Os mitos e a realidade das amizades no século 21:como criar um aplicativo de apostas
Nenhuma destas tecnologias existia uma geração atrás. Quando eu tinha a mesma idade que eles, as interaçõescomo criar um aplicativo de apostastempo real sem presença física com amigos acontecia pelo telefone, no corredorcomo criar um aplicativo de apostascasa, onde todo mundo podia ouvir o que eu estava falando. E eu não podia falar por maiscomo criar um aplicativo de apostas10 minutos sem que meu pai ou minha mãe começassem a resmungar sobre a contacomo criar um aplicativo de apostastelefone e a ideiacomo criar um aplicativo de apostas"cortar a linha".
Não havia unicórnios pegando donuts, embora eu tivesse a liberdadecomo criar um aplicativo de apostasdesafiar minha inteligência tentando desenroscar o fiocomo criar um aplicativo de apostasespiral do telefone. As chamadas telefônicas como os amigos eram um prazer eventual, não um acontecimento diário. O lockdown na minha infância teria sido uma experiência social bem diferente.
Mas é diferente até que ponto? As diferenças na forma com que nós interagimos com nossos amigos hoje,como criar um aplicativo de apostascomparação com uma geração atrás, são meramente superficiais — comparáveis à diferença entre escrever uma carta a um amigo num papel sem linhas e escrever num papel com linhas?
Ou será que existe algo a respeito das amizades contemporâneas que é fundamentalmente diferente das amizades verdadeirascomo criar um aplicativo de apostasanos atrás? Se for este o caso, como as amizades devem continuar a mudar no futuro?
É comum nos diascomo criar um aplicativo de apostashoje reclamar que as amizades não são mais como eram antes. Que restaurantes estão repletoscomo criar um aplicativo de apostaspessoas olhando para seus celulares,como criar um aplicativo de apostasvezcomo criar um aplicativo de apostasconversando umas com as outras. Que a cultura do "selfie" nos transformoucomo criar um aplicativo de apostasnarcisistas que se importam maiscomo criar um aplicativo de apostasgerenciar nossas próprias relações públicas do quecomo criar um aplicativo de apostasestar presente, um com o outro. Que as amizadescomo criar um aplicativo de apostashojecomo criar um aplicativo de apostasdia sãocomo criar um aplicativo de apostasalguma forma mais condicionais do que eram no passado, à medida que vivemoscomo criar um aplicativo de apostas"câmarascomo criar um aplicativo de apostaseco" online, numa bolhacomo criar um aplicativo de apostasindivíduos que pensam como nós, e rejeitamos pontoscomo criar um aplicativo de apostasvista diferentes.
Até mesmo a palavra "amigo" foi transformada pelas redes sociais: existe um novo sentido,como criar um aplicativo de apostasque ser amigocomo criar um aplicativo de apostasalguém significa apenas ter clicadocomo criar um aplicativo de apostas"aceitar" a solicitaçãocomo criar um aplicativo de apostasamizade da pessoa, sem nunca dizer "olá".
Existe uma ansiedade generalizadacomo criar um aplicativo de apostasrelação à possibilidadecomo criar um aplicativo de apostasque a amizade verdadeira estejacomo criar um aplicativo de apostasdeclínio — e a culpada é da tecnologia. Manchetes como "A Era das Mídias Antissociais" e "Seu celular inteligente está te deixando estúpido e antissocial e afetandocomo criar um aplicativo de apostassaúde" são familiares.
Pessimistas podem pensarcomo criar um aplicativo de apostasonde isso tudo vai parar. Talvez nós acabemoscomo criar um aplicativo de apostasum mundo cínicocomo criar um aplicativo de apostasque interagimos apenas com pessoas que servem para nós, onde não reconhecemos nossos amigos sem seus filtros do Snapchat e onde não criamos conexões genuínas com ninguém. Mas será que estas preocupações são realmente justificadas?
A ansiedadecomo criar um aplicativo de apostasrelação aos efeitos distópicos das novas tecnologias nas amizades é tão antiga quanto a palavra escrita. Mais antiga, na verdade: para Sócrates, a palavra escritacomo criar um aplicativo de apostassi era parte do problema. Maiscomo criar um aplicativo de apostas2 mil anos atrás, Sócrates supostamente expressou ceticismocomo criar um aplicativo de apostasrelação à comunicação por escrito como um caminho para a sabedoria, preferindo a interação cara a cara com seus colegas.
No começo do século 20, havia preocupações com a possibilidadecomo criar um aplicativo de apostasque as linhas telefônicas fossem diluir a interação entre pessoas ou alimentar comportamentos sociais nocivos.
A partir da nossa perspectiva contemporânea,como criar um aplicativo de apostasque cartas e telefones são tão inofensivos quanto se pode esperarcomo criar um aplicativo de apostasuma tecnologia, estas preocupações nos parecem bizarras. É claro que não abalam as amizades. Pelo contrário, as promovem. A trocacomo criar um aplicativo de apostascartas e telefonemas entre amigos distantes é exatamente o tipocomo criar um aplicativo de apostasrelação saudável que aqueles preocupados com as redes sociais temem que acabe morrendo.
Afinal, as redes sociais ameaçam as amizades ou a promovem? Em um artigocomo criar um aplicativo de apostas2012, Shannon Vallor considera se os tiposcomo criar um aplicativo de apostasamizade que as pessoas têm no Facebook podem ser verdadeiras — e conclui que sim, elas podem.
O argumento dela não se baseiacomo criar um aplicativo de apostasideias modernas sobre amizade. Em vez disso, ela usa o conceitocomo criar um aplicativo de apostasAristóteles,como criar um aplicativo de apostasmaiscomo criar um aplicativo de apostas2 mil anoscomo criar um aplicativo de apostasexistência. Para Aristóteles, a amizade exige algumas virtudes, incluindo reciprocidade, empatia, autoconhecimento (no sentidocomo criar um aplicativo de apostasentender nosso lugar no mundo, incluindo nosso lugarcomo criar um aplicativo de apostasnossas relações com outras pessoas) e participação numa vida compartilhada.
Poderia então o ceticismocomo criar um aplicativo de apostasrelação ao impacto das redes sociais nas amizades ser tendencioso? Afinal, é expressado frequentemente por pessoas cujas primeiras amizades não foram formadascomo criar um aplicativo de apostastorno das redes sociais, o que pode deixá-las mais inclinadas a ignorar seu lado positivo.
Pessoas como nós
Mesmo que a interação por meiocomo criar um aplicativo de apostasuma tela não esteja destruindo nossas amizades, muitas pessoas temem que a forma com que usamos a tecnologia digital, para escolher e cultivar nossos amigos, encoraje conexões sociaiscomo criar um aplicativo de apostasbaixa qualidade.
Um destes receios está relacionado às chamadas câmarascomo criar um aplicativo de apostaseco: aqueles gruposcomo criar um aplicativo de apostasindivíduos que pensam da mesma forma que nós, fazendo com que o cruzamentocomo criar um aplicativo de apostasideias seja reduzido, e as pessoas fiquem mais polarizadas e agarradas a seus próprios pontoscomo criar um aplicativo de apostasvista.
Alguns estudiosos argumentam que as câmarascomo criar um aplicativo de apostaseco online têm graves implicações para a democracia liberal. A partir do pontocomo criar um aplicativo de apostasvista das amizades, no entanto, elas não são novidade. Muito antes da internet, as interações sociais das pessoas eram amplamente confinadas a outras pessoas que pensavam como elas. Comunidades surgiamcomo criar um aplicativo de apostastornocomo criar um aplicativo de apostasambientes como cultos religiosos, equipes esportivas, localcomo criar um aplicativo de apostastrabalho e instituiçõescomo criar um aplicativo de apostasensino, alémcomo criar um aplicativo de apostasclasse social, gênero e etnicidade.
Então simplesmente não é verdade que, antes da amizade mediada pelo ambiente digital, as pessoas conheciam amigoscomo criar um aplicativo de apostastoda parte. Talvez nós todos estejamos perdendo alguma coisa com isso. Mas, mesmo se estivermos, o fatocomo criar um aplicativo de apostasa internet permitir nos conectarmos com pessoas semelhantes oferece grandes benefícios para as amizades. Permite que nós tenhamos acesso a redescomo criar um aplicativo de apostasapoio e solidariedade quecomo criar um aplicativo de apostasoutra forma poderiam não estar disponíveis, seja porque seria difícil encontrar pessoas com o mesmo tipocomo criar um aplicativo de apostasexperiências no mundo real ou porque as experiências compartilhadascomo criar um aplicativo de apostasquestão são tão íntimas que nós relutamoscomo criar um aplicativo de apostasdiscuti-las — uma relutância que é aliviada pela interação online.
Eu mesma dependo bastante deste tipocomo criar um aplicativo de apostascomunidade: por muitos anos, fiz partecomo criar um aplicativo de apostasum grupo privado do Facebookcomo criar um aplicativo de apostasmães solteiras trabalhando na universidade. As amizades que eu fiz — que estão espalhadas pelo mundo —, juntamente ao apoio que dei e recebi, foram extremamente positivas para a minha vida.
Parece plausível que a ideiacomo criar um aplicativo de apostasque as câmarascomo criar um aplicativo de apostaseco são prejudiciais às amizades seja baseada,como criar um aplicativo de apostasparte, num pontocomo criar um aplicativo de apostasvistacomo criar um aplicativo de apostasque amizade é — ou deveria ser — algo mais profundo do que interesses e experiências compartilhados.
Há muito tempo que nos emocionamos com históriascomo criar um aplicativo de apostasamizades e romances entre pessoascomo criar um aplicativo de apostasgrupos diversos, muitas vezes conflitantes. Romeu e Julieta, talvez o casal romântico mais emblemático, pertencia a famílias inimigas.
A amizade entre Nelson Mandela, enquanto estava preso por conspirar para derrubar o governo sul-africano do apartheid, e um jovem agente penitenciário, inicialmente pró-apartheid, chamou a atenção do público e foi temacomo criar um aplicativo de apostasum filme, Mandela - Luta pela liberdade.
Em 2014, a jornalista árabe-americana Sulome Anderson publicou no Twitter uma fotocomo criar um aplicativo de apostasbeijando o namorado judeu, enquanto segurava um cartaz com a mensagem "Judeus e árabes SE RECUSAM a ser INIMIGOS". A foto viralizou.
Estes exemplos mostram que somos cativados pela ideiacomo criar um aplicativo de apostasolhar para além das visões e interesses (talvez intragáveis) dos nossos amigos — e amar a pessoa por trás deles.
Sem dúvida, é verdade que as melhores amizades não dependemcomo criar um aplicativo de apostasinteresses comuns. Se você inicialmente se conectou comcomo criar um aplicativo de apostasamiga mais antiga devido à paixãocomo criar um aplicativo de apostascomum por "boy bands" americanas dos anos 1990, mas se distanciaram quando umacomo criar um aplicativo de apostasvocês perdeu interesse no grupo Boyz II Men, seria difícil não chegar à conclusãocomo criar um aplicativo de apostasque esta amizade não era muito profunda.
Isso não significa, porém, que haja algocomo criar um aplicativo de apostaserradocomo criar um aplicativo de apostasir atráscomo criar um aplicativo de apostasconexões baseadascomo criar um aplicativo de apostasinteresses comuns. Uma amizade profunda, carinhosa e acolhedoracomo criar um aplicativo de apostasmuitos anos não se torna menos profunda, carinhosa e acolhedora porque os amigoscomo criar um aplicativo de apostasquestão inicialmente se conectaram por meiocomo criar um aplicativo de apostassua obsessão por "boy bands".
Amizades por todos os lados…
O que dizer da ideiacomo criar um aplicativo de apostasque vivemos agoracomo criar um aplicativo de apostasum mundocomo criar um aplicativo de apostasque as amizades foram rebaixadas? Em que as redes sociais nos incentivam a valorizar quantidade,como criar um aplicativo de apostasvezcomo criar um aplicativo de apostasqualidade, e proteger imagenscomo criar um aplicativo de apostasperfeiçãocomo criar um aplicativo de apostasdetrimento da formaçãocomo criar um aplicativo de apostasconexões profundas e íntimas?
A preocupaçãocomo criar um aplicativo de apostasque a quantidadecomo criar um aplicativo de apostasamizades aconteça às custas da qualidade não é nova — como outras preocupações que já discutimos até agora.
Em uma obra intitulada On Having Many Friends ("Sobre ter muitos amigos",como criar um aplicativo de apostastradução literal), o filósofo grego Plutarco, que viveu no século 1, escreveu:
"Qual é então a moeda da amizade? É boa-vontade e graça, combinadas com virtude, e não há nadacomo criar um aplicativo de apostasmais raro na natureza. Significa, então, que uma forte amizade mútua com muitas pessoas é impossível, mas, assim como rios, cujas águas são divididas entre afluentes e canais, correm fracos e finos, também a afeição, naturalmente fortecomo criar um aplicativo de apostasuma alma, se partilhada entre muitas pessoas torna-se totalmente enfraquecida."
Dois mil anos depois, o grupo sueco Abba cantou: "Diantecomo criar um aplicativo de apostas20 mil dos seus amigos / Como alguém pode estar tão solitário?",como criar um aplicativo de apostasseu single Super Trouper,como criar um aplicativo de apostas1980.
Em 2009, Eoghan Quigg — um ex-participante do programacomo criar um aplicativo de apostastalentos britânico The X Factor — lançou um single, 28,000 Friends, com os versos como: "Você e seus 28 mil amigos / YouTube, Facebook, Myspace, IM" e "Como é se sentir solitário? / Tantos amigos que você não conhece".
De acordo com nossas linhas do tempo digitais, a referênciacomo criar um aplicativo de apostasQuigg ao Myspace é sinalcomo criar um aplicativo de apostascoisa antiga, mas nós podemos imaginar se a tecnologia que surgiu nas últimas duas décadas nos incentiva a espalhar nossas amizadescomo criar um aplicativo de apostasforma mais tênue do que nunca.
Será que Quigg tem mais motivos para reclamar disso do que Plutarco tinha? A resposta é que, enquanto evidências empíricas respaldam a alegaçãocomo criar um aplicativo de apostasque somos incapazescomo criar um aplicativo de apostaster muitas amizades próximas, está longecomo criar um aplicativo de apostasser claro que a capacidade das redes sociaiscomo criar um aplicativo de apostasmultiplicar nossas conexões sociais esteja reduzindo a qualidade das nossas amizades.
O antropólogo Robin Dunbar estudou grupos sociaiscomo criar um aplicativo de apostasvários séculos e descobriu que o númerocomo criar um aplicativo de apostasconexões sociais estáveis que os indivíduos conseguem manter tem permanecido relativamente constante,como criar um aplicativo de apostastornocomo criar um aplicativo de apostas150.
Este número — que acabou ficando conhecido como o Númerocomo criar um aplicativo de apostasDunbar — denota, mais ou menos, "o númerocomo criar um aplicativo de apostaspessoas às quais você não ficaria constrangidocomo criar um aplicativo de apostasse juntar, sem ser convidado, para um drinque caso esbarrasse com elascomo criar um aplicativo de apostasum bar".
Há subdivisões dentro disso. Cada umcomo criar um aplicativo de apostasnós tende a ter entre três e cinco pessoas que constituem "o pequeno núcleocomo criar um aplicativo de apostasgrandes amigos que procuramoscomo criar um aplicativo de apostasmomentoscomo criar um aplicativo de apostasdificuldades" e um "grupocomo criar um aplicativo de apostassimpatia",como criar um aplicativo de apostasentre 12 e 15 pessoas, "cuja morte amanhã o deixaria abalado".
Dunbar argumenta, no entanto, que nós simplesmente não temos capacidade cognitiva para ampliar estes grupos. "Se uma nova pessoa entra nacomo criar um aplicativo de apostasvida", explica Dunbar, "alguém tem que cair para outro nível para dar lugar para ela".
Como o númerocomo criar um aplicativo de apostasamigos que somos capazescomo criar um aplicativo de apostaster é limitado por nossa capacidade cognitiva, nem mesmo a facilidadecomo criar um aplicativo de apostasestabelecer conexões via internet pode nos permitir expandi-lo.
Ao comentar sobre as redes sociais, Dunbar afirma que "existe uma questãocomo criar um aplicativo de apostastorno do que realmente conta como amigo". Aqueles que têm um número grande — digamos, maiscomo criar um aplicativo de apostas200 — invariavelmente conhecem pouco ou nada sobre os indivíduos nacomo criar um aplicativo de apostaslista, acrescenta ele.
O fatocomo criar um aplicativo de apostasque o Númerocomo criar um aplicativo de apostasDunbar é — na visãocomo criar um aplicativo de apostasDunbar — limitado pela nossa capacidade cognitiva aponta para uma possível maneira como as amizades podem ser diferentes no futuro.
As capacidades cognitivas — incluindo atenção, memória, percepção e tomadacomo criar um aplicativo de apostasdecisões — estão relacionadas ao processamento mentalcomo criar um aplicativo de apostasinformação. Nós usamos várias estratégias e ferramentas que nos ajudam a melhorar essas capacidades. Tomamos café para ter mais concentração, usamos óculos para melhorar a visão, escrevemos listas para lembrarcomo criar um aplicativo de apostascoisas, e por aí vai.
Os ganhos que obtemos como resultado disso tudo são relativamente modestos e geralmentecomo criar um aplicativo de apostascurta duração. No entanto, muitos acreditam que, num futuro próximo, seremos capazescomo criar um aplicativo de apostasobter ganhos muito mais drásticoscomo criar um aplicativo de apostasnossas capacidades cognitivas, usando tecnologias como drogas, estimulação elétrica transcraniana, implantes cerebrais e engenharia genética. Os resultados podem fazer com que as capacidades cognitivas humanas superemcomo criar um aplicativo de apostasmuito qualquer coisa já vista antes.
Neste caso, talvez possamos ser capazescomo criar um aplicativo de apostasmanter amizades próximas com um número significativamente maiorcomo criar um aplicativo de apostaspessoas. Mas, considerando que mesmo versões cognitivamente avançadascomo criar um aplicativo de apostasnós mesmos seriam limitadas pelo númerocomo criar um aplicativo de apostashoras que temos para socializar, aumentar nosso númerocomo criar um aplicativo de apostasamigos próximos exigiria tirar mais intimidade do tempo que passamos com cada amigo.
Ou pode ser que o mundo cognitivamente avançado venha acompanhado por outras mudanças, como a redução das jornadascomo criar um aplicativo de apostastrabalho, o que poderia liberar mais tempo para passarmos com os amigos.
Por outro lado, mesmo com uma capacidade cognitiva para ter mais amizades próximas, talvez muita gente valorize ter menos amigos. Relações românticas oferecem uma analogia: ter a capacidadecomo criar um aplicativo de apostasmanter múltiplos parceiros aparentemente não resulta na maioria das pessoas querendo vivercomo criar um aplicativo de apostasforma não-monogâmica.
Então, as amizades num futuro cognitivamente avançado podem acabar sendo diferentes da forma como as amizades são agora — mas, da mesma maneira, podem acabar não sendo.
Pode parecer que, ao nos encorajar a usar o termo "amigo" para nos referir a centenas ou até mesmo milharescomo criar um aplicativo de apostaspessoas com quem temos apenas conexões bastante superficiais, as redes sociais (para usar a metáforacomo criar um aplicativo de apostasPlutarco) estão desvalorizando a moeda da amizade.
Amigoscomo criar um aplicativo de apostasFacebook são, no fim das contas, geralmente amigos apenas no nome — especialmente para aqueles usuários cujos amigos somam centenascomo criar um aplicativo de apostasmilhares.
Mas usar "amigo" para se referir a pessoas que alguém não conhece particularmente bem não é algo novo. Em seu estudo sobre conexões sociais na Inglaterra do século 18, Naomi Tadmor explica que, alguns séculos atrás, uma pessoa contaria como amigo não apenas indivíduos com quem teve relações emocionais relativamente íntimas, mas também família, trabalhadores domésticos, empregados, e por aí vai.
Ela cita a expressão "Sociedadecomo criar um aplicativo de apostasAmigos" — ainda hoje usada como um termo para os grupos religiosos Quakers — como um exemplo deste uso mais amplo da palavra.
Apesar das mudanças, ao longo dos anos, sobre se algumas pessoas com quem temos relações sociais relativamente vagas contam como amigos, o núcleo central tem se mantido estável.
As poucas pessoas que constituem o "pequeno núcleo"como criar um aplicativo de apostasDunbar e as cercacomo criar um aplicativo de apostasuma dúzia que compõem o "grupocomo criar um aplicativo de apostassimpatia" sempre contaram como amigos.
Mas mudançascomo criar um aplicativo de apostasnossas visões sobre o que devemos a nossos amigos sugerem o que pode acontecer com estes grupos menores, mais íntimos.
Considere nossas visões sobre lealdade. É importante ser leal a nossos amigos, mascomo criar um aplicativo de apostascontextos profissionais nós usamos termos como "favoritismo" e "nepotismo" para condenar a lealdade a amigos.
Tadmor explica que as coisas eram diferentes no passado. No século 18, na Inglaterra, servir a seus amigos era visto como uma virtude, inclusive na política.
Da mesma forma que oferecer um emprego na política a um amigo era uma virtude três séculos atrás, mas repreensível hojecomo criar um aplicativo de apostasdia, talvez algumas práticas que hoje contam como virtuosas serão um dia vistas como condenáveis.
Hoje ninguém levanta a sobrancelha para um advogado que oferece uma orientação gratuita a amigos (mas não para estranhos) ou um cabeleireiro que corta o cabelocomo criar um aplicativo de apostasum amigo (mas nãocomo criar um aplicativo de apostasum desconhecido) sem cobrar nada.
Oferecer a estranhos,como criar um aplicativo de apostasgraça, o tipocomo criar um aplicativo de apostasajuda pela qual eles normalmente teriamcomo criar um aplicativo de apostaspagar é um atocomo criar um aplicativo de apostasbondade, mas não é esperado ou exigido. As coisas podem mudar no futuro. Talvez oferecer uma habilidade a amigos, ao mesmo tempocomo criar um aplicativo de apostasque é negada a estranhos, seja visto como favoritismo daqui a alguns séculos.
Como seria um mundo futuro com diferentes ideias sobre o que devemos a nossos amigos? Bem, provavelmente não tão diferente do mundocomo criar um aplicativo de apostashoje. Isso também não significa que as amizades contemporâneas sejam iguais ao redor do mundo.
As amizadescomo criar um aplicativo de apostasculturas individualistas — típicascomo criar um aplicativo de apostaspaísescomo criar um aplicativo de apostasque o inglês é a primeira língua ecomo criar um aplicativo de apostasgrande parte da Europa Ocidental — diferemcomo criar um aplicativo de apostasvárias formas importantes das amizadescomo criar um aplicativo de apostaspaíses árabes, do Leste Asiático, africanos e latino-americanos, onde existe uma cultura mais coletivista.
Por exemplo, a reciprocidade entre amigos é tipicamente mais valorizadacomo criar um aplicativo de apostasculturas individualistas do que nas coletivistas. Enquanto os individualistas não gostamcomo criar um aplicativo de apostasficarcomo criar um aplicativo de apostasdívida com amigos por não ter retornado favores; os coletivistas não veem tais interaçõescomo criar um aplicativo de apostastermoscomo criar um aplicativo de apostasfavores — e,como criar um aplicativo de apostasvez disso, consideram aqueles que resistemcomo criar um aplicativo de apostasaceitar a ajudacomo criar um aplicativo de apostasamigos como distantes e egoístas.
Alguns comportamentos entre amigos que,como criar um aplicativo de apostasculturas individualistas, são vistos como interferências inapropriadas — como corrigir as anotações das aulascomo criar um aplicativo de apostasum amigo — são considerados atenciosos e carinhososcomo criar um aplicativo de apostasculturas coletivistas.
Aqueles que fazem partecomo criar um aplicativo de apostasculturas coletivistas tendem a confiar que suas amizades próximas vão prosperar sem ter que alimentá-las dizendo coisas positivas; como resultado, falam com seus amigos com uma franqueza que seria vista como friezacomo criar um aplicativo de apostasculturas individualistas.
Como diz o psicólogo Roger Baumgarte —como criar um aplicativo de apostascuja pesquisa sobre amizade entre culturas diferentes eu tirei estas observações —, estas diferenças culturais revelam que até mesmo o que significa ser um amigo próximo variacomo criar um aplicativo de apostasacordo com a cultura.
O futuro da amizade
Que lição deveríamos tirar disso tudo? Os meios e as tecnologias que viabilizam as amizades podem mudar, mas muita coisa permanece igual.
Os telefonemas e as cartas escritas à mãocomo criar um aplicativo de apostasalgumas décadas atrás podem parecer mais saudáveis que as trocascomo criar um aplicativo de apostasWhatsAppcomo criar um aplicativo de apostashojecomo criar um aplicativo de apostasdia, mascomo criar um aplicativo de apostasfunção é semelhante.
Isso pode ser chocante: quando vejo meus filhos debruçados sobre seus iPads, tenho que me lembrar que, embora possam parecer distantes e solitários, a maior parte do tempo que passam diante da tela envolve, na verdade, interação com amigos.
Apesarcomo criar um aplicativo de apostasser tentador trancar seus aparelhos eletrônicos para sempre e mandá-los pular corda no quintal, fazer isso provavelmente faria com que fossem excluídoscomo criar um aplicativo de apostasuma comunidade importante.
E, embora passar o tempo todo grudado no celular não seja uma receita para uma vida gratificante, tampouco é passar o tempo todo escrevendo cartas. As crianças estão bem.
* Rebecca Roache é filósofa na faculdade Royal Holloway, da University of London, no Reino Unido, e apresentadora do podcast The Academic Imperfectionist. Este texto foi adaptadocomo criar um aplicativo de apostasum ensaio da Future Morality (ed. David Edmonds), publicado pela editora Oxford University Press.
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