Os lugares onde cientistas procuram vida extraterrestre na próxima década:bonus vai de bet
Sondas estão visitando algumas das luas geladas do nosso Sistema Solar,bonus vai de betbuscabonus vai de betsinaisbonus vai de bethabitabilidade. Astrônomos também estão começando a analisar a atmosferabonus vai de betplanetas fora do nosso Sistema Solar,bonus vai de betbuscabonus vai de betcoquetéis elementares que denunciem vida alienígena.
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Fim do Matérias recomendadas
E, claro, nossos olhos e ouvidos cépticos continuam atentos aos sinaisbonus vai de betqualquer civilização inteligente que venha a fazer contato, sejabonus vai de betpropósito ou acidentalmente.
"Acho que, daqui a 10 anos, teremos alguma evidência indicando se existe algobonus vai de betorgânicobonus vai de betalgum planeta próximo", afirma o astrônomo real britânico Lorde Martin Rees. "Acho que estamos realmente [a pontobonus vai de betencontrar algo]."
Marte
Uma toneladabonus vai de betcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
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Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A vida alienígena, se existir, não se deixa descobrir facilmente.
As primeiras tentativasbonus vai de betbuscabonus vai de betinteligência extraterrestre começarambonus vai de betmeados do século 20, com os astrônomos do Projeto Seti procurando sinaisbonus vai de betrádiobonus vai de betoutros planetas, sem sucesso.
No final do século 19, acreditava-se que Marte tivesse rios e canais cheiosbonus vai de betvida. Mas o planeta se mostrou uma terra estéril e basicamente seca. E os planetasbonus vai de betórbitabonus vai de betoutras estrelas são tão pequenos que encontrá-los já era difícil, que dirá aprender muito sobre eles.
Na busca por vida extraterrestre, precisamos fazer a sintonia fina da nossa formabonus vai de betbusca e nos preparar para a possibilidadebonus vai de betque qualquer detecção inicial talvez seja algo pequeno, como evidênciasbonus vai de betmicróbios ou marcadores químicosbonus vai de betuma atmosfera distante.
Em comparação com a visão hollywoodiana, os primeiros contatos com a vida extraterrestre podem parecer decepcionantes, mas eventuais evidências conclusivas da existênciabonus vai de betvida além das fronteiras do nosso planeta, ainda assim, alterariam fundamentalmente a visão do nosso lugar no Universo.
Atualmente, Marte é, sem dúvida, o destino mais popular da busca pela vida no nosso Sistema Solar. Afinal, sabemos que o planeta provavelmente era úmido e possivelmente habitável bilhõesbonus vai de betanos atrás, com mares e lagos nabonus vai de betsuperfície.
Os cientistas chegaram a descobrir recentemente indicações fascinantesbonus vai de betque ainda pode haver águabonus vai de betMarte no estado líquido, escondida embaixo da camadabonus vai de betgelo no sul do planeta.
Neste momento, o robô andarilho Perseverance, da Nasa, está retirando amostras do leito seco do que se acredita ter sido, um dia, um lago. É a chamada cratera Jezero, a pouca distância do equador marciano, no hemisfério norte.
O plano é recolher dezenasbonus vai de betamostras e trazê-las para a Terra no início dos anos 2030,bonus vai de betuma missão chamada Retornobonus vai de betAmostrasbonus vai de betMarte. Elas poderão ser então minuciosamente analisadas,bonus vai de betbuscabonus vai de betsinaisbonus vai de betvida.
Essa missão atualmente enfrenta dificuldades, já que o retorno ainda precisa obter financiamento. Mas, se as amostras conseguirem deixar o planeta vermelho, teremosbonus vai de betmão uma grande riqueza científica.
A cientista planetária Susanne Schwenzer, da Universidade Aberta do Reino Unido e membro da equipe científica do projeto Retornobonus vai de betAmostrasbonus vai de betMarte, afirma que a presençabonus vai de betvidabonus vai de betMarte no passado pode ter deixadobonus vai de betimpressão digital nas rochas e na água do planeta.
"Quando você tem vida, tudo parece muito diferente", segundo ela. "Se tivermos as amostrasbonus vai de betMarte, poderemos analisar seus mínimos detalhes para estudar esses processos."
É possível que algumas das amostras possam conter até mesmo micróbios fossilizados no interior das rochas.
"Como cientista, eu não teria gasto minha vida com isso se não tivesse esperançabonus vai de betque temos uma boa chancebonus vai de betencontrar alguma coisa", explica Schwenzer. "Espero que encontremos algo, mas não posso fazer previsões."
