Como os houthis apoiados pelo Irã atraem os EUA para guerra que não pode ser vencida:green bet

Homem observando movimentaçãogreen betalto mar

Crédito, Departamentogreen betDefesa dos EUA

Legenda da foto, Grupo financiado pelo Irã já atacou maisgreen bet30 navios mercantes internacionais no Mar Vermelho desde meadosgreen betnovembro
Legenda do vídeo, Assista ao vídeo sobre os houthis: o grupo que quer guerra com o Ocidente
Um seguidor Houthi segura uma metralhadora para uma caminhonete durante um protesto, pertogreen betSanaa, Iêmen,green bet25green betjaneirogreen bet2024

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Um seguidor houthi segura uma metralhadoragreen betuma caminhonete durante um protesto para condenar os ataques liderados pelos EUA contra alvos houthi e para mostrar apoio aos palestinos na Faixagreen betGaza

Os ataques dos houthis têm prejudicado o transporte marítimo global. Eles aumentaram as preocupaçõesgreen betque as repercussões da guerra entre Israel e o Hamas possam desestabilizar o Oriente Médio.

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Será que os Estados Unidos conseguirão vencer um grupo que a Arábia Saudita vem combatendo sem sucesso há quase uma década?

O reino saudita vem mantendo notável silêncio sobre os problemas no Mar Vermelho, enquanto mantém negociaçõesgreen betpaz com os houthis.

Por que o Reino Unido e os EUA estão atacando o Iêmen?

Graneleiro Zografia,green betpropriedade grega,green betIsmailia, Egito, no dia 22green betjaneiro, passando por reparos nos danos causados por um ataquegreen betmísseis houthi seis dias antes

Crédito, SUEZ CANAL AUTHORITY OFFICE / EPA

Legenda da foto, Graneleiro Zografia,green betpropriedade grega,green betIsmailia, Egito, no dia 22green betjaneiro, passando por reparos nos danos causados por um ataquegreen betmísseis houthi seis dias antes
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Antes dos ataques, negociações diplomáticas com os houthis tentaram reduzir a escalada da situação no Mar Vermelho, sem sucesso.

"É lamentável que tenha chegado a este ponto", declarou o enviado especial americano ao Iêmen, Tim Lenderking.

Os houthis controlam as partes mais populosas do Iêmen. Eles afirmam que seus ataques são atosgreen betsolidariedade aos palestinos, depois dos ataquesgreen betIsrael contra a Faixagreen betGaza.

Na verdade, eles estão atacando todos os navios ao seu alcance, colocandogreen betperigogreen betcarga e seus tripulantes.

William Wechsler, do centrogreen betestudos americano Atlantic Council, acredita que os EUA e o Reino Unido não têm outra opção alémgreen betretaliar os ataques com suas próprias forças.

"No comércio internacional, existem oito principais pontosgreen betestrangulamento marítimo", explica ele. "A metade deles fica no Oriente Médio, que também é a região do mundo mais importantegreen betrelação às fontesgreen betenergia."

"Os houthis ameaçaram diretamente um desses pontos [o estreito Bab el-Mandeb]green betforma extremamente incomum", segundo Wechsler.

"Qualquer pessoa que compreenda o papel desempenhado pela energia para garantir nossas condiçõesgreen betvida, qualquer pessoa que se importe com o crescimento econômicogreen betqualquer lugar, precisa observar a importânciagreen betproteger esses pontosgreen betestrangulamento críticos."

Qual a capacidadegreen betresiliência das forças houthis?

Homens mostrando armas durante protesto

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Os houthis protestaram para condenar os ataques liderados pelos EUA contra alvos houthi e para mostrar apoio aos palestinos na Faixagreen betGaza

O grupo rebelde já demonstrou que consegue enfrentar o exércitogreen betum Estado soberano: a Arábia Saudita.

Os houthis evoluíram. Graças ao apoio iraniano, eles deixaramgreen betser um grupo rebelde mal equipado para se tornar uma forçagreen betcombate treinada com equipamentogreen betúltimo tipo, incluindo helicópteros.

"A resiliência tem dois componentes", explica Wechsler. "Existe a vontade e existe a capacidade. Ninguém acredita que eles irão romper a vontade [dos houthis]. Mas existe a crençagreen betque podemos vencergreen betcapacidade."

Os houthis podem ter conseguido enfrentar um oponente maior, mas combater os Estados Unidos e seus aliados internacionais é uma pretensão totalmente diferente. Afinal, seu poder, estratégia e experiência combinada é muito maior que a dos sauditas.

