A possibilidade cada vez mais realcódigos promocionais betanotermos zoológicoscódigos promocionais betanoanimais extintos:códigos promocionais betano

Mamutes

Crédito, SPL

Legenda da foto, Seria possível clonar um mamute?

Um parquecódigos promocionais betanodinossauros, por outro lado, ainda permanece uma fantasia. A desextinção continua sendo um desafio e não está claro se o DNAcódigos promocionais betanodinossauros poderia ser recuperado. Com a tecnologia atual, amostrascódigos promocionais betanoDNA só podem ser usadas por 1 milhãocódigos promocionais betanoanos – neste sentido, teoricamente poderíamos clonar um Homemcódigos promocionais betanoNeandertal, mas não um tricerátops que viveu há 65 milhõescódigos promocionais betanoanos.

Amostra laboratorial

Crédito, SPL

Legenda da foto, Pesquisador colhe amostrecódigos promocionais betanotecidocódigos promocionais betanomamute congelado

O DNA dos mamutes é mais acessível. Cientistas possuem amostras congeladas da criatura e podem implantar o material genéticocódigos promocionais betanoelefantes, que são geneticamente muito parecidos. Apesar disso, há um problema: não vamos conseguir trazer os mamutescódigos promocionais betanovolta a habitats que se pareçam aos originais, onde eles poderiam se reproduzir naturalmente.

Mas os cientistas poderiam,códigos promocionais betanoúltima análise, ser capazescódigos promocionais betanofazer isso com outras espécies que foram extintas mais recentemente – como os pombo-passageiros. Isso envolveria o mapeamento do genoma completa desse animal, para então modificar o genoma do pombo comumcódigos promocionais betanoforma a que ele se pareça ao do pombo-passageiro. Assim, teríamos uma espécie extinta clonada.

Daqui dez anos

A ciência percorreu um longo caminho desde que a ovelha Dolly foi clonadacódigos promocionais betano1996, diz a professoracódigos promocionais betanobiotecnologia Cindy Tian, da Universidadecódigos promocionais betanoConnecticut, nos Estados Unidos, que está pesquisando DNA baseado no núcleo por meio da clonagem.

Cientistas vêm tentando implantar embriõescódigos promocionais betanorinocerontes brancoscódigos promocionais betanouma barrigacódigos promocionais betanoaluguel – algo não menos polêmico. Um híbridocódigos promocionais betanoum mamute-elefante poderia, assim, estar próximocódigos promocionais betanose materializar.

Pelas estimativascódigos promocionais betanoTian, se houver vontade política e financiamento suficientes, demoraria apenas dez anos para que pudéssemos ver animais raros e ameaçadoscódigos promocionais betanoextinção espalhados pelos zoológicos do mundo.

Estamos na metade do caminho. Em 2000, o Zoológicocódigos promocionais betanoSan Diego, nos Estados Unidos, planejou exibir um gauro clonado (bisão indiano) apelidadocódigos promocionais betanoNoah, mas ele morreucódigos promocionais betanoinfecção depoiscódigos promocionais betanodois dias.

O zoo abrigou, posteriormente, Jahava, um banteng (um tipocódigos promocionais betanogado selvagem do Sudeste Asiático), por sete anos, até que o animal quebrou uma das patas e tevecódigos promocionais betanoser submetido à eutanásia.

Jahava e Noah foram clonados usando célulascódigos promocionais betanoum departamentocódigos promocionais betanoamostrascódigos promocionais betanopele congeladas a partircódigos promocionais betanoanimais ameaçadoscódigos promocionais betanoextinção.

Questãocódigos promocionais betanodinheiro

Neste sentido, os principais obstáculos podem ser financeiros e políticos,códigos promocionais betanovezcódigos promocionais betanocientíficos, diz Tian.

Uma das principais barreiras são as taxascódigos promocionais betanomortalidade dos animais clonados, que são muito altas. Os motivos não são inteiramente conhecidos, mas provavelmente incluem erroscódigos promocionais betanoreprogramação: essencialmente, o núcleo do óvulo da doadora carrega um tipocódigos promocionais betanomemória genética que resiste à substituição por um material genético novo.

Animais clonados por meio desse processo, conhecido como transferência nuclearcódigos promocionais betanocélulas somáticas (TNCS, na siglacódigos promocionais betanoinglês), "têm que sobreviver a esse primeiro choque depois do nascimento", diz Tian. "Se eles sobreviverem, são geralmente saudáveis", completa.

Há também preocupações éticas sobre criar animais com alta chancecódigos promocionais betanomorte prematura ou estresse. Ainda assim, questionamentos similares podem ser levantados sobre como reproduzimos rebanhos. E as taxascódigos promocionais betanosucesso estão aumentando. Em 1996, cientistas usaram 277 embriões clonados para conseguir criar a ovelha Dolly.

"Agora, se você clona gado, você pode transferir 100 embriõescódigos promocionais betanogado clonados e obtercódigos promocionais betano10 a 20 animais clonados", diz Tian. "Essa é uma mudança magnífica", acrescenta.

Rinoceronte

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Legenda da foto, Muitas espécies estão hoje ameaçadascódigos promocionais betanoextinção

Ainda assim, as altas taxascódigos promocionais betanomortalidade significam que a clonagem permanece um processo muito caro. O único uso produtivo atual da clonagemcódigos promocionais betanoanimais é para touros premiados, cujo material genético é valioso para os fazendeiros.

