'Meu sonho era usar o que bem entendesse': as mulheres iranianas punidas por não cobrirem a cabeça com hijab:galera bet reclamações

Mulher com tatuagens e piercings

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Ribell deixou para trásgalera bet reclamaçõesvida no Irã e, agora, trabalha como tatuadora na Turquia

O projetogalera bet reclamaçõeslei foi criado depoisgalera bet reclamaçõesamplos protestos das mulheres iranianas, que foram às ruas e retiraram seus hijabs.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
galera bet reclamações de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

As cotas, ou odds galera bet reclamações inglês, são uma forma galera bet reclamações expressar a probabilidade galera bet reclamações um determinado resultado acontecer ou não. 🧲 Essas cotas são amplamente utilizadas galera bet reclamações apostas desportivas e jogos galera bet reclamações azar galera bet reclamações geral. No entanto, encontrar o site que 🧲 oferece as melhores cotas pode ser uma tarefa desafiante. Neste artigo, você vai descobrir alguns dos melhores sites com as 🧲 melhores odds.

O que é uma cota?

Full House is only scheduled to leave, but it's not set in stone that the series will leave Netflix for good. For the series to return, or remain on Netflix, the streaming service will have to renew the streaming license for each individual region.
Stream thousands of shows and movies, with plans starting atR.99/month. Hulu free trial available for new and eligible returning Hulu subscribers only.

roleta vegas

ra a aplicação Definições do dispositivo Google. Gerencie a sua Conta Google 2 No topo,

toque galera bet reclamações {k0} Pessoas e partilha. 🍋 3 Em {k0} {K0\{c largar quê persist estado

Fim do Matérias recomendadas

O motivo dos protestos foi a mortegalera bet reclamaçõesMahsa Amini, mantidagalera bet reclamaçõescustódia pela "polícia da moralidade" do Irã,galera bet reclamaçõessetembro do ano passado. Ela havia sido presa por supostamente usar o seu hijab incorretamente.

Existem cercagalera bet reclamaçõesum bilhãogalera bet reclamaçõesmulheres muçulmanasgalera bet reclamaçõestodo o mundo. Para muitas delas, usar ou não o hijab é uma decisão individual.

Mas as mulheres que desejarem retirar seus véus podem levar anos para superar a pressão e tomar a decisão.

Mahsa Amini com véugalera bet reclamaçõespaisagem campestre

Crédito, Famíliagalera bet reclamaçõesMahsa Amini

Legenda da foto, A iraniana Mahsa Amini morreu três dias depoisgalera bet reclamaçõester sido detida pela 'polícia da moralidade', por supostamente usar seu hijabgalera bet reclamaçõesforma inadequada

'Podia fazer com que meus irmãos pecassem'

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladagalera bet reclamaçõescocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

"Meu sonho era ter um dia por semanagalera bet reclamaçõesque apenas nós, mulheres, pudéssemos ir para as ruas, vestindo o que bem entendêssemos", afirma Ribell (nome fictício).

Quando Ribell tinha nove anosgalera bet reclamaçõesidade,galera bet reclamaçõesfamília moravagalera bet reclamaçõesuma cidade fora da capital iraniana, Teerã. Eles fizeram com que ela começasse a usar o chador – um dos tiposgalera bet reclamaçõeshijab mais conservadores.

O chador é um mantogalera bet reclamaçõescorpo inteiro, frequentemente acompanhado por um lenço menor por baixo.

Os paisgalera bet reclamaçõesRibell começaram a prepará-la para usar as vestimentas cobrindo seu corpo quando ela tinha seis anosgalera bet reclamaçõesidade.

"Eles viviam me dizendo que eu teria que usar o hijab, que é minha obrigação para Deus e, se eu me recusasse, seria eternamente punida depois da minha morte", contou ela à BBC. "Sem falar que eu colocaria meus paisgalera bet reclamaçõesdescrédito e os desagradaria."

Ela conta que, quando era criança, sonhavagalera bet reclamaçõesusar shorts e camiseta.

