A espéciefaz a bet aiplanta invasora japonesa 'impossível'faz a bet aimatar:faz a bet ai
Alémfaz a bet aisuas nobres qualidades estéticas, talvez um pouco exageradas, ela tem um valor perversamente bom, porque uma vez que você a tem, é (quase) permanente: nunca morrerá e, sem uma ação drástica, as gerações futuras lutarão contra densas florestasfaz a bet aicaules.
Intratável
Das 13 mil espécies exóticas que deram a volta ao mundo desde o início do colonialismo no século 15, o knotweed japonês é amplamente considerado um dos mais intratáveis: sufoca jardins suburbanos, engole faixas inteirasfaz a bet aitrilhosfaz a bet aitrem e inunda canais e parques nacionais.
Se esse arbusto invasor crescer à vontade, pode rapidamente dominar todo o Reino Unido, exceto os trechos sombreados pelas árvores, diz Dan Eastwood, professorfaz a bet aiBiociências da Universidadefaz a bet aiSwansea, no Reino Unido. "Haveria uma dominação geral", diz ele.
Mas remover completamente essa erva daninha é extremamente difícil e envolve essencialmente extrair a terra dela: cavar pelo menos cinco metrosfaz a bet aiprofundidade e descartar todo o lote quase como se fosse radioativo.
Se sobrar algo, ela pode retornar várias vezes, regenerando-se dos menores fragmentos e prejudicando jardineiros por até 20 anos depoisfaz a bet aiaparentemente ter desaparecido. Um estudo descobriu que o arbusto pode crescer novamente a partirfaz a bet aium fragmentofaz a bet airaizfaz a bet aiapenas 0,3 grama, aproximadamente o pesofaz a bet aiuma pitadafaz a bet aisal.
Infelizmente, você não pode colocar um poucofaz a bet aiherbicida nele também. "Pode voltar a crescer mesmo que pareça morto", diz Kevin Callaghan, diretor da Japanese Knotweed Specialists, uma empresafaz a bet aierradicação com sedefaz a bet aiLondres.
Além do fatofaz a bet aique uma monoculturafaz a bet aiervas daninhasfaz a bet aitrês metrosfaz a bet aialtura não é ideal para um jardim e nem para a vida selvagem. Uma infestação desse arbusto também pode ter consequências financeiras catastróficas.
No Reino Unido, a presençafaz a bet aiuma única haste pode reduzir instantaneamente o valorfaz a bet aiuma casafaz a bet ai5% a 15% e fazer com que muitos bancos rejeitem uma hipoteca.
Então, como a erva daninha japonesa conseguiu se tornar tão incrivelmente resistente? E será que vamos descobrir como vencê-la?
Um presente desagradável
Em 9faz a bet aiagostofaz a bet ai1850, o jardim botânicofaz a bet aiKew Gardens,faz a bet aiLondres, recebeu um pacote surpresa pelo correio.
O presente inesperado continha várias plantas incomuns e uma nota revelando a identidade do misterioso benfeitor: Philipp Franz Balthasar von Siebold, um médico e botânico alemão.
Von Siebold havia retornado recentemente do território japonêsfaz a bet aiDejima, na costa da cidadefaz a bet aiNagasaki, um posto comercial construídofaz a bet aiuma ilha artificial. Foi o único pontofaz a bet aicontato do país com o mundo exterior durante o período isolacionista Edo, quando o país fechou as fronteiras para estrangeiros por maisfaz a bet aidois séculos.
Como médico renomado, Von Siebold teve acesso a uma variedade sem precedentesfaz a bet aicontatos no Japão e os usou para saciarfaz a bet aipaixão pelas plantas: ele tinha pessoas coletando espécimesfaz a bet aitodo o país. Mas depoisfaz a bet aiuma rara visita ao continente e um infeliz incidente envolvendo um mapa proibido, que as autoridades locais encontraram emfaz a bet aibagagem, ele finalmente foi convidado a sair.
Então Von Siebold empacotou cercafaz a bet ai2 mil plantas e voltou para a Europa. Isso incluiu um arbusto magnífico encontrado na Ásia, incluindo Japão, Taiwan e Coréia do Sul, onde foi valorizado por seus uso na medicina tradicional e, curiosamente, como verdura. Quando cozidos, seus brotos frescos têm um sabor azedo e crocante semelhante ao ruibarbo.
Em pouco tempo, nasceu a Von Siebold & Companyfaz a bet aiLeiden, empresa especializada na vendafaz a bet aiplantas do Extremo Oriente, com sede na Holanda. E, desde o primeiro momento, Fallopia japonica foi umafaz a bet aisuas plantas-estrela.
Era natural que essa beleza vigorosa fosse compartilhada com os outros, e Kew Gardens recebeu devidamente seu próprio espécime. A partir daí,faz a bet aiconquista foi rápida.
A erva daninha japonesa foi um sucesso e,faz a bet aiapenas algumas décadas, estava afundando suas raízes profundamente na Oceania, América do Norte e grande parte da Europa. Muitas dessas touceiras do século 19 ainda existem hoje, exatamente nos mesmos lugaresfaz a bet aique foram plantadas.
De acordo com Eastwood, essa popularidade inicial é a primeira pistafaz a bet aiseus formidáveis poderesfaz a bet aiinvasão. "A realidade é que ela foi trazida para este país e plantadafaz a bet aimassa desde a era vitoriana, por um período bastante considerável", diz ele. "Então, quando você fala sobre quantos indivíduos você colocafaz a bet aium ecossistema antes que ele possa se estabelecer [lá], os humanos realmente desempenharam um papel importante nisso".