Tian calcula que o custo da clonagemcódigos promocionais betanoum único touro écódigos promocionais betanopelo menos US$ 15 mil (R$ 53 mil). Clonar animais selvagens ou ameaçadoscódigos promocionais betanoextinção poderia ser até mais caro, à medida que temos menos informação sobre eles e poucas espécies usadas para testes.

Turismo para os ricos

Neste sentido, do pontocódigos promocionais betanovista científico, há uma possibilidade real maiorcódigos promocionais betanoclonar animais ameaçadoscódigos promocionais betanoextinção do que propriamente extintos.

Se isso acontecer, muitoscódigos promocionais betanonós não terão muito contato com esses animais clonados no dia a dia. Mas um setor que possibilitaria aos não cientistas interagir com clones é o turismo para os ricos.

Se o Instagram já está repletocódigos promocionais betanousuários que adoram compartilhar fotos sobre suas viagens, tal tendência só deve se acentuar caso esse cenário se torne realidade, acredita Daniel Wright, professorcódigos promocionais betanoadministraçãocódigos promocionais betanoturismo na Universidadecódigos promocionais betanoCentral Lancashire, no Reino Unido, e autorcódigos promocionais betanoum artigo sobre clonagem e turismo.

Neste momento, foodies aventureiros comem fugu no Japão, embora certas espécies estejam ameaçadas pela sobrepesca (e apesar da natureza venenosa desses peixes).

Bantengue

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Legenda da foto, Bantengue, também conhecido como tembadau, é uma espéciecódigos promocionais betanogado selvagem nativo do sudeste da Ásia

Paradoxalmente, o governo da Namíbia faz leilõescódigos promocionais betanoautorizações todos os anos para caçar o rinoceronte negro, atualmente ameaçadocódigos promocionais betanoextinção, sob a justificativacódigos promocionais betanoque o dinheiro é essencial para programascódigos promocionais betanoconservação e que apenas rinocerontes não reprodutores podem ser caçados.

A clonagem poderia, por exemplo, tornar as duas experiências acessíveis a mais visitantes.

E, claro, zoos e parquescódigos promocionais betanosafáricódigos promocionais betanotodo o mundo já exibem animais ameaçadoscódigos promocionais betanoextinção. Muitos deles participamcódigos promocionais betanoprogramascódigos promocionais betanobiodiversidade com o objetivocódigos promocionais betanoimpedir que animais ameaçados sejam totalmente extintos, oucódigos promocionais betanose tornarem perigosamente endogâmicos, dado que há muito poucos exemplares vivos da espécie. Um exemplo são as doninhas-de-patas-pretas.

Sendo assim, pode-se argumentar que o usocódigos promocionais betanotecnologiacódigos promocionais betanoclonagem para finscódigos promocionais betanoturismo é, embora dispendioso, não muito diferente do pontocódigos promocionais betanovista ético. Se é politicamente incorreto defender um zoológico que mantém animaiscódigos promocionais betanocativeiro, a clonagem não muda tal paradigma.

Fugu

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Legenda da foto, Fugu é um tipocódigos promocionais betanopeixe servido vivo no Japão

Animais e tecnologia

Carrie Friese, socióloga da universidade London School of Economics (LSE)códigos promocionais betanoLondres e autora do livro Cloning Wild Life ("Clonando Vida Selvagem",códigos promocionais betanotradução livre), é uma das interessadas no assunto.

Friese diz que, nos zoológicos tradicionais, os animais são as estrelas; eles são o motivo pelo qual as pessoas frequentam esses locais. Mas, no futuro,códigos promocionais betanoparquescódigos promocionais betanoconservação com animais clonados, ela imagina que o foco será a tecnologia, não os animais.

Neste sentido, a finalidade desses locais seria não só se maravilhar com os bichos, mas também celebrar a engenhosidade humana: "Basicamente, iríamos a esses lugares não apenas para ver ao vivo um animal já extinto, mas celebrar a ciência que o trouxecódigos promocionais betanovolta à vida".

Girafa

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Legenda da foto, Clonagemcódigos promocionais betanoanimais ganha cada vez mais espaço

Como Tian, Friese imagina que experiências como essa vão atrair turistas. Algumas pesquisascódigos promocionais betanoopinião mostram, por exemplo, que os americanos defendem mais a tecnologiacódigos promocionais betanoclonagem quando usadas para conservação do que para qualquer outra finalidade.

As duas pesquisadoras também acreditam que vamos clonar animaiscódigos promocionais betanoextinção para servircódigos promocionais betanoalimento.

O estudo desenvolvido por Tian mostrou que a carne e o leite produzidos por bovinos clonados são seguros para consumo humano e são amplamente indistinguíveiscódigos promocionais betanoprodutos animais não clonados.

Ela diz se lembrarcódigos promocionais betanoprovar carnecódigos promocionais betanoum touro negro clonado no Japão: "A carne era deliciosa. Muitas pessoas ficaram na fila por alguns segundos."

Mas ampliar a ofertacódigos promocionais betanoalimentos não é a principal finalidade da clonagemcódigos promocionais betanoanimais neste momento, e algumas pessoas podem estar preocupadas com a segurançacódigos promocionais betanose comer alimentos clonados.

Assim, o cenário mais provável para o futuro do turismocódigos promocionais betanoanimais clonados continua sendo um parque (talