As misteriosas cordilheiras que ficam nas profundezas da Terra:real bet como sacar
Essas montanhas estão localizadas nas profundezas da Terra.
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Era 2015, e os pesquisadores estavam na Antártida para montar uma estação sismológica — um equipamento parcialmente enterrado na neve que permite estudar o interior do nosso planeta. Ao todo, a equipe instalou 15real bet como sacartoda a Antártida.
As estruturas com formasreal bet como sacarmontanhas que eles revelaram são bastante misteriosas. Mas a equipereal bet como sacarHansen descobriu que essas zonasreal bet como sacarvelocidade ultrabaixa, ou ULVZs, como são conhecidas, provavelmente também são muito comuns.
"Encontramos evidênciasreal bet como sacarULVZreal bet como sacartodas as partes", diz Hansen.
A questão é: o que elas são? E o que estão fazendo dentro do nosso planeta?
Crédito, Getty Images
Uma história misteriosa
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As estranhas montanhas no interior da Terra surgemreal bet como sacarum local crítico, na faixa entre o núcleo metálico do planeta e o manto rochoso que o envolve.
Essa transição abrupta é, como afirma a equipereal bet como sacarHansen, ainda mais drástica do que a mudança nas propriedades físicas entre a rocha sólida e o ar. E tem intrigado especialistas por décadas.
Embora essa "fronteira" entre o núcleo e o manto esteja a milharesreal bet como sacarquilômetros da superfície da Terra, há uma quantidadereal bet como sacartroca surpreendente entre suas profundezas e nosso próprio mundo.
Acredita-se que seja uma espéciereal bet como sacarcemitérioreal bet como sacarpedaços antigos do fundo do oceano — e pode até estar por trás da existênciareal bet como sacarvulcõesreal bet como sacarlugares inesperados, como o Havaí, ao criar caminhos superaquecidos até a crosta.
A detecçãoreal bet como sacarmontanhas nas profundezas da Terra começoureal bet como sacar1996, quando os cientistas exploraram o limite entre o núcleo e o manto bem abaixo do Oceano Pacífico central.
Eles fizeram isso estudando as ondas sísmicas criadas por grandes eventosreal bet como sacartremoresreal bet como sacarterra: geralmente terremotos, embora bombas nucleares possam gerar o mesmo efeito.
Essas ondas atravessam a Terra e podem ser captadas por estações sismológicasreal bet como sacaroutros lugares da superfície — às vezes, a maisreal bet como sacar12.742 kmreal bet como sacardistânciareal bet como sacaronde se originaram.
Ao analisar os caminhos que as ondas seguem à medida que viajam, como são refratadas por diferentes materiais, os cientistas podem montar uma imagem semelhante às imagensreal bet como sacarraios-X do interior do planeta.
Quando os pesquisadores observaram as ondas geradas por 25 terremotos, descobriram que elas desaceleraram inexplicavelmente quando atingiram um trecho irregular no limite entre o núcleo e o manto.
Crédito, Getty Images
O que podem ser?
Esta vasta cordilheira, que pareciareal bet como sacaroutro mundo, era muito variável: alguns picos chegavam a 40 kmreal bet como sacardireção ao manto, o que equivale a 4,5 vezes a altura do Everest; outros tinham apenas 3 kmreal bet como sacaraltura.
Desde então, montanhas semelhantes foram encontradasreal bet como sacarlocais espalhados ao redor do núcleo. Algumas são particularmente grandes — um espécime monstruoso ocupa uma áreareal bet como sacar910 kmreal bet como sacarlargura abaixo do Havaí.
No entanto, até hoje, ninguém sabe como elas chegaram ali ou do que são feitas.
Uma teoria é que as montanhas são partes do manto inferior que ficaram superaquecidas devido àreal bet como sacarproximidade do núcleo incandescente da Terra.
O manto pode chegar a 3.700°C, mas essa temperatura é relativamente baixa: o núcleo pode atingir máximasreal bet como sacar5.500°C, não muito distante da temperatura na superfície do Sol.
Foi sugerido que as partes mais quentes da faixa entre o núcleo e o manto podem fundir parcialmente, e é isso que os geólogos veem como ULVZ.
Outra teoria indica que as montanhas nas profundezas da Terra podem ser feitasreal bet como sacarum material sutilmente diferente do manto circundante.
Acredita-se que elas poderiam ser os restos da antiga crosta oceânica que acabou afundando ao longoreal bet como sacarcentenasreal bet como sacarmilhõesreal bet como sacaranos para se estabelecer logo acima do núcleo.
