Por que o Brasil e o mundo querem um pedaço da Antártida?:bet gold
bet gold Oito anos após um incêndio que destruiu grande parte da Estação Comandante Ferraz e deixou dois mortos, o Brasil deve inaugurar nesta quarta-feira (15)bet goldnova base para pesquisas científicas na Antártida.
A custobet goldUS$ 99,6 milhões (cercabet goldR$ 415 milhões), o complexo é maior e mais moderno do que o anterior. Tem 4.500 metros quadradosbet goldárea construída, 17 laboratórios e capacidade para até 65 pessoas.
A reinauguração deveria acontecerbet gold2016, mas, depoisbet goldseguidos atrasos no cronograma, as obras só começaram há três anos.
A base, no entanto, só estará funcionando plenamente dentrobet goldtrês meses, quando terminará a fasebet goldtestes.
Segundo o governo, o objetivo é realizar pesquisasbet goldáreas como oceanografia, biologia, glaciologia e meteorologia.
Mas por que o Brasil, assim como outros países do mundo, querem um pedaço da Antártida?
Fatores geopolíticos, econômicos, ambientais e científicos explicam tamanho interesse pelo continente gelado.
A Antártida é o continente mais inóspito do planeta e possui maisbet gold90% do seu território cobertobet goldgelo. Com 13 milhõesbet goldquilômetros quadrados, é maior do que a Oceania e do que a Europa. A títulobet goldcomparação, caberia um Brasil e meio dentro do Antártida. O gelo armazenado na região totaliza 25 milhõesbet goldquilômetros cúbicos ou 70% da água potável do planeta. São maisbet gold170 tiposbet goldminerais e grandes lençóisbet goldgás natural.
Além disso, diferentementebet goldoutros continentes do mundo, a Antártida não tem países. Também não há uma população nativa. Ou seja, não tem dono.
1) Importância geopolítica
Como tudo sem dono, não demorou muito para que algumas nações passassem a reivindicar soberania sobre o território. No início do século 20, começaram os impasses sobre tomaria conta da Antártida. Sete países — Nova Zelândia, Austrália, França, Noruega, Reino Unido, Chile e Argentina — passaram a pleitear partes do continente gelado, sendo que três deles (Reino Unido, Chile e Argentina), áreas parcialmente coincidentes.
Em 1959, 12 países, incluindo Estados Unidos e União Soviética, firmaram o chamado Tratado da Antártida. Pelo acordo, os países signatários concordavambet goldsuspender as querelas sobre a divisão do continente. Também preconizava que, até que uma solução fosse encontrada, o continente seria usado para finsbet goldpesquisas científicas por todos, desde que respeitados alguns limites, como a proibiçãobet goldinstalaçãobet goldbases militares, testesbet goldarmas, explosões nucleares ou eliminaçãobet goldresíduos radioativos.
Atualmente, maisbet gold50 países fazem parte do tratado. O Brasil aderiu ao acordobet gold1975 e, nove anos depois,bet gold1984, estabeleceu a Estação Comandante Ferraz.
No caso brasileiro, a questão política estratégica é ainda mais importante porque a principal rota para acesso ao continente antártico passa pelo Atlântico Sul. Com a maior costa atlântica do mundo, o país "acompanha com especial atenção essa região, na qual se encontrambet goldfronteira marítima e suas rotas comerciais, turísticas ebet goldcomunicação", assinala um estudo do Ipea (Institutobet goldPesquisa Econômica Aplicada), publicadobet gold2018.
2) Importância ambiental
Alémbet goldter maisbet golddois terços das reservasbet goldágua doce do mundo, a Antártida desempenha um papel importante na manutenção do equilíbriobet goldcalor da Terra.
Em outras palavras: ajuda a amenizar o aquecimento global.
Além disso, as águas que cercam a Antártica são parte essencial da chamada "Correia Transportadora Oceânica", um cinturão formado pelas correntes oceânicas que percorre todo o planeta. Sem a ajuda dos oceanos ao redor da região, as águas da Terra não circulariambet goldmaneira equilibrada e eficiente.
No caso do Brasil, o que acontece na Antártida influencia diretamente seu clima, devido à proximidade entre o continente e a América do Sul.
Milharesbet goldespécies também habitam a região, como pinguins, por exemplo.
3) Importância econômica
Especialistas estimam que a Antártida possa ter uma reservabet gold200 bilhõesbet goldbarrisbet goldpetróleo, muito maior do que abet goldalguns países do Oriente Médio, como Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
O petróleo antártico é extremamente difícilbet goldser alcançado e, no momento, proibitivamente caro para extrair.
Em 1991, o Protolocobet goldMadri baniu por 50 anos a exploração mineral no continente antártico.
Contudo, o temor é que, quando chegar o momento da renovação do acordo, o mundo possa estar desesperado por energia e a Antártida acabe se tornando o novo "eldorado" do petróleo.
4) Importância científica
Uma ampla variedadebet goldpesquisas científicas estábet goldandamento na Antártida. Sendo assim, manter uma base no continente gelado é importante para realizar pesquisasbet goldcondições extremas e entender melhor o funcionamento do planeta.
Segundo especialistas, o continente gelado é uma espéciebet gold"registro"bet goldcomo era o clima do nosso planeta nos últimos 1 milhãobet goldanos.
A região também revela muito sobre o impacto da atividade humana na natureza.
Em 1985, por exemplo, cientistas da British Antarctic Survey (BAS, na siglabet goldinglês) descobriram um buraco na câmadabet goldozônio sobre a Antártida. O buraco é resultado do dano à atmosfera causado por produtos químicos fabricados pelo homem.
Especialistas também veem a Antártida como uma nova fronteira para a descobertabet goldmedicamentos.
Em entrevista ao jornal Folhabet goldS.Paulo, o microbiologista Luiz Rosa, professor da Universidade Federalbet goldMinas Gerais, falou sobre o primeiro experimento realizado na nova estação. Ele coletou fungos do ar da Antártida.
"São penicílios, produtoresbet goldpenicilina. Eles dominam aqui na Antártida. Existem várias colônias, linhagens selvagens, espécies novas que podem produzir novas penicilinas. As bactérias vêm demonstrando resistência aos antibacterianos atuais, então é muito importante estudar e buscar novos antibióticos", disse ele ao jornal.
Até astrobiológos, que estudam a possibilidadebet goldvida fora da atmosfera da Terra, analisam materiais encontrados na Antártida. Em 1984, um meteoritobet goldMarte foi encontrado na Antártida. Eles descobriram que as marcas neste meteorito eram semelhantes às marcas deixadas pelas bactérias na Terra. Se este meteorito, com milhõesbet goldanos, realmente tiver restosbet goldbactérias marcianas, seria a única evidência científicabet goldvida fora da Terra.
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