Repositório oculto
No entanto, os jardineiros não merecem todo o crédito. O arbusto é realmente excepcional: um invasor alienígena verdadeiramentefaz a bet aioutro mundo. De uma terra áridafaz a bet ailava e gases tóxicos. O habitat natural da planta são as encostas dos vulcões, onde foi um dos primeiros a se estabelecer após uma erupção.
Ele pode afundar suas raízes famosas e imparáveis em rochas vulcânicas frias e sólidas, e lá ficará à espreita por anos, agarrando-se mesmo que seus caules e folhas acima do solo estejam sepultadosfaz a bet aimagma incandescente.
A um mundofaz a bet aidistância deste ambiente hostil, no paraíso do jardim suburbano médio, essas adaptações naturais significam que a planta é praticamente impossívelfaz a bet aivencer. E esta história é o segredofaz a bet aisua expansão e sobrevivência impressionante.
"Todo ano, quando a fotossíntese começa e a planta captura a energia da luz, ela pega esse recurso e o coloca no subsolo", diz Eastwood. As partes da superfície murcham e morrem a cada inverno, mas seus rizomas - uma espéciefaz a bet aicaule retorcido e modificado - ainda estão lá, aninhados no solo, retendo os açúcares que produziam quando tudo estava bem.
Na próxima primavera, a planta envia novas raízes para expandir seu alcance lateralmente, e estas, porfaz a bet aivez, dão origem a mais caules acima do solo. Desta forma, avança lentamente, até monopolizar cada centímetrofaz a bet aiespaço disponível.
Este sistemafaz a bet aiduas partes, com pedaços do corpo acima e abaixo do solo, significa que é extremamente difícilfaz a bet aicontrolar com produtos químicos. O mais eficaz é o glifosato, que funciona inibindo uma enzima que as plantas precisam para produzir aminoácidos. Mas a melhor formafaz a bet aiusá-lo é contraditória.
Como muitos proprietários descobriram emfaz a bet aibusca para erradicá-la, o uso excessivo pode fazer com que a planta se espalhe acidentalmente.
A parte que você vê acima do solo é a coroa: esta é a parte dominante da planta que armazena ativamente energia. Mas ele tem apoio. "Em torno dessas coroas, há brotos dormentes, para que possam produzir um novo crescimento, mas não o fazem porque a coroa os suprime", diz Eastwood.
Então, se você inundar uma dessas ervas daninhas com herbicida, poderá matar a coroa completamente e,faz a bet airepente, todos os seus brotos satélite acordarão.
Um grande erro
Mal sabia Von Siebold quando enviou a primeira amostra para Londres que se tornaria um dos maiores vilões da história da botânica.
Infelizmente, a erva japonesa não é a única planta invasora com um futuro brilhante engolfando vastas áreas do planeta. Na verdade, as outras duas principais ervas daninhas que atualmente preocupam proprietáriosfaz a bet aiterras, governos e ambientalistas compartilham algumas semelhanças surpreendentes.
O Heracleum mantegazzianum chegou ao Reino Unidofaz a bet ai1819, depois que as sementes foram enviadas para os Jardins Kew das montanhas do Cáucaso, na Rússia. Hoje, seus caules imponentes e flores brancas podem ser vistosfaz a bet aitoda a Europa e América do Norte, projetando-se dos acostamentos das rodovias, ao longo das ferrovias e perto das vias navegáveis.
Alémfaz a bet aiser invasivo, é extremamente tóxico: aparece regularmente causando manchetes depois que pessoas desavisadas sofrem graves bolhas e queimaduras químicas por contafaz a bet aisua seiva.
A Impatiens glandulifera chegou duas décadas depois, quando um cirurgião da Índia enviou amostras para a Sociedade Realfaz a bet aiHorticultura,faz a bet aiLondres. Rapidamente, se tornou uma planta popular, valorizada por suas delicadas flores rosas semelhantes a orquídeas efaz a bet aifolhagem espessa.
Masfaz a bet aipoucos anos escapou para a natureza e, na virada do século, foi considerada uma erva daninha.
Junto com a erva daninha japonesa e muitas outras, essas plantas estão liderando um apocalipse botânico, a substituição gradualfaz a bet aiplantas nativas por aquelasfaz a bet aidifícil controle.
E a história está longefaz a bet aiterminar. Embora a era dos jardins expansivos do século 19 e as importaçõesfaz a bet aiplantas não regulamentadas tenham ficado para trás, acredita-se que muitas plantas presentesfaz a bet aimilhõesfaz a bet aiquintais ao redor do mundo tenham potencial invasivo.
Eastwood está disposto a apostar que o próximo grande invasor será a anêmona japonesa. Com flores cor-de-rosa, roxas ou brancasfaz a bet aiformafaz a bet aipiresfaz a bet aicaules finos, este membro da família do botãofaz a bet aiouro é popular por adicionar cor aos jardins no final do verão.
Mas, assim como a erva japonesa, ela pode se espalhar facilmente no subsolo e rapidamente assumir o controle. Talvez as pessoas não se importem tanto com uma invasora tão bonita; certamente é difícil imaginarfaz a bet aipresença diminuindo o valorfaz a bet aiuma propriedade. Mas se acontecer... digamos que você ouviu aqui primeiro.
Este artigo foi publicado na BBC Future. Clique para ler a versão original.
- Texto originalmente publicadofaz a bet aihttp://vesser.net/vert-fut-63322983