Crise na Venezuela: 3 possíveis cenários para futuro do país após Supremo chancelar vitóriazebet retirer ses gainsMaduro:zebet retirer ses gains

Entretanto, a maioria dos venezuelanos vê que, tal como aconteceuzebet retirer ses gainsanos anteriores, a crise humanitária pode aprofundar-se se não houver soluções políticas.

A decisãozebet retirer ses gainsquinta-feira (22/8) do Supremo Tribunalzebet retirer ses gainsJustiça (TSJ), que validou a vitóriazebet retirer ses gainsMaduro nas eleições presidenciaiszebet retirer ses gains28zebet retirer ses gainsjulho, confirma a extensão do status quo, um cenário desejado por Maduro ezebet retirer ses gainscúpula.

No entanto, a oposição liderada por María Corina Machado manterá a pressão para cumprir o que considera o mandato popular daquele 28zebet retirer ses gainsjulho, quando 70% dos venezuelanos, segundo as atas publicadas, manifestaram o desejozebet retirer ses gainsmudança.

O que está por vir agora? Os cenários propostos possuem diversas formas, são cheioszebet retirer ses gainsnuances e podem se sobrepor. É até provável que, tal como aconteceu com a economia, a transição política ocorrazebet retirer ses gainsforma gradual, lenta e improvisada.

Por mais que tudo isto pareça familiar, a política venezuelana surpreende sempre. Há semelhanças com experiências anteriores, sim, mas também elementos novos. A resposta do governo é cada vez mais dura e radical, a oposição está forte e unida como nunca antes, o chavismo perdeu o apoio popular e as consequências da imigração transformam a crise numa crise internacional.

Embora a decisão do TSJ, acusadazebet retirer ses gainstendenciosa, busque resolver a questão, a crise está intacta. E os serviços, a pobreza, a saúde, a educação e a violência pioram.

A seguir, veja cenários geraiszebet retirer ses gainsonde a situação poderia chegar.

1. As coisas são mantidas como estão

O governo Maduro parece interessadozebet retirer ses gainsprolongar o estadozebet retirer ses gainscoisas: que a oposição se refugie das pressões políticas, judiciais e policiais, que a comunidade internacional perca o interesse e que as pessoas tenhamzebet retirer ses gainsse resignar a resolver as suas vidas cotidianas.

Para isso, o partido no poder precisa ganhar tempo.

“O tempo hoje não é um vetor no qual as coisas acontecem, mas uma arma política numa disputa”, afirma Jesús “Chúo” Torrealba, ativista e ex-líder da oposição.

Nas crises anteriores, o chavismo conseguiu ganhar tempo até que a crise passasse.

Mas, segundo Torrealba, desta vez é mais difícil: “O governo já não é esta entidade todo-poderosa que define os termos. Agora está na defensiva, agindo sem muita sofisticação, e a oposição está na ofensiva.”

Uma oposição poderosa não se vai resignar com o fatozebet retirer ses gainsas coisas permanecerem iguais.

Aí surge a possibilidadezebet retirer ses gainsque as coisas se deteriorem.

“O governo aposta numa espéciezebet retirer ses gainscenário intermediário entre o status quo e o aprofundamento”, afirma Marianozebet retirer ses gainsAlba, advogado próximo da oposição e especialistazebet retirer ses gainsdiplomacia.

“Ele está disposto a aprofundar o autoritarismo se for necessário para tentar permanecer no poder, mas preferiria um status quo para evitar reações e decisões que na prática anulam as perspectivaszebet retirer ses gainsuma recuperação econômica, o que continuaria a aumentar o descontentamento das massas.”

Costuma-se dizer que os venezuelanos já não têm nada a perder: que as suas famílias isoladas e os seus salários muito baixos são como chegar ao fundo do poço.

Mas há outra coisa que se costuma dizer: sempre é possível ser pior.

2. O aprofundamento

Na verdade, o governo pode optar por uma crise mais aguda.

Isso significaria aceitar que lhes sejam aplicadas mais sanções econômicas que os impeçamzebet retirer ses gainsvender petróleo ou os obriguem a vendê-lo mais barato, afetando o seu fluxozebet retirer ses gainscaixa. Que as suas famílias no exterior sejam perseguidas pelas autoridades internacionais. Que não só os líderes, mas também os militares e funcionários públicos médios vejam as suas propriedades e vistos congelados.

Poderia também traduzir-sezebet retirer ses gainsmais repressão não só contra a oposição e os seus ativistas, que acabariam isolados e anulados, mas também contra a populaçãozebet retirer ses gainsgeral, que não conseguiria expressar as suas opiniõeszebet retirer ses gainspúblico, usar as redes sociais ou organizar-sezebet retirer ses gainscomunidade para resolver problemas cotidianos como coletazebet retirer ses gainslixo e distribuiçãozebet retirer ses gainságua.

Isso, necessariamente, significaria um isolamento quase total da Venezuela no mundo, com a incapacidadezebet retirer ses gainster canaiszebet retirer ses gainscomunicação com os governos vizinhos para enfrentar a crise migratória.

A Colômbia seria particularmente afetada por isto, não só porque é o país que mais recebe migrantes venezuelanos, mas porque fez as suas apostaszebet retirer ses gainspaz com o Exércitozebet retirer ses gainsLibertação Nacional na mediaçãozebet retirer ses gainsMaduro com as guerrilhas.

Muitos veem nos casoszebet retirer ses gainsCuba e da Nicarágua exemplos do que poderia ser um aprofundamento do autoritarismo na Venezuela, com uma oposição anulada e eleições sem concorrência.

A Venezuela, porém, é um país maior e conectado com o mundo.

As consequênciaszebet retirer ses gainsum aprofundamento das suas crises seriamzebet retirer ses gainsuma magnitude muito mais complexa do que aquela que a região tem visto nazebet retirer ses gainshistória recente.

3. Algum tipozebet retirer ses gainstransição

Embora pareça o menos provável, uma transição na Venezuela não pode ser descartada.

Se a crise se agravar, ou se houver um surto social da magnitude do Caracazo, acontecimentozebet retirer ses gains1989 que marcou a origem social do movimento político que resultou na vitóriazebet retirer ses gainsHugo Chávezzebet retirer ses gains1999, a possibilidadezebet retirer ses gainsromper o apoio a Maduro entre os militares e oficiais é maior.

Além disso, sem dinheiro, as deserções são mais difíceiszebet retirer ses gainsevitar.

“A oposição aposta numa ruptura dentro do governo que obrigue Maduro a negociar azebet retirer ses gainssaída”, afirma De Alba.

“Tudo indica que o cálculo daqueles que apoiam Maduro continua a ser ozebet retirer ses gainsque preferem o status quo, e se a oposição também chegar a essa conclusão, faria bemzebet retirer ses gainsabrir-se ao que os negociadores propõem”.

É neste cenário que desempenha um papel a comunidade internacional, que sob a liderança da Colômbia e do Brasil — governados por Gustavo Petro e Luiz Inácio Lula da Silva, que têm viaszebet retirer ses gainsdiálogo com o chavismo – propôs novas eleições ou um governozebet retirer ses gainscoabitação transitório.

A oposição,zebet retirer ses gainsprincípio, rejeitou estas iniciativas. Também o governo. Mas uma versão dessas propostas pode entrar na equação.

Torrealba considera o cenário: “A única formazebet retirer ses gainsaceitar novas eleições é que sejam precedidaszebet retirer ses gainsum governozebet retirer ses gainscoligação, com substituição das autoridades militares e eleitorais e sem as condições desequilibradas e antidemocráticaszebet retirer ses gainsque decorreram as eleições (de julho)”.

“A oposição poderá aceitar algo deste gênero porque é um fato que não tem forças para fazer valer o resultado das eleições do dia 28 e porque para a oposição é importante encontrar uma solução para a crise”, acrescenta.

O resultado da crise é geralmente apresentadozebet retirer ses gainstermos preto e branco: ou eleições, ou governozebet retirer ses gainscoligação, ou a saídazebet retirer ses gainsMaduro, ou o governozebet retirer ses gainsMachado. Contudo, não costumamos falarzebet retirer ses gainsversões variadas da transição que oferecem opções a todos.