'Dançar com Madonna me manteve vivo': a históriamelhor casa apostasbailarino descoberto por cantora e que lidou com HIV durante famosa turnê:melhor casa apostas

Crédito, Kypros/Getty Images

Legenda da foto, Madonna e Salim Gauwloos dançam a música Vogue durante apresentaçãomelhor casa apostas1990, no prêmio MTV Video Music Awards

*Este texto é baseadomelhor casa apostasuma reportagemmelhor casa apostasrádio que foi ao ar no programa "Outlook" da BBCmelhor casa apostas2018. Alguns trechos foram atualizados. Você pode ouvir o programa original aqui (em inglês).

Em 1990, o bailarino belga Salim Gauwloos estava vivendo, no palco, o seu auge profissional ao acompanhar Madonna na famosa turnê Blond Ambition.

Longe dos holofotes, Gauwloos estava enfrentando o momento mais difícilmelhor casa apostassua vida: o diagnóstico, revelado no finalmelhor casa apostas1987,melhor casa apostasque havia sido infectado pelo vírus HIV, e o prazomelhor casa apostascinco anosmelhor casa apostasvida que os médicos tinham estimado.

Aquela turnê mundialmelhor casa apostasMadonna — que aliás, não veio para o Brasil — foi marcada não só pelo sucesso, mas também por atitudes ousadas para a época, como dançarinos usando figurinos religiosos e várias referências ao sexo, como a simulaçãomelhor casa apostasuma masturbação durante a apresentação da música Like a virgin.

Não fazia tanto tempo que o vírus do HIV tinha sido identificado,melhor casa apostas1983, e Madonna com frequência se pronunciava sobre a importância da prevenção e se colocava contra a discriminaçãomelhor casa apostaspessoas infectadas.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
melhor casa apostas de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Nossa coleção melhor casa apostas jogos melhor casa apostas meninas é ótima para todas as idades! Você

pode jogar qualquer jogo, melhor casa apostas simples vestir-se 👄 à competições melhor casa apostas dança avançadas. Mostre

Veja os melhores produtos melhor casa apostas apostas esportivas online do Bet365! Oferecemos uma ampla variedade melhor casa apostas mercados e recursos para aprimorar 🍇 sua experiência melhor casa apostas apostas.

Se você é fã melhor casa apostas esportes e procura uma plataforma melhor casa apostas apostas confiável e empolgante, o Bet365 🍇 é o lugar certo para você.

codigo bonus betano setembro 22

almente vice-presidentede projetos especiais ou produtos

.

Fim do Matérias recomendadas

Na turnê Blond Ambition, Salim Gauwloos lembra que, na música Into the groove, era frequente que Madonna falasse da importânciamelhor casa apostasse usar camisinha.

Depois, soube-se que três dos sete bailarinos da turnê, incluindo o belga, tinham sido diagnosticados com infecção pelo HIV — mas ninguém, nem mesmo dentro da equipe, sabia disso na época.

Gauwloos revelou o diagnóstico anos depois, para o documentário Strike a pose,melhor casa apostas2016.

Gabriel Trupin morreu por problemas decorrentes da Aidsmelhor casa apostas1995; e Carlton Wilborn revelou o diagnóstico anos depoismelhor casa apostasum livro.

"Eu acho um pouco irônico porque era na música Into the groove que a Madonna falava sobre ter que colocar camisinha. E era Madonna, Gabriel, eu e Carlton que fazíamos esse número", contou Gauwloos à BBC.

"Qualquer coisa que ela dissesse sobre Aids, dentromelhor casa apostasmim eu sentia: 'Ai, meu Deus,melhor casa apostasnovo não'. Mas provavelmente todos nós estávamos pensando isso", diz o bailarino sobre ele e os colegas.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Salim Gauwloosmelhor casa apostas2016, no lançamento do filme Strike a pose
Pule Que História! e continue lendo
Que História!

A 3ª temporada com histórias reais incríveis

Episódios

Fim do Que História!

Gauwloos nasceumelhor casa apostas1968 e tem ascendência belga por partemelhor casa apostasmãe e marroquina por partemelhor casa apostaspai. Ele estudou por anos balé clássico e,melhor casa apostas1987, mudou-se para Nova York.

Naquele mesmo ano, começou a ter problema nos rins. Por não ter planomelhor casa apostassaúde nos EUA, voltou à Bélgica para fazer exames.

"O médico disse: sinto muito, mas preciso te dizer que você é HIV positivo. Minha mãe estava do lado. Foi algo tão intenso, eu ainda fico emotivo sobre isso."

"Meu mundo inteiro caiu. Eu queria ser um dançarino famoso, tinha tantas coisas que eu queria fazer... E alémmelhor casa apostastudo, aquela tinha sido minha primeira experiência sexual."

"Eu tinha 18 anos. Todo mundo estava morrendo, amigos meus, todo mundo estava caindo como moscas."

Já convivendo com a doença e com a perspectivamelhor casa apostaspoucos anosmelhor casa apostasvida, ele um dia viu no jornal um anúnciomelhor casa apostasque Madonna convocava bailarinos "ferozes" e "reais" — e não "aspirantes".

"Uma das coisas mais legais foi que, normalmente, cantores normalmente vão aos testes perto da última etapa. Mas Madonna estava ali desde o começo", lembra Gauwloos.

