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O valorhero casinomercado das Earthships variahero casinocercahero casinoUS$ 500 mil a US$ 900 mil (cercahero casinoR$ 2,8 milhões a R$ 5,1 milhões). Elas também são disponíveis para pernoite na regiãohero casinoTaos, por cercahero casinoUS$ 240 (cercahero casinoR$ 1,4 mil) por noite.
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O movimento das Earthships começouhero casinoTaos nos anos 1970.
O arquiteto Michael Reynolds, natural do Estado americano do Kentucky e fundador da empresahero casinoconstrução ecológica Earthship Biotecture, mudou-se para a cidadehero casino1969. Seu objetivo era "praticar motocross, por diversão", segundo ele.
Agora com 71 anoshero casinoidade, Reynolds conta que teve um momentohero casinoinspiração.
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"Eu vi [o âncora da TV americana CBS News] Walter Cronkite [1916-2009] falar sobre o desmatamento das florestas para extraçãohero casinomadeira, o que cria não só erosão, mas um problemahero casinooxigênio, já que as árvores emitem oxigênio", contou ele à BBC.
"Ele estava falando sobre o que chamamos, hoje,hero casinomudanças climáticas e aquecimento global. Eu vi todas aquelas latashero casinocerveja jogadas fora e perguntei, 'por que não construímos com latashero casinocervejahero casinovezhero casinoárvores?'"
Reynolds construiuhero casinoprimeira casahero casinolatashero casinocervejahero casino1971, conquistando algum espaço no noticiário comhero casinosingularidade.
A casa foi exibidahero casinovárias partes do mundo, como o Museu do Louvre,hero casinoParis, na França, e o Museuhero casinoArte Modernahero casinoNova York, nos Estados Unidos.
Reynolds destaca, com alguma incredulidade, que o Museuhero casinoArte Moderna "simplesmente comprou um tijolohero casinolatashero casinocerveja por US$ 4,5 mil (cercahero casinoR$ 25,6 mil)." E,hero casinofato, depoishero casinousar um dos blocoshero casinoconstrução produzidos com latashero casinocervejahero casinouma exibição, o museu decidiu acrescentar um desses blocos àhero casinocoleção permanente.
Mas Reynolds ainda passou anos sendo basicamente considerado, quando muito, um maluco, não um arquiteto sério.
"Era uma ideia meio que ridícula, pura fantasia, mas segui adiante e comecei a avançar naquela direção", ele conta.
"Comecei a usar garrafas e pneus, e seguihero casinofrente. Continuo nesta direção há pelo menos 55 anos e, cercahero casino36 anos atrás, dei a uma casa, pela primeira vez, o nomehero casinoEarthship."
E levou ainda muito tempo até quehero casinoideia conseguisse a aceitação do público.
"Sabe, elas pareciam muito esquisitas e ainda têm aparência estranha", ele conta. "Mas, agora, as pessoas estão entendendo."
"E [muitas pessoas] também estão abertas porque estão a dois holerites [como são chamados os comprovanteshero casinopagamentohero casinosaláriohero casinoalgumas regiões do Brasil]hero casinoserem despejadas – e ainda são prejudicadas pelas contashero casinoenergia elétrica e outros serviços públicos", explica Reynolds.
Ele destaca o aspecto financeiramente empoderadorhero casinoviver sem depender da rede elétrica. E, além disso, "as pessoas, agora, querem reverter as mudanças climáticas."
A técnica
A cidadehero casinoTaos atrai artistas e individualistas há muito tempo. A arquitetura dahero casinoaldeia antiga e da cidade nova é surpreendente. São principalmente casas tradicionaishero casinoadobe, sustentadas por vigashero casinomadeira, com tetos tambémhero casinomadeira e terra batida.
Taos foi a incubadora perfeita para as Earthships, com suas grossas paredeshero casinopneus cheioshero casinoterra.
Uma margemhero casinosolo construída a propósito rodeia a Earthshiphero casinotrês lados. Ela fornece massa isolante, que controla a temperatura.
Para a refrigeração, a casa utiliza janelas tradicionais, abertashero casinolocais altos sobre vigashero casinosustentação para obter ventilação cruzada, além dos tuboshero casinoventilação da própria construção.
