Lygia Fagundes Telles: um séculocasa campeão apostahistórias da dama da literatura brasileira:casa campeão aposta

Lygia Fagundes Tellescasa campeão apostafotocasa campeão apostapreto e branco

Crédito, Arquivo Nacional

Em terra firme, as duas logo se entediaram com o evento literário. "Essa gente fala demais!", reclamou Clarice, ucraniana naturalizada brasileira.

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Terminada a apresentação, foram às compras. Na volta, passaram pelo bar do hotel. Lygia pediu vinho e Clarice, champanhe.

"Na saída, precisávamos mascar chiclete porque nossos bafos estavam péssimos!", recordou Lygia, aos risos,casa campeão apostaentrevista ao jornal O Globo,casa campeão aposta15casa campeão apostaoutubrocasa campeão aposta2011.

O medocasa campeão apostavoar não a impediucasa campeão apostaconhecer dezenascasa campeão apostapaíses. Com o segundo marido, o críticocasa campeão apostacinema Paulo Emílio Salles Gomes, visitou o Irã,casa campeão aposta1968.

Convidada do Festival Internacionalcasa campeão apostaCinema, descobriu, durante visita ao túmulo do rei Ciro, da Pérsia, que a Pasárgada do poeta Manuel Bandeira não era uma invenção poética. "Sou um horrorcasa campeão apostageografia", admitiu,casa campeão aposta2013.

Lygia Fagundes Telles na APL

Crédito, Di Boneti

Legenda da foto, Escritora colecionou 'causos' com Simonecasa campeão apostaBeauvoir, William Faulkner e Jorge Luís Borges
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Episódios

Fim do Que História!

Com os escritores Ivan Ângelo e Ignáciocasa campeão apostaLoyola Brandão, viajou para Nova Yorkcasa campeão aposta1982. Foram divulgar As Meninas, Zero e A Festa, recém-traduzidos para o inglês.

Entre um compromisso e outro, gravaram reportagem para a TV brasileira no Rockefeller Center.

Na horacasa campeão apostaque Ivan Ângelo concedia entrevista, alguém da multidão quis saber quem era. "Paul Newman!", improvisou Lygia, moleca. A notícia logo se espalhou.

"Faziam fila para autógrafos", relatou o suposto sósia do galã ao Cadernoscasa campeão apostaLiteratura Brasileira. "E ela ria, ria…"

"Em Berlim, ao ver que João Ubaldo Ribeiro tinha comprado caixascasa campeão apostauma 'vitamina milagrosa', exigiu que ele a levasse à farmácia para comprar um lote. 'Preciso estar pronta para envelhecer', dizia. Se alguém do grupo fizesse uma compra, ficava enciumada. Era preciso levá-la ao mesmo lugar. Grandes pessoas têm pequenas idiossincrasias", afirma o jornalista e escritor Ignáciocasa campeão apostaLoyola Brandão.

"A grande dama da literatura era uma mulher simples, low-profile, sem pose. Talvez soubesse que era grande. E ponto."

Não gostavacasa campeão apostacomemorar aniversário

Lygia Fagundes Telles ainda se chamava Lygiacasa campeão apostaAzevedo Fagundes — só se casou com o advogado Goffredo da Silva Telles Júnior,casa campeão aposta1950 — quando prometeu a si mesma escrever no mínimo dez obras, entrar para a Academia Brasileiracasa campeão apostaLetras (ABL) e ter um busto na Praça da República, ao lado da esculturacasa campeão apostaÁlvarescasa campeão apostaAzevedo.

Dos três sonhoscasa campeão apostainfância, realizou dois: publicou maiscasa campeão aposta20 obras e, por 32 votos a sete, foi eleita para a cadeira 16 da ABLcasa campeão aposta24casa campeão apostaoutubrocasa campeão aposta1985.

Lygia Fagundes Telles

Crédito, Arquivo Nacional

Foi mais ou menos nesta época que Lygia tomou rançocasa campeão apostaaniversário. Quando tinha 10 anos,casa campeão apostamãe, a pianista Maria do Rosário Silva Jardimcasa campeão apostaMoura, a Zazita, preparou uma festa linda. Ninguém apareceu. Também, pudera. A aniversariante esqueceucasa campeão apostaentregar os convites...

"Aniversário é uma data boa quando se é jovem. Depois da velhice brutal, não quero mais!", desabafou ao Globo,casa campeão aposta12casa campeão apostaabrilcasa campeão aposta2013. Depoiscasa campeão apostasua morte, descobriu-se que Lygia Fagundes Telles não nasceucasa campeão aposta19casa campeão apostaabrilcasa campeão aposta1923. Nasceu cinco anos antes:casa campeão aposta19casa campeão apostaabrilcasa campeão aposta1918.

"Quando Lygia nasceu, todas as fadas se debruçaram sobre seu berço. Era uma mulher linda, inteligente, excelente escritora e um sensocasa campeão apostahumor formidável. Tinha o coração do lado certo. Sempre defendeu as boas causas. Era um orgulho ter o mesmo passaporte dela", exalta a escritora e acadêmica Rosiska Darcycasa campeão apostaOliveira que, no dia 31casa campeão apostaoutubro, vai fazer uma palestra na ABLcasa campeão apostahomenagem ao centenário da amiga.

"Sua maior contribuição à literatura brasileira foi ela mesma. Nunca foi uma militante. Mas influenciou as mulheres que a leram. Lygia não criava personagens. Criava pessoas. Sou muito grata a Lygia por todas as reflexões que despertoucasa campeão apostamim."

'O grande amorcasa campeão apostasua vida foi seu trabalho'

O númerocasa campeão apostalivros publicados só não é maior porque ela rejeitava os três primeiros,casa campeão apostacontos: Porão e Sobrado,casa campeão aposta1938; Praia Viva,casa campeão aposta1944; e O Cacto Vermelho,casa campeão aposta1949, que classifica como "imaturos" e "precipitados".

Lygia começou a escrever muito cedo, quando cursava o antigo ginásio no Instituto Caetanocasa campeão apostaCampos,casa campeão apostaSão Paulo. Seu primeiro livro foi publicado com recursos do pai, o advogado Durvalcasa campeão apostaAzevedo Fagundes.

"Fico aflita sócasa campeão apostapensar nas novas gerações lendo esses meus livros. Não quero que percam tempo com eles!", afirmou,casa campeão aposta1998.

Do pai, Lygia dizia ter herdado "o vício do risco". Com uma diferença: ele jogava com fichas; ela, com palavras.

"Hoje, perdemos, mas amanhã a gente ganha", costumava repetir. Certo dia, Durval perdeu tudo na roleta. Por essa razão, Lygia criou verdadeiro pavor da instabilidade econômica. Conclusão: concluiu duas faculdades: acasa campeão apostaEducação Física,casa campeão aposta1941, ecasa campeão apostaDireito,casa campeão aposta1946, ambas na Universidadecasa campeão apostaSão Paulo (USP).

Para o crítico Antonio Candido, a fase “madura”casa campeão apostasua obra teve iníciocasa campeão aposta1954, com Cirandacasa campeão apostaPedra. É o primeirocasa campeão apostaseus quatro romances. Os outros são Verão no Aquário,casa campeão aposta1964; As Meninas,casa campeão aposta1973; e As Horas Nuas,casa campeão aposta1989.

Cirandacasa campeão apostaPedra ganhou duas adaptações para a TV:casa campeão aposta1981, adaptado por Teixeira Filho, ecasa campeão aposta2008, por Alcides Nogueira.

"No livro, não há um só casamento; na novela, arrumaram dez! Eu via aquilo e falava: 'Oh, meu Deus, outro casamento!?'", espanta-se, referindo-se à primeira versão.

Quem também gostoucasa campeão apostaseu romancecasa campeão apostaestreia foi Simonecasa campeão apostaBeauvoir. As duas se conheceramcasa campeão apostaSão Paulocasa campeão apostaalmoço oferecido pelo editor Barros Martinscasa campeão aposta1960.

Às vésperascasa campeão apostaregressar a Paris, a francesa marcou um encontrocasa campeão apostauma livraria.

