Surras, choques elétricos e fome: os prisioneirosboa esporte betguerra ucranianos que denunciam torturas na Rússia:boa esporte bet
As acusações deles incluem:
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slot 777 gratisFim do Matérias recomendadas
- Homens e mulheres no centroboa esporte betTaganrog sofrem surras repetidamente, chegando a atingir os rins e o peito, alémboa esporte betchoques elétricos durante os interrogatórios e inspeções diárias.
- Os guardas russos ameaçam e intimidam constantemente os detidos, alguns dos quais forneceram confissões falsas, que supostamente foram usadasboa esporte betjulgamento, como provas contra eles próprios.
Uma toneladaboa esporte betcocaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês
Episódios
Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa
- Os detidos estão constantemente subnutridos e os feridos não recebem assistência médica adequada. Há relatosboa esporte betmortesboa esporte betprisioneiros no centroboa esporte betdetenção.
A BBC não conseguiu verificar as acusaçõesboa esporte betforma independente, mas detalhes dos relatos foram compartilhados com gruposboa esporte betdefesa dos direitos humanos e, quando possível, confirmados por outros detentos.
O governo russo não permitiu que nenhum organismo internacional, incluindo as Nações Unidas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, visitasse o centroboa esporte betdetenção. Antes da guerra, as instalações eram exclusivamente destinadas a prisioneiros russos.
O Ministério da Defesa da Rússia não respondeu a diversos pedidosboa esporte betcomentários sobre as acusações. Anteriormente, o órgão havia negado a práticaboa esporte bettortura ou maus tratos aos prisioneiros.
As trocasboa esporte betprisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia são uma rara vitória da diplomacia na guerra. Maisboa esporte bet2,5 mil ucranianos foram libertados desde o início do conflito e acredita-se que até 10 mil prisioneiros permaneçam sob custódia russa, segundo gruposboa esporte betdefesa dos direitos humanos.
O porta-vozboa esporte betdefesa dos direitos humanos da Ucrânia e uma das autoridades envolvidas nas negociaçõesboa esporte bettrocaboa esporte betprisioneiros com Moscou, Dmytro Lubinets, declarou que noveboa esporte betcada 10 ex-prisioneiros afirmam terem sido torturados duranteboa esporte betdetenção na Rússia.
“Este, agora, é o maior desafio para mim: como proteger o nosso povo que está no lado russo”, afirma Lubinets. “Ninguém sabe o que pode ser feito.”
'Martelados como pregos'
Em setembroboa esporte bet2022, o tenente Artem Seredniak era prisioneiro da Rússia há quatro meses, quando ele e outros cercaboa esporte bet50 ucranianos foram transferidos para o Centroboa esporte betDetenção Pré-Julgamento n° 2.
Eles passaram horas viajando na parteboa esporte bettrásboa esporte betum caminhão, sem saber para onde estavam indo, vendados e amarrados uns aos outros pelos braços, como uma “centopeia humana”, segundo Seredniak.
Ele relembra que, ao chegarem a Taganrog, um oficial os recebeu, dizendo: “olá, meninos. Vocês sabem onde estão? Vocês irão apodrecer aqui até o fim das suas vidas.”
Os prisioneiros permaneceramboa esporte betsilêncio. Eles foram escoltados para o interior do edifício, segundo Seredniak, suas digitais foram colhidas e suas roupas foram removidas. Eles foram barbeados e levados para o chuveiro.
Em cada uma das etapas, os guardas do centroboa esporte betdetenção carregavam bastões pretos e barrasboa esporte betmetal, atingindo-os nas pernas, nos braços ou “onde eles quisessem”, conta Seredniak. “É o que eles chamamboa esporte bet‘recepção’.”
Seredniak tem 27 anos. Antesboa esporte betser capturado, ele chefiou um pelotãoboa esporte betatiradores do regimento Azov, a principal força militarboa esporte betMariupol, no sudeste da Ucrânia. Por isso, ele se tornou um dos principais alvos dos funcionários da prisão.
Seredniak conta que foi isolado dos demais e, vestindo apenas as roupasboa esporte betbaixo, levado para uma sala para ser interrogado pela primeira vez. Ele foi então lançado ao chão, segundo ele, com o rosto para baixo.
Os guardas perguntaram qual o seu papel no exército e as tarefas que ele realizava. Seredniak conta ter sofrido choques com uma arma imobilizadora, nas costas, na virilha e no pescoço.
“É assim que eles fazem com todos”, ele conta. “Eles martelam você como se fosse um prego.”
'Tudo era motivo'
Em maioboa esporte bet2022, quando Mariupol era dominada pelos russos, as autoridades ucranianas ordenaram a rendiçãoboa esporte betcentenasboa esporte betsoldados refugiados na siderúrgica Azovstal, naquela cidade. Seredniak foi um dos últimos a serem evacuados.
Ele foi inicialmente levado para um centroboa esporte betdetençãoboa esporte betOlenivka, uma aldeia na regiãoboa esporte betDonetsk, e, meses depois, para a prisãoboa esporte betTaganrog, na região fronteiriçaboa esporte betRostov, na Rússia, a cercaboa esporte bet120 km a lesteboa esporte betMariupol.
Ali, ele conta que os prisioneiros eram inspecionados duas vezes por dia e tudo parecia ser motivo para que os guardas abusassem deles.
“Eles podiam não gostarboa esporte betcomo você saiu da cela ou não saiu com rapidez, ou seus braços estavam baixos demais, ouboa esporte betcabeça estava alta demais”, afirma ele.
Em uma dessas inspeções, os guardas perguntaram a Seredniak se ele tinha namorada. Ele respondeu que sim e se lembraboa esporte betum guarda dizendo: “dê o Instagram dela. Vamos tirar uma fotoboa esporte bete mandar para ela.”
Ele mentiu e disse que ela não tinha conta, evitando expô-la. Ele afirma que, então, apanhou e foi levado para uma sala no porão da cadeia. Lá, ele encontrou um combatente ucraniano na casa dos 20 anosboa esporte betidade.
Seredniak conta que o homem estava todo torcido, segurando suas mãos, aparentemente com dores, e os oficiais haviam inserido agulhas embaixo das suas unhas.
À medida que os dias passavam, Seredniak observava que os guardas da prisão eram particularmente violentos com os prisioneiros que pertenciam ao regimento Azov, a antiga milíciaboa esporte betMariupol que, antes, tinha relações com a extrema direita.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, entre outras coisas, queboa esporte betguerra é um esforço para “desnazificar” a Ucrânia – um país governado por um presidente judeu, Volodymyr Zelensky – e as autoridades russas mencionam o regimento com frequência para justificar a invasão.
Seredniak afirma que, durante os interrogatórios, ele foi acusadoboa esporte betsaquear Mariupol eboa esporte betinstruir pessoalmente suas forças a matar civis na cidade, que presenciou uma das batalhas mais mortais já travadas durante a guerra.
Com seu falar rápido e voz alta e determinada, Seredniak negou as acusações, mas aquilo parecia não importar.
“Enquanto você não dissesse aquiloboa esporte betque eles estavam interessados e da formaboa esporte betque eles queriam ouvir, eles não paravamboa esporte betbaterboa esporte betvocê”, ele conta.
Seredniak relembra que, certa vez, um oficial tomou uma cadeiraboa esporte betmadeira para atingi-lo e ele “me bateu tanto que ela se despedaçou”.
Em outro dia, segundo ele, pediram que ele cantasse o “hino dos Azov”. Ele não conhecia nenhum hino dos Azov e imaginou que os guardas se referissem à Oração do Nacionalista Ucraniano, um juramento do século 20 normalmente lidoboa esporte betvoz alta pelos soldados antesboa esporte betserem enviados para combate.
Relutantemente, Seredniak recitou a oração, certoboa esporte betqual seria a reação dos guardas.
Ele conta que os guardas o esmurraram por diversas vezes. Seredniak caiu, batendo a cabeça contra a parede, o que causou um corte perto daboa esporte betsobrancelha. Ele caiu no chão e a surra continuou, segundo ele, por todo o corpo.
“Quando finalmente me levantei, eles me disseram: ‘esperamos ter retirado aquiloboa esporte betvocê’”, relembra ele.
Tensão permanente
Parte dos funcionários da prisão parecia ter sido fortemente influenciada pela narrativaboa esporte bet“desnazificação” do presidente Putin. Para os detidos, isso ficava evidente quando os guardas demonstravam interesse específico por qualquer coisa que pudesse, na opinião deles, ser interpretada como sendo pró-nazista.
Os prisioneiros eram proibidosboa esporte better qualquer objeto pessoal,boa esporte betforma que suas tatuagens inevitavelmente chamavam a atenção dos oficiais. Este ponto me fez lembrar acusações parecidas que ouvi enquanto investigava camposboa esporte bet“filtragem” da Rússiaboa esporte betáreas ocupadas da Ucrânia, no ano passado.
