O que estáplacar apostas desportivasjogo para América Latina ao apoiar Rússia ou Ucrânia na guerra:placar apostas desportivas

Boric e Lula

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Legenda da foto, Boric e Lula tiveram posicionamentos diferentes sobre a guerra na Ucrânia

Neste esforço, o líder ucraniano falou ao Congresso chileno, naquela que foiplacar apostas desportivasprimeira intervenção perante um parlamento latino-americano.

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Em julhoplacar apostas desportivas2022, o único encontro pessoalplacar apostas desportivasZelensky com um presidente da região foi realizadoplacar apostas desportivasKiev, quando ele conheceu seu colega Alejandro Giammattei, da Guatemala.

Vladimir Putin, porplacar apostas desportivasvez, continuou estreitando laços com ex-aliados, como Venezuela, Nicarágua e Cuba, alémplacar apostas desportivaslançar uma campanhaplacar apostas desportivascomunicação a seu favor através da mídia estatal com presençaplacar apostas desportivasdiferentes países da região.

Apesar desses esforços, a posição da maioria dos países latino-americanos à Rússia ou à Ucrânia tem sido ambíguo, no mínimo. Especialistasplacar apostas desportivasrelações internacionais descreveram essa posição como "neutra", lembrando o longo históricoplacar apostas desportivas"não-alinhamento"placar apostas desportivasgrandes conflitosplacar apostas desportivaspoder.

Ainda assim, é preciso reconhecer que houve alguns sinais importantes a favorplacar apostas desportivasKiev.

Em fevereiro, a maior parte da região votou a favor da resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas que pedia o fim das hostilidades e exigia que a Rússia "retirasse imediata, completa e incondicionalmente suas forças militares do território da Ucrânia".

Até agora, no entanto, nenhum país latino-americano foi alémplacar apostas desportivasdeclarações diplomáticas.

Os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, Xiomara Castro,placar apostas desportivasHonduras, e Luis Arce, da Bolívia

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Legenda da foto, Os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, Xiomara Castro,placar apostas desportivasHonduras, e Luis Arce, da Bolívia
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Exemplo disso é a recusaplacar apostas desportivasalguns paísesplacar apostas desportivasenviar armas para a Ucrânia, apesar das pressões dos Estados Unidos e da Alemanha. Até o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se ofereceu para substituir as armas militares dos países latino-americanos (fabricadas na Rússia) por um arsenal americano mais moderno. Mas a proposta não foi bem-sucedida.

"Mesmo que elas acabem como sucata na Colômbia, não entregaremos as armas russas para serem levadas à Ucrânia para prolongar a guerra", respondeu Gustavo Petro, presidente da Colômbia. "Não estamosplacar apostas desportivasnenhum lado. Somos pela paz", acrescentou.

Resposta semelhante foi dada por outros presidentes, como o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e seu colega argentino Alberto Fernández,placar apostas desportivasdecisão que foi interpretada por Moscou como um gesto simpático da região para seu país.

Por outro lado, apesarplacar apostas desportivasZelensky ter pedido à América Latina que introduzisse sanções contra a Rússia, a grande maioria dos países não atendeu ao pedido.

O que está por trás dessa suposta "neutralidade"? E o que estáplacar apostas desportivasjogo para os vários países latino-americanos quando se trataplacar apostas desportivasapoiar a Rússia ou a Ucrânia no conflito?

A BBC News Mundo, serviçoplacar apostas desportivasespanhol da BBC, listou 4 pontos-chave que respondem a essas perguntas.

1. O poder da China

A visita do presidente da China, Xi Jinping, a Moscouplacar apostas desportivas20placar apostas desportivasmarço foi vista pelo mundo como um claro sinalplacar apostas desportivasapoio à Rússiaplacar apostas desportivasum momentoplacar apostas desportivasque o Kremlin está sob intensa pressão internacional.

Desde o início da guerra, o relacionamento da Rússia com a China tem sido fundamental para resistir a essa pressão.

