Bolsonaro sabia? O que ex-presidente deve explicar à PF sobre suspeitaaprenda a apostar no sportingbetfraudeaprenda a apostar no sportingbetcartãoaprenda a apostar no sportingbetvacina :aprenda a apostar no sportingbet

Bolsonaro segurando microfone e olhando para lado

Crédito, Isaac Fontana/EPA-EFE/REX/Shutterstock

Legenda da foto, O ex-presidente Jair Bolsonaro deve depor pela terceira vez à PFaprenda a apostar no sportingbetmenosaprenda a apostar no sportingbetdois meses

Para a PF, registros no aplicativo ConecteSus — sistema do Ministério da Saúde que emite o certificadoaprenda a apostar no sportingbetvacinação —aprenda a apostar no sportingbetque a conta associada ao ex-presidente foi acessadaaprenda a apostar no sportingbetdentro do Palácio do Planalto por seu ex-ajudanteaprenda a apostar no sportingbetordens para a emissãoaprenda a apostar no sportingbetcomprovantes falsos reforçaria a hipótese que Bolsonaro sabia da falsificação.

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Se uma eventual participaçãoaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro for comprovada, ele poderá responder pelo crimeaprenda a apostar no sportingbetinserçãoaprenda a apostar no sportingbetdados falsosaprenda a apostar no sportingbetsistemasaprenda a apostar no sportingbetinformação, que tem penaaprenda a apostar no sportingbetaté 12 anosaprenda a apostar no sportingbetprisão e multa.

Outro ponto central que a PF investiga e que deve ser tratado no depoimento é se os certificados falsos foram usados por Bolsonaroaprenda a apostar no sportingbetalguma ocasião. A falsificação do documento para entrar nos Estados Unidos pode configurar crime federal naquele país, com penaaprenda a apostar no sportingbetaté dez anosaprenda a apostar no sportingbetprisão.

O advogado criminalista Celso Vilardi, professor da Fundação Getúlio Vargas, avalia que há indícios fortes que justificam investigar eventual participaçãoaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro.

“Neste momento da investigação, evidentemente que não é possível descartar que ele esteja envolvido nessa trama. Afinal, ele é o principal beneficiário e (segundo a investigação da PF) tudo foi feito dentro do Palácio do Planalto, com seus assessores mais próximos", diz à BBC News Brasil.

O que diz Bolsonaro

É a terceira vezaprenda a apostar no sportingbetmenosaprenda a apostar no sportingbetdois meses que Bolsonaro presta esclarecimentos à PF. Em abril, ele depôs sobre joias recebidas da Arábia Saudita e não declaradas à Receita Federal e sobreaprenda a apostar no sportingbetsuposta influência nos ataques antidemocráticosaprenda a apostar no sportingbet8aprenda a apostar no sportingbetjaneiro.

No caso do certificadoaprenda a apostar no sportingbetvacinação, o ex-presidente chegou a ser convocado a depor no dia 3aprenda a apostar no sportingbetmaio, quando a PF realizou uma açãoaprenda a apostar no sportingbetbusca e apreensão emaprenda a apostar no sportingbetresidência, mas não quis falar à polícia naquele momento porque, segundoaprenda a apostar no sportingbetdefesa, os advogados ainda não tinham tido acesso aos autos.

Questionado por jornalistas ao sairaprenda a apostar no sportingbetsua casaaprenda a apostar no sportingbetBrasília sobre as suspeitasaprenda a apostar no sportingbetadulteração nos cartõesaprenda a apostar no sportingbetvacina, Bolsonaro disse que "não tem nada disso".

Viatura e policiaisaprenda a apostar no sportingbetfrente a casaaprenda a apostar no sportingbetdia ensolarado

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Viatura e agentes da PF próximos à casaaprenda a apostar no sportingbetBolsonaroaprenda a apostar no sportingbetBrasília no último dia 3

"Havia gente que me pressionava para tomar a vacina, e eu não tomei. Não tomei porque li a bula da Pfizer. Não tem nada disso. Se eu tivesse que entrar (nos EUA) e apresentar o cartão vocês estariam sabendo", disse.

