É possível mudar a menteroleta playtechum psicopata?:roleta playtech

Psicopatas

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Legenda da foto, Psicopatas parecem processar informações sobre castigo e recompensaroleta playtechuma maneira diferente do resto das pessoas

Pedro, porroleta playtechvez, exibe sintomasroleta playtechpersonalidade antissocial: uma condição caracterizada por impulsividade e agressão. "A típica violência do indivíduo antissocial e não psicopata é causada por emoções fortes e é impulsiva ou reativa", diz Blumenthal.

Homem com garrafa quebrada

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Legenda da foto, Pessoas com transtornoroleta playtechpersonalidade antissocial são movidas por emoções fortes e podem agirroleta playtechmaneira violenta ou impulsiva

Há chanceroleta playtechreabilitação?

Dois homens violentos, duas motivações bem diferentes - mas o sistema criminalroleta playtechjustiça muitas vezes os trata da mesma maneira. Apesarroleta playtechambos serem violentos e, portanto, apresentarem um risco à sociedade, com taxas altasroleta playtechreincidência, isso pode ser um erro. Cada vez mais pesquisas sugerem que seus cérebros funcionamroleta playtechmaneiras bastante distintas. Isso pode significar que eles precisamroleta playtechtipos diferentesroleta playtechreabilitação se algum dia forem voltar às ruas.

Com issoroleta playtechmente, especialistas estão tentando criar novos tratamentos para infratores violentos reincidentes.

O psiquiatra americano Hervey M. Cleckley formalizou o conceitoroleta playtechpsicopataroleta playtech1941 com seu livro The Mask of Sanity ("A Máscara da Sanidade",roleta playtechtradução literal), que tinha como base entrevistas com presosroleta playtechprisõesroleta playtechalta segurança. "Ele identificou um gruporoleta playtechpessoas que pareciam muito perturbadas, mas que desafiavam a categoria padrãoroleta playtechdesordem mental", diz Blumenthal.

A psicopatia é diagnosticada usando uma ferramentaroleta playtechavaliação que classifica pessoasroleta playtechacordo com uma sérieroleta playtechcritérios. Os que estão acimaroleta playtechcerto limite são oficialmente classificadasroleta playtechpsicopatas - apesarroleta playtecha psicopatia ser um espectro eroleta playtechque a maioria dos psicopatas não são criminosos violentos (aliás, muitos são extremamente bem-sucedidos no mundo dos negócios). No entanto, aqueles que são tendem a ser criminalmente versáteis. "Eles geralmente são infratoresroleta playtechvárias categorias diferentes", diz Blumenthal.

Entre os infratores violentos na prisão, apenas uma minoria pode ser classificada como psicopata. Um estudo britânico recente estima que exista uma prevalênciaroleta playtechcercaroleta playtech8% dos presos e 2% das presas, outro estima que sejam 31% dos infratores homens violentos e 11% das presas.

Prisão

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Legenda da foto, Entre os infratores violentos presos, apenas uma minoria pode ser classificada como psicopata

Claramente, portanto, a psicopatia não explica todos os crimes violentos. Mas, uma vez que um psicopata esteja na prisão, é importante descobrir como melhor reabilitá-lo: eles têm até quatro vezes mais chancesroleta playtechreincidência do que os não psicopatas.

O transtornoroleta playtechpersonalidade antissocial (TPA) é muito mais comum que a psicopatia - afeta entre 50 e 80% da população encarceradaroleta playtechgeral. "Dizem que buscar esse transtorno nas prisões é como buscar 'palharoleta playtechum palheiro'", diz Blumenthal.

Apesarroleta playtechpessoas com TPA parecerem despreocupadas e agradáveis, diante do conflito elas podem facilmente surtar e se tornar assustadoras. "Elas são o grupo esquentadinho", diz Nigel Blackwood, um professor da universidade Kings College,roleta playtechLondres. "Elas ficam frustradas e irritadas, veem ameaças onde não existem e surtam ou se tornam agressivas para resolver seus problemas."

Em uma minoriaroleta playtechcasos, infratores violentos são diagnosticados com TPA e psicopatia. Blackwood e seus colegas identificaram diferenças nos cérebros dessas pessoas que os separamroleta playtechinfratores apenas com TPA e dos sem qualquer distúrbio. "As diferenças estãoroleta playtecháreas-chave do cérebro que estão envolvidas com o pensamento sobre nossas reputações sociais e com o uso do medo para determinar nossos comportamentos", diz Blackwood.

Homem sendo preso

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Legenda da foto, Muitos criminosos violentos podem ter TPA e psicopatia

Psicopatas parecem processar informações sobre castigo e recompensaroleta playtechuma maneira diferente do restante das pessoas. A maioria das crianças passa por uma faseroleta playtechbater ou morder outras crianças, masroleta playtechalgum momento aprendem que é um comportamento inapropriado que será punido.