Pequim absorveu grande parte das exportações russasplacar apostas desportivashidrocarbonetos, amenizando assim o impacto das sanções ocidentais na economia do país euro-asiático.

Segundo o governo dos Estados Unidos, Xi Jinping considera agora a possibilidadeplacar apostas desportivasenviar armas e munições para a Rússia, algo que o governo chinês nega categoricamente.

Ainda que Xi Jinping se esforce para se posicionar como um facilitador da paz — e não como um forte aliadoplacar apostas desportivasPutin —, a verdade é que seus sinais amistosos ao Kremlin colocaram o mundoplacar apostas desportivasalerta, inclusive a América Latina, que atualmente mantém estreitas relações comerciais com os chineses.

Só nos últimos 20 anos — entre 2000 e 2020 — o comércio entre a região e a China aumentou 26 vezes, passandoplacar apostas desportivasUS$ 12 bilhões para US$ 310 bilhões, segundo dados das Nações Unidas.

Zelensky e Giammattei

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Legenda da foto, O único encontroplacar apostas desportivasZelensky (à direita) com um presidente latino-americano foi realizadoplacar apostas desportivasKievplacar apostas desportivasjulhoplacar apostas desportivas2022, quando ele conheceu seu colega guatemalteco Alejandro Giammattei (à esquerda)

Para vários países da América do Sul — como Chile, Peru, Colômbia, Brasil e Argentina —, a China é hoje um parceiro essencial para o qual se dirige grande parte das exportações, como minerais (incluindo cobre) ou alimentos (como soja).

Por isso, os especialistas ouvidos pela BBC News Mundo concordam que a amizadeplacar apostas desportivasXi Jinping com Putin deve ser acompanhadaplacar apostas desportivasperto pelas nações latino-americanas.

"Dada a influência que a China templacar apostas desportivastermos econômicos na América Latina, e especialmente na América do Sul, eles devem levarplacar apostas desportivasconta essa situação e pensarplacar apostas desportivascomo o apoio a um ou outro país pode afetá-los", diz Margaret Myer, diretora do Departamentoplacar apostas desportivasÁsia e América Latina no Centroplacar apostas desportivasEstudos do Diálogo Interamericano.

“Acho que é parte das razões que explicam por que o Brasil não tem criticado fortemente o que está acontecendo com a guerra na Ucrânia”, acrescenta.

Para Pamela Aróstica, diretora da Rede China e América Latina: Abordagens Multidisciplinares (Redcaem), não se pode ignorar que a invasão russa à Ucrânia ocorreplacar apostas desportivasum contextoplacar apostas desportivasguerra comercial entre Estados Unidos e China. “É uma questão muito mais profunda", diz.

"Eles estãoplacar apostas desportivasuma competição para saber quem será a superpotência nos próximos anos. E é por isso que é tão importante para a China ter um bloco oriental. Ela precisaplacar apostas desportivasaliados do calibreplacar apostas desportivaspaíses como a Rússia e regiões inteiras como a América Latina", diz.

Doutoraplacar apostas desportivasCiência Política, Aróstica acrescenta: "Já passou o tempo das sutilezas, agora é muito mais frontal. Somos amigos ou não? Estão comigo ou não? É por isso que muitos países latino-americanos mantiveram uma atitude ambivalente por medo das consequências".

Aróstica diz que também é preciso terplacar apostas desportivasmente a crise econômica que atinge muitos países latino-americanos e o papel da China como fonteplacar apostas desportivasempréstimos.

"Os países precisam avaliar a irritação da China e as implicações que isso pode ter ao querer acessar, por exemplo, um empréstimo."

Visão semelhante é compartilhada por John Griffiths, chefeplacar apostas desportivasEstudosplacar apostas desportivasSegurança e Defesa da Fundação AthenaLab, um think tank chileno focadoplacar apostas desportivasassuntos internacionais, segurança e defesa.

