5 razões por que é tão difícil acabar com guerra na Síria:betsvip bet online

Dois homens com roupas camufladas vistos por trásbetsvip bet onlineum cartaz com a imagem do presidente sírio, Bashar al Assad.

Crédito, EPA

Legenda da foto, Rebeldes contrários ao regimebetsvip bet onlineBashar al-Assad na Síria se lançaram sobre a cidadebetsvip bet onlineAleppo, sem grande resistência

O país está dividido desde 2018,betsvip bet onlineconsequência da guerra civil. Uma área está sob o controle do regime autoritáriobetsvip bet onlineAssad, enquanto outras regiões ficam no poder das forças curdas e insurgentes islâmicos.

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Mas por que esta guerra – que parecia esquecida – continua? A seguir, estão cinco motivos.

1. Interesses estrangeiros

Quatro homens sobre um tanque abandonado na estrada que leva a Aleppo. Um deles faz um gestobetsvip bet onlinevitória.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os insurgentes tomaram possebetsvip bet onlineáreasbetsvip bet onlineAleppo que estavam sob o controle do governo.

A Síria passou a ser, nos últimos anos, um tabuleirobetsvip bet onlinexadrez, onde as potências globais apoiam as facções que possam favorecer seus interesses estratégicos.

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As diversas facções armadasbetsvip bet onlinedisputa contam com o apoio da Turquia, Arábia Saudita e Estados Unidos. E Assad conseguiu manter seu regime, graças ao apoio indispensável da Rússia e do Irã.

O aprofundamento do conflito trouxe a participaçãobetsvip bet onlineorganizações jihadistas, como o grupo Estado Islâmico e a al-Qaeda. Isso agravou a preocupação global com a situação do país.

Ávidos para conseguir a própria autonomia e apoiados pelos Estados Unidos, os curdos da Síria também fazembetsvip bet onlineparte, aumentando a complexidade do conflito. E a Turquia apoiou forças rebeldes para proteger suas fronteiras.

Em 2020, a Rússia e a Turquia promoveram um cessar-fogobetsvip bet onlineIdlib, no noroeste do país. Com isso, foi criado um corredorbetsvip bet onlinesegurança para realizar patrulhas conjuntas. Mas continuam ocorrendo combates esporádicos.

Apesar da redução da violência, o governo sírio nunca recuperou totalmente o controle daquela região. E, agora, os rebeldes decidiram enfrentar um governo debilitado, cujos aliados estão concentradosbetsvip bet onlineoutros locais.

"O regimebetsvip bet onlineAssad dependeu,betsvip bet onlinegrande parte e por muitos anos, do apoio estrangeiro", explica o especialistabetsvip bet onlineCiências Políticas Simon Frankel Pratt, da Universidadebetsvip bet onlineMelbourne, na Austrália.

"A implosão do Hezbollah, causada pela feroz ofensiva contra Israel e pelo crescente esgotamento dos recursos russos, devido à guerra na Ucrânia, deixaram o regime totalmente isolado, criando o momento propício para que o HTS montassebetsvip bet onlineofensiva surpresa e começasse a recuperar o território", explica ele.

Para Pratt, "a chama da guerra está novamente acesa, devido a uma combinaçãobetsvip bet onlinefatoresbetsvip bet onlineinstabilidade doméstica e à erosão ou colapso do apoio estrangeiro que sustentava Assad."

2. Colapso econômico e crise humanitária

Uma garota com a cabeça ferida e cobertabetsvip bet onlinepoeira.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os ataques aéreos sobre a cidadebetsvip bet onlineIdlib, reduto do grupo rebelde HTS, causaram vítimas entre os civis

Os anosbetsvip bet onlineguerra arruinaram a economia da Síria. Grande parte da infraestrutura do país foi destruída e milharesbetsvip bet onlinepessoas passaram a viverbetsvip bet onlinecondições assustadoras.

O conflito gerou uma crise humanitária sem solução aparente.

Mais da metade dos 22 milhõesbetsvip bet onlinehabitantes que moravam na Síria antes do início da guerra foram deslocados, segundo as estimativas das Nações Unidas.