"Eu não tive nenhum retornomelhor casa apostasduas semanas, até que ela me ligoumelhor casa apostascasa."

"Ela me ligou pessoalmente. Ela disse: 'E aí, aqui é a Madonna. Você quer vir na turnê comigo?'. Eu respondi: 'Sim, com certeza'."

O bailarino não tinha permissão para trabalhar nos EUA, mas a cantora disse para ele não se preocupar, pois providenciaria os documentos.

Gauwloos trabalhou por dez meses com Madonna, viajando para países como Canadá, Japão e Espanha. O sucesso da turnê foi tanto que até os bailarinos tinham seus próprios fãs.

"Eles ficavam esperando do ladomelhor casa apostasfora do hotel, com cartazes com nossos nomes. Eu ainda não consigo acreditar nisso, especialmente como um bailarino. Quem tem esse tipomelhor casa apostasreconhecimento como dançarino?", diz o belga, que até hoje trabalha como coreógrafo, professormelhor casa apostasdança e bailarino.

Ele aparece várias vezes no filme Na cama com Madonna,melhor casa apostas1991, que acompanha a turnê. Em uma cena, a equipe — incluindo a "patroa" — está num restaurante e começa a brincarmelhor casa apostas"Verdade ou consequência".

Em um momento do jogo, um bailarino ordena como "consequência" que Gauwloos beijasse Gabriel Trupin. O beijo também ficou famoso.

"Eu já tinha uma queda pelo Gabriel, então para mim foi a oportunidade perfeita para beijá-lo", contou Gauwloos.

"Foi um beijomelhor casa apostasverdade. Homens já tinham aparecido na tela se beijando, mas era algo mais encenado. Aquele foi um beijo real, bruto, emocional, passional."

"E teve um impacto tão grandemelhor casa apostastantos jovens que se sentiam estranhos. Ele fez vários homossexuais saírem do armário,melhor casa apostasoutras palavras", brinca o bailarino, acrescentando ter recebido várias cartasmelhor casa apostasfãs dizendo quemelhor casa apostastrajetória os ajudoumelhor casa apostassuas jornadas pessoais.

Seis dos sete bailarinos da turnê eram gays.

Crédito, Koh Hasebe/Shinko Music/Getty Images

Legenda da foto, 'Era o único momento que eu realmente não tinha que me preocupar com nada', lembra Gauwloos sobre estar no palco com Madonna

Gauwloos conta que, mesmo com o diagnóstico, nos anos iniciais não sentiu efeitos significativos da infecção por HIV, inclusive durante a turnê.

"Eu estava perfeito. Eu estava com uma aparência incrível, estava saudável e o que realmente me manteve vivo era dançar naquele palco. Era o único momento que eu realmente não tinha que me preocupar com nada."

"Eu me sentia livre dançando com Madonna e com os outros bailarinos. Milharesmelhor casa apostasfãs gritavam por nós. Acho que isso me ajudou muito."

Ele conta que, além da mãe, ninguém sabia do seu diagnóstico.

"Minha técnicamelhor casa apostassobrevivência era apenas ignorar [a doença]", lembra, acrescentando que não queria revelar seu diagnóstico no auge da turnê, pois isso "mudaria toda a energia" daquele momento.

Após dez meses, a turnê acabou e o belga conta que ficou "triste" por isso.

A rotinamelhor casa apostaspalco deu lugar a uma rotinamelhor casa apostasfestas e drogas. Entretanto, os flertes não passavam do beijo, pois o bailarino conta que tinha medomelhor casa apostasinfectar outras pessoas.

Já sem os documentos para trabalho que Madonna tinha conseguido para a turnê, Gauwloos ficou sem documentaçãomelhor casa apostasimigração nos EUA.

"Eu desistimelhor casa apostastudo. Eu pensava: eu vou morrermelhor casa apostasqualquer forma."

"Eu não tomava remédios porque tinha medomelhor casa apostasque, se fosse para o hospital, poderiam chamar os funcionáriosmelhor casa apostasimigração e eu seria deportado. Até que eu desmaiei e não tive escolha."

O bailarino ficou sozinho no hospital por três semanas até melhorar — e ninguém chamou os funcionários da imigração.

Ao redormelhor casa apostas2000, Gauwloos conheceu seu marido, Facundo Gabba, com quem está até hoje. O casamento emelhor casa apostastrajetória profissional permitiram que eventualmente obtivesse a cidadania americana.

O bailarino conta que Gabba foi a primeira pessoa para quem contou sobre o HIV.

"Quando eu disse que precisava contar algo para ele, ele ficou muito nervoso. Achava que eu ia contar que já tinha um namorado", lembra Gauwloos.

"Foi tão bonito que, quando contei, ele disse: eu não ligo, eu te amo."

"Muitas pessoas com HIV pensam: 'Quem vai me amar com toda essa bagagem?'. E eu encontrei alguém que olha para além disso [da doença]".

Gauwloos conta que não tem mais contato com Madonna, mas se lembra com carinho do anomelhor casa apostas1990.

Perguntado sobre como vê aquele jovem dançarino quando revê vídeos da turnê, o belga é "feroz" na resposta.

"Era um jovem bastante atraente", brinca. "Eu tenho orgulho daquilo."