Os psicopatas, porém, parecem relativamente inabaláveis com a punição, o que os torna muito difíceisroleta playtechadministrar. "Nossos experimentos indicam que a questão que caracteriza os psicopatas não é não ser capazroleta playtechusar a informação do castigo para definir seu comportamento", diz Blackwood. "Nosso estudo sugere que os psicopatas processam a puniçãoroleta playtechuma maneira bem diferente". Ele acredita que isso pode ter implicações importantes para reabilitação e que seja possível fazer programas para esses "grupos separáveis".

Considerando seu sistema incomumroleta playtechrecompensa no cérebro, uma estratégia pode ser encorajar outras atividades para prevenir a reincidência, diz Blackwood, como um emprego ou um hobby. Mas ele adverte que "ainda é muito, muito cedo" para saber se isso pode funcionar.

Terapiaroleta playtechgrupo

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Legenda da foto, Terapiaroleta playtechgrupo pode ajudar pessoas a entender melhor por que elas se comportamroleta playtechcerta maneira

Reconstituição das atividades violentas

Outras pesquisas mais avançadas sugerem intervenções com foco nos infratores com TPA. Estudos sugerem que essas pessoas têm dificuldadesroleta playtechler expressões faciais e apresentam outras limitações na 'mentalização':roleta playtechcapacidaderoleta playtechentender tanto as suas quanto as ações dos outrosroleta playtechtermosroleta playtechseus pensamentos, sentimentos, desejos, crenças e desejos. Isso não apenas pode fazer com que eles interpretem ações como mais ameaçadoras do que elas realmente sejam, mas também fazer com que seja mais difícil regular essas emoções porque elas têm dificuldaderoleta playtechentender seus próprios sentimentos.

Peter Fonagy, um psicólogo clínico e psicanalista da University College London coordena um testeroleta playtechterapia grupal com base na mentalização com infratores violentos que foram postosroleta playtechliberdade condicional - a maioria tem TPA. Toda semana, eles se encontram e discutem assuntos que são importantes para eles, com o objetivoroleta playtechintroduzir um entendimento com mais nuancesroleta playtechsua posição e daqueles ao seu redor.

"Nós estamos tentando apertar um tiporoleta playtechbotãoroleta playtechpausaroleta playtechmentalização: dizer 'ok, espera um pouco, o que realmente aconteceu aqui?'", explica Fonagy. Reconstruir o acontecido mentalmente muitas vezes faz com que o calor do momento dissipe, reduzindo a vontaderoleta playtechfazer algo no impulso.

Fonagy e seus colegas já conseguiram usar a mentalização para ajudar pessoas com outra desordem, o Transtornoroleta playtechPersonalidade Borderline (TPB), que é caracterizado por instabilidade emocional e automutilação frequente. Um estudo diz ter encontrado melhoras no humor e funcionalidade interpessoal até oito anos depois do tratamento com mentalização.

Homem espia na janela

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Legenda da foto, Cientistas estão buscando novos tratamentos para infratores reincidentes

Pesquisadores na Espanha estão dando um passo à frente e encorajando infratores violentos a experimentar as reações emocionaisroleta playtechsuas vítimas na própria pele. Na Universidaderoleta playtechBarcelona, Mel Slater e Mavi Sánchez-Vives têm trabalhado com homens que cometeram violência doméstica e aceitaram participarroleta playtechum programaroleta playtechreabilitação comunitáriaroleta playtechvezroleta playtechir para a prisão - a oferta foi feita apenas aos réus primários.

Como parte desse programa, os homens passam por uma sessãoroleta playtechrealidade virtual na qual eles são um avatar feminino e encontram um avatar masculino agressivo. O homem criticaroleta playtechaparência, joga um telefone contra a parede e invade seu espaço pessoal. "É comum assistir a vídeos ou fazer teatro durante programasroleta playtechtratamento, mas essa é uma experiência mais intensa", diz Sánchez-Vives.

Antes e depois da sessão, é feito um teste para avaliar se os agressores conseguem reconhecer emoções como medo no rosto das mulheres. A habilidaderoleta playtechreconhecer medo melhorou com a intervenção. "Acreditamos que experimentar essa emoção neles mesmos os ajuda a entender -roleta playtechuma maneira implícita - o que realmente estava acontecendo durante esse tiporoleta playtechconfronto", diz Slater.

Apesarroleta playtecheles não terem comprovado se essas mudanças são duradouras, outros estudosroleta playtechrealidade virtual sugerem que elas podem ser. Por exemplo, Slater mediu o efeitoroleta playtechuma pessoa branca "ser personificada" no corporoleta playtechuma negra e descobriu que isso reduz o viésroleta playtechraça, uma forma inconsciente e muitas vezes não intencionalroleta playtechracismo. Essa redução se manteve quando os participantes foram testados uma semana depois. "Isso não comprova que o efeito se manteria para violênciaroleta playtechgênero, mas ao menos aponta nessa direção", diz Slater.