A Constituição Federal garante o direitoaprenda a apostar no sportingbetinvestigados não prestarem depoimento, ao estabelecer que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo.

A expectativa, porém, é que dessa vez o ex-presidente deve falar à PF para tentar se defender das acusações.

Uma possibilidade é que ele repita que desconheceria a suposta falsificação e atribua qualquer crime a uma iniciativa autônomaaprenda a apostar no sportingbetseus subordinados.

A BBC News Brasil tentou contato com Bernardo Fenelon, um dos advogadosaprenda a apostar no sportingbetMauro Cid, mas não teve retorno. À CNN Brasil, a defesa do ex-ajudanteaprenda a apostar no sportingbetordens disse que “todas as manifestações defensivas serão feitas nos autos do processo”.

O que diz a Polícia Federal

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Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladaaprenda a apostar no sportingbetcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Para a PF, alguns elementos indicam que Bolsonaro sabia da falsificação.

A investigação mostrou que os certificadosaprenda a apostar no sportingbetvacinação para Bolsonaro foram emitidos quatro vezes entre dezembroaprenda a apostar no sportingbet2022 e março deste ano, por meio do aplicativo ConecteSUS, e que isso foi feitoaprenda a apostar no sportingbetum computadoraprenda a apostar no sportingbetdentro do Palácio do Planalto e do celularaprenda a apostar no sportingbetMauro Cid.

A apuração apontou ainda que era Cid que administrava o acessoaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro ao ConecteSUS, já que a conta do presidente estava associada a um email do ex-ajudanteaprenda a apostar no sportingbetordens.

No relatório apresentado ao STF, a PF avalia que “os elementos informativos colhidos demonstraram coerência lógica e temporal desde a inserção dos dados falsos no sistema SI-PNI até a geração dos certificadosaprenda a apostar no sportingbetvacinação contra a Covid-19”. Para o órgão, isso indica que Jair Bolsonaro e Mauro Cesar Cid “tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dadosaprenda a apostar no sportingbetvacinação, se quedando inertesaprenda a apostar no sportingbetrelação a tais fatos até o presente momento".

Certificados foram usados?

Bolsonaro discursandoaprenda a apostar no sportingbetfrente a bandeira dos EUA

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Bolsonaro discursando nos EUAaprenda a apostar no sportingbetmarço; investigadores brasileiros podem optar por solicitar informações diretamente a órgãos americanos

A PF tenta ainda esclarecer se os certificados falsos que teriam sido emitidos foramaprenda a apostar no sportingbetfato utilizados por Bolsonaro eaprenda a apostar no sportingbetfilha.

Pessoas com passaporte diplomático, como era o caso do ex-presidente durante seu mandato presidencial, são liberadasaprenda a apostar no sportingbetcumprir essa exigênciaaprenda a apostar no sportingbetviagens oficiais. Da mesma forma,aprenda a apostar no sportingbetfilha, por ser menoraprenda a apostar no sportingbetidade, também estaria isenta, segundo as regras americanas.

Em janeiro, Bolsonaro solicitou um vistoaprenda a apostar no sportingbetturista para permanecer nos Estados Unidos. A BBC News Brasil questionou a embaixada americana no Brasil se havia exigênciaaprenda a apostar no sportingbetcomprovanteaprenda a apostar no sportingbetvacinação quando foi solicitado o visto, mas não obteve retorno esclarecendo a questão.

Alémaprenda a apostar no sportingbetquestionar Bolsonaro no depoimento, é possível que a PF ou a Procuradoria-Geral da República busque apurar essa informação diretamente com os Estados Unidos.

Segundo o advogado especialistaaprenda a apostar no sportingbetcooperação internacional Yuri Sahione, esses órgãos podem solicitar ao Departamentoaprenda a apostar no sportingbetJustiça americano essa informação, já que os dois países assinaramaprenda a apostar no sportingbet2001 um tratado bilateral para colaboraçãoaprenda a apostar no sportingbetinvestigações criminais.