Queria presentear a brasileira com um exemplarcasa campeão apostaTodos os Homens São Mortais,casa campeão aposta1946.

Em retribuição, Lygia ofereceu uma cópia — datilografada ecasa campeão apostafrancês —casa campeão apostaCirandacasa campeão apostaPedra.

Dias depois, Lygia recebeu uma carta que a deixou "em estadocasa campeão apostagraça". "Não só lera o livro como se apressaracasa campeão apostaalegrar o coraçãocasa campeão apostauma escritora brasileira que passou esse dia levitando", derrete-secasa campeão apostacrônica publicada no jornal O Estadocasa campeão apostaS. Paulo,casa campeão aposta8casa campeão apostajaneirocasa campeão aposta1978.

"Lygia trabalhou muito, durante todacasa campeão apostavida, até os últimos anos. Posso dizer que o grande amorcasa campeão apostasua vida foi seu trabalho", garantecasa campeão apostaneta, Lúcia Telles, filhacasa campeão apostaGoffredo da Silva Telles Neto.

"Quando meu pai morreu, escreveu Conspiraçãocasa campeão apostaNuvens para afastar a depressão."

"Minhas primeiras memórias com ela sãocasa campeão apostaseu apartamento: os gatos, a máquinacasa campeão apostaescrever, recortescasa campeão apostajornais com os crimes que a interessavam... Quando eu era pequena, contava históriascasa campeão apostaterror e mistério. Lia Edgar Allan Poe para mim e eu adorava. Adoro até hoje. Sinto uma falta enorme dela."

Foi a Brasília protestar contra a censura

Quando colocou o ponto final em As Meninas, Lygia caiu no choro. Chegava ao fim uma "convivência encantadora". Uma das protagonistas chegou a "suplicar para que não a matasse".

"Ainda tenho muito o que dizer”, protestava Ana Clara. “Não posso morrer agora". Lygia não conseguiu salvá-la: morreu por overdose.

Em 1976, Lygia foi a Brasília, acompanhada por outros intelectuais, como a escritora Nélida Piñon, entregar ao ministro da Justiça, Armando Falcão, um manifesto contra a censura.

Lygia Fagundes Tellescasa campeão apostafotocasa campeão apostapreto e branco

Crédito, Arquivo Nacional

Legenda da foto, Por 32 votos a sete, ela foi eleita para a cadeira 16 da ABLcasa campeão aposta24casa campeão apostaoutubrocasa campeão aposta1985

Passado algum tempo, Paulo Emílio chegoucasa campeão apostacasa rindo. Soube que o censor encarregadocasa campeão apostaler As Meninas não conseguiu passar da página 40. "Achou tudo muito chato", explicou a autora,casa campeão aposta2009.

Sorte a dela. Nas páginas 148 e 149, reproduz um doloroso relatocasa campeão apostatortura. O romance ganhou quatro versões: três para o teatro e uma para o cinema.

No filmecasa campeão apostaEmiliano Ribeiro, Lorena, Lia e Ana Clara foram interpretadas por Adriana Esteves, Drica Moraes e Cláudia Liz.

"Uma sériecasa campeão apostaautoras contemporâneas que dedicaram obras ao período da ditadura militar poderiam ser netas da Lygia. Não posso afirmar que todas a leram, mas,casa campeão apostatodo modo, se juntam a Lygia nessas páginascasa campeão apostanossa história literária como um alerta do que não pode ser esquecido por todos nós, como coletividade, mas sem apagar os caminhos mais interiores, mas ressaltá-los", afirma a pesquisadora Luciana Araújo Marques que, no próximo dia 19, vai mediar, às 20h, na livraria Gato sem Rabo (SP), um bate-papo com as escritoras Andréa del Fuego e Aline Bei sobre o legado da aniversariante do dia.

"Para mim, essas escritoras agem como guerrilheiras da negação da morte. Talvez menoscasa campeão apostaum sentidocasa campeão apostaeternidade e da monumentalização do que é tido como 'o que fica' e é 'canonizado', e mais como uma exaltação da vida contra tudo o que mata antes da horacasa campeão apostamorrer."