O sargento do regimento Serhii Rotchuk,boa esporte bet34 anos, também saiuboa esporte betAzovstal nos últimos comboios. Ele foi levado para Taganrog uma semana depoisboa esporte betSeredniak.
Ele disse que os guardas primeiro “procuravam suásticas ou similares”. Mas ele afirma que, na verdade, “se você tivesse qualquer tatuagem, seria visto como alguém ruim.”
Rotchuk é médico e tem tatuagens nas duas pernas, nos braços e no peito. Semanas atrás, quando nos encontramos na capital ucraniana, Kiev, ele levantouboa esporte betcamiseta para me mostrar um corvo que cobria parte do seu peito e o símboloboa esporte betum pelotãoboa esporte betinfantaria no seu bíceps esquerdo. Ele também tinha um emblema da ordem Jedi, da sérieboa esporte betfilmes Star Wars, naboa esporte betcoxa esquerda.
Perguntei se aquelas tatuagens haviam causado algum problema para ele. “Muitas vezes”, ele respondeu. “Eles diziam: ‘o que é isto? Oh, vou baterboa esporte betvocê por isto.’”
Seredniak não tem tatuagens e conta que alguns combatentes que tinham símbolos nacionalistas tatuados, como a bandeira ucraniana ou o tridente dourado, eram atacados com frequência. “Eles nos odiavam por sermos ucranianos”, segundo ele.
Em março, um relatório do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) afirmou que a Rússia “falhou ao garantir tratamento humano” dos prisioneiros, com “fortes padrõesboa esporte betviolações”.
O porta-voz do alto-comissariado, Kris Janowski, afirmou que havia uma “longa listaboa esporte betcoisas ruins que foram feitas” para os prisioneiros no centroboa esporte betdetençãoboa esporte betTaganrog.
Segundo ele, o próprio fatoboa esporte betser usada uma prisão para manter os detentos já é uma infração da legislação humanitária internacional, já que eles deveriam ser mantidosboa esporte betlocais especificamente designados.
A Ucrânia também enfrentou acusaçõesboa esporte betmaus tratosboa esporte betprisioneiros no relatórioboa esporte betmarço. Mas,boa esporte betforma geral, eles receberam “melhor tratamento”.
Rotchuk afirma que os detentos “viviamboa esporte bettensão permanente”boa esporte betTaganrog. Ele relembra que conheceu um homem, outro médico, que prestou a falsa confissãoboa esporte betque teria retirado os testículosboa esporte betum prisioneiro russo, desesperado para colocar um fim àquela violência.
“Ele disse: ‘OK, deixe-meboa esporte betpaz, vou assinar a confissão.’ Os oficiais então intimidaram os outros médicos, dizendo: ‘ah, vocês o ajudaram.’”
Rotchuk conta que recebeu choques elétricos dos guardas, mas resistiu. Ele me disse que foi encaminhado para confinamento na solitária por dois meses, como punição. As surras aconteciam quase todos os dias – às vezes, várias vezes por dia, segundo ele.
Rotchuk relembra que um oficial parecia ter prazerboa esporte betchutá-lo no peito, o que o deixou com dores persistentes. Ele se queixou, mas não recebeu ajuda.
“Eu tinha que dizer para mim mesmo: ‘cara, seja forte, você não pode controlar a situação, então precisa aceitá-la”, relembra Rotchuk.
Mas nem todos tinham essa mesma resiliência. Seredniak conta que outro combatente do regimento Azov, com pouco menosboa esporte bet30 anosboa esporte betidade, quebrou um pequeno espelho que estava pendurado sobre a pia daboa esporte betcela e usou um pedaço para cortar a garganta.
O homem foi resgatado por outros detentos, que estancaram o sangramento com as mãos. Seredniak conta que, dias depois, os funcionários da prisão retiraram os espelhosboa esporte bettodas as celas.
Faltaboa esporte betalimentos eboa esporte betassistência médica
Seredniak conta que médicos russos visitavam ocasionalmente os prisioneiros, mas “não necessariamente os ajudavam”.
Ele descreveu as porçõesboa esporte betalimento oferecidas aos prisioneiros como limitadas. Às vezes, segundo ele, elas eram “tão pequenas que, se comesse 300-400 calorias por dia, estava com sorte”.
Seredniak tem 1,86 mboa esporte betaltura e afirma que seu peso caiu para cercaboa esporte bet60 kg duranteboa esporte betpermanência no centroboa esporte betdetenção. Seu peso normal éboa esporte bet80 kg.
