo o que estava acontecendo com eles nas montanha

"No domingo passado, passaram por cimabonus n1betnós dois aviões, duas vezes cada um. Por isso, estamos muito tranquilos e, acimabonus n1bettudo, convencidosbonus n1betque virão nos buscar. A única coisa que nos faz duvidar um pouco é que, como o avião se desviou da rota, quem sabe se ainda nos viram."

"Nossa fébonus n1betDeus é incrível (pode-se dizer que é comumbonus n1betcertos casos como este), mas acredito que seja muito maior", segundo ele.

Nicolich mencionou o desvio do avião porque, como as condições climáticas não eram boas naquele dia, o piloto e o copiloto decidiram não cruzar a cordilheira diretamentebonus n1betdireção a Santiago, mas sim ir primeiramente para o sul, até um lugar onde o trajeto era mais seguro, para dali atravessar a cordilheira.

"Vocês se perguntam como vivemos?", prossegue o jovem. "Bem, a verdade é que o avião ainda não estábonus n1betperfeitas condições e, no momento, não é um grande hotel, mas irá ficar muito bom."

Ele prossegue detalhando: "Água temosbonus n1betsobra. Comida, tivemos a sortebonus n1betnos sobrar uma latabonus n1bet[atum ou sardinhas] Costamar, quatrobonus n1betdoce, três latasbonus n1betmariscos, alguns chocolates e duas garrafas pequenasbonus n1betuísque. É claro [que] a comida não é muito abundante, mas dá para viver."

Na verdade, esses poucos alimentos eram extremamente racionados.

Quando já não havia sobrado quase nada, um dos sobreviventes comeu apenas um amendoim com chocolatebonus n1bettrês dias: no primeiro, ele comeu a coberturabonus n1betchocolate e guardou o amendoim no bolso; no segundo dia, ele partiu a semente e comeu a metade; e, no terceiro, ele terminou.

"Nos dias aqui, quando são lindos, pode-se ficar do ladobonus n1betfora até mais ou menos às seis da tarde; mas, se estão nublados, geralmente ficamos no hotel [avião] e apenas um pequeno grupo sai para ir buscar neve", contou Nicolich.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os restos das vítimas fatais da tragédiabonus n1bet1972 nos Andes repousam sob uma cruz no Vale das Lágrimas, onde caiu o avião da Força Aérea Uruguaia

'Estou morrendobonus n1betfrio'

O jovem passou então a descrever as condiçõesbonus n1betque eles precisavam passar os dias no "hotel".

"Os quartos não são muito cômodos, já que são para 26 pessoas (não conseguimos para menos), mas é alguma coisa. O espaço é um pouco reduzido, pois o que sobrou do avião foi da cabine (que foi desfeita) até a parte das asas, que ficaram espalhadas muito atrás."

Nicolich contou que, para abrir espaço na fuselagem, os assentos foram levados para o lado externo e o tecido sintético que os revestia foi retirado e transformadobonus n1betcobertores.

Coco dormia ao ladobonus n1betuma pessoa que, até o voo, era um completo desconhecido. Ramón "Moncho" Sabella, amigo dos companheirosbonus n1betclube, acompanhou a viagem, pensando que teria um bem-vindo períodobonus n1betférias.

"Estou morrendobonus n1betfrio, não aguento mais, estou congelando", disse Nicolich a Sabella na primeira noite na montanha. Moncho se encostou sobre Coco e o golpeou para aumentarbonus n1bettemperatura corporal.

Assim eles prosseguiram nas noites seguintes. Eles pegavam as mãos e enfiavam nos bolsos, baforando um ao outro para fornecer calor.

"Como verão, pouco a pouco estamos melhorando o conforto", escrevia Nicolich com otimismo.

Mas, ao lado deles, havia o corpobonus n1betuma senhora que eles também não conheciam, moribunda, entre os ferros e os assentos, contra a cabine dos pilotos.

Coco prosseguiu seu relato contando aos familiares o quanto ele os amava. E disse que a única coisa que desejava era chegar a Montevidéu para se casar combonus n1betnamorada, se ela também o quisesse.

"Mas não posso pensar muitobonus n1bettudo isso porque choro muito e me disseram para tentar não chorar para não me desidratar. Incrível, não?", lamentou ele.