'O que diabos eu vim fazercasa campeão apostaChicago?'

Além da francesa Simonecasa campeão apostaBeauvoir, Lygia conheceu outros gigantes da literatura universal: o americano William Faulkner e o argentino Jorge Luís Borges.

Faulkner, Nobelcasa campeão apostaLiteratura, estevecasa campeão apostaSão Paulo entre os dias 8 e 14casa campeão apostaagostocasa campeão aposta1954 para participar do I Congresso Internacionalcasa campeão apostaEscritores.

Durantecasa campeão apostaestadia, experimentou camarão à baiana, espantou-se com uma sucuricasa campeão apostaoito metros e deitou-se no chão do Museucasa campeão apostaArtecasa campeão apostaSão Paulo (Masp) para aliviar as dores nas costas.

"Chegou meio foracasa campeão apostaórbita", contou Lygia ao jornal Folhacasa campeão apostaS.Paulo,casa campeão aposta14casa campeão apostasetembrocasa campeão aposta1997. "Estava sempre com o cabelo molhado. Creio que para ficar desperto, devido ao excessocasa campeão apostaálcool."

Hospedado no Esplanada, Faulkner conheceu Lygia no Butantan. Os dois foram apresentados pelo crítico Mário da Silva Brito.

"Se os seus contos forem tão belos quanto seus olhos, a senhora, certamente, é uma grande escritora", elogiou.

Nessa hora, Brito cochichou para Lígia: "Não se esqueçacasa campeão apostacolocar esse comentário na orelha do seu próximo livro. É o único que Faulkner conseguiu fazer a respeito da literatura brasileira".

Ao se despedir, já na filacasa campeão apostaembarque do Congonhas, o visitante perguntou: "O que diabos eu vim fazer mesmocasa campeão apostaChicago?"

'A literatura é uma formacasa campeão apostaamor'

Trinta anos depois, reencontrou um velho amigo, Jorge Luís Borges, que conheceucasa campeão aposta1960. Em um jantar, o escritor argentino falou da importância do sonho.

"Tenho um amigo que morreu quando deixoucasa campeão apostasonhar", advertiu. "No exato momentocasa campeão apostaque mencionou seu nome, alguém deixou cair uma taça e não consegui ouvir", recordou Lygia,casa campeão aposta2009.

Anos depois, a escritora leu o conto Uma Estaçãocasa campeão apostaAmor e decifrou o mistério: o tal amigo suicida era o uruguaio Horacio Quiroga. "Gravemente doente e sem esperança, suicidou-se com cianureto", conta no livro Durante Aquele Estranho Chá,casa campeão aposta2002.

Lygia Fagundes Telles com Moacyr Scliar e Luis Fernando Verissimo na Flip

Crédito, Acervo Pessoal

Legenda da foto, Lygia Fagundes Telles com Moacyr Scliar e Luis Fernando Veríssimo na Flip

Na entrevista ao Cadernoscasa campeão apostaLiteratura Brasileira, Lygia lembra da ocasiãocasa campeão apostaque, na décadacasa campeão aposta1970, recebeu o telefonemacasa campeão apostaum rapaz dizendo que, por causacasa campeão apostaseus livros, não queria mais tirar a própria vida.

Lá pelas tantas, emocionada, a escritora perguntou: "O que eu posso fazer por você?". O leitor respondeu: "A senhora já fez". E desligou.

"Fico relendo meus textos, procurando, procurando, qual a palavra, meu Deus, qual a palavra que foi capaz daquilo? Nunca vou saber", divagou,casa campeão aposta1998. "No fundo, a literatura é uma formacasa campeão apostaamor", concluiu.

"Era uma mulher à frentecasa campeão apostaseu tempo. Tinha forte preocupação com o papel social da mulher. Debatercasa campeão apostacontribuição à literatura é tarefa dos acadêmicos. Queremos enfatizarcasa campeão apostacontribuição humanista. Às vezes, nos preocupamos tantocasa campeão apostaestudar uma obra que esquecemos da pessoa incrível que criou aquela obra", afirma a jornalista Rachel Valença, coordenadoracasa campeão apostaliteratura do Instituto Moreira Salles (IMS) que, desde 2002, guarda o acervo da escritora, compostocasa campeão apostacartas, originais, fotografias e até da Olivetti que ganhoucasa campeão apostaPaulo Emílio na Itália.