“Sempre que me levantava”, ele conta, “eu ficava tonto. Meus olhos escureciam e eu não conseguia fazer movimentos rápidos.”
Seredniak acredita que era intencional. Enfraquecidos, os detentos não oporiam nenhuma resistência.
Eles fazem 'porque podem'
Iryna Stohnii é médicaboa esporte betcombate do 56º Batalhão. Ela tem 36 anos e descreve os detidos como “constantemente mal nutridos”.
“Eles não nos alimentavam”, segundo ela. “Eles não nos deixavam nem sair... Só conseguíamos ver o céu através das barras nas janelas.”
Stohnii afirma que os guardas, nas suas inspeções duas vezes por dia, forçavam a ela e a outras mulheres a mover-se para uma posiçãoboa esporte bettensão, com os braços atrás das costas e a cabeça junto aos joelhos. Alguns as “arrastavam pelos cabelos”.
Outras prisioneiras contaram que as mulheres eram obrigadas a tirar as roupasboa esporte betfrente aos funcionários homens que, às vezes, faziam comentários depreciativos sobre seus corpos.
Stohnii conta que, certa vez, um guarda a acusouboa esporte bettorturar soldados pró-russosboa esporte betcativeiro e torceu seus braços com tanta força que “quase os quebrou”.
Durante a nossa entrevista, ela chorou por duas vezes. Para ela, “apenas demônios moram e trabalham”boa esporte betTaganrog.
Depois que foi libertada, Stohnii passou por cirurgia para remover aderências – faixasboa esporte bettecido cicatrizado entre os órgãos que podem ter sido causadas por traumas – que se desenvolveram nos seus rins e na bexiga.
“Tirando o estupro, eles fizeramboa esporte bettudo conosco”, conta Stohnii.
O cirurgião militar Denys Haiduk afirma que os guardas forçaram a ele e a outros prisioneiros a correr com suas cabeças para baixo enquanto eram golpeados duranteboa esporte bet“recepção”. Houve detidos que foram atingidos até mesmo quando já estavam no chão e incapazesboa esporte betse levantar.
Haiduk tem 29 anos e havia ajudado os feridosboa esporte betAzovstal. Ele conta que, no seu interrogatório, foi acusadoboa esporte betamputar e castrar russosboa esporte betcativeiro. Ele negou a acusação, afirmando que apenas combatentes ucranianos haviam sido trazidos para ele.
Enquanto ele relembrava o que aconteceu, pude perceber a raiva naboa esporte betvoz. Haiduk foi lançado ao chão e recebeu choques elétricos com uma arma imobilizadora até a bateria acabar, segundo ele.
Outros prisioneiros afirmam que os guardas também usaram um telefone militar para dar choques, conectando os fios aos seus corpos.
“Você está convulsionando”, conta Haiduk. “Se você erguer a cabeça, eles começam a bater. E este círculo nunca termina.”
Taganrog também é usada como pontoboa esporte bettransferência. Paraboa esporte betsurpresa, Haiduk ficou preso ali por apenas dois dias, até ser libertadoboa esporte betuma trocaboa esporte betprisioneiros.
Quando estava saindo, os oficiais tentaram forçá-lo a assinar um documento, declarando que qualquer lesão no seu corpo havia sido acidental. Haiduk recusou-se. Ele conta que os guardas bateram nele e o chutaram, até que ele ouviu um estalo.
Haiduk lembra-seboa esporte better dificuldades para respirar eboa esporte betcair sobre o colchão que estava segurando. Mais tarde, depoisboa esporte betvoltar para a Ucrânia, ele foi diagnosticado com três costelas quebradas e uma contusão cardíaca – um hematoma no músculo cardíaco causado por um trauma.
Eu perguntei por que ele acreditava que os guardas tratavam os prisioneiros ucranianos daquela forma.
“Porque eles podem”, foi a resposta. “Você é prisioneiro e eles abusamboa esporte betvocê.”
Quando fiz a mesma pergunta para Seredniak,boa esporte betresposta foi mais prática: “eles batemboa esporte betvocê para conseguir informações. E, depois, dizem: ‘é para ter certezaboa esporte betque você não volte para lutar depois da troca [de prisioneiros]’.”
Lubinets, o porta-voz ucraniano, afirma que as autoridades russas criaram um “sistemaboa esporte bettortura”boa esporte betprisioneiros ucranianos, tipicamenteboa esporte betcentrosboa esporte betdetenção, na Rússia eboa esporte betáreas ocupadas da Ucrânia. A Ucrânia abriu suas instalações para os especialistas, mas a Rússia restringiu as visitas apenas a alguns locais.
Janowski, do ACNUDH, afirma que Moscou negou repetidamente os pedidosboa esporte betacesso apresentados pelas Nações Unidas, sem fornecer “nenhuma razão justificável”.
Com a maior parte dos lugares fechados para os observadores internacionais, Lubinets afirma que “os soldados russos podem fazerboa esporte bettudo com os prisioneiros ucranianos”.
'Um dos piores lugares para prisioneiros na Rússia'
Duranteboa esporte bet“recepção”, o sargento Artem Dyblenko, da 36º Batalhão Marítimo, ouviu os guardas falandoboa esporte betjogar futebol com os prisioneiros. Ele ficou surpreso.
“O que eu não sabia é que nós seríamos a bola”, afirma ele.
Vendado, ele recebeu ordensboa esporte betcorrer, segundo conta, e caiu. “Eram chutes constantes. Você realmente se sentia uma bolaboa esporte betfutebol.”
Dyblenko tem 40 anosboa esporte betidade. Ele me contou que,boa esporte betsetembro, um dos seus colegasboa esporte betcela sofreu um ataque cardíaco, atribuído aos constantes abusos físicos. Segundo Dyblenko, ninguém veio tratá-lo e o homem morreu, com 53 anos.
Três semanas depois, Dyblenko foi incluídoboa esporte betuma trocaboa esporte betprisioneiros e, na Ucrânia, relatou o caso às autoridades. Ele conta que o corpo foi devolvido no final do ano passado.
“[Seu filho] recebeu fotos dele, era horrível”, conta Dyblenko.
A Ucrânia confirmou que foram trocados corposboa esporte betdezembro, sem fornecer detalhes das identidades das vítimas, nem como e onde elas morreram. O filho daquele homem afirmou que aguarda o resultado do testeboa esporte betDNA e não quis comentar a respeito.
A organização ucraniana Iniciativa Midiática pelos Direitos Humanos registrou acusaçõesboa esporte betpelo menos três mortes na prisãoboa esporte betTaganrog, aparentemente devido à tortura e faltaboa esporte betalimentação e cuidados médicos.
Mariia Klymyk é uma das investigadoras do grupo. Ela afirma que este foi “um dos piores lugares para prisioneiros ucranianos na Rússia”.
Ela ouviu relatosboa esporte bethomens sendo levados para interrogatório e questionados se tinham filhos.
“Se alguém dissesse que não tinha, recebia golpes nos genitais, enquanto o guarda dizia: ‘para evitar procriação’”, segundo Klymyk.
Ela também conta que soldados ucranianos foram submetidos a julgamento com confissões aparentemente falsas que foram fornecidasboa esporte betcustódia e usadas como provas contra eles.
A libertação
Depoisboa esporte betquase 12 mesesboa esporte betcativeiro, sete delesboa esporte betTaganrog, Artem Seredniak foi libertadoboa esporte betuma trocaboa esporte betprisioneiros no dia 6boa esporte betmaio, junto com outros 44 combatentes ucranianos. Ele conta que irá comemorar a data como seu segundo aniversário.
A mesma troca incluiu Serhii Rotchuk, o médico, que depois descobriu que tinha uma fratura no esterno – uma condição associada a grave trauma no peito, que ele atribui aos abusos que sofreu.
Visitei Seredniak quatro semanas depois do seu retorno,boa esporte betum apartamentoboa esporte betum conjunto residencial na margem esquerdaboa esporte betKiev, entre suas sessõesboa esporte betrecuperação física e mental.
Os médicos o diagnosticaram com uma costela quebrada e cistos no rim e no fígado que, segundo eles, provavelmente foram causados pelos espancamentos. Seredniak já havia recuperado parte do peso que havia perdido, mas ainda sofria dores lombares e, às vezes, tinha dificuldades para andar.
Ele assistiu no meu telefone, pela primeira vez, a um vídeo daboa esporte bettrocaboa esporte betprisioneiros, divulgado pelo governo ucraniano. Os detentos foram filmados gritando “Slava Ukraini!” (“Glória à Ucrânia!”) e sendo recebidos por uma vibrante multidão.
Foi quando Seredniak apontou para um homem sorridente e disse: “este sou eu!”
Eu não consegui reconhecê-lo. “Eu estava pálido e muito magro, sem acesso à luz do Sol”, contou ele. “Nós éramos como morcegos, vivendo à meia-luz.”
Com colaboraçãoboa esporte betDaria Sipigina e Lee Durant. Fotosboa esporte betLee Durant.