O casal que desafia a morte escalando os prédios mais altos do mundo:grupo gratis pixbet

Se Ivan Beerkus deixar Angela Nikolau cair, os dois irão despencar pelo abismogrupo gratis pixbetcem andares.

O filme conta a história da duplagrupo gratis pixbetrooftoppers – o nomegrupo gratis pixbetinglês dos escaladoresgrupo gratis pixbetarranha-céus, que desafiam as alturas sem equipamentogrupo gratis pixbetsegurança. A produção é repletagrupo gratis pixbetmergulhos e quedas livres, que fazem o próprio espectador achar que também corre o riscogrupo gratis pixbetperder seus calçados para a gravidade.

O casal russo Angela Nikolau e Ivan Beerkus formam o primeiro casal a praticar juntos esta atividade.

E, certamente, eles são agora os mais famosos, principalmente depois que afirmaram terem adentrado (ilegalmente) e escalado,grupo gratis pixbetdezembrogrupo gratis pixbet2022, o pináculo do segundo edifício mais alto do mundo – a torre Merdeka 118, na Malásia. Eles postaram imagens comprovando a façanha.

Skywalkers: Uma Históriagrupo gratis pixbetAmor cobre,grupo gratis pixbetparte, a jornada até escalar aquele arranha-céu. Mas, ao longo do filme, Nikolau e Beerkus mostram seu talento visual egrupo gratis pixbetaparente insanidade nagrupo gratis pixbetânsia por correr riscos.

Eles escalam guindastes cobertosgrupo gratis pixbetgelo suspensosgrupo gratis pixbetgrande altitude sobre uma cidade e mostram o pôr do sol e a paisagem urbanagrupo gratis pixbetpontos assombrosamente privilegiados, acessíveis a poucos seres humanos.

O crédito do casal no documentário menciona "cinematografia extrema", já que grande parte das filmagens com drones das suas escaladas foi feita por eles próprios.

Não surpreende que a primeira imagem do documentário seja um alerta, dizendo: "Este filme contém atividades ilegais e extremamente perigosas. Não tente imitá-las."

Contada pelos diretores Jeff Zimbalist e Maria Bukhonina (ele, americano e ela, russa), a história começa com os protagonistas adolescentes e mostra como eles começaram as escaladas.

O rooftopping faz parte da subcultura desde os anos 1990. O diretor Jeff Zimbalist conta que praticou a atividade nos Estados Unidos quando era jovem.

Ivan Beerkus começou a escalar nos anos 2010,grupo gratis pixbetMoscou, na Rússia, onde a atividadegrupo gratis pixbetescaladagrupo gratis pixbetprédios estavagrupo gratis pixbetcrescimento. Aliás, alguns dos momentos mais facilmente identificáveis do filme ocorrem quando os paisgrupo gratis pixbetBeerkus imploram a ele que consiga um emprego "estável".

Beerkus conta no documentário que "quanto mais alto eu ia, mais fácil era respirar". E, para a BBC, ele declarou que a buscagrupo gratis pixbetadrenalina faz parte dagrupo gratis pixbetidentidade.

"Ela me dá inspiração, ela me dá motivação para viver", ele conta. "Depois que a descobri, ela passou a vir naturalmente."

Angela Nikolau é filhagrupo gratis pixbetartistas circenses e frequentou a escolagrupo gratis pixbetartes. Com o crescimento do Instagram e, depois, do TikTok, nos anos 2010 e 2020, os rooftoppers usaram essas plataformas potencialmente lucrativas para postar vídeos.

Mas ela diz que a motivação do casal vai bem alémgrupo gratis pixbetconseguir cliques e fama nas redes sociais.

"O rooftopping é a minha formagrupo gratis pixbetarte", declarou ela à BBC. "Ter sido a primeira mulher a praticar me motivou e eu sempre me interesseigrupo gratis pixbetfazer algo novo no espaço artístico."

"Sempre que definimos uma imagem, nós a desenvolvemos como uma obragrupo gratis pixbetarte. Eu escolho as cores e o que irei vestir. Ivan escolhe onde ficarão os drones e como a imagem será fotografada. Nós fazemos uma pintura no ar, todas as vezes."

Comgrupo gratis pixbetcombinaçãogrupo gratis pixbetimagensgrupo gratis pixbetcair o queixo e atraentes protagonistas jovens, Skywalkers: Uma Históriagrupo gratis pixbetAmor possui todos os elementos para ser um sucesso – como o filme Free Solo (2018), da National Geographic, sobre a tentativa do alpinista Alex Honnoldgrupo gratis pixbetescalar uma face rochosa verticalgrupo gratis pixbet900 metros no Parque Nacionalgrupo gratis pixbetYosemite, na Califórnia (Estados Unidos), sem equipamentogrupo gratis pixbetsegurança.

Voltando um pouco mais, ele relembra o documentário O Equilibrista (2008), do diretor James Marsh, que mostra a façanhagrupo gratis pixbetPhilippe Petitgrupo gratis pixbet1974, realizando acrobacias sobre um arame esticado entre as Torres Gêmeas,grupo gratis pixbetNova York (EUA).

Free Solo e O Equilibrista ganharam o Oscargrupo gratis pixbetmelhor documentário e foram grandes sucessos comerciais.

Será que existe alguma atração especialgrupo gratis pixbetfilmes que mostram pessoas se arriscando a cairgrupo gratis pixbetgrandes alturas, para nós que observamosgrupo gratis pixbetpiso firme?

"É como uma montanha-russa", conta Nikolau. "Quando você anda nela, irá experimentar uma sériegrupo gratis pixbetemoções."

"Achamos que o nosso filme irá gerar esse tipogrupo gratis pixbetemoções, pois não é apenas sobre a escaladagrupo gratis pixbetum edifício. Você irá ver o lado negativo do esporte, os perigos e também os altos e baixos do nosso relacionamento."

"As pessoas costumam nos dizer que, depoisgrupo gratis pixbetverem o filme, elas saem se sentindo mais vivas do que o normal", segundo ele. "Talvez esse gênero forneça a adrenalina que você conseguiriagrupo gratis pixbetuma montanha-russa, para se 'resetar' e se sentir vivogrupo gratis pixbetnovo."

Free Solo também usou como ponto focal da narrativa o relacionamentogrupo gratis pixbetHonnold com Sanni McCandless, agoragrupo gratis pixbetesposa.

Os diretoresgrupo gratis pixbetSkywalkers: Uma Históriagrupo gratis pixbetAmor também destacam que a emoção do filme é fundamental. Segundo eles, não se tratagrupo gratis pixbetuma história sobre o medogrupo gratis pixbetcair das alturas, mas sobre o medogrupo gratis pixbetse apaixonar.

Afinal, Nikolau foi abandonada pelo pai quando criança e, muitas vezes, enfrenta dificuldade para confiar no parceiro.

"A históriagrupo gratis pixbetamor foi nossa visão desde o princípio", conta ele à BBC.

"Existe uma [sensação de] realizaçãogrupo gratis pixbetdesejos quando assistimos a seres humanos rompendo fronteirasgrupo gratis pixbetformas surpreendentes", destaca ele. "É inspirador."

"Mas não queríamos nos concentrar nisso como um espetáculogrupo gratis pixbetcausar vertigens. Queríamos direcionar o filme para o medogrupo gratis pixbetse apaixonar e o que isso significa. Sentimos que, se pudéssemos seguir nesta direção, faríamos algo que atingiria o público que talvez não se interesse pelo visual do filme."

'Não havia motivo para esconder nada'

Existe muito mais nesta história além dos arranha-céus.

O filme levou sete a oito anos para ser feito. Neste período, o casal se conheceu e se apaixonou.

Eles saíram da Rússia depois da invasão da Ucrânia,grupo gratis pixbet2022, quando o bloqueio das redes sociais no país fez com que eles perdessemgrupo gratis pixbetfontegrupo gratis pixbetrenda.

A pandemiagrupo gratis pixbetcovid-19 também havia fechado a indústria do turismo e eles perderam seus patrocinadores. Eles sobreviveram vendendogrupo gratis pixbetarte para compradores particulares, mas admitem que escalar o Merdeka foi quase agrupo gratis pixbetúltima aposta.

O rooftopping não é uma carreira que ofereça longevidade,grupo gratis pixbettodos os sentidos da palavra. O filme mostra o casal lamentando o destinogrupo gratis pixbetpessoas conhecidas que perderam a vida na prática desta atividade.

Angela Nikolau não tem medo apenasgrupo gratis pixbetconfiar nas pessoas. O filme a mostra visivelmente com medo durante suas proezas.

Enquanto treinava na Tailândia para escalar o Merdeka, ela teve um ataquegrupo gratis pixbetpânico e congelou – ficou "paralisada", segundo suas palavras, sobre uma estrutura que tem menosgrupo gratis pixbetum metrogrupo gratis pixbetlargura,grupo gratis pixbetgrande altitude sobre uma cidade.

O público acompanhagrupo gratis pixbetsensação enquanto Beerkus move os membros dela, umgrupo gratis pixbetcada vez, para que ela se sente, ainda vulnerável.

Em outros momentos mais prosaicos, eles discutem no topogrupo gratis pixbetuma torre, enquanto escalamgrupo gratis pixbetbusca da melhor imagem. Nikolau repreende Beerkus, dizendo que ele "sempre faz isso". Em outro momento, ela se queixa porque ele ainda não tirou uma boa foto das suas pernas.

"No início, nós queríamos evitar mostrar um relacionamento imperfeito para as câmeras", conta Nikolau. "Mas acabamos nos acostumando a passar tanto tempo com a equipe e vê-los logogrupo gratis pixbetmanhã cedo até um pouco antesgrupo gratis pixbetir dormir. Percebemos que não havia motivo para esconder nada."

O relacionamento da dupla começougrupo gratis pixbetum compromisso comercial e ninguém duvida que ele seja real. Mas eles são frequentemente acusadosgrupo gratis pixbetpublicar informações ou imagens falsas – como ocorreu logo após a escalada do Merdeka.

"Ah, eu adoro esses críticos do sofá", responde Nikolau. "Adoro quando as pessoas começam a dizer 'não, deve ter sido tela verde. Você pode ver que havia um telhado e um piso. Você pode ver que foi Photoshop ou que ela está usando um cintogrupo gratis pixbetsegurança.'"

"Na verdade, isso nos traz mais visualizações, mais pessoas online. Agora, fico feliz quando as pessoas inventam novas formasgrupo gratis pixbetnos acusargrupo gratis pixbetimagens falsas."

O documentário traz uma solução inteligente para a questão dos idiomas: o casal fala principalmente russo, mas a tecnologia faz com que o som apareçagrupo gratis pixbetinglês quando eles narram as cenas (e, claro, a Netflix oferece o filme com legendasgrupo gratis pixbetportuguês).

E o documentário também dá crédito aos "produtores da história". Jeff Zimbalist, o diretor, conta que informou aos interessadosgrupo gratis pixbetapoiar o filme que Skywalkers é, essencialmente, cinemagrupo gratis pixbetguerrilha.

A maior parte das ações do casal era ilegal, incluindo a escalada do Merdeka 118. O documentário mostra Nikolau e Beerkus passando cercagrupo gratis pixbet30 horas no edifício, filmando a si próprios e se escondendo dos trabalhadores na construção.

Depois do sucesso da cena no topo da torre, "fizemos Ivan mandar voando os cartões [de memória, pelo drone] com a filmagem, para que eles não estivessem com os cartões, se fossem pegos na descida do prédio", conta o diretor Jeff Zimbalist.

Em buscagrupo gratis pixbetnovas oportunidades, o casal se mudou recentemente para Nova York. É uma cidadegrupo gratis pixbetarranha-céus, mas será que eles pretendem continuar com as escaladas, especialmente agora, que muitos seguranças irão reconhecê-los, depois do documentário?

"Realmente esperamos que, agora que o filme está sendo lançado internacionalmente, mais pessoas queiram colaborar conosco", afirma Ivan Beerkus.

"Talvez algo no espaço comercial publicitário. Nós adoraríamos. Mas também estamos ansiosos para fazer outras coisas. Angela é pintora, eu componho música. Estamos sempre tentando pensargrupo gratis pixbetnovas formas criativasgrupo gratis pixbetcontinuar e ganhar a vida com isso."

Não importa o quanto seus produtores tentem orientar o público para observar o relacionamento do casal como a história principal de Skywalkers: Uma Históriagrupo gratis pixbetAmor. Uma sensação predominantegrupo gratis pixbetassombro se mantém por todo o filme, quando assistimos aos protagonistas trabalhando sob extrema pressão mental,grupo gratis pixbetgrandes altitudes.

Nas cenas filmadas no alto do Merdeka 118, alcançando o céu e quase sem nada embaixo deles, Beerkus demonstragrupo gratis pixbetconcentração e determinação para aproveitar a chance únicagrupo gratis pixbetconseguir a imagem que ele tanto deseja.

"Eu senti que era uma chancegrupo gratis pixbetum milhão", ele conta. "Toda a minha coragem estava fluindo, eu acho. Eu sabia que não iria deixar Angela cair e estava pronto para fazer aquilo que fomos fazer."

"Parecia um momento perfeito. E, quando ergui Angela, eu me lembrei do silêncio. Devia estar ventando naquela altura, mas não senti nada e não ouvi nada. Era simplesmente o mais perfeito momentogrupo gratis pixbetsilêncio e zen que já vivi."

Skywalkers: Uma Históriagrupo gratis pixbetAmor está disponível no Brasil na Netflix.

Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture.