Por que 'epidemiaapostas esportesdemissões' está se espalhando entre empresas:apostas esportes
Uma pesquisa do LinkedIn envolveu um conjuntoapostas esportesdois mil profissionais. Entre eles, cercaapostas esportestrês quartos dos jovens da Geração Z e dois terços dos millennials pensamapostas esportespedir demissão dos seus empregos este ano.
E as gerações mais velhas ainda estão considerando possíveis demissões, incluindo 55% da Geração X e um terço dos Baby Boomers.
Os profissionais que se demitem mencionam muitas razões para a decisão, como o desejoapostas esportesmaior flexibilidade, dinheiro ou benefícios, ouapostas esportesabandonar culturas empresariais negativas. Mas existe também a noçãoapostas esportesque demissões geram demissões.
Os pesquisadores criaram a expressão "demissão por contágio" para descrever o fenômeno segundo o qual, quando uma pessoa pede demissão, a possibilidadeapostas esportesque ela seja acompanhada pelos seus colegas aumenta – segundo um estudo,apostas esportesaté 25%.
Para Klotz, os númerosapostas esportespedidosapostas esportesdemissão que dominam as manchetes fizeram com que o efeito se espalhasse rapidamente pelo mundo profissional. Segundo ele,apostas esportescerta forma, o "fator bem-estar"apostas esportesdeixar um emprego pode ser empoderador para os profissionais.
"Muitosapostas esportesnós nos sentimos um tanto impotentes ao longo dos anosapostas esportespandemia e até nos anos que a antecederam", afirma ele. "Pedir demissão do emprego pode ser um momento empoderador."
Ele prossegue: "durante o relacionamento com o nosso empregador, ele detém o poder. Nós precisamos do salário e, por isso, fazemos o que o empregador quer que nós façamos, mesmo se não quisermos."
"Quando você começa a pensarapostas esportesdemitir-se, essa dinâmicaapostas esportespoder começa a mudar. E isso realmente é tentador e inebriante."
"Quando você começa a pensar 'não preciso mais disso, posso fazer o que o meu colega fez e ir trabalhar naquela outra empresa' surge um surtoapostas esportespoder", afirma Klotz.
É tentador, segundo ele, porque "parece libertador". E, quando os profissionais leem constantemente as notícias sobre pessoas que se demitem ou até assistem a vídeos viraisapostas esportespedidosapostas esportesdemissão, "pode ser difícil resistir".
Klotz afirma que, antesapostas esportesviralizar, "pedir demissão era uma espécieapostas esportestabu, algo que você enfrentava sozinho. Era uma espécieapostas esportesprocesso secreto. Nos últimos anos, surgiu essa ondaapostas esportespessoas que se sentiram mais confortáveis para falar a respeito."
Mas nem tudo são flores. A tendênciaapostas esportespedir demissão pode ofuscar a dificuldade que muitas pessoas enfrentam ao sair do emprego.
Para Klotz, por exemplo, uma das desvantagens da demissão ter se tornado algo tão público é a sensaçãoapostas esportesque seria uma decisão fácil e razoavelmente rápida. Isso pode levar as pessoas a fazer uma ligação precipitada e demitir-se,apostas esportesvezapostas esportesponderar antesapostas esportestomar a decisão.
Se todos estão fazendo, parece fácil, segundo Klotz, "mas é claro que é uma das maiores decisõesapostas esportescareira que alguém pode tomar".
'É difícil prever como as coisas vão sair'
A professoraapostas esportesadministração Caitlin Porter, da Universidadeapostas esportesMemphis, nos Estados Unidos, é uma das autorasapostas esportesuma recente análiseapostas esportespesquisas sobre a epidemia da rotatividade. Ela indica que o discurso do pedidoapostas esportesdemissão como tendência raramente conta as reais dificuldades do processo.
"Você sabe como é sairapostas esportesuma empresa?", pergunta ela. "Se você morarapostas esportesuma região metropolitana, talvez haja outro empregador que você possa visitar, mas, se não for o caso, você pode estar mudandoapostas esportesfamíliaapostas esporteslugar."
Começarapostas esportesum novo cargo também não é algo simples.
"Normalmente, leva pelo menos seis meses a um ano para conseguir velocidade e construir os relacionamentos necessários para que você seja eficiente no novo cargo", prossegue Porter. "Toda aapostas esportesvida fica comprometida. O inícioapostas esportesum novo emprego é realmente uma das épocas mais estressantes. É muito trabalho. É muito difícil."
Porter acrescenta que o glamour recém-descobertoapostas esportespedir demissão também pode seduzir as pessoas erradas.
Os profissionais mais susceptíveis à demissão por contágio são aqueles menos "incorporados" aos seus empregos – muitas vezes, funcionários mais jovens ou com "pouca estabilidade"apostas esportesoutros grupos demográficos, que podem, na verdade, não estar na melhor posição para demitir-se.
E, mesmo se um novo emprego oferecer melhor salário, flexibilidade ou outros benefícios, mudarapostas esportesempresa com frequência pode dificultar o progresso profissional.
Especialistas afirmam que profissionais que se demitem antes do tempo "devido" – ou seja, antes que tenham realizações suficientes no emprego atual para beneficiar-se no seguinte, ou pelo menos que tenham ficado tempo suficiente para conseguir boas referências – podem ter suas carreiras prejudicadas.
Isso pode ser especialmente negativo para grupos que já são naturalmente marginalizados, como as mulheres e os não brancos, que normalmente já "não ascendem aos mesmos níveis nas organizações que os membrosapostas esportesgrupos privilegiados", segundo Porter.
Para ela, isso se deve,apostas esportesparte, ao fatoapostas esportesque aqueles mesmos grupos apresentam os índicesapostas esportesrotatividade mais altos. É uma questão que a tendência à demissão só exacerba.
Mesmo tendo provavelmente ajudado a promover a tendência dos pedidosapostas esportesdemissão, Anthony Klotz aconselha aos profissionais que o melhor a fazer no momento é resistir à tentação. Ele afirma que uma possível transição profissional não deve ser tratada como uma mudança simples, mas como uma importante mudançaapostas esportesvida – simplesmente porque esta é a verdade.
"De certa forma, existe um paralelo entre pedir demissão e romper um relacionamento longo naapostas esportesvida pessoal", afirma ele. "É complicado, é emocional e você realmente não sabe como irá se sentir até que aconteça. É difícil prever como as coisas irão sair."
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife.