Furacão Milton: por que Kamala e Trump deixam crise climática fora da eleição presidencial:doradobet freebet

Furacão Milton se aproxima da Flórida
Legenda da foto, Furacão Milton se aproxima da Flórida

Até meadosdoradobet freebetsetembro, nenhum dos dois candidatos tinha lançado um planodoradobet freebetgoverno específico para o clima. E o tema não tem aparecidodoradobet freebetdebates, entrevistas ou mesmo discursos.

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'Perfure, querido, perfure'

Historicamente desconectado das pautas verdes, Trump já chamou o aquecimento globaldoradobet freebet"farsa" e voltou à carga nesta campanha.

Em conversa com o bilionário Elon Musk, no X (ex-Twitter), ele disse, por exemplo, que a maior ameaça para o mundo "não é o aquecimento global, no qual o oceano vai subir um oitavodoradobet freebetpolegada (menosdoradobet freebetmeio centímetro) nos próximos 400 anos".

Na verdade, relatórios como odoradobet freebet2022 do National Oceanic and Atmospheric Administration, do governo federal americano, estimam que o nível do mar poderia subir 60 centímetros ou mais até 2100,doradobet freebetdecorrência das alterações no clima.

Trump tem argumentado que a pressão por medidasdoradobet freebetmitigação contra os gases do efeito estufa são um mododoradobet freebetoutros países tentarem prejudicar a economia americana. Durante seu governo, ele abandonou tratadosdoradobet freebetmetas internacionais, como o Acordodoradobet freebetParis.

“Drill, baby, drill", algo como “perfure, querido, perfure”, virou umdoradobet freebetseus bordõesdoradobet freebetcomícios atualmente. É uma referência ao seu planodoradobet freebetexplorar mais petróleo e gás, e converter o país “no maior produtordoradobet freebetenergia do mundo”. Combustíveis fósseis são cientificamente reconhecidos como grandes responsáveis pelo aquecimento planetário.

Harris e Trump competirão pela presidência nas eleiçõesdoradobet freebetnovembro

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Kamala e os votos do petróleo

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Se Trump está onde sempre esteve, talvez a maior surpresa seja o quase silêncio democrata no tópico.

Em seu discurso na convenção do partido,doradobet freebetChicago, há algumas semanas, Kamala deliberadamente evitou o tema.

Muitas “liberdades fundamentais estãodoradobet freebetjogo” nesta eleição, disse, incluindo a “liberdadedoradobet freebetrespirar ar puro e beber água limpa e viver livre da poluição que alimenta a crise climática”.

A essa frase se resumiu a referência feita pela presidenciável ao tema do meio ambiente ao aceitar a nomeação como candidata.

Não que Kamala não tenha o que mostrardoradobet freebetrelação às mudanças climáticas. Na verdade, a administração Biden, da qual ela é vice-presidente, aprovou no Congresso o maior pacote da história americanadoradobet freebetestímulo econômico para energias limpas e renováveis e inovou ao designar uma autoridade climática para centralizar o tema, o Enviado Climático John Kerry.

Mas, ao contrário do que fez o próprio Biden durante a campanhadoradobet freebet2020, quando chegou a citar com preocupação as queimadas na Amazônia e propor um fundo para conservar o bioma durante um debate televisivo com Donald Trump, Kamala parece ter se convencidodoradobet freebetque o tema não atrai a simpatia do eleitorado - ou ao menos não daqueles que ela ainda precisa conquistar.

É o que sugere uma pesquisa eleitoral feita pela empresadoradobet freebetopinião pública Blueprint com 2,3 mil eleitores,doradobet freebetjulho passado.

O levantamento mostrou que, enquanto a democrata conseguia atrair atenção ao defender medidas durasdoradobet freebetcombate ao crime ou a redução da inflação, por exemplo, defender seu trabalho no combate ao aquecimento global tendia a diminuir a chancedoradobet freebetque o eleitor a escolhesse.

Em uma eleição a ser definida por uma margem prováveldoradobet freebetapenas dezenasdoradobet freebetmilharesdoradobet freebetvotos, este é um risco que ela não estaria disposta a correr.

No cálculodoradobet freebetKamala,doradobet freebetbase está assegurada - ainda que possam ficar frustrados com seu silêncio, não teriam opçãodoradobet freebetTrump.

Uma pesquisa do Instituto Pew Research publicadadoradobet freebet2023 mostrou que enquanto 78% dos eleitores democratas acreditam que “as mudanças climáticas são uma grande ameaça”, apenas 23% dos republicanos e 54% dos independentes disseram o mesmo.

E apenas 37% dos americanos no geral veem o combate ao aquecimento global como alta prioridade - apenas a 17a a aparecerdoradobet freebetuma listadoradobet freebet21 medidas.

O risco eleitoral é especialmente altodoradobet freebetlugares centrais da disputa, como a Pensilvânia, um dos Estados-pêndulo que deve definir o novo ocupante da Casa Branca e que pratica uma extraçãodoradobet freebetpetróleo conhecida como fracking.

O método consiste na injeçãodoradobet freebetalta pressãodoradobet freebetlíquidosdoradobet freebetreservas subterrâneasdoradobet freebetxistodoradobet freebetmodo a abrir rachaduras nessas formações e liberar gases e petróleo ali enterrados.

A prática é considerada super poluente não só por liberar gases do efeito estufa, mas por gerar enorme quantidadedoradobet freebetlíquidos descartados e impacto no meio ambiente.

Anos atrás, Kamala Harris chegou a se posicionar contrariamente à exploraçãodoradobet freebetpetróleo por fracking na Pensilvânia, mas recuou porque o tema se tornou central para o eleitorado da área, altamente disputado por republicanos e democratas. Trump tem dito que, se ela for eleita, abrirá “guerra contra a produçãodoradobet freebetenergia” no país.

Em falas públicas, Kamala tem optado por mencionar, por exemplo, que é donadoradobet freebetuma armadoradobet freebetfogo e que não hesitariadoradobet freebetatirar caso alguém invadissedoradobet freebetpropriedade - uma pauta cara à base do republicano Donald Trump e menos conectada às demandas históricasdoradobet freebetdemocratas, que buscam restrições aos acessos a armas.

E escalou outros integrantes do partido Democrata para tentar assegurar a seus eleitores que a faltadoradobet freebetmenções às mudanças climáticas nas falas da candidata não significam que ela abandonou a agenda.

“Estou totalmente confiantedoradobet freebetque quando ela estiverdoradobet freebetposiçãodoradobet freebetefetuar mudanças positivas, ela o fará”, disse o governador democratadoradobet freebetWashington Jay Inslee, um dos maiores advogados do tema dentro do partido. Democratas citam ainda o históricodoradobet freebetmedidas verdes do candidato à vice Tim Walz, governadordoradobet freebetMinnesota, como provadoradobet freebetque, chegada a hora, Kamala cometerá estelionato eleitoral, tomando medidas ambientais que não prometeu durante a campanha.

Nesta quarta, ao lado do presidente Biden, que cancelou uma viagem à Alemanha para supervisionar diretamente os esforços contra a devastação causada pelo furacão Milton, a democrata mais uma vez evitou comentar sobre mudanças climáticas. Concentrou-sedoradobet freebetpedir que os americanosdoradobet freebetáreas possivelmente afetadas deixem suas casas e busquem abrigos seguros.