As luas geladas
Mesmo se forem detectados sinaisbonus vai de betvidabonus vai de betMarte, esta não seria uma prova inequívocabonus vai de betque existe vida alienígenabonus vai de bettoda parte do Universo.
Sabemos que Marte e a Terra compartilharam material no início dabonus vai de bethistória. Isso significa que os dois planetas podem também ter compartilhado a gênese da vida.
Para encontrar evidênciasbonus vai de betuma segunda gênese real, ou seja, uma provabonus vai de betque a vida surgiu por uma segunda vezbonus vai de betoutro mundo,bonus vai de betforma independente, os cientistas estão pesquisando as luas geladas do Sistema Solar, como os satélites Europa (Júpiter) e Encélado (Saturno). Eles acreditam que ambas possuem vastos oceanos por baixo das suas superfícies congeladas.
"Se descobrirmos vida nas luas geladas, certamente será uma gênese diferente da vida na Terra", explica Schwenzer.
A Nasa deve lançar uma espaçonave chamada Europa Clipperbonus vai de betdireção a Europa, no mêsbonus vai de betoutubro. Ela segue o lançamento da espaçonave europeia Juice, ocorridobonus vai de betabrilbonus vai de bet2023.
Programadas para chegarbonus vai de bet2030 e 2031, as duas espaçonaves provavelmente não irão detectar vidabonus vai de betEuropa. Mas irão estudar a extensão do seu oceano e definir o cenáriobonus vai de betuma missão futura, que poderá tentar escavar a camadabonus vai de betgelo (como propõe a Nasa no projeto Europa Lander, aindabonus vai de betfase inicial), ou voar atravésbonus vai de betplumas que podem ser ejetadas pelos oceanos das luas para o espaço,bonus vai de betbuscabonus vai de betsinaisbonus vai de betvida.
Colocar uma máquina no oceanobonus vai de betum desses mundos, na verdade, é um "problemabonus vai de bet100 anos", afirma a astrônoma Britney Schmidt, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Isso se deve às dificuldadesbonus vai de betatravessar o gelo com vários quilômetrosbonus vai de betespessura.
Mas "adentrar na camadabonus vai de betgelo e interagir com os líquidos é algo que poderíamos fazer"bonus vai de betprazo mais curto, segundo ela.
"É o tipobonus vai de betmissão que eu gostariabonus vai de betver acontecer. Nosso grupo está desenvolvendo instrumentos e tecnologias,bonus vai de betforma que já sabemos o que fazer quando chegarmos lá", ela conta.
Exoplanetas
Se você não estiver preparado para esperar por 100 anos, talvez prefira dar uma olhadabonus vai de betoutros sistemas solares.
Conhecemos agora maisbonus vai de bet5,5 mil planetas que orbitam outras estrelas – os chamados exoplanetas – e novas descobertas continuam a pipocar todos os dias.
Com o imenso poder dos novos telescópios, principalmente o Telescópio Espacial James Webb (JWST, na siglabonus vai de betinglês), os astrônomos estão começando a examinar alguns desses planetasbonus vai de betbelíssimos detalhes.
Eles estão usando o JWST particularmente para observar se podem descobrir quais gases estão presentesbonus vai de betalguns exoplanetas rochosos similares à Terra.
O James Webb não se destinava a analisar exoplanetas quando foi projetado inicialmente na virada do século. Mas,bonus vai de betlá para cá, ele recebeu a nova tarefabonus vai de betestudar esses mundos. Afinal, o JWST é o maior telescópio espacial da história e a melhor máquina que temos para esta missão.
O James Webb não consegue estudar mundos similares à Terrabonus vai de betórbitabonus vai de betestrelas como o nosso Sol. A imagem desses planetas é simplesmente ofuscada pelas suas estrelas brilhantes e mesmo o JWST não consegue analisá-los.
Para isso, será necessário um telescópio mais avançado, como o Observatóriobonus vai de betMundos Habitáveis da Nasa, com lançamento previsto para os anos 2040.
Mas o James Webb pode estudar planetas que orbitam estrelas pequenas, chamadas anãs vermelhas. E, no momento, ele está testando suas capacidades com um sistema solar fascinante chamado TRAPPIST-1, que inclui sete mundos do tamanho da Terra.
Pelo menos três desses planetas orbitam na zona habitável da estrela, onde pode existir águabonus vai de betforma líquida e vida.
A primeira etapa é a confirmação pelos astrônomos se esses planetas possuem atmosfera. A pesquisa para determinarbonus vai de betpresença através do JWST está atualmentebonus vai de betandamento e os resultados são esperados no final deste ano oubonus vai de bet2025.
Resultados iniciais demonstraram que o planeta com órbita mais interna provavelmente não possui atmosfera necessária para a vida. Mas se conseguirmos encontrar atmosfera nos outros planetas do sistema TRAPPIST-1, será uma descoberta monumental, segundo a astrofísica Jessie Christiansen, do Institutobonus vai de betCiênciabonus vai de betExoplanetas da Nasa no Institutobonus vai de betTecnologia da Califórnia, nos Estados Unidos.
"Os próximos 20 anosbonus vai de betpesquisabonus vai de betexoplanetas dependerão deste resultado", segundo ela. "Se os planetas da anã vermelha tiverem atmosfera, apontaremos todos os telescópios da Terrabonus vai de betdireção a esses planetas para tentar ver alguma coisa."
Se conseguirmos encontrar atmosfera nesses planetas, será a vez do James Webb ir buscar sinaisbonus vai de betbioassinaturas que possam indicar a existênciabonus vai de betvida.
"Iremos procurar a química do desequilíbrio", explica Christiansen. "Você pode produzir dióxidobonus vai de betcarbono, metano e águabonus vai de bet[qualquer] planeta. Mas encontrá-losbonus vai de betproporções que não possam ser mantidas naturalmente é o pontobonus vai de betque você começa a dizer que existe biologia envolvida."
Os telescópios do futuro, como o Observatório dos Mundos Habitáveis e um projeto europeu chamado Life, irão tentar realizar a mesma análisebonus vai de betbuscabonus vai de betplanetas similares à Terra que orbitam estrelas como o nosso Sol.
"A classe planetária norteadora serão os planetas rochosos na zona habitável", segundo o astrofísico Sascha Quanz, do Instituto Federalbonus vai de betTecnologia (ETH, na siglabonus vai de betalemão)bonus vai de betZurique, na Suíça. Ele é o chefe do programa Life.
E assim caminha a busca pela vida inteligente.
Os próximos passos
O astrônomo Jason Wright, da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, indica que os primeiros frutos já foram colhidos.
Observaçõesbonus vai de betondasbonus vai de betrádio demonstraram que, até cercabonus vai de bet100 anos-luz da Terra, "aparentemente não existem" faróis poderosos apontados na nossa direção. Agora, programas como o americano Breakthrough Listen estão voltando suas pesquisas para distâncias maiores.
Eles procuram sinaisbonus vai de betrádio emitidosbonus vai de betplanetas mais distantes da nossa galáxia – e estão até começando a procurar vazamentos acidentaisbonus vai de betcomunicações como as que temos hoje na Terra, mas provenientesbonus vai de betoutros planetas.
Os próximos telescópios, principalmente um imenso radiotelescópio novo que deve ser inauguradobonus vai de bet2028, chamado Square Kilometer Array (um conjuntobonus vai de betmilharesbonus vai de betantenasbonus vai de betrádio espalhadas por dois continentes), deverão expandir significativamente essa pesquisa.
"É realmente emocionante", afirma Wright. Mas, mesmo com os modernos radiotelescópios, a primeira detecção poderá surgir "a qualquer momento", segundo ele.
Se realmente encontrarmos evidênciabonus vai de betvida alienígena, seja no nosso Sistema Solar,bonus vai de betum exoplaneta oubonus vai de betuma civilização inteligente, provavelmente não será um evento extraordinário. O mais provável é que seja um processo gradual até chegarmos ao pontobonus vai de betque a vida irá parecer a explicação mais plausível.
"Quanto mais informações você tiver, mais perto você estarábonus vai de betuma posiçãobonus vai de beteliminar falsos positivos", afirma Quanz.
Por isso, a descobertabonus vai de betvida extraterrestre pode não ser um momento único definido. E a formabonus vai de betque o público irá reagir a essa possibilidade é uma questão interessante, segundo Rees.
"Se for algo preliminar, os cientistas deverão deixar claro esse ponto", afirma ele. "Esperamos que isso seja manifestado nas notícias dos jornais."
Exemplos recentes incluem a detecçãobonus vai de betfosfinabonus vai de betVênus ebonus vai de betsulfetobonus vai de betdimetilabonus vai de betum exoplaneta – dois possíveis sinais biológicos que geraram intensos debates e permanecem extremamente incertos.
Permanece também a outra possibilidade:bonus vai de betque nenhuma dessas pesquisas traga nenhum resultado. Este também será um resultado científico interessante, que indicaria que a vida alienígena, se existir, não é algo comum no Universo.
"Um resultado nulo traria algo fundamentalmente importante" sobre a vida, segundo Quanz. "Talvez ela seja muito rara."
- Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.