Reynolds acredita que cada pessoa deve ser capazhero casinocultivar seus próprios alimentos. Por isso, cada Earthship tem uma estufa, no lado norte ou sul, dependendo da localização.
A maioria das Earthships consome apenas energia solar, mas algumas também têm turbinas eólicas como suplemento, ou um forno a lenha, como reserva.
Em Taos, os invernos são frios e com neve. Muitas vezes, os verões são quentes e secos. Mas, na Earthship, a temperatura interna permanece pertohero casino21 °C por todo o ano, independente das condições meteorológicas externas.
Reynolds conta que se mudou parahero casinoprimeira Earthship 35 anos atrás. Nela, ele criouhero casinofamília – e ainda vive na mesma casa. "É tão confortável que não queremos nos mudar", justifica ele, indiferente.
Mas qual a sensaçãohero casinoestar dentrohero casinouma Earthship? "Parece que você está dentro do útero", responde a gerentehero casinoconstrução da empresa, Deborah Binder.
"Você se sente constantemente abraçado e aconchegado. A temperatura é sempre confortável. Às vezes, quando está muito frio no ladohero casinofora, saio sem casaco sem perceber, porque está muito quente dentrohero casinocasa."
Binder aderiu ao projeto 11 anos atrás, para gerenciar um projeto sem fins lucrativos no Maláui. Ela conta que não tinha nenhuma experiência na construçãohero casinocasas.
Ela não só ficou na empresa, como acabou se mudando para Taos. Atualmente, ela aluga uma Earthship, enquanto constrói ahero casinoprópria residência.
Binder também leciona na Academia Earthship, que atrai alunoshero casinotodos os tipos para aprender os princípios do projeto das Earthships,hero casinofilosofia e os métodoshero casinosua construção.
"A maioria das pessoas querem aprender por si próprias", conta Binder. "Algumas aprendem para construir para projetos comunitários."
Apesar do seu apelo ambiental, as Earthships ainda não são aceitas como opção para reduzir a crise habitacional e combater as mudanças climáticas. "Elas ainda são marginalizadas", afirma Binder.
"É muito importante que as pessoas fiquemhero casinouma [Earthship]. A sensação que você tem ao morar nelas é única. E,hero casinotermos práticos, você não paga as contashero casinoserviços. É incrível."
"Quando as pessoas experimentam as casas, elas normalmente querem uma", acrescenta Reynolds. E a grande quantidadehero casinotestemunhos elogiosos nos livroshero casinopresençahero casinocada aluguel das Earthships confirma esta afirmação.
Reynolds acredita que o momento atual não poderia ser mais oportuno para fazer com que as Earthships se tornem padrão – e até com urgência. O objetivo do arquiteto é construir habitações comunitárias para aluguel,hero casinoresposta à faltahero casinomoradia e ao consumohero casinoenergia, que está devastando o planeta.
"Não estou muito interessadohero casinoencomendas; ter um cliente só me faz ir mais devagar", segundo ele. "Preciso construir rápido e alugar para as pessoas por preços justos."
Reynolds avança a todo vapor com seu recente modelo Earthship Refúgio, mais eficiente. Ele acredita que poderá ajudar a reduzir a pobreza e a faltahero casinomoradia, devido à simples economiahero casinonão precisar pagar enormes contashero casinoserviços públicos todos os meses.
"O Refúgio é o modelo com construção mais econômica, que iremos reproduzirhero casinotodo o mundo", defende ele, apaixonadamente.
Além do Refúgio, existe também o curioso modelo Atlantis – uma Earthship azul-turquesa com curvas surpreendentes. Ela foi criada como exemplo do lado artístico e escultural das construções.
"Existe nelas um lado artístico", explica Reynolds. "Usei as garrafas como vitral e existe o aspecto escultural. Elas são bonitas."
Reynolds conseguiu cursar a faculdadehero casinoarquitetura trabalhando como artista. Para ele, "o que realmente é bonito é que elas cuidam das pessoas, enquanto cuidam do planeta."
"Nada tem tanto significado na arte quanto uma casa."
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Travel.