A revolta na Itália após juiz decidir que assédioa roletamenosa roleta10 segundos não conta:a roleta
"Amor, você sabe que eu estava brincando", o homem disse a ela quando ela se virou.
Após o incidente, ocorridoa roletaabrila roleta2022, a estudante denunciou o zelador Antonio Avola,a roleta66 anos, à polícia.
Ele admitiu ter apalpado a aluna sem consentimento, mas disse que era uma brincadeira.
Um promotor públicoa roletaRoma pediu uma sentençaa roletatrês anos e meioa roletaprisão, mas nesta semana o zelador foi absolvido das acusaçõesa roletaagressão sexual. Segundo os juízes, o ocorrido “não configura crime” porque durou menosa roleta10 segundos.
Desde a decisão, a expressão palpata breve (apalpada rápida,a roletatradução livre) viralizou no Instagram e no TikTok na Itália, junto com a hashtag #10secondi.
Os italianos postaram vídeos olhando para a câmeraa roletasilêncio e tocando suas partes íntimas por 10 segundos seguidos.
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Os vídeos são frequentemente desconfortáveisa roletaassistir, mas têm o objetivoa roletamostrar o quão longos podem ser 10 segundos.
A primeira postagem foi feita pelo ator Paolo Camilli, da série White Lotus, e desde então milharesa roletapessoas seguiram o exemplo.
Outro vídeo foi republicado por Chiara Ferragni, a influenciadora digital mais famosa da Itália, que tem 29,4 milhõesa roletaseguidores no Instagram.
Outro influenciador, Francesco Cicconetti, escreveu no TikTok: "Quem decide que 10 segundos não é muito tempo? Quem cronometra os segundos, enquanto você está sendo assediado?"
"Os homens não têm o direitoa roletatocar no corpo das mulheres, nem por um segundo – muito menos 5 ou 10."
Ele segue dizendo que a decisão dos juízesa roletaabsolver o zelador mostra como o assédio sexual é normalizado na sociedade italiana.
Uma postagem na conta no Instagram da startupa roletacomunicação focadaa roletamulheres jovens Freeda diz: "Esta sentença é absurda. A duração do assédio não deve diminuira roletagravidade."
De acordo com os juízes, o zelador não se demorou. Ele apalpou a adolescente apenas brevemente, realizando uma "manobra esquisita sem luxúria".
"Os juízes decidiram que ele estava brincando? Bem, não era brincadeira para mim", disse a estudante ao jornal italiano Corriere della Sera.
"O zelador veio por trás sem dizer nada. Ele colocou as mãos por dentro da minha calça e dentro da minha calcinha."
"Ele apalpou meu bumbum. Então, ele me puxou para cima – machucando minhas partes íntimas. Para mim, isso não é uma piada. Não é assim que um velho deve 'brincar' com uma adolescente."
"Esses poucos segundos foram mais do que suficientes para o zelador me fazer sentir suas mãosa roletamim."
Ela diz que se sente duplamente traída – pora roletaescola e pelo sistemaa roletajustiça.
"Começo a achar que errei ao confiar nas instituições. Isso não é justiça."
A estudante teme que a decisão dos juízes desestimule meninas e mulheresa roletadenunciarem ao serem submetidas a ataques do tipo.
Dados recentes da Agênciaa roletaDireitos Fundamentais (FRA, na siglaa roletainglês) da União Europeia sugerem que 70% das mulheres italianas que sofreram assédio entre 2016 e 2021 não denunciaram o incidente.
"Eles vão sentir que não vale a pena denunciar o abuso. Mas é importante, porque o silêncio protege os agressores", diz a estudante.