Por que as estaçõesbets365brtrem do Japão são iluminadasbets365brazul:bets365br
Um estudobets365br2017 reforçou essa tese: mostrou que indivíduos que passaram por estresse psicológico voltaram mais rápido a um estadobets365brrelaxamento quando deitarambets365bruma sala com iluminação azul.
Michiko Ueda, da Universidadebets365brWaseda,bets365brTóquio, ouviu falar sobre os experimentos realizados pelas empresas ferroviárias nas plataformas das estações e foi informada que as lâmpadas azuis provaram ser um sucesso.
Ueda estuda os diversos fatores que podem estar influenciando as taxasbets365brsuicídio do Japão - como a economia, desastres naturais e até mesmo discussões sobre suicídiobets365brcelebridades no Twitter.
Mas ela admite quebets365brprimeira reação às alegações das empresas ferroviárias foibets365brceticismo.
"Achei que devíamos acompanhar e decidi entrarbets365brcontato com a empresa ferroviária para perguntar se eles poderiam fornecer os dados", explica.
Após analisar 10 anosbets365brdados sobre suicídiosbets365br71 estaçõesbets365brtrem japonesas, Ueda e seus colegas descobriram evidências do efeito da iluminação sobre os passageiros. Eles identificaram uma reduçãobets365br84% nas ocorrências - percentual que logo foi amplamente divulgado.
Infelizmente, a história não termina por aqui. Quando as reportagens sobre a descoberta foram publicadas, Masao Ichikawa, da Universidadebets365brTsukuba, no Japão, revisou os dados. Ele destacou que era importante distinguir entre dados coletados durante o dia e à noitebets365brestaçõesbets365brtrem ao ar livre. Durante o dia, as luzes podem facilmente passar despercebidas ou até mesmo ser desligadas.
Ichikawa também analisou uma medida conhecida como "intervalobets365brconfiança". As análises estatísticas sempre carregam uma incerteza inerente sobre um resultado particular - como o tamanho desse efeito - e o intervalobets365brconfiança expressa a possível variação desses valores.
O pesquisador percebeu que o intervalobets365brconfiança da pesquisabets365brUeda era bem amplo: 14% a 97%.
"Estatisticamente é muito instável", diz ele.
Isso significa que o efeito real (da iluminação azul) poderia ter sido muito menor. Ou seja, a redução nos suicídios poderia serbets365br14% - ainda uma mudança significativa, mas não tão grande quanto a cobertura da imprensa havia sugerido.
Ele esperava que seu estudo, publicadobets365brresposta à pesquisa original no ano seguinte, desconstruísse a ideiabets365brque as luzes azuis eram um meiobets365brintimidação milagroso - quebets365bralguma forma elas tinham um efeito extraordinário sobre as pessoas que estavam pensandobets365brse suicidar.
A instalaçãobets365brbarreirasbets365brproteção e portas automáticasbets365brsegurança ao longo do vão das plataformas pode ser muito mais útil, na opiniãobets365brIchikawa. No entanto, ele reconhece que custam muito mais caro do que lâmpadas azuis. Mas pode valer a pena se o efeito da iluminação for realmente mínimo.
Desde a publicação do seu artigo, Ueda ficou impressionada com o númerobets365brpedidosbets365brinformaçãobets365brempresas ferroviáriasbets365brtodo o mundo - inclusive da Suíça, Bélgica e Reino Unido.
"Foi incrível", diz ela.
Já existem pelo menos dois exemplosbets365briluminação azul no Reino Unido - na passarelabets365bruma estação na Escócia e na estaçãobets365brtrem do aeroportobets365brGatwick.
Mas Ueda não é defensora do sistema. "Sempre que alguém me perguntar se deve instalar luzes azuis ou portas automáticasbets365brsegurança na plataforma, responderei imediatamente: 'Você deve colocar portasbets365brsegurança na plataforma'", diz ela.
Embora esteja ciente da questão do custo associado às portas automáticasbets365brsegurança, ela reitera que é importante entender que o efeito das lâmpadas azuis pode ser mais sutil do que alguns imaginam - e ainda não sabemos exatamente o impacto desta iluminação.
Por exemplo, talvez a instalaçãobets365brluzes novas e fortes - independentemente da cor - tenha levado as pessoas a se tornarem mais autoconscientes, mudando assim seu comportamento, sugere Ueda. E talvez depoisbets365bralgum tempo, as luzes azuis - sendo eficazes na prevenção do suicídio - fracassem, porque as pessoas vão se acostumar a elas.
Ueda está agora conduzindo um novo estudo para medir o impacto psicológico da iluminação azul, mas já existem resultados conflitantes sobre o tema.
O artigobets365br2017 mencionado acima sugere a ideiabets365brque as luzes azuis poderiam acalmar, mas Stephen Westland, especialistabets365brcores e design da Universidadebets365brLeeds, no Reino Unido, diz que a iluminação pode não influenciar outro fator importante - a impulsividadebets365bralguém.
Experimentos realizados por seu ex-alunobets365brdoutorado Nicolas Ciccone mostraram que, embora os participantes tenham relatado que se sentiam mais ou menos impulsivosbets365bracordo com a corbets365brluz que iluminava o ambiente, as avaliações comportamentais e neurológicas não indicaram nenhum efeito mais profundo.
Um teste, que previa analisar comportamentobets365brrisco, pedia aos participantes para encher um balão virtual clicandobets365brum botão. Os cientistas prometeram a eles uma recompensabets365brdinheiro, caso conseguissem evitar que o balão estourasse.
"Cada clique apresentava um risco maior, mas também maior potencialbets365brrecompensa", observa o estudo.
"Não conseguimos nenhuma evidência que eu possa colocar a mão na consciência e dizer que a luz azul ou a luz vermelha deixam você mais impulsivo", explica Westland.
E embora a terapia com luz seja consagrada como um tratamento para o transtorno afetivo sazonal, não significa necessariamente que mudanças no humor dessa ordem possam influenciar uma tentativabets365brsuicídio.
"Não há necessariamente uma relação com as atitudes que você pode tomar", diz ele.
Isso não significa que as pessoas não devem esperar que maneiras inovadorasbets365brlidar com o problema do suicídio no Japão sejam encontradas. Afinal, o país está entre os 20 do mundo com os índices mais altosbets365brsuicídio - um problema que muitos japoneses estão tentando combater e solucionar.
O número totalbets365brsuicídios diminuiu nos últimos anos - caiubets365br34,5 milbets365br2003 para 21 milbets365br2017. Mas tem aumentado entre os jovens.
"É difícil descrever, é muito triste", diz Ichikawa.
Pode ser que a iluminação azul afete indivíduos com pensamentos suicidas, mas, até o momento, a ciência apresentou resultados pouco conclusivos. Como a própria Ueda diz, "não quero que as pessoas pensem que as luzes azuis são a solução".
"Vou repetir, as pessoas devem adotar várias medidas, e as portas automáticasbets365brsegurança da plataforma são provavelmente as mais eficazes."
bets365br Leia a versão original bets365br desta reportagem (em inglês) no site BBC Future bets365br .
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