Não se sabe, porém, se estratégiasroleta playtechcultivoroleta playtechempatia funcionariam com psicopatas. Tratamentos que envolvem conversas demandam motivação, colaboração e participação emocional, mas os psicopatas não dispõemroleta playtechum leque normalroleta playtechemoções. Eles podem se ver como superiores aos seus colegasroleta playtechprisão e terapeutas, e debocham ou os comprometemroleta playtechoutras maneiras. "Se você colocá-losroleta playtechuma situaçãoroleta playtechtratamentoroleta playtechgrupo, há um riscoroleta playtechque irão corrompê-la", diz Blumenthal. "Eles são muito difíceisroleta playtechlidar."

Psicopata

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Legenda da foto, Os psicopatas muitas vezes são charmosos, manipuladores e podem ter dificuldaderoleta playtechsentir empatia

Em seu livro Assessing Risk ("Calulando Riscos",roleta playtechtradução livre), Bluementhal descreve um psicopata, Sid, com um históricoroleta playtechatacar mulheres jovens vulneráveis eroleta playtechabusarroleta playtechsuas crianças. Ele foi transferido ao albergueroleta playtechliberdade condicional onde Blumenthal trabalhou. "Ele é uma das pessoas mais charmosas e manipuladoras que eu já conheci", diz Blumenthal. Um mês mais tarde, Sid desapareceu com a faxineira do local, "uma mulher aparentemente estável e confiável". Ela havia sido avisada sobre ele.

"Eu não quero comprometer o tratamento totalmente porque a maioria dos programas são muito básicos e é preciso muito trabalho nessa área. Mas essas pessoas precisamroleta playtechum bom tempo para ficarem melhor e elas precisam escolher o tratamento elas mesmas", diz Blumenthal. "Eu acho que também precisamos aceitar que há pessoas resistentes ao tratamento que são muito difíceisroleta playtechserem atingidas."

Talvez exista mais esperançaroleta playtechreconhecer pessoas jovens com traços psicopatas para mudar a trajetóriaroleta playtechseu desenvolvimento. Estudos indicam que a psicopatia tem um efeito herdado e que crianças com níveis altos dos chamados "traços insensíveis" têm um risco maiorroleta playtechse tornarem adultos psicopatas.

A ideiaroleta playtechque a psicopatia possa ser identificada na infância continua controversa, mas evidências apontam que há fatoresroleta playtechrisco claros. Tanto psicopatia como TPA também estão associados a um históricoroleta playtechnegligência e abuso na infância. E, enquanto crianças emocionalmente reativas tendem a responder bem a limites firmes, crianças não emocionais são menos responsivas.

É por isso que intervenções podem funcionar: pesquisas recentes sugerem que eles podem ser mais suscetíveis a intervenções que focamroleta playtechcomportamento positivo do que sendo punidas por comportamentos ruins. O que parece estarroleta playtechacordo com os resultadosroleta playtechBlackstock sobre adultos psicopatas.

Crianças brigando

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Legenda da foto, A maior parte das crianças passa por uma parteroleta playtechbater ou morder outras crianças, mas uma hora ou outra aprendem que isso não é apropriado

"Se você pode construir aquela parte do cérebro que quer os mesmos tiposroleta playtechrecompensa que você tem ao agradar o outroroleta playtechvezroleta playtechsimplesmente conseguir o que você quer, então você provavelmente tem uma chance melhorroleta playtechsucesso", diz Graham Music, um psicoterapeutaroleta playtechcrianças e adultos que trabalha com Blumenthal na Clínica Portman.

Essas crianças também demonstram déficits na habilidaderoleta playtechler os estados emocionais alheios, mas pesquisas sugerem que essa habilidade possa ser melhorada ao ensiná-los a olhar nos olhos dos outros, o que pode aumentar os níveisroleta playtechempatia e laços emocionais.

É por isso que intervenções antecipadas são chave: o cérebro é mais maleável durante a infância. Isso traz seus próprios desafios, considerando que essas crianças não necessariamente passaram pelo consultórioroleta playtechum psicólogo.

"As crianças que geralmente chegam a nós são as que estão reagindo, jogando coisas, chutando as pessoas, gritando, entrandoroleta playtechbrigas", diz Music. Crianças insensíveis, por outro lado, são vistas como "agressivas felizes" porque elas parecem inabaláveis pela violência.

A evidência crescenteroleta playtechque infratores violentos não são um "monolito" exige uma estratégia com mais nuances. Parte do desafio é identificar as pessoas que parecem que vão se beneficiar mais do tratamento e apoiarroleta playtechtentativaroleta playtechmudar. Pode ser que algumas pessoas não possam ser salvas, mas muitas outras podem estar ao alcance. "Eu realmente acredito que a biologia é maleável e eu prefiro não desistir das pessoas", diz Fonagy.