Como tino para negóciosTaylor Swift está transformando a indústria musical:
Swift é conhecida por exigir mais100% da bilheteria bruta, deixando os promotores ganharem suas margens com a vendaalimentos, bebidas e extras. É por isso que eles fazem o público entrar mais cedo nos locaisapresentação.
Exemplos - Dictionary dictionary. com : browse
7games aplicativo para baixar paran By Isa Mazzei from the storyby Silver haper, Brunzoii e Isabelle Link-Levy. The
ia Is partially redrawn withwríter Marzaim'se o 2️⃣ up experience inworking as A ca
Fim do Matérias recomendadas
Agendando diversas noitescada local, ela reduz os custosviagem, forçando seus fãs a virem até ela. Como aconteceu no Brasil, Edimburgo mostrou que eles vêmenormes quantidades, alguns atravessando longas distâncias – e logo será a vezLondres recebê-los.
Comenta-se queinteligência financeira é um dos motivos que atraem os seus fãs.
Ela enfrentou a Apple pelos royaltiescanções incluídas no seu streamingmúsicas – e ganhou. E fez o mesmo com o Spotify, recusando-se a liberar suas músicas para o serviçouso gratuito da plataforma.
Uma toneladacocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
A FaculdadeDireitoHarvard, nos Estados Unidos, cita a cantora como exemplopodernegociação. Seu material didático afirma que "Taylor Swift conseguiu dar as costas para o Spotifysuas negociações porque tinha outros parceiros ansiosos para negociar e trabalhar com ela."
A artista34 anos é esperta. Ela enriqueceu ditando suas condições para os chefões da indústria da música e vendendo para os fãs. E eles a adoram por isso.
Depois que vendeu os direitos das suas primeiras gravações para uma companhiainvestimentos, Swift se rebelou contra as restrições da empresa àliberdade artística.
Embora o investidor tivesse direito àquelas gravações, ela reteve os direitos autorais das composições. Com isso, ela regravou diversos álbuns e convenceu seus fãs a comprar as regravações como itenscolecionador, preferidos e definitivos. E os fãs, agora, preferem as músicas regravadasvez das originais,razão4:1.
E não é só no streaming. O retorno dos discosvinil trouxe a antiga mídiavolta à cesta básicaprodutos incluídos na pesquisainflação do Escritório NacionalEstatística do Reino Unido.
Taylor Swift detém uma parcela considerável do mercadovinil. Muitas pessoas que não têm sequer vitrola para tocá-los compram os discos como obrasarte colecionáveis.
Seria ela única? Talvez.
Mas o escritor escocês Will Page, ex-economista-chefe do Spotify, avalia que Taylor Swift aproveitou inteligentemente as oportunidades criadas por rupturas fundamentais.
Outras pessoas podem não atingir o mesmo sucesso financeiro, mas ele acredita que a cantora mostra o caminho que os demais devem seguir.
Para Page, "ela fez subir o níveltermos do que um artista pode atingir nesta complexa cadeiavalor, tanto nos streamings quanto na bilheteria".
Mas quais são as tendências da indústria musical representadas por Taylor Swift?
A chegada do streaming
O streaming digital ameaçou destruir o setor musical, já que os downloads podiam ser pirateados. Mas a indústria revidou e o streaming substituiu as vendasvinil, fitas cassete e, mais recentemente, tambémCDs e DVDs.
Este avanço depositou imenso podermercado nas mãosum pequeno númeroplataformas. O Spotify, por exemplo, concentrou-semúsica e podcasts, que formam apenas uma parte do modelo comercial da Amazon, Apple e do YouTube.
Mas os custosdistribuição do streaming são minúsculos,comparação com os gastos para embalar a mídia física e despachá-la para as lojas.
Sem estes custos, os artistas podem reivindicar uma proporção muito maior da venda por download do que eles ganhariamum CD – até 30% contra, no máximo, 15%.
O streaming também oferece espaço ilimitado para que as pessoas entrem no mercado.
Para Page, "a explosão do lado da oferta está além da imaginaçãoqualquer pessoa. O Spotify pode ter 120 mil canções carregadasum único dia, mais do que todas as músicas lançadas1989."
Page afirma que o setor estava ganhando mais dinheiro, mas tinha "mais bocas para alimentar", já que havia 9 milhõescriadoresconteúdo, somente no Spotify.
Em 2009, a SociedadeDireitos Autorais do Reino Unido reunia 50 mil compositores. Hoje, são 173 mil.
"A quantidadeartistas e compositores do Reino Unido triplicou desde o lançamento do Spotify", afirma Page. "É uma história positiva. Como você os alimenta? Esta já é outra história."
As tendências do download
Os downloads digitais fizeram com que os lançamentosálbunsartistas como Taylor Swift passassem a ser eventos globais. Qualquer pessoa pode fazer o download do álbum no mesmo dia do lançamento.
Surgem daí duas tendências. Em primeiro lugar, os cantores conseguem atingirbasefãs com facilidade e os ouvintes das novas músicas procuram cada vez mais os artistas que cantam no seu próprio idioma.
A lista das 10 músicas mais ouvidascada país europeu, por exemplo, pode ser dominada pelos músicos daqueles próprios países. Por isso, a dominância da língua inglesa está diminuindo, o que dificulta os negócios para as estrelas internacionais.