A segunda carta

Coco Nicolich continuou escrevendo sobre o que acontecia na tragédiabonus n1betuma segunda carta, esta dirigida exclusivamente àbonus n1betnamorada, Rossina Machitelli.

"O dia hoje foi bárbaro, um sol divino e muito calor", começou ele dizendo.

"Hoje, apesarbonus n1bettudo, foi um dia um pouco depressivo, já que muita gente começou a desanimar (faz 10 dias que estamos aqui). Mas, para mim, por sorte ainda não senti o desânimo, pois sóbonus n1betpensar que vou voltar a ver você, ganho uma força incrível."

"Outra causa do desânimo geral é que, daqui a pouco, acaba a nossa comida", ele conta. "Restam apenas duas latasbonus n1betmariscos (pequenas), uma garrafabonus n1betvinho branco e um poucobonus n1betgroselha que, sem dúvida, para 26 homens (bem, também meninos que querem ser homens), não é nada."

E foi ali que ele contou como os sobreviventes iriam começar a se alimentar.

"Uma coisa que vai parecer incrível para você e para mim também. Hoje começamos a cortar os mortos para comê-los, não temos outra solução."

Nicolich prosseguiu dizendo que, se ele morresse, concordava que seu corpo fosse comido para que outras pessoas tentassem sobreviver.

"Quando você me encontrar, vai se assustar", alertou ele. "Estou imundo, barbudo, um pouco fraco, com um corte grande na cabeça, outro na frente que já sarou e um pequeno que fiz hoje, trabalhando na cabine do avião, alémbonus n1betpequenos cortes nas pernas e no ombro. Mas, com tudo isso, estou muito bem", escrevia Coco, procurando o lado positivo da tragédia.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Daniel Fernández Strauch, um dos sobreviventes do acidente, posa ao lado do escritor Pablo Viercibonus n1betuma apresentação do filme 'A Sociedade da Neve'

Em seguida, ele contava suas esperançasbonus n1betque fossem encontrados. Nicolich disse que, se os trabalhosbonus n1betbusca fossem suspensos, ele seria parte do grupo que iria sair para procurar ajuda.

"Dentrobonus n1bettrês ou quatro dias, quando recuperarmos um pouco das forças, acredito que um grupo irá sair para atravessar a parte da cordilheira que nos falta e espero [que] seja pouca", contou ele.

"Não temos a menor ideia [de] onde estamos, já que, quando voamosbonus n1betdireção ao Chile, o piloto acreditou ter passado por Curicó [no Chile, a 150 kmbonus n1betSantiago] e, no Chile, informaram que ele descesse."

"Imediatamente, ele diminuiu a velocidade e,bonus n1betpoucos segundos, pegamos alguns poçosbonus n1betar que nos fizeram baixar 1 mil a 2 mil pés [300 a 600 metros]. Quando o mecânico (que está vivo conosco) deu toda a potência possível, já era tarde", prossegue Nicolich.

"O choque foi incrível, [...] a cauda se enganchou na montanha e as asas voaram naquele momento. Em seguida, o avião começou a deslizar pela montanha ao mesmo tempobonus n1betque entrava neve pelas aberturas e íamos congelando pouco a pouco, até que,bonus n1betrepente, ele parou."

Coco começou então a recordar a primeira noite na cordilheira.

"Em seguida, escureceu e foi a noite mais longa, fria e triste da minha vida. Parecia com as descrições do Infernobonus n1betDante: um grito atrás do outro, um frio infernal que entrava por todos os lados, já que não conseguimos tampar nada e alguns passageiros que não conseguimos retirar totalmente dos seus lugares precisaram dormir presos aos seus assentos. Lamentavelmente, na manhã seguinte, vários morreram."

"Sem dúvida, ninguém nunca poderá voltar a sofrer o que sofremos naquela noite, mas, por sorte, já passou."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os sobreviventes da tragédia dos Andes ao lado do então presidente do Chile, Sebastián Piñera, e do tropeiro que encontrou os uruguaios que saírambonus n1betbuscabonus n1betresgate, Sergio Catalán. Fotobonus n1bet2012, 40 anos depois do acidente

"Pensarbonus n1bettudo o que tenho e nunca cheguei a valorizar; é incrível, tenho tudo o que quero e com tudo estou insatisfeito", refletiu o jovem.

Após 10 dias do acidente, as buscas foram suspensas. O Serviço Aéreobonus n1betRegate do Chile declarou que, se não haviam aparecido até então, eles já não seriam encontrados com vida.

