"Temos medopix bet instalarsermos deportados por protestar na universidade contra guerrapix bet instalarGaza", dizem estudantes nos EUA:pix bet instalar

Manifestante.

Crédito, Getty Images

Ambos vêmpix bet instalarfamíliaspix bet instalarbaixa renda, com mães solteiras que realmente lutaram para sobreviver.

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Mas isso não impediu que estudassem na Columbia, graças às bolsas que pagam não só a mensalidadepix bet instalarUS$ 90 mil por ano, mas também o custopix bet instalarvida lá. E não exigem documentação que comprovepix bet instalarsituação imigratória no país.

Mas isso poderia mudar se a polícia os prender por participarem dos protestos.

Jovens sendo presos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A políciapix bet instalarNova York prendeu vários estudantes pelapix bet instalarparticipaçãopix bet instalarprotestos a favor da causa palestina

"Temos até medopix bet instalarficar perto do acampamento"

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Alejandra e Mario não são seus nomes verdadeiros, mas ao falarem com a BBC Mundo os dois estudantes preferiram não se identificar por medopix bet instalarrepresálias.

Alejandra,pix bet instalar21 anos, estuda Religião e Ciência Política. Mario,pix bet instalar22 anos, estuda Astrofísica.

Após a incursão do Hamaspix bet instalarterritório israelensepix bet instalar7pix bet instalaroutubro e a subsequente guerrapix bet instalarGaza, estes dois amigos se juntaram aos protestos e participaram do acampamento que se formou no campuspix bet instalarsua faculdade para condenar a respostapix bet instalarIsrael, que consideram desproporcional.

O ataque do Hamas matou pelo menos 1.200 pessoas – a maioria civis – e levou outras 253 para Gaza como reféns. Dezenas deles permanecempix bet instalarcativeiro.

Esse ataque desencadeou uma guerrapix bet instalarGaza, durante a qual maispix bet instalar34 mil pessoas foram mortas pela resposta militar israelense, segundo o Ministério da Saúde palestino controlado pelo Hamas.

Os ativistas protestam, entre outras coisas, contra o apoio dos EUA a Israel e a relação da universidade com empresas ligadas ao setor militar.

Há uma semana, quando os protestos se intensificaram e após a dura resposta da direção universitária para desmobilizar os ativistas, eles decidiram não participar mais do movimento porque têm medopix bet instalarserem presos e deportados.

As autoridades escolares chamaram a polícia e maispix bet instalar100 manifestantes foram presospix bet instalar18pix bet instalarabril por acamparem sem permissão.

Mais tarde, os manifestantes regressaram à zona com mais tendas e faixas, num claro gestopix bet instalardesafio que se espalhou por outras universidades do país.

“É muito perigoso, temos até medopix bet instalarestar perto do acampamento, embora queiramos apoiá-los. É até perigoso levar comida, cobertores, carregador para o telefone, o que quer que seja, para eles”, diz Alejandra.

“A culpa não épix bet instalarquem protesta, não está fazendo nada, mas é a administração universitária que nos assusta tanto”, afirma.

Campuspix bet instalarColumbia com manifestantes

Crédito, Getty Images

Mário conta que os alunos suspensospix bet instalaruma das faculdades foram expulsos das residências universitárias e tiveram apenas 15 minutos para pegarem suas coisas. A informação foi noticiada na terça-feira (23/4) pelo jornal estudantil Columbia Spectator.

“Se eles me suspenderem, eu não teria para onde ir e não conseguiria um emprego para pagar as contas. E se eles não me deixassem voltar para Columbia, seria muito difícil encontrar outra escola onde eu pudesse terminar minha graduação e que me pagasse bem como me pagam agora”, diz Alejandra.

“Conversei com minha mãe e ela me disse para não me envolver porque se eu for presa, a primeira coisa que vai acontecer comigo é que vão me deportar”, diz ela.

