Quem governa a Síria após 13 anospixbet360conflito?:pixbet360

Sírios protestampixbet360Azaz, no norte da provínciapixbet360Aleppo, controlada por rebeldes

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O conflito sírio, que já deixou meio milhãopixbet360mortos, se transformoupixbet360uma guerra por procuração com forças internacionais envolvidas

Quem controla cada parte da Síria mudou significativamente desde o início da guerra.

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Perdendo inicialmente vastos territórios para as forças rebeldes, o governo do presidente Assad hoje controla dois terços do país, graças ao envolvimento ativo da Rússia na guerrapixbet3602015.

Mas especialmente no norte do país, na fronteira com a Turquia, há várias fronteiras internas traçadas por autoridades autoproclamadas ou grupos armados apoiados por forças internacionais.

Mapa mostrando quem controla que parte da Síria. A maior área é controlada pelo governo sírio

"Do leste da capital Damasco até as terras que chegam ao Rio Eufrates, há a influência iraniana", diz Serhat Erkmen, do Pros&Cons Security and Risk Analysis Center.

"A costa do Mediterrâneo, as áreas que vãopixbet360lá até Damasco e as terras do sul estão sob a influência da Rússia", acrescenta.

O Irã e a Rússia estão entre os maiores apoiadores do governopixbet360Assad.

Latakia, o principal porto da Síria no Mediterrâneo, está sob o controlepixbet360Assad — e tem desempenhado um papel fundamental desde o início da guerra civil.

Quem controla Idlib?

A pouco maispixbet360120 kmpixbet360direção à fronteira norte, está a provínciapixbet360Idlib, o último reduto remanescentepixbet360grupos armados islâmicos que se opõem a Assad.

Idlib tem sido controlada por várias facções rivais da oposição desde que as forças do governo perderam o controle da provínciapixbet3602015.

Atualmente, está principalmente sob o controle da Hay'at Tahrir al-Sham (HTS), uma organização política e armada islâmica sunita.

"Ela costumava se chamar Frente Nusra, e muitas pessoas conhecem esse nome. Era o braço da Al-Qaeda na Síria", explica Mina al-Lami, especialistapixbet360mídia jihadista da BBC Monitoring.

Combatentes militares da Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ex-braço da Al-Qaeda

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Hay'at Tahrir al-Sham, antes conhecida como Frente Nusra, diz que não tem mais ligação com a Al-Qaeda
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Em 2017, a Frente Nusra anunciou que estava rompendo seus laços com a Al-Qaeda, uma vez que os grupos rebeldes locais estavam se recusando a trabalhar com eles por causa da marca Al-Qaeda.

"Todo mundo tinha medo da marca Al Qaeda. Então, o grupo anuncioupixbet360independência", diz Mina al-Lami.

Embora a HTS insista que é independente, e não está vinculada a uma entidade externa, e alegue que não tem ambições jihadistas globais, a Organização das Nações Unidas (ONU), os Estados Unidos e a Turquia a consideram um grupo associado à Al-Qaeda — e a classificam como uma organização terrorista.

O jornalista sírio Sarkis Kassargian diz que há muitos grupos radicais que apoiam a HTS na região, como o Partido Islâmico do Turquestão, um grupo jihadista dominado por uigures chineses.

Depoispixbet360forçar a maioria dos militantes apoiados pela Turquia a sairpixbet360Idlib, a HTS estabeleceu, na prática, uma autoridade administrativapixbet360Idlib.

"Tem ministérios, tem ministros que são muito ativos nas redes sociais, inaugurando novos projetos, focando na reconstrução, participandopixbet360formaturas", diz Mina al-Lami.

"Então, ele realmente tenta se apresentar como um microestado, um pequeno Estado dentropixbet360um Estado, administrando seus próprios serviços, e tem realmente tentado obter a aprovação da comunidade internacional."

Em 2017, a Turquia, que se opõe ao governo sírio, e os aliados da Síria, Rússia e Irã, chegaram a um acordopixbet360negociações na capital do Cazaquistão, Astana, para estabelecer zonaspixbet360desescalada do conflito, incluindo Idlib, com o objetivopixbet360apaziguar os combates.

No ano seguinte, a Rússia e a Turquia concordarampixbet360criar uma zona tampão (região considerada neutra, entre duas partespixbet360conflito) desmilitarizada na provínciapixbet360Idlib para separar as forças do governo dos combatentes rebeldes baseados lá.

Quem controla Afrin?

Afrin, que já foi um enclave controlado pelos curdos no noroeste da Síria, hoje está sob o controlepixbet360grupos que se opõem a Assad, apoiados pela Turquia.

Em 2018, a Turquia iniciou um ataquepixbet360grandes proporções contra as forças curdas do outro lado da fronteira. Isso ocorreu após a decisão dos EUApixbet360formar uma forçapixbet360segurança na fronteira composta por combatentes curdos do YPG, que Ancara considera uma ameaça à segurança nacional, epixbet360uma ramificação do grupo militante PKK, que travou uma guerra no sudeste da Turquia por maispixbet360três décadas.

Desde então, a Turquia e seus aliados sírios controlam a regiãopixbet360Afrin.