Ribell agora tem 23 anosgalera bet reclamaçõesidade. Ela saiugalera bet reclamaçõesTeerã para pedir asilo na Turquia, onde trabalha como tatuadora. Ribell se lembragalera bet reclamaçõescomo ficou apavorada com o que seus pais haviam lhe dito.

"Vivi com essa constante sensaçãogalera bet reclamaçõesculpa", ela conta. "Eu não sabiagalera bet reclamaçõesonde vinha, mas ela estava ali."

Ela costumava invejar outras meninas que encontrava na comunidade usando hijabs menos conservadores.

Ribell com chadorgalera bet reclamaçõesevento no Irã

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Os paisgalera bet reclamaçõesRibell fizeram com que ela usasse o chador (um dos tipos mais conservadoresgalera bet reclamaçõeshijab) desde os nove anosgalera bet reclamaçõesidade.

No Irã, o uso do hijabgalera bet reclamaçõesespaços públicos é obrigatório para as mulheres e as meninas com pelo menos nove anosgalera bet reclamaçõesidade. Mas muitas mulheres preferem não cobrir a cabeçagalera bet reclamaçõescasa e nas reuniões privadas.

A famíliagalera bet reclamaçõesRibell era muito religiosa e conservadora.

"Minha mãe me dizia para não mostrar meus braços e pernas descobertas, mesmo na frente dos meus irmãos adolescentes, porque poderia fazer com que eles pecassem", ela conta.

Quando Ribell tinha 17 anos, seus pais a matricularamgalera bet reclamaçõesum seminário islâmico para mulheres. "Era aquilo ou me casar", segundo ela.

Ela conta que odiava o seminário e percebeu que o currículo era preconceituoso contra as mulheres. A instituição destruiugalera bet reclamaçõescrença no hijab.

Ribell na Turquia

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Ribell acabou decidindo quegalera bet reclamaçõesúnica opção era sair do Irã para viver na Turquia

No diagalera bet reclamaçõesque decidiu sair do seminário, Ribell vestiu um casaco que terminava pouco acima do joelho e um lenço solto na cabeça, deixando à mostra mechas do seu brilhante cabelo ruivo recém-tingido.

A diretora do seminário ligou para seus pais e disse a eles que não a deixassem andar nas ruas parecendo "uma prostituta", segundo Ribell.

Ela conta quegalera bet reclamaçõesavó ligou paragalera bet reclamaçõescasa, desejando que "meus pais quebrassem minhas pernas para que eu não pudesse sairgalera bet reclamaçõescasa".

Ribell relembra também quegalera bet reclamaçõesmãe desejava que "Deus levasse a minha vida para que nossa família não precisasse sofrer tanto".

Os abusos continuaram e Ribell tentou tirar a própria vida. Ela acordou no hospital depois da tentativa frustrada, com seu paigalera bet reclamaçõespé sobre a cama, gritando para ela.

Ela acabou decidindo quegalera bet reclamaçõesúnica opção seria sair do Irã e ir para a Turquia, onde o hijab não é obrigatório. Agora, ela pode viver abertamente sem o véu. E Ribell não tem mais contato comgalera bet reclamaçõesfamília.

A históriagalera bet reclamaçõesRibell pode ter atingido um ponto extremo, mas não é um caso isolado.

Mulhergalera bet reclamaçõesbatom com cabelo e roupa amarelos

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Mona Eltahawy escreveu extensamente sobre a autonomia das mulheres sobre o próprio corpo

'Mulher, vida, liberdade'

A escritora e ativista egípcio-americana Mona Eltahawy teve dificuldades para deixargalera bet reclamaçõesusar o hijab, mesmo vindogalera bet reclamaçõesuma família menos rigorosa que agalera bet reclamaçõesRibell.

Ela conta que usou o hijab por nove anos depoisgalera bet reclamaçõesse mudar para a Arábia Saudita, com 15 anosgalera bet reclamaçõesidade – e passou "oito destes anos tentando tirar o véu".

Um dos motivos da dificuldade era porquegalera bet reclamaçõesfamília se opunha a que ela deixassegalera bet reclamaçõesusar o hijab.

"Quando finalmente tive coragem, saígalera bet reclamaçõescasa [no Egito] com o hijab cobrindo metade da cabeça. Eu simplesmente não conseguia tirá-lo por completo", conta Eltahawy, rindo.