A outra tendência indica que os ouvintes das músicas e espectadores dos vídeos musicais usam as plataformasstreaming para observar novas bandas. Eles estão menos dispostos a sair para clubes e bares, na esperançaconhecer o próximo fenômeno musical antes que ele atinja o sucesso.
Com isso, a quantidadebandas que ensaiam para a fama se apresentandoeventos menores está diminuindo.
Este é um motivoinquietação para alguns dos responsáveis por casasshows maiores, principalmente quando observam a faixaidade dos artistas que conseguem lotar os seus espaços.
Esta tendência nos leva ao percentualganhos dos artistas, entre shows e gravações. As bandas costumavam sairturnês para promover seu último álbum. Agora, é o contrário – elas produzem um álbum para promoverturnê.
Depois da pandemia, as turnês passaram a representar uma parcela ainda maior da receita do setor musical. Afinal, depoismesesconfinamento sem poderem ver apresentações ao vivo, os fãsmúsica aproveitaram a oportunidadematar a saudade.
Will Page analisou os números2022 no Reino Unido e eles são surpreendentes.
As gravações renderam mais2 bilhõeslibras (cercaR$ 13,8 bilhões), a maior parte dos serviçosstreaming e uma pequena parcela da redescoberta do vinil.
No setormúsica ao vivo, houve menos shows – 26% a menos que o ano2019, antes da pandemia. Foram 14% menos festivais e showsestádios, 22% menos apresentaçõesarenas e 43% menos showsteatros.
Mas as pessoas se dispuseram a pagar muito mais pelos ingressos. Valores100 a 150 libras (cercaR$ 690 a R$ 1 mil) deixaramser incomuns,forma que a receita aumentou22%. O total da bilheteria também ultrapassou 2 bilhõeslibras (cercaR$ 13,8 bilhões).
Com isso, somando gravações e apresentações ao vivo, a receita da indústria musical britânica aumentou3,2 bilhõeslibras (cercaR$ 22,1 bilhões)2019 para 4,1 bilhões (cercaR$ 28,3 bilhões).
É um belo retorno da pandemia, mas concentrado cada vez mais nos grandes artistas,grandes eventos.
Em 2012, o público gastou 1,3 bilhãolibras (cercaR$ 9 bilhões)música ao vivo – e os festivais e concertosestádios levaram 23% deste valor. Dez anos depois, do total arrecadado2,1 bilhõeslibras (cercaR$ 14,5 bilhões), a participação dos festivais e estádios mais do que dobrou, atingindo 49%.
Para Page, "é uma fatia muito maiorum bolo imensamente maior".
Investimentocatálogos
Sobre a redução da quantidadenovos artistas se apresentandoespaços pequenos, existe uma questão pendente na indústria musical: se os aumentospreços dos grandes eventos após a pandemia não estariam absorvendo todo o dinheiro disponível – impossibilitando que o público compre os ingressos mais baratos para eventos menores.
Page logo irá atualizar os números para 2023. Eles irão mostrar se a inflação dos preços dos shows terá causado redução dos orçamentos familiares.
É possível que a volta da pandemia não tenha se sustentado após o primeiro ano sem usar máscaras.
Outra tendência importante no setor é a grande movimentação financeira para a comprapatrimônios musicais.
Taylor Swift aproveitou esta oportunidade, mas descobriu os inconvenientes enfrentados por uma artista que continua produzindo e deseja ter controle sobre o uso das suas canções e gravações. Mas, para os artistas mais idosos e já falecidos, existe um grande mercadocompracatálogos antigos.
O website Music Business Worldwide (MBW) acompanha a indústria e observou que,2020, um dos maiores participantes do setor, o Universal Music Group, investiu maisUS$ 1 bilhão (cercaR$ 5,4 bilhões)catálogos antigos. Grande parte deste valor foi usado para adquirir canções e gravaçõesBob Dylan.
No ano seguinte, o valor caiu para US$ 459 milhões (cercaR$ 2,48 bilhões).
Os números raramente são publicados, mas estimativas do setor indicam que a Sony teria pago US$ 550 milhões (cercaR$ 2,97 bilhões) pelas músicas gravadas e publicadasBruce Springsteen.
Os direitos autoraisPaul Simon trocaramdono pelo valor declaradoUS$ 200 milhões (cercaR$ 1,08 bilhão). E o catálogocançõesDavid Bowie (1947-2016) foi vendido por cercaUS$ 250 milhões (cercaR$ 1,35 bilhão).
A vantagem para os artistas e seus herdeiros é que o imposto sobre a vendapatrimônio é percentualmente menor que o cobrado sobre os ganhos decorrentes daquele patrimônio.
E outra vantagem é que uma grande empresa irá assumir a responsabilidade financeira sobre aquele ativo. E ela pode esperar a chegadagrandes lucros.
A música pop e o rock podem parecer efêmeros ou descartáveis, mas as pessoas costumam retornar continuamente às músicas que apreciavam no passado,vezprocurar o sucesso mais recente.
Os dados do streaming mostram que as músicas são classificadas como "catálogo" quando têm mais18 meses, o que representa até 80% do mercado.
Depoistantos anos atribuladosturnês e estúdiosgravação, Taylor Swift hoje tem condiçõesparar e relaxar, com seus ganhos monstruosos.
Mas ela parece motivada financeira e criativamente. Por isso, parece improvável que se desfaça dos seus direitos autorais no futuro próximo.