'Justiça culpou quem morreu': a reaçãodoubleu casino bonusfamiliardoubleu casino bonusvítima do voo AF447 após absolviçãodoubleu casino bonusAir France e Airbus:doubleu casino bonus

A Justiça francesa, no entanto, considerou que, embora as duas empresas tenham cometido "falhas", não foi possível demonstrar "nenhuma relaçãodoubleu casino bonuscausalidade certa" com o acidente.

"Ser responsável, mas não culpado é ridículo, é um escárnio", ressalta Van Sluys. Na avaliação dos familiares das vítimas, a decisão aponta a responsabilidade das empresas, mas não a culpa pela sucessãodoubleu casino bonuseventos que provocou a queda do avião.

Isso porque, segundo o tribunal, a Airbus “cometeu quatro imprudências ou negligências”, sobretudo a não substituição dos modelosdoubleu casino bonussensoresdoubleu casino bonusvelocidade (as sondas Pitot) fabricados pela francesa Thalès. O equipamento já havia congelado outras vezesdoubleu casino bonusalta altitude, exatamente o que ocorreu com o voo AF447 e foi considerado o pontodoubleu casino bonuspartida da catástrofe.

A Justiça também apontou que a Airbus falhoudoubleu casino bonus"reter informações".

A Air France cometeu, segundo a Justiça, duas "imprudências" relativas às modalidadesdoubleu casino bonusdivulgaçãodoubleu casino bonusuma nota informativa destinada aos pilotos sobre o congelamento das sondasdoubleu casino bonusvelocidade.

Mas na esfera penal, segundo o tribunal, uma relaçãodoubleu casino bonuscausalidade provável não é suficiente para tipificar um delito. "Por se tratardoubleu casino bonusfalhas, não foi possível demonstrar uma relaçãodoubleu casino bonuscausalidade com o acidente", avaliou a Justiça.

"Se partirmos desse princípio, nunca vai ter um culpadodoubleu casino bonusacidentes aéreos. Vai ter sempre a possibilidadedoubleu casino bonuscorrigir algo que poderia evitar o acidente", afirma.

"Eu tinha esperançasdoubleu casino bonusque o veredito apontaria a culpa das empresas. Teria me sentido menos ultrajado", afirma Van Sluys. Ele afirma ter ficado "muito decepcionado" com a decisão, que considera "revoltante".

O diretor da AFVV447 afirma que o "baque só não foi maior" porque durante o julgamentodoubleu casino bonusParis, que levou nove semanas, os parentes das vítimas tiveram a percepçãodoubleu casino bonusque as duas empresas poderiam ser inocentadas. O Ministério Público francês não solicitou a condenação das companhias. Mesmo assim, havia, por parte dos familiares, a expectativadoubleu casino bonusuma decisão favorável às suas demandas.

"Sabíamos que seria muito difícil a Justiça ficar do nosso lado. Somos a parte mais fraca da história." Para Van Sluys, houve um "interesse explícito" da Justiça francesadoubleu casino bonusinocentar duas grandes corporações do país, com um “forte lobby".

"Uma sentença determinando a culpa seria algo muito pior para a imagem dessas empresas", completa.

A Airbus é um consórcio europeu com sede na França.

"Nós esperávamos um julgamento imparcial, mas não foi o caso. Estamos enojados”, declarou Danièle Lamy, presidente da associação francesa Ajuda Mútua e Solidariedade, que representa os parentesdoubleu casino bonusvítimas francesas. "Restam desses 14 anosdoubleu casino bonusespera apenas desespero, consternação e raiva" disse.

Van Sluys afirma que se for possível,doubleu casino bonustermos jurídicos, ele e outros familiares, tambémdoubleu casino bonusoutros países, irão recorrer da decisão. "A ideia é levar isso até a última instância possível e mostrar que o caso não acabou. Estamos dispostos a esgotar todas as possibilidades. É uma questãodoubleu casino bonushonra", destaca.

"Vou até o fim. Não é por insistência. Perdemos vidas. Minha irmã era jornalista, atuava na áreadoubleu casino bonusdireitos humanos, e faria o mesmo por mim", destaca.

O acidente com o voo AF447 levou a mudanças na aviação.

Pouco após a catástrofe, o modelodoubleu casino bonussondadoubleu casino bonusvelocidade da Thalès que equipava o avião da Air France passou a ser proibido pela Agência Europeia da Aviação Civil, que passou a exigir a utilizaçãodoubleu casino bonuspelo menos duas sondas da marca americana Goodrich entre as três que os aviões possuem.

A formação dos pilotos também foi aperfeiçoada após a tragédia do voo Rio-Paris, alémdoubleu casino bonusmelhorias nos sistemas dos aviões da Airbus.