Inquilinos brasileiros reclamamcaça niquel diamondxenofobia para alugar imóveiscaça niquel diamondPortugal:caça niquel diamond

Mulher brasileira com placa 'brasileiros não se calam!'

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Brasileiros vêm enfrantando xenofobiacaça niquel diamondPortugal

"Ele disse que não alugava apartamentos para brasileiros, que são todos 'fanfarrões' e barulhentos, que colocam muitas pessoas na casa porque não têm condições, etc."

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Márcia conta que a assessora portuguesa então explicou calmamente que o proprietário estava enganado e quecaça niquel diamondcliente era uma advogada casada e com filhos que tinha um contratocaça niquel diamondtrabalho fixo.

"Ao receber essas informações, ele se acalmou um pouco e tentou voltar atrás, se explicar, mas aí quem não quis nem ver a casa fui eu, tamanho foi o desrespeito sem nem ao menos saber sobre minha história."

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Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladacaça niquel diamondcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

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Brasileiros que têm atravessado o Atlântico para começar uma nova vidacaça niquel diamondPortugal têm encontrado essa mesma dificuldade na horacaça niquel diamondbuscar um lugar para morar.

A corretora brasileira Amanda Barreto Mello, que trabalha com venda e aluguelcaça niquel diamondimóveiscaça niquel diamondPortugal desde 2015, diz que já ouviu claramentecaça niquel diamonddonoscaça niquel diamondimóveis que eles não gostariamcaça niquel diamondalugar para brasileiros.

"Em uma das vezes, a proprietária disse: 'Não quero pretos e nem brasileiros! Não sou preconceituosa, mas tive más experiências'."

Embora não haja dados oficiaiscaça niquel diamonddenúncias feitas a órgãoscaça niquel diamondgoverno, as reclamaçõescaça niquel diamondbrasileiros rejeitados como inquilinos,caça niquel diamondalguns casos com alguma dosecaça niquel diamondxenofobia, são relatadas com frequênciacaça niquel diamondgrupos e perfiscaça niquel diamondredes sociais.

Quando a BBC News Brasil perguntou a brasileiros que vivemcaça niquel diamondPortugalcaça niquel diamondgrupos no Facebook se alguém já havia passado por problemas ou sofrido xenofobia dos proprietários, a maioria das respostas foi que sim.

"A pergunta é: quem não teve dificuldade?", disse um usuário.

A corretora Bruna Dutracaça niquel diamondfoto à noitecaça niquel diamondPortugal

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, A corretora Bruna Dutra diz que já se deparou com o preconceito contra brasileiros

Outro afirmou: "Se alguém passou ou tá passando? É melhor perguntar quem não passou!".

Mas uma usuária argumentou que o comportamento dos conterrâneos também não ajuda.

"Muitos brasileiros estragam os imóveis, fora as músicas altas e gritarias. Digo isto porque foi um próprio senhorio que disse.”

Esses motivos são apontados com frequência por donoscaça niquel diamondimóveis ao recusar potenciais inquilinos brasileiros, diz a corretora Amanda Barreto Mello.

"O que sempre ouvi,caça niquel diamondforma geral, é que os brasileiros fazem mais barulho, escutam música alta e colocam mais pessoascaça niquel diamondcasa do que foi dito inicialmente", afirma.

Amanda acrescenta que "a faltacaça niquel diamondfiador, não ter a declaração do impostocaça niquel diamondrenda e não ter um contratocaça niquel diamondtrabalho são, sem dúvidas, as maiores dificuldades que os brasileiros têm na horacaça niquel diamondalugar um imóvel aquicaça niquel diamondPortugal".

A corretora portuguesa Ana Aires Pereira argumenta que as dificuldades enfrentadas por brasileiros para alugar uma casa ou apartamento estão mais ligadas a questões financeiras e burocráticas do que àcaça niquel diamondnacionalidade.

"As dificuldades que os brasileiros têm são as mesmascaça niquel diamondtodos os que não têm como provar os seus rendimentos ou não têm histórico suficiente para dar as garantias que os senhorios solicitam, inclusivamente os portugueses", diz.

As exigências são feitas pelos proprietários para diminuir o riscocaça niquel diamondreceber um calote e passam pelo pagamento adiantadocaça niquel diamondtrês aluguéis e duas cauções e apresentaçãocaça niquel diamondfiador ecaça niquel diamondcontratocaça niquel diamondtrabalho sem data para terminar.

"São condições difíceiscaça niquel diamondreunircaça niquel diamondsimultâneo para quem procura alugar um imóvel e acaboucaça niquel diamondchegar do estrangeiro", afirma a corretora.

"Os proprietários não discriminam pela nacionalidade do locatário, mas pela faltacaça niquel diamonddos requisitos que determinaram."

Demandacaça niquel diamondbrasileiros por imóveiscaça niquel diamondPortugalcaça niquel diamondalta

Ruacaça niquel diamondLisboa cheiacaça niquel diamondgente com bandeiracaça niquel diamondPortugal no alto

Crédito, Getty

Legenda da foto, Númerocaça niquel diamondbrasileiros que fizeram pedidocaça niquel diamondresidênciacaça niquel diamondPortugal subiu 36% no último ano

A demanda por imóveiscaça niquel diamondPortugal por brasileiros é grande e vem aumentando.

Segundo dados do governo português, até outubro deste ano, foram contabilizados 392.757 brasileiros com manifestaçãocaça niquel diamondinteresse para moradia no país.

Esse é um documento necessário para a regularização dos estrangeiros que desejam vivercaça niquel diamondPortugal.