A questão entre os analistas é até onde os Estados Unidos irão chegar agora.

"Temos muita força e precisamos usá-la com certo critério", declarou à imprensa Steven A. Cook, da cadeira Eni Enrico Matteigreen betEstudos sobre a África e o Oriente Médio do Conselhogreen betRelações Internacionais, centrogreen betpesquisa e debate sediado nos EUA.

"Não estamos falando em... invadir o Iêmen, mudar o regime e o tipogreen betcoisas que fizemos no passado", explica Cook.

"Vou dizer que estive falando recentemente com diversas autoridades árabes, que disseram, sabe, veja, se você vai simplesmente cutucar os houthis, não irá parar. Você precisa levar a cabo o tipogreen betação militar que dificulte, ou mesmo impossibilite os houthisgreen betimportunar e atacar os navios no Golfo."

Os EUA e seus aliados podem ser arrastados para uma longa guerra regional?

Homens da Marinha dos EUA durante patrulha no Golfo do Aden

Crédito, Departamentogreen betDefesa dos EUA

Legenda da foto, O USS Mason tem patrulhado o Golfogreen betÁden como parte da Operação Prosperidade

"Esta ação possivelmente irá crescer e se tornar uma operação maior contra a influência maligna do Irã", afirma o almirante James G. Foggo III, aposentado da marinha americana, do Centrogreen betEstratégias Marítimas. O almirante também é ex-comandante das forças navais americanas na Europa e na África.

"E esta é uma questão que o governo realmente não chegou a discutirgreen betpúblico. Tenho certezagreen betque estão falando sobre isso."

Foggo relembrou ao públicogreen betuma recente entrevista coletiva o caso dos navios petroleirosgreen bet1980 a 1988 no Golfo Pérsico. Os Estados Unidos atacaram a marinha iraniana, depois que os iranianos atacaram navios petroleiros.

O almirante Foggo prosseguiu comparando o incidente ao ataque ao navio USS Cole, que foi atacado na costa do Iêmengreen betoutubrogreen bet2000, causando a mortegreen bet17 marinheiros americanos. O ataque foi atribuído à Al-Qaeda, mas não houve reação militar contra o grupo.

"O que aconteceu um ano depois? O 11green betsetembro", indicou ele, destacandogreen betopiniãogreen betque é necessária uma ação militar.

Steven A. Cook concorda. Para ele, "a liberdadegreen betnavegação é um interesse importante dos Estados Unidos e permitir que um grupo como este tenha tanto poder sobre essa região é arriscar demais".

Qual o envolvimento do Irã nas ações dos houthis no Mar Vermelho?

Caminhonete carrega uma grande faixa representando o principal líder dos houthis, Abdul-Malik Al-Houthi (d), durante um protesto anti-EUA e anti-Israel, nos arredoresgreen betSanaa, Iêmen

Crédito, YAHYA ARHAB / EPA

Legenda da foto, Caminhonete carrega uma grande faixa representando o principal líder dos houthis, Abdul-Malik Al-Houthi (d), durante um protesto anti-EUA e anti-Israel, nos arredoresgreen betSanaa, Iêmen

O Irã fornece armas e apoio financeiro para os houthis, mas eles não são controlados diretamente por Teerã.

Ray Takeyh, da cadeira Hasib J. Sabbaghgreen betEstudos sobre o Oriente Médio do Conselhogreen betRelações Internacionais, afirma que "eles chegaram... às suas políticas antiamericanas e anti-israelenses por si próprios".

"Eles não foram instigados pelos iranianos nessa direção. Por isso, neste sentido, eles não são criação do Irã", explica Takeyh. "Esta é uma espéciegreen betassociaçãogreen betmentes afins... Ela realmente surgiu como uma tentativa oportunistagreen betinfligir danos aos sauditas."

Os houthis são importantes para o Irã porque permitem que o país aumentegreen betpressão sobre Israel, via Estados Unidos.

O Irã conta com o receio da comunidade internacional e dos Estados Unidosgreen betque o conflito possa se expandir o suficiente para impor algum tipogreen betacordo aos israelenses, segundo Takeyh.

Segundo ele, "aqui, a premissa central é que a comunidade internacional e os Estados Unidos possam impor restrições a Israel. Israel é um país soberano que enfrenta uma situação muito complicada. É um país traumatizado."

O que é uma guerra 'que não pode ser vencida'?