Dos 6,8 milhõesbetsvip bet onlinedeslocados internos, maisbetsvip bet onlinedois milhões vivembetsvip bet onlineacampamentos oficiais, com acesso muito limitado a serviços básicos.

Outros seis milhõesbetsvip bet onlinepessoas abandonaram o país, principalmente com destino ao Líbano, Jordânia e Turquia. Os três países, somados, abrigam 5,3 milhõesbetsvip bet onlinerefugiados.

"A situação é muito fluida e incerta", segundo Emmanuel Isch, da ONG World Vision Syria. "Existem combatesbetsvip bet onlinecursobetsvip bet onlinediferentes lugares, que vêm causando um número cada vez maiorbetsvip bet onlinedeslocados internos."

"Eles partem para diversos lugares e nossa preocupação é que já existem dois milhõesbetsvip bet onlinepessoas no noroeste da Síria, vivendobetsvip bet onlinecamposbetsvip bet onlinerefugiados", explica Isch. "Alguns dos deslocados chegam aos campos com a esperançabetsvip bet onlineconseguir ajuda, mas não há recursos para receber mais refugiados internos."

Maisbetsvip bet online15,3 milhõesbetsvip bet onlinesírios precisavambetsvip bet onlineajuda humanitáriabetsvip bet online2023 – um número recorde – e 12 milhões viviambetsvip bet onlinecondiçõesbetsvip bet onlinegrave insegurança alimentar.

Além disso, o terremotobetsvip bet online2023 na regiãobetsvip bet onlineGaziantep, na vizinha Turquia, deixou 5,9 mil mortos e 8,8 milhõesbetsvip bet onlineferidos na Síria, agravando ainda mais as condiçõesbetsvip bet onlinevida no país.

Os interesses econômicos, gerados pelo controlebetsvip bet onlinecampos petrolíferos e rotas comerciais, continuaram alimentando as tensões. E acrescente-se a isso a crise humanitária, que contribui para o descontentamento e as lutas internas na Síria.

3. Governo autoritário

O presidente sírio, Bashar al Assad,betsvip bet onlineterno azulbetsvip bet onlineuma reunião da Liga Árabe.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O presidente sírio Bashar al-Assad se nega a deixar o poder enquanto as facções rebeldes seguem lutando contra o seu regime

A violência e a repressão comandadas pelo regimebetsvip bet onlineBashar al-Assad para se manter no poder aumentaram a dissidência e prolongaram o conflito.

Um relatório da ONU, publicadobetsvip bet online2021, documentou violações generalizadas dos direitos humanos por parte do governo. Elas incluem ataques químicos, bombardeios aéreosbetsvip bet onlinezonas povoadas e severas restrições à ajuda humanitária.

"O autoritarismo bate no coração desta guerra", afirma Julien Barnes-Dacey, diretor do programabetsvip bet onlineOriente Médio e Norte da África do Conselho Europeubetsvip bet onlineRelações Exteriores. "O regime se negou reiteradamente a compartilhar o poder ou firmar compromissos."

A ONU calcula que 306.887 civis foram mortos como resultado dos combates até 2022 e outros milhares morrerambetsvip bet onlinefome, doenças ou faltabetsvip bet onlineatenção sanitária.

Burcu Ozcelik, especialistabetsvip bet onlinepolíticabetsvip bet onlinesegurança no Oriente Médio do Royal United Services Institute – um centrobetsvip bet onlineanálisebetsvip bet onlinesegurança e defesa do Reino Unido –, acredita que "o regime está compulsivamente concentrado nabetsvip bet onlinesobrevivência, nãobetsvip bet onlineboa governança".

4. Sociedade dividida

Uma colunabetsvip bet onlinefumaça sobre uma vista panorâmica da cidadebetsvip bet onlineAleppo.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A cidadebetsvip bet onlineAleppo voltou a ocupar posiçãobetsvip bet onlinedestaque na guerra

"Embora as divisões políticas sejam parte fundamental do conflito, não se pode negar que as tensões sectárias latentes também desempenharam papel fundamental por algum tempo", explica Barnes-Dacey.

No leste do país, as regiõesbetsvip bet onlinemaioria curda permaneceram majoritariamente fora do controle do Estado sírio desde os primeiros anos da guerra.