“O governo americano vai analisar se atende ou não o pedido e, se entender que pode atender, vai mandar a informação”, explica Sahione.

Entenda o caso

Bolsonaro e Mauro Cid

Crédito, PRESIDÊNCIA

Legenda da foto, Mauro Cid era ajudanteaprenda a apostar no sportingbetordensaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro

A PF fez no início do mês uma operação contra Bolsonaro e pessoas do seu entorno, autorizada pelo ministro Alexandreaprenda a apostar no sportingbetMoraes, do Supremo Tribunal Federal. Foram realizadas buscas na casa do ex-presidente, que teve o celular apreendido. A PF cumpriu também seis mandadosaprenda a apostar no sportingbetprisão.

O grupo é suspeitoaprenda a apostar no sportingbetter inserido dados falsosaprenda a apostar no sportingbetvacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde para forjar os certificadosaprenda a apostar no sportingbetvacinaçãoaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro e daaprenda a apostar no sportingbetfilha;aprenda a apostar no sportingbetMauro Cid, daaprenda a apostar no sportingbetmulher eaprenda a apostar no sportingbettrês filhas do casal (duas menoresaprenda a apostar no sportingbetidade); eaprenda a apostar no sportingbetmais dois assessores do ex-presidente.

Supostamente, a finalidade das falsificações seria viabilizar a entrada dessas pessoas nos Estados Unidos, país que até 12aprenda a apostar no sportingbetmaio exigia esse documento para entradaaprenda a apostar no sportingbetseu território (salvo exceções, como viagensaprenda a apostar no sportingbetautoridadesaprenda a apostar no sportingbetmissão oficial).

Segundo a PF, a inserção dos dados falsos foi realizada por meio da Prefeitura na cidadeaprenda a apostar no sportingbetDuqueaprenda a apostar no sportingbetCaxias (RJ). No casoaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro, foram colocadas no sistema informaçõesaprenda a apostar no sportingbetque o ex-presidente teria sido vacinado naquele município com doses da Pfizeraprenda a apostar no sportingbet13aprenda a apostar no sportingbetagosto e 14aprenda a apostar no sportingbetoutubro do ano passado.

No entanto, o relatório da PF diz que não há qualquer comprovação que o presidente tenha estadoaprenda a apostar no sportingbetDuqueaprenda a apostar no sportingbetCaxias no dia 13aprenda a apostar no sportingbetagosto, quando cumpriu agenda no município do Rioaprenda a apostar no sportingbetJaneiro.

Já no dia 14aprenda a apostar no sportingbetoutubro, Bolsonaro teve agenda curtaaprenda a apostar no sportingbetDuqueaprenda a apostar no sportingbetCaxias, sem registroaprenda a apostar no sportingbetque tenha sido vacinado nessa data, apontou a investigação.

Também não há evidênciasaprenda a apostar no sportingbetque a filhaaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro estivesse naquele município nas datasaprenda a apostar no sportingbetque teria sido vacinada (24aprenda a apostar no sportingbetjulho e 13aprenda a apostar no sportingbetagostoaprenda a apostar no sportingbet2022), segundo as informações suspeitas registradas no sistema do Ministério da Saúde.

Além disso, a filhaaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro morava na época com seus paisaprenda a apostar no sportingbetBrasília, aponta a PFaprenda a apostar no sportingbetum relatório, e, por isso, "não faria sentido" ela ter ido até Duqueaprenda a apostar no sportingbetCaxias para se vacinar.

O delegado do caso, Fábio Shor, destacou ainda como evidênciaaprenda a apostar no sportingbetfraude o grande tempo transcorrido entre a suposta vacinaçãoaprenda a apostar no sportingbetBolsonaro eaprenda a apostar no sportingbetfilha e o registro da aplicação das doses no sistema, realizadaaprenda a apostar no sportingbet21aprenda a apostar no sportingbetdezembro.