Em 2022, o número era 239.744, ou seja, a quantidadecaça niquel diamondbrasileiros que entraram com pedidocaça niquel diamondresidência aumentoucaça niquel diamond36%caça niquel diamondum ano.

Desses quase 400 mil, 153 mil finalizaram o processo e possuem residência portuguesa.

Esses números levamcaça niquel diamondconta quem tem contratocaça niquel diamondtrabalho, vistocaça niquel diamondestudante e preenche outros requisitos do governo.

Não é possível contabilizar o número real contando com as pessoas que moram ilegalmente no país.

O português Antonio Valente investecaça niquel diamondimóveis e aluga vários deles por inteiro ou apenas quartos individuais para garantir uma renda mensal.

"Como só alugo casas muito pequenas, o mercado destas casas são os estrangeiros, e desde que tenham documentação, trabalho, rendimentos compatíveis com o valor da renda e fiador, continuo a alugar a todos, inclusive a brasileiros", diz.

Mas,caça niquel diamondseguida, Antonio relata experiência ruins que teve com algunscaça niquel diamondseus inquilinos do Brasil.

"Existem boas e más experiências, comocaça niquel diamondtudo. Tive alguns problemas com pagamentos com brasileiros que fugiram sem pagar, e um deles destruiu a casa", conta.

"Os brasileiros não respeitam as tradições portuguesas. Fazem barulho, colocam um excessocaça niquel diamondpessoas no imóvel, e isso cria autodefesas dos proprietários."

Esse mesmo argumento sobre o comportamento dos inquilinos também foi usado para Bruna Dutra,caça niquel diamond37 anos.

Ela trabalha com realocação há quase dois anos e já escutoucaça niquel diamondportugueses que abertamente não aceitam brasileiros que tiveram experiências ruins.

"Quando dizem que não aceitam brasileiros, justificam que alugaram para um casal e eles destruíram o imóvel, ou para duas pessoas e colocaram lá dez."

Bruna, que é brasileira, também sentiu na pele o preconceito quando fazia seu trabalho.

"Tive uma única situação onde telefonei a um corretor para perguntar se o imóvel estava disponível e ele, ao identificar meu sotaque, disse: 'Está disponível, entretanto eu não tenho tempo para lhe ouvir. Com licença!' e desligou”.

Ela então falou com o gerente da empresa e recebeu um pedidocaça niquel diamonddesculpas formal.

'É difícil denunciar porque situações são sutis'

Ana Paula Costa, vice-presidente da Casa do Brasilcaça niquel diamondLisboa, falacaça niquel diamondevento

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Ana Paula Costa, da Casa do Brasilcaça niquel diamondLisboa, diz que recebe queixascaça niquel diamondxenofobia, inclusive na questão da moradia

Mas, geralmente, não há "pedidocaça niquel diamonddesculpas" ou qualquer retratação, diz Ana Paula Costa,caça niquel diamond30 anos, vice-presidente da Casa do Brasilcaça niquel diamondLisboa (CBL).

A associaçãocaça niquel diamondimigrantes sem fins lucrativos promove ações para ajudar na integraçãocaça niquel diamondquem vemcaça niquel diamondfora na sociedade portuguesa.

Segundo Costa, a CBL recebe várias queixascaça niquel diamondxenofobia, inclusive na questão da moradia, mas ela diz ser complicado levar adiante,caça niquel diamondtermos jurídicos, essas denúncias.

"Normalmente, é difícil denunciar porque muitas vezes essas situações são sutis", afirma.

"O preconceito não fica claro, mas você precisa comprovar que aquilo aconteceu. Pode até ter testemunha, mas acaba sendo sempre a palavracaça niquel diamondquem discrimina contra acaça niquel diamondquem foi discriminado."

No entanto, a corretora Amanda Barreto Mello diz que tem notado nos últimos anos uma mudança da mentalidade dos donoscaça niquel diamondimóveiscaça niquel diamondLisboa, onde trabalha.

"Muitos brasileiroscaça niquel diamondclasse média, classe média alta, doutorandos, empresários começaram a vir para cá e notamos que houve uma 'melhor aceitação'."

A BBC News Brasil procurou a Associação Nacional dos Proprietários (ANP) para comentar sobre a resistênciacaça niquel diamondproprietários portugueses a inquilinos brasileiros e a quantidadecaça niquel diamondbrasileiros que alugam imóveiscaça niquel diamondPortugal.

A associação respondeu que “não pode se pronunciar sobre esse assunto pela faltacaça niquel diamonddados”.

Há relatoscaça niquel diamondque a desconfiança ou o preconceito persistem mesmo depoiscaça niquel diamondo negócio ser fechado.

Uma brasileiracaça niquel diamond26 anos, que prefere não se identificar, diz que ficou traumatizada pela forma como foi tratada por uma proprietária angolana no primeiro apartamento que alugou logo que chegou a Portugal.

"Ela falava sobre o meu jeitocaça niquel diamondvestir, sobre o que eu cozinhava, sobre o que eles viam na TV e no noticiário sobre as brasileiras, sobre como as pessoascaça niquel diamondPortugal nos enxergavam e como eu deveria me portar" diz.

A brasileira conta que a senhoria morava embaixo do seu apartamento e subia sempre para "fiscalizar" o que ela estava fazendo.

"Ela controlava o tempo do meu banho, falava que era absurdo que durasse 15 minutos, me tratava como burra por ser brasileira", desabafou.

Em casos como esse, ou qualquer outrocaça niquel diamondxenofobia, os brasileiros devem procurar a Comissão Para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR), órgão do governo português, para fazer a denúncia por meio do site ou da Linhacaça niquel diamondApoio ao Migrante.