Duzentos recrutas da Brigadapixbet360Samarcanda, parte do Exército Nacional Sírio apoiado pela Turquia,pixbet360um treinamento

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A Turquia renomeou os grupos militantes que apoiava como Exército Nacional Síriopixbet3602017

A Turquia reuniu os grupos militantes que apoiava sob a égide do que chamoupixbet360Exército Nacional Sírio (SNA, na siglapixbet360inglês)pixbet3602017. Anteriormente, eles eram chamadospixbet360Exército Livre da Síria (FSA, na siglapixbet360inglês).

O SNA era composto por grupos diretamente ligados ao Exército ou à inteligência turca, como a Divisão Sultan Murad, e outros grupos afiliados à Irmandade Muçulmana e ao Catar.

"Até onde sabemos, estes grupos não trabalham junto a grupos jihadistas, mas é claro que estão alinhados com a agenda, as prioridades e as ambições da Turquia na região. Então, eles são fortemente contra as Forças Democráticas Sírias lideradas pelos curdos e também, claro, contra as forças do governo sírio", explica Mina al-Lami, da BBC Monitoring.

Com o apoio da Turquia, o SNA controla hoje áreas que vãopixbet360Afrin a Jarablus, a oeste do Rio Eufrates, epixbet360Tell Abyad a Ras al-Ayn, no leste.

O SNA faz parte da autoridade administrativa chamada Governo Interino Sírio, e o governo e os militares turcos também desempenham um papel significativo na região.

Quem controla Manbij?

Outro grupo proeminente no norte são as Forças Democráticas Sírias (FDS).

Esta coalizãopixbet360milícias e grupos rebeldespixbet360etnia curda e árabe controla áreas do leste do Rio Eufrates até a fronteira com o Iraque e as cidadespixbet360Tell Rifaat e Manbij, no oeste.

As FDS proclamaram unilateralmente uma entidade sob o nomepixbet360Administração Autônoma do Norte e Leste da Síriapixbet3602018, que controla um quarto do território sírio e abriga bases militares dos EUA e da Rússia.

Combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDS) durante um exercício militar conjunto com forças da coalizão liderada pelos EUA contra o grupo Estado Islâmico

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As Forças Democráticas da Síria são vistas como aliadas da coalizão liderada pelos EUA contra o grupo Estado Islâmico, e suas forças realizam exercícios militares conjuntos

"Diferentementepixbet360outros grupospixbet360oposição, as FDS tentam estabelecer uma legitimidade internacional usando ambos os canais, por meiopixbet360Moscou e Washington", observa o analistapixbet360segurança Serhat Erkmen.

"Por um lado, eles mantêm conversas com o governo sírio para determinar como podem ser integrados ao futuro do país e, por outro, mantêm uma estreita cooperação política, econômica e militar com os EUA, a quem Damasco se opõe veementemente", diz ele.

A ameaça do Estado Islâmico na Síria acabou?

O grupo autodenominado Estado Islâmico (EI), também conhecido como Isis ou Daeshpixbet360árabe, proclamou seu califadopixbet3602014 e, durante anos, conseguiu dominar vastas áreas da Síria e do Iraque.

O surgimento do Estado Islâmico mudou o curso da guerra na Síria, e levou à formaçãopixbet360uma coalizão liderada pelos EUA, incluindo maispixbet36070 nações, para derrotá-lo.

Em 2019, essa coalizão finalmente expulsou o grupopixbet360seu último refúgio na Síria.

Mas será que a ameaça do Estado Islâmico na Síria acabou completamente?

"Ele voltou a ser um grupo insurgente, [conduzindo] ataques surpresa rápidos, retirando-se antes que o inimigo possa responder. Mas ainda é muito ativo na Síria, e seus ataques aumentaram significativamente neste ano", diz Mina al-Lami.

Ela ressalta que uma virada significativa para o Estado Islâmico aconteceria se eles conseguissem libertar os combatentes do grupo e seus familiares detidos e mantidospixbet360vários campos controlados pelas Forças Democráticas Sírias.

Duas mulheres com uma criança no colo, supostamente esposaspixbet360combatentes do grupo Estado Islâmico, sendo escoltadas por seguranças no campopixbet360al-Hol, na provínciapixbet360al-Hasakeh, no nordeste da Síria

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Legenda da foto, Milharespixbet360mulheres e crianças são mantidas ao ladopixbet360supostos combatentes do Estado Islâmicopixbet360campospixbet360detenção

A Anistia Internacional afirma que maispixbet360cinco anos após a derrota do Estado Islâmico, dezenaspixbet360milharespixbet360pessoas ainda estão detidas, com um número estimadopixbet36011,5 mil homens, 14,5 mil mulheres e 30 mil crianças mantidaspixbet360pelo menos 27 instalações e dois campospixbet360detenção — Al-Hol e Roj.

"O Estado Islâmico estápixbet360olho nesses campos. Está à esperapixbet360qualquer crise, qualquer enfraquecimento na segurança para poder entrar e invadir esses campos e prisões e libertar as pessoas que estão lá", afirma Mina al-Lami.

"Exemplospixbet360crise seriam uma grande operação militar liderada pela Turquia no norte da Síria, possivelmente contra as forças curdas, ou uma grande operação dos EUA contra as milícias xiitas na Síria", acrescenta.