No dia 11casa campeão apostamaio, o IMS organiza uma mesacasa campeão apostadebates, com participação da acadêmica Ana Maria Machado, a agente literária Lúcia Riff e a pesquisadora Elizama Almeida, na ABL

Foi indicada ao Nobelcasa campeão aposta2016

Avessa a autobiografias, Lygia lançou três livroscasa campeão apostamemórias: Invenção e Memória,casa campeão aposta2000; Durante Aquele Estranho Chá,casa campeão aposta2002, e Conspiraçãocasa campeão apostaNuvens,casa campeão aposta2007.

No segundo volume, esmiúça, entre outras histórias, a visita que fez a Monteiro Lobato no presídio Tiradentescasa campeão aposta1941 — o criador do Sítio do Picapau Amarelo fora preso por criticar o Estado Novo — e o encontro com o poeta modernista Máriocasa campeão apostaAndrade na confeitaria Vienense, na rua Barãocasa campeão apostaItapetininga,casa campeão aposta1944.

Lygia Fagundes Telles na Academia Paulistacasa campeão apostaLetras

Crédito, Di Boneti

"Se eu tivesse pernas tão lindas, ia lá pensarcasa campeão apostaliteratura?", foi obrigada a ouvircasa campeão apostauma das vezescasa campeão apostaque esbarrou com Monteiro Lobato.

No estranho chá com o autorcasa campeão apostaMacunaíma, a jovem estudantecasa campeão apostaDireito com aspiração literária saiu da confeitaria com uma carta. O que Máriocasa campeão apostaAndrade teria achadocasa campeão apostaseus escritos? Nunca saberemos...

"No dia seguinte, na maior emoção, levei a carta para exibi-la a dois colegas da Faculdade. Mas, acabei por perdê-la numa das salascasa campeão apostaaula e nunca mais", lamentou na crônica que dá título ao livro.

Dos 16 livros publicados pela Companhia das Letras, onze sãocasa campeão apostacontos. Apenas um, Passaporte para a China, écasa campeão apostacrônicas — a pedidocasa campeão apostaSamuel Wainer, dono do jornal Última Hora, escreveu impressões sobre uma viagemcasa campeão aposta20 dias a Pequim e Shanghaicasa campeão aposta1960.

"Tentei fazer poesia quando estava na Faculdadecasa campeão apostaDireito. Mas logo percebi que era apenas um apelocasa campeão apostajuventude", reconheceu ao Cadernoscasa campeão apostaLiteratura Brasileira.

Só Jabuti, o mais importante prêmio literário brasileiro, foram quatro: O Jardim Selvagem,casa campeão aposta1966; As Meninas,casa campeão aposta1973; A Noite Escura e Mais Eu,casa campeão aposta1996, e Invenção e Memória,casa campeão aposta2001.

Em 2005, levou para casa o Camões, o "Nobel" da Língua Portuguesa. Em 2016, teve seu nome indicado ao Nobelcasa campeão apostaLiteratura. Perdeu a honraria para o cantor e compositor americano Bob Dylan.

"Era minha vizinha no Jardins. Quando caminhávamos pelo bairro, abraçava as árvores, brincava com os animais... Também íamos ao cinema. Comentava o filmecasa campeão apostavoz alta. Às vezes, isso gerava um 'psiu' dos outros espectadores", relata o escritor e acadêmico José Renato Nalini.

"Também gostavacasa campeão apostaconversar ao telefone. Lia seus contos e pedia minha opinião. O que me desvanecia. Tínhamoscasa campeão apostacasa uma poodle que era avessa a humanos. Mas, quando Lygia chegava, pulava no seu colo. Ficava extasiada. Sinto imensa faltacasa campeão apostaLygia, a amiga, mais do que a imortal."