"No campo estratégico, todo país latino-americano deve considerarplacar apostas desportivasrelação com a China para realizarplacar apostas desportivaspolíticaplacar apostas desportivasrelações exteriores. E há alguns interesses que têm feito com que várias nações da região não condenem com mais veemência a agressão da Rússia contra a Ucrânia", afirma.

Xi Jinping e Vladimir Putin apertando as mãos

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Legenda da foto, O presidente chinês, Xi Jinping, se reuniu com seu colega russo, Vladimir Putin,placar apostas desportivas20placar apostas desportivasmarço.

2. Relação comercial e política com a Rússia

Embora os laços comerciais diretos entre a Rússia e a América Latina não sejam tão difundidos - representa, por exemplo, apenas 0,6% das exportações da região -, existem alguns países e setores que podem sofrer um impacto maiorplacar apostas desportivascasoplacar apostas desportivasrompimento das relações com Moscou.

Manteiga, salmão, queijo e frutas como maçã, banana e pera, que são produzidasplacar apostas desportivaslugares como Paraguai, Chile, Argentina, Equador, Brasil e Colômbia, têm a Rússia como umplacar apostas desportivasseus principais destinos.

Em relação às importações, embora a Rússia também tenha uma baixa participação global no continente, envia alguns produtos estratégicos para a produção. É o caso dos fertilizantes, fundamentais para produtores agrícolas como Argentina e Brasil.

No ano passado,placar apostas desportivasfato, Putin garantiu ao então presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) que a Rússia estava "comprometida"placar apostas desportivasgarantir o "fornecimento ininterrupto"placar apostas desportivasfertilizantes.

O Brasil importa maisplacar apostas desportivas80% dos fertilizantes que utiliza e a Rússia é o principal fornecedor.

Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a Rússia também é um "importante fornecedorplacar apostas desportivasalguns insumos essenciais para a produçãoplacar apostas desportivasconversores catalíticos e semicondutores". Portanto, a escassez pode pressionar ainda mais o setor automotivo, setor que já enfrenta restriçõesplacar apostas desportivasinsumos.

Mas, para além do estritamente econômico e comercial, a verdade é que a Rússia também mantém relações políticasplacar apostas desportivaslonga data na região que não são fáceisplacar apostas desportivasromper.

Um pequeno, mas relevante grupoplacar apostas desportivaspaíses latino-americanos demonstrou simpatia direta e aberta pela posição da Rússia no conflito. A Venezuela é um deles, já que a Rússia é um pilar importante para política e questões militares do país. Cuba, Nicarágua e Bolívia também expressaram seu apoio a Putinplacar apostas desportivasoposição aos Estados Unidos.

Nicolás Maduro

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Legenda da foto, O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mantém estreitas relações com a Rússia

Por outro lado, é importante notar que a guerra na Ucrânia coincide com a chegadaplacar apostas desportivasuma nova ondaplacar apostas desportivaspresidentesplacar apostas desportivasesquerda à América Latina, apoiados por coalizões que historicamente têm afinidade com a então União Soviética.

Desde 2018, a presidência do México, Argentina, Bolívia, Peru, Honduras, Chile, Colômbia é ocupada por esses líderes. Já Lula, do PT, assumiu no início deste ano após derrotar Bolsonaro.

“Muitos desses países historicamente estiveram alinhados com a Rússia. Portanto, não é tão fácil para os governos dizerem que são a favor da Ucrânia”, aponta Pamela Aróstica.

Já Luis Beneduzi, especialistaplacar apostas desportivasquestões latino-americanas da Universidade Ca' Foscariplacar apostas desportivasVeneza, acredita que "para muitos líderes, estar com a Ucrânia é estar com os Estados Unidos".

“A história do imperialismo estadunidense é muito importante para pensar na reação desses países que hoje vivem uma mudança progressiva”, acrescenta.

O casoplacar apostas desportivasGabriel Boric, no Chile, talvez seja uma posição que quebra essa regra, já que desde o início do conflito ele foi enfáticoplacar apostas desportivascondenar Putin pela invasão. Mas, segundo especialistas consultados pela BBC News Mundo, os demais líderes têm dado fracos sinaisplacar apostas desportivasapoio.

Lula, por exemplo, agora se oferece como mediador pela paz. No entanto, segundo analistas internacionais,placar apostas desportivasposição pode acabar favorecendo Moscou.

"As tentativasplacar apostas desportivasmediação provavelmente vão favorecer a Rússia. A Ucrânia precisa lutar para libertar seus cidadãos. Moscou pode concordar com um cessar-fogo para 'congelar' a linhaplacar apostas desportivasfrente e manter o controle dos territórios ocupados, enquanto espera ganhar força e confiança suficientes para avançar", diz Keir Giles, consultor-sênior do Programa Rússia e Eurásia da Chatam House.

Assim, apesarplacar apostas desportivasmuitos insistiremplacar apostas desportivaschamar a América Latinaplacar apostas desportivas"quintal" dos Estados Unidos, a verdade é que a multiplicidadeplacar apostas desportivasposiçõesplacar apostas desportivasrelação à invasão russa da Ucrânia mostra que Moscou ainda desperta simpatia no continente.

3. Laços com os Estados Unidos e o Ocidente

Mas não é tão fácil para a América Latina virar as costas para a Ucrânia, fortemente apoiada pelos Estados Unidos e pelo Ocidente.

Existem laços comerciais, políticos e militares profundos e duradouros com esses blocos.

Em termos comerciais, por exemplo, 42% das exportações totais da região (equivalente a 8,5% do PIB regional) vão para os Estados Unidos, superando até a China.

Segundo a Cepal, a União Europeia atrai 9% das exportações, e somenteplacar apostas desportivas2022 aumentou 26%placar apostas desportivasrelação ao ano anterior.

Os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos são México, Brasil, Chile, Colômbia e Peru.

O México é especialmente importante nesse cenário porque, ao compartilhar uma fronteiraplacar apostas desportivasmaisplacar apostas desportivas3 mil quilômetros com os Estados Unidos, possui um vínculo que vai muito além das relações diplomáticas e oficiais.

Eles não só são parceiros comerciais estratégicos:placar apostas desportivasacordo com o Departamentoplacar apostas desportivasEstado dos EUA,placar apostas desportivas2021, o comércioplacar apostas desportivasbens e serviços entre os dois países ultrapassou US$ 720 bilhões, tornando o México o segundo maior parceiro comercial dos Estados Unidos.

Joe Biden e  Andrés Manuel López Obrador

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Legenda da foto, O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o líder do México, Andrés Manuel López Obrador

Por outro lado, os dois países vizinhos também precisam lidar com questões complexas, como a imigração e a cooperaçãoplacar apostas desportivasmatériaplacar apostas desportivassegurança.

Embora o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, não tenha cedido às pressões da Ucrânia para impor sanções econômicas e políticas à Rússia — e também não quis enviar armas a Kiev —, ele votou a favor da resolução da ONU que pedia à Rússia o fim da hostilidade contra a Ucrânia,placar apostas desportivasfevereiro.

Desta forma, Obrador tem feito malabarismos para tentar permanecer o mais neutro possível, argumentando que seu país é pela "paz e diálogo".

Por outro lado, um elemento importante que vários países latino-americanos devem levarplacar apostas desportivasconta ao analisar seu apoio à Ucrânia é a forte relação do pontoplacar apostas desportivasvista militar com o Ocidente.

Essa é a opinião da cientista política e especialistaplacar apostas desportivasrelações internacionais Paulina Astroza.

“Há uma parte importante dos países latino-americanos que sempre vai acompanhar os Estados Unidos por uma questãoplacar apostas desportivassegurança. É o caso da Colômbia ouplacar apostas desportivasmuitos países da América Central que dependem militarmente dos Estados Unidos”, diz Astroza.

Uma opinião semelhante é mantida por John Griffiths.

“A Força Aérea do Chile, por exemplo, dependeplacar apostas desportivassua aliança com os Estados Unidos,placar apostas desportivassua frotaplacar apostas desportivascaças F16. A Marinha do Chile também é muito dependente do Ocidente, e o Exército tem uma frota blindada que é alemã. Peru, Brasil e Colômbia são mais ou menos parecidos. A Colômbia tem uma relaçãoplacar apostas desportivasdécadas com os Estados Unidos, e não é porque hoje existe um governo ideologicamenteplacar apostas desportivasesquerda que essa relação desapareceu", diz.

Os especialistas concordam que, apesar dos fortes laços que várias nações latino-americanas têm com países ocidentais, a Ucrânia e os líderes que a apoiam — como Joe Biden — ainda esperam um sinal mais claroplacar apostas desportivasapoio da região.

E essa pressão, acrescentam, só continuará a aumentar enquanto a guerra não acabar.

4. Apoio interno

Volodymyr Zelensky

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Legenda da foto, O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, se reuniu virtualmente com alguns dos líderes da região

Há outro elemento importante que os países latino-americanos devem avaliar ao apoiar a Rússia ou a Ucrânia: o que seus próprios cidadãos pensam sobre a guerra.

Neste ponto, é fundamental terplacar apostas desportivasmente que, para muitos latino-americanos, este é um conflito distante, explica Juan Pablo Toro, membro do Royal United Service Institute (RUSI), instituição sediada no Reino Unido que reúne especialistasplacar apostas desportivasdefesa e segurança.

"Dada a criseplacar apostas desportivassegurança na América Latina, as pessoas se perguntam por que dar importância para uma guerra a milharesplacar apostas desportivasquilômetrosplacar apostas desportivasdistância se não podem sair às ruas por causa do domínio do narcotráfico. Em relação às questõesplacar apostas desportivassegurança, a prioridade começa pela interna", aponta.

Assim, explica, há mais incentivos para adotar uma posição neutra diante do conflito.

"Dizer às pessoas que o que estáplacar apostas desportivasjogo aqui é legalidade, soberania e um sistema internacional baseadoplacar apostas desportivasregras é muito difícil. Além disso, ninguém sabe o que vai acontecer e, no final das contas, apoiar a Ucrânia é se indispor com um inimigo que também é amigoplacar apostas desportivasChina", diz Toro, que também é diretor-executivo da AthenaLab.

Por outro lado, os governos latino-americanos — muitos delesplacar apostas desportivasesquerda — foram pressionados por suas próprias coalizões políticas.

É o casoplacar apostas desportivasBoric, que chegou ao poder pelas mãos do Partido Comunista Chileno (PC). Durante a invasão russa,placar apostas desportivasfevereiroplacar apostas desportivas2022, este partido condenou a Rússia, mas também os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pelos seus “desejos expansionistas” que, segundo eles, “aumentaram o perigoplacar apostas desportivasguerra”.

Além disso, o partido se opôs ao discurso do líder ucraniano perante o parlamento chileno, criando um problema interno para Boric.

"A decisãoplacar apostas desportivasBoricplacar apostas desportivasapoiar a Ucrânia com tanta força gerou custos e intimidaçõesplacar apostas desportivassua própria baseplacar apostas desportivasapoio", diz Paz Zárate, advogado chileno especializadoplacar apostas desportivasdireito internacional público.

"Boric assumiu um compromisso pessoal com os direitos humanos, independentemente do país. Talvez não sinta, como outros presidentes latino-americanos, uma identificação com os tempos soviéticos", acrescenta.

Maisplacar apostas desportivasum ano após a invasão russa da Ucrânia, analistasplacar apostas desportivaspolítica internacional concordam que a cada dia haverá mais pressão para que os países latino-americanos tomem uma posição definitiva sobre a guerra.

Embora a neutralidade possa ser um bom aliado para muitos países da região, as grandes potências estão ansiosas para exibir seu apoioplacar apostas desportivasum mundo cada vez mais polarizado e, às vezes, ao estilo da Guerra Fria.