Mas um grupobonus n1betsobreviventes conseguiu consertar um pequeno rádio Spica e sintonizar uma emissora que estava justamente falando sobre eles. Coco ouviu o que diziam no rádio e foi correndo informar seus companheiros.

"Tenho duas notícias para dar a vocês, uma ruim e uma boa", começou ele. "A ruim é que a busca foi suspensa. A boa é que, agora, viver ou morrer só dependebonus n1betnós."

O milagre dos Andes

O paibonus n1betGustavo Nicolich estava no Chile, procurando seu filho perdido, com a esperançabonus n1betque, algum dia, ele aparecesse. Era dezembrobonus n1bet1972 e o Natal estava chegando.

Até que,bonus n1betcerto momento, a notíciabonus n1betque haviam surgido cidadãos uruguaios vindos da cordilheira paralisou a sociedade, principalmente os familiares das vítimas.

A mãebonus n1betNicolich, Raquel Arocena, ouviu que havia na listabonus n1betsobreviventes um jovem chamado Gustavo. Tomadabonus n1betcerteza, ela tomou o primeiro avião rumo a Santiago.

Quando ela chegou ao hospital, a porta do elevador se abriu e ali estava Gustavo Zerbino, tentando sair. Raquel desmaiou. O Gustavo da lista não era seu filho.

Na noitebonus n1bet29bonus n1betoutubro, uma avalanche destruiu a fuselagem. Gustavo Nicolich e outras sete pessoas morreram sepultados pela neve.

Gustavo Zerbino beijou Raquel e disse: "Tenho uma carta do seu filho para você." Foi ali que a mãe reagiu.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em 23bonus n1betdezembrobonus n1bet1972, 16 uruguaios foram resgatados da montanha, 72 dias depois do acidente

Zerbino havia retirado as cartasbonus n1betum bolso do casaco do xará, junto ao coração. E as conservou no seu próprio bolso com outros pertences dos mortos para entregá-los aos seus entes queridos.

"Quando percebi que ninguém nunca mais iria subir até aquele lugar, que nunca havia sido pisado por um homem e era como um granito no deserto, senti dentrobonus n1betmim que, se não trouxesse alguma recordação tangível daquelas pessoas, suas famílias não poderiam fazer o luto", contou Zerbino à BBC News Mundo (o serviçobonus n1betespanhol da BBC).

Ele percebeu que era uma missão que precisava cumprir.

Antesbonus n1betmorrer, Coco mostrou onde as cartas estavam guardadas e disse: "se acontecer algo comigo, por favor, entregue estas cartas".

Seus pais e irmãos as lerambonus n1betfamília. Foi muito difícil, muito emotivo, como recordou seu irmão Alejandro para a BBC News Mundo.

Mas aquela foi a formabonus n1betvelar Coco com uma mensagembonus n1betdespedida, algo que outras famílias não conseguiram fazer – e compreender, a partirbonus n1betsuas próprias palavras, o atobonus n1betantropofagia, incluindo com seus restos.

"Eu me sinto orgulhoso que ele tenha contado", afirma Alejandro. "Sei que ele disse porque está escrito. E, talvez por isso, meu pai foi um dos que mais consolaram os sobreviventes."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Gustavo Zerbino recolheu objetos pessoais dos falecidos no acidente e levou para seus familiares

Gustavo Nicolich pai viajou para a montanhabonus n1betfevereirobonus n1bet1973, para acompanhar o paibonus n1betoutro dos mortos, que queria enterrar os restos do seu filho no Uruguai.

Quando regressou, seu semblante era outro. Ele havia visto, já sem a neve que camuflava a paisagem, a carnificina que tomou conta do local. E, do seu filho, "não sobrou nada".

"Nada", repete Alejandro.

Levou algum tempo para que alguns fragmentos da segunda carta fossem levados a público. Os paisbonus n1betGustavo Nicolich preferiram guardar parabonus n1betintimidade, temporariamente, a descrição da antropofagia – mesmo que os sobreviventes tivessem falado a respeito dias depois do resgate.

Hoje, as duas cartas estão cuidadosamente guardadas na mesabonus n1betcabeceirabonus n1betRaquel Arocena. Com 96 anosbonus n1betidade, ela continua celebrando, sempre que pode, a vida do seu filho que foi inesperadamente interrompida pelo acidente.