Homem sinalizando para avião americano taxiar

Crédito, Marinha dos EUA/EPA

Legenda da foto, Os EUA têm conduzido operaçõesgreen betvoogreen betresposta ao aumento das atividades Houthi no Mar Vermelho

A estratégia do presidente americano Joe Biden sobre o Iêmen pretende enfraquecer os militantes houthis, mas ela está muito longegreen bettentar derrotar o grupo ou confrontar diretamente seu principal apoiador (o Irã), segundo os especialistas.

Esta estratégia — um mistogreen betsanções e ataques militares limitados — parece destinada a punir os houthis, mas tentando limitar o riscogreen betum conflito mais amplo no Oriente Médio.

"Não acho que essa missão pretenda necessariamente destruir os houthis ou trazer o governo iemenitagreen betvolta ao poder", afirma Brian Carter, do think tank American Enterprise Institute.

"Acho que ela foi criada para reduzir as capacidades navais e militares dos houthis, para impedi-losgreen betprejudicar o transporte marítimo global no Mar Vermelho."

Para Carter, "danificar sistemas militares não é uma tarefa que não possa ser vencida. É um objetivo militar totalmente alcançável."

O enviado especial americano para o Iêmen, Tim Lenderking, também destaca que este "não é um confronto ilimitado".

"Ele se destina simplesmente a destruir a capacidade dos houthisgreen betatacar os navios", explica ele.

O Pentágono afirma que já destruiu ou danificou maisgreen bet20 mísseis e maisgreen bet25 instalaçõesgreen betinstalação e lançamentogreen betmísseis, desde que os Estados Unidos começaram a atacar instalações militares houthis no Iêmen, no dia 11green betjaneiro.

O órgão também afirma que já atingiu drones, radares costeiros e instalaçõesgreen betvigilância aérea dos houthis, alémgreen betdepósitosgreen betarmas.

O conflito dá um novo impulso aos houthis?

Apoiadores houthis seguram faixas representando combatentes houthi que foram mortos no recente bombardeio liderado pelos EUA

Crédito, EPA-EFE/ REX / Shutterstock

Legenda da foto, Apoiadores houthis seguram faixas representando combatentes que foram mortos no recente bombardeio liderado pelos EUA

Tim Lenderking afirma que os houthis talvez desejem ser arrastados para esta guerra.

Ele declarou à BBC que os houthis consideram que esta guerra é uma formagreen betmostrar ao público iemenita que eles estão defendendo não só o povo palestino, mas se posicionando contra o Ocidente.

O repórtergreen betsegurança da BBC Frank Gardner afirma que os houthis passaram a ser populares entre muitas pessoasgreen bettodo o mundo árabe, por dizerem que estão apoiando o Hamas como parte do "Eixo da Resistência" contra Israel, apoiado pelo Irã.

Na recém-batizada Operação Arqueirogreen betPoseidon, ataques liderados pelos Estados Unidos atingiram novos alvos, depoisgreen betuma sériegreen betataques preventivos anteriores contra instalaçõesgreen betlançamentos dos houthis. Estes ataques, segundo o Pentágono, destruíram mísseis enquanto estavam sendo preparados para lançamento.

A inteligência ocidental estimou recentemente que pelo menos 30% dos estoquesgreen betmísseis dos houthis foram destruídos ou danificados.

Mas os houthis provavelmente irão continuar seus ataques a navios suspeitosgreen betestarem ligados a Israel, aos EUA ou ao Reino Unido. Eles fizeram com que o grupo ganhasse grande popularidade no Iêmen, onde existem muitos cidadãos insatisfeitos com seu regime brutal, segundo Gardner.

Hisham Al-Omeisy, consultor sobre o Iêmen do Instituto Europeu da Paz, postou no X (antigo Twitter) que muitas pessoas podem não perceber que os houthis têm, na verdade, seus próprios objetivos, além do apoio à Faixagreen betGaza.

Confrontos recentes também forneceram aos houthis a oportunidadegreen betlegitimar suas décadasgreen betdisposição para combater os Estados Unidos.

Para Al-Omeisy, os houthis "não estão apenas conquistando mentes e corações, eles lançaram com sucesso um programagreen betrecrutamentogreen betmassa para a 'batalha da Conquista Prometida e a Sagrada Jihad'."

"Seria uma incrível faltagreen betvisão observar puramente através da lente militar e não considerar o impacto sociopolítico, as ramificações e as reações locaisgreen betum lugar onde os sentimentos anti-EUA e anti-Reino Unido são agora muito mais intensos do que o normal."