Por muito tempo, ela se sentiu desconfortável para sair sem o véu. "Levei vários anos para conseguir dizer às pessoas que eu costumava usar o hijab porque tinha muita vergonhagalera bet reclamaçõestê-lo tirado", ela conta.

Mona Eltahawy com hijab

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Mona Eltahawy usou hijab por nove anos

Eltahawy escreveu um livro sobre os direitos das mulheres sobre seus corpos, chamado Headscarves and Hymens ("Lençosgalera bet reclamaçõescabeça e hímens",galera bet reclamaçõestradução livre).

Ela vem acompanhando atentamente os protestos no Irã, onde mulheres foram vistas tirando seus hijabs para queimá-los ou agitá-los no ar, gritando "mulher, vida, liberdade".

Para Eltahawy, o que está acontecendo no Irã é mais do que apenas um apelo por mudanças políticas.

"É verdade que o Estado oprime tanto homens quanto mulheres", afirma ela. "Mas a rua, o Estado e a casa, todos juntos, oprimem as mulheres e as pessoas queer – e a luta das mulheres iranianas contra o uso obrigatório do hijab é uma luta contra todos os três."

A liberdadegalera bet reclamaçõesfazer o que quiser

A BBC conversou com diversas mulheres no Irã,galera bet reclamaçõesfamílias religiosas e conservadoras. Elas contam que, depois dos recentes protestos, suas famílias começaram a apoiargalera bet reclamaçõesdecisãogalera bet reclamaçõesabandonar o uso do hijab.

Bella Hassan com véu

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Bella Hassan usou hijab por grande parte da vida, até decidir retirá-lo depois dos protestos das mulheres iranianas

Uma mulher muçulmana que encontrou inspiração nos protestos iranianos é a jornalista Bella Hassan, do Serviço Mundial da BBC. Ela nasceu e foi criada na capital da Somália, Mogadíscio, e usou o hijab pela maior parte da vida.

Em 2022, morando há um anogalera bet reclamaçõesLondres, ela decidiu retirar o véu durante o pico dos protestos no Irã.

"Tenho muitas amigas iranianas e elas me mantinham atualizada sobre as mulheres que defenderam seu direitogalera bet reclamaçõesviver como quisessem", conta Hassan. "Aquilo realmente me inspirou."

"Eu pensei: não estou maisgalera bet reclamaçõesMogadíscio, estougalera bet reclamaçõesLondres. Tenho a liberdadegalera bet reclamaçõesfazer o que quiser", prossegue ela.

A famíliagalera bet reclamaçõesHassan na Somália não ficou feliz, mas respeitougalera bet reclamaçõesdecisãogalera bet reclamaçõesabandonar o hijab.

Bella Hassan com cabelo à mostra

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, A jornalista Bella Hassan, do Serviço Mundial da BBC, no seu primeiro dia sem o hijab

Por ser jornalista da BBC, Bella Hassan é conhecida na Somália. Sua decisãogalera bet reclamaçõesdeixargalera bet reclamaçõesusar o hijab causou reação negativa no país e ela se pergunta se deveria ter esperado mais tempo.

"Não me sinto mais aceita na minha própria comunidade e acredito que não tenho mais segurança", ela conta. "Depois que tirei meu hijab, comecei a receber ameaçasgalera bet reclamaçõesmorte e estupro dos homens. Eles me criticaram, xingaram... homens que eu não conhecia."

Hassan prossegue: "não existe punição específica para as mulheres que não usarem o hijab. O Alcorão diz que Deus irá cuidar delas, mas os homens muçulmanos do meu país decidiram cuidargalera bet reclamaçõesmim, no lugargalera bet reclamaçõesDeus."

Bella Hassan afirma que o hijab tem raízes muito profundas na Somália e que muitas mulheres que não querem usar o véu simplesmente nunca conseguirão retirá-lo.

"Espero que, um dia, as mulheres do meu país tenham a coragem e a disposiçãogalera bet reclamaçõesfazer o que quiserem, sem ouvir apenas o que os outros querem, especialmente os homens", conclui a jornalista.