No passado, os geólogos procuraram pistasreal bet como sacarum segundo quebra-cabeça.
As montanhas nas profundezas da Terra tendem a ser encontradas pertoreal bet como sacaroutras estruturas misteriosas: bolhas enormes ou Grandes Provínciasreal bet como sacarBaixa Velocidadereal bet como sacarCisalhamento (LLSVP, na siglareal bet como sacaringlês).
Há apenas duas: uma protuberância amorfa chamada "Tuzo", abaixo da África, e outra conhecida como "Jason", abaixo do Pacífico.
Acredita-se que elas sejam verdadeiramente primitivas, possivelmente com bilhõesreal bet como sacaranos. E ninguém sabe o que são ou como chegaram lá, mas a proximidade com as montanhas leva a crer que elas estão ligadasreal bet como sacaralguma forma.
Uma maneirareal bet como sacarexplicar essa associação é que, na verdade, tudo começou com placas tectônicas deslizando para o manto da Terra e afundando até o limite entre o núcleo e o manto. Na sequência, se espalharam lentamente para formar uma variedadereal bet como sacarestruturas, deixando um rastroreal bet como sacarmontanhas e bolhas.
Se for assim, isso significaria que ambas são feitasreal bet como sacarcrosta oceânica antiga: uma combinaçãoreal bet como sacarrocha basáltica e sedimentos do fundo do oceano, ainda que transformados pelo intenso calor e pressão .
Mas a existênciareal bet como sacarmontanhas profundas abaixo da Antártida poderia contradizer isso, sugere Hansen.
"A maior parte da nossa regiãoreal bet como sacarestudo, o hemisfério sul, está bem longe dessas estruturas maiores."
Crédito, Getty Images
Uma busca gelada
Para montar suas estações sismológicas na Antártida, Hansen ereal bet como sacarequipe voaram para os locais apropriadosreal bet como sacarhelicópteros e pequenos aviões, colocando os equipamentos na neve, alguns próximos à costa, sob olhares curiososreal bet como sacarpinguins, e outros mais no interior.
Demorou apenas alguns dias para eles obterem os primeiros resultados.
Os instrumentos podem detectar terremotosreal bet como sacarquase qualquer lugar do planeta. "Se for grande o suficiente, podemos vê-lo", diz Hansen, e há muitas oportunidades assim.
O Centro Nacionalreal bet como sacarInformações sobre Terremotos dos EUA registra cercareal bet como sacar55 no mundo todo diariamente.
Embora a identificaçãoreal bet como sacarcordilheiras nas profundezas da Terra já tivesse sido feita antes, ninguém havia procurado abaixo da Antártida.
Não estão pertoreal bet como sacarnenhuma das bolhas misteriosas, tampouco pertoreal bet como sacaronde placas tectônicas tenham mergulhado recentemente.
Mas, para surpresa da equipe, eles as encontraramreal bet como sacartodos os locaisreal bet como sacarque coletaram amostras.
Anteriormente, pensava-se que as montanhas estivessem espalhadas pertoreal bet como sacarpontos ocupados por bolhas, mas os resultadosreal bet como sacarHansen sugerem que elas podem formar um "cobertor" contínuo que envolve o núcleo da Terra.
Testar essa tese vai exigir muito mais estudos: antes da pesquisa na Antártida, apenas 20% do limite entre o núcleo e o manto havia sido verificado.
Crédito, Getty Images
"Mas esperamos preencher essa lacuna", diz Hansen, que explica que isso também depende do desenvolvimentoreal bet como sacarnovas técnicas para identificar estruturas menores.
Em algumas regiões, as estruturas ULVZ parecem mais planaltos estreitos do que montanhas, então ainda não é possível ver toda a camada; elas não aparecem nos sismógrafos, se é que estão ali.
No entanto, se as montanhas realmente são tão difundidas, isso teria implicações tanto no que se refere a do que elas são feitas quanto a como estão ligadas a estruturasreal bet como sacarbolhas maiores.
Poderiam os restosreal bet como sacarplacas tectônicas menores, do tamanhoreal bet como sacarmontanhas, realmente terem se espalhado tão longe das bolhas maiores?
Independentemente do que descobrirmos, é estranhamente apropriado que a paisagem alienígena e gelada da Antártida tenha nos fornecido pistas sobre as curiosas montanhas superaquecidas nas profundezas da Terra.
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