Os restos do grupo Estado Islâmico persistem no vasto deserto da Síria,betsvip bet onlineclara ameaça à segurança da população – especialmente durante a temporadabetsvip bet onlinecolheita da trufa, quando os moradores se lançambetsvip bet onlinebusca da iguaria.

Idlib passou a ser um reduto dos grupos militantes que foram confinados na região, durante a fase mais intensa da guerra. O mais importante destes grupos é o HTS – que, na verdade, mantém o controle sobre Idlib.

A situação se complicou ainda mais devido às lutas travadas entre os próprios grupos insurgentes.

Alguns deles, incluindo as forças curdas apoiadas pela Turquia, enfrentaram as Forças Democráticas da Síria, uma aliança formada principalmente por combatentes curdos das Unidadesbetsvip bet onlineProteção do Povo (YPG, na siglabetsvip bet onlinecurdo). A Turquia considera as YPG uma organização terrorista.

Pouco depois que o HTS lançoubetsvip bet onlineofensiva, o Exército Livre da Síria declarou ter tomado possebetsvip bet onlinealdeias e terras nos arredores da cidade. O grupo conta com o apoio da Turquia e faz parte da aliançabetsvip bet onlinegrupos armados que conquistou grande parte da cidadebetsvip bet onlineAleppo.

Esta região não estavabetsvip bet onlinepoder do governo, mas das Forças Democráticas da Síria. Este fato ilustra o complicado e fragmentado conflito que assola o país.

5. Fracasso da diplomacia

Equipesbetsvip bet onlineresgatebetsvip bet onlinerua cobertabetsvip bet onlineescombros e com carrobetsvip bet onlinechamasbetsvip bet onlineIdlib. O ar está cheiobetsvip bet onlinefumaça.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Um grupobetsvip bet onlinevoluntários atende um local bombardeado na cidadebetsvip bet onlineIdlib

Todos os esforços para encontrar uma solução negociada fracassaram, incluindo as conversações promovidas pela ONU.

Isso se deveu às divergênciasbetsvip bet onlineprioridades entre as principais partes envolvidas. Elas colocaram seus objetivos estratégicos acima da vontadebetsvip bet onlineatingir um acordo. Com isso, segundo os especialistas, sobrou pouco espaço para que se chegasse a uma paz duradoura.

"A dinâmica subjacente segue inalterada", segundo Julien Barnes-Dacey. "O regimebetsvip bet onlineAssad não quer ceder o poder nem firmar compromissos, enquanto as facções rebeldes continuam combatendo o governo para derrubá-lo e garantirbetsvip bet onlineposição no país."

Simon Frankel Pratt destaca que "outros países da região estão bastante nervosos porque não está claro qual poderia ser a solução".

"Quando estão nervosos, os países tendem a agirbetsvip bet onlineforma conservadora", explica ele. "Poderíamos, por exemplo, ver acordos temporários entre o Irã e os Estados do Golfo Pérsico, para manter uma situação estável, e uma política exterior conservadora por parte dos Estados Unidos e da Europa, para evitar uma escalada ainda maior do conflito."

Alguns especialistas destacam a imprevisibilidade representada pela vitória eleitoralbetsvip bet onlineDonald Trump nos Estados Unidos.

Um exemplo é a Turquia. Informações indicam que o país apoiou a recente ofensiva rebelde para fortalecerbetsvip bet onlineposição antes da possebetsvip bet onlineTrump como o novo presidente americano. A intenção é buscar uma negociação favorável junto aos Estados Unidos e à Rússia.

Mas Barnes-Dacey relembra que a política do segundo mandatobetsvip bet onlineDonald Trump em relação ao Oriente Médio continua sendo uma incógnita.

"Existe um setor no entornobetsvip bet onlineTrump que deseja uma política agressiva pró-Israel e contrária ao Irã no Oriente Médio", diz ele, "e outro que defende o isolamento e que os Estados Unidos se retirem da região."

"Não está claro se Trump irá buscar maior envolvimento dos Estados Unidos, tendobetsvip bet onlinemente o Irã, ou se irá acelerar a retirada norte-americana, deixando que os participantes regionais resolvam seus conflitosbetsvip bet onlineforma independente", conclui ele.