“Nem nossos amigos vão nos deixar ir, porque aí a polícia te intercepta para verificarpix bet instalarmochila, e se te achar suspeito te levam para a delegacia. Se isso acontecer comigo, eles vão me deportar também”, acrescenta Mário.

“Faz uma semana que não vou às bibliotecas porque tenho que passear pelo acampamento”, diz ela.

“Também não quero ser parado, porque é assustador”, diz Mario.

"Não podemos expressar nossas ideias"

Estudantes se manifestandopix bet instalarNova York

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Legenda da foto, Alguns estudantes dizem que têm medopix bet instalarexpressar as suas ideias abertamente, por correrem o riscopix bet instalarserem reprimidos pelas autoridades

A Casa Branca disse na quarta-feira (24/4) que o presidente dos EUA, Joe Biden, apoia a liberdadepix bet instalarexpressão nos campi, mas esses estudantes acreditam que tal coisa não existe hojepix bet instalarColumbia.

“Não podemos expressar nossas ideias, nossas opiniões, nosso apoio a outros estudantes. Se nem os alunos que possuem documentação conseguem fazer isso, muito menos nós”, afirma Alejandra.

Ambos estão decepcionados porque acreditam quepix bet instalaruniversidade traiu alguns dos valores que os fizeram escolher cursar o ensino superior na Columbia.

Grupos ativistas expressaram acreditar que a Universidadepix bet instalarColumbia tem investimentospix bet instalarempresas com interessespix bet instalarIsrael e por isso tentaram desencorajar as manifestações.

Um comitê que aconselha a universidade sobre investimentos socialmente responsáveis rejeitou estas críticas no início deste ano, dizendo que havia faltapix bet instalarconsenso na comunidadepix bet instalarColumbia sobre a questão.

A universidade alega que os manifestantes contrariaram as regras da instituição e que, após várias tentativaspix bet instalardesmobilização, chamaram a polícia.

"Nossa crítica é ao governo israelense"

Estudantes do campus

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Alguns estudantes se manifestam a favor da causa palestina, outros contra Israel

No campus principal da Universidadepix bet instalarColumbia, estudantes judeus expressaram preocupação com o que consideram ser um ambiente hostil para com eles, com alguns dizendo que não se sentem seguros nem bem-vindos ali.

Dizem que antes da chegada dos jornalistas, nos últimos dias, ouviram cantos e slogans que interpretam como antissemitas.

Vídeos divulgados recentemente parecem mostrar alguns manifestantes pertopix bet instalarColumbia expressando apoio ao ataque do Hamas a Israel.

A parlamentar democrata Kathy Manning, que visitou Columbia na segunda-feira, disse ter visto manifestantes pedindo a destruiçãopix bet instalarIsrael.

O grupo hassídico Chabad, da Universidadepix bet instalarColumbia, disse que estudantes judeus foram submetidos a gritos e retórica ofensiva.

“Tenho medopix bet instalarusar meu quipá”, disse um estudante judeu ao jornalista da BBC, Bernd Debusmann Jr, no campus da universidade.

Um rabino associado à universidade enviou uma mensagem a estudantes judeus esta semana pedindo que eles voltassem para casa até que a situação melhorasse.

Mas os manifestantes argumentaram que os incidentespix bet instalarassédio a estudantes judeus foram excepcionais e exagerados por aqueles que se opuseram às suas reivindicações.

A presidente da universidade, Nemat Shafik, disse que não permitirá slogans antissemitas.

Em um comunicado no último domingo (21), o grupo "Estudantespix bet instalarColumbia pela Justiça na Palestina" disse que "rejeita firmemente qualquer formapix bet instalaródio ou discriminação" e criticou "pessoas exaltadas que não nos representam".

Mario e Alejandra argumentam que não são antissemitas e sim antissionistas, ou seja, são contra a ideiapix bet instalarestabelecer um lar para o povo judeupix bet instalarterritório palestino.

Nossas críticas “não têm nada a ver com uma religião, mas com o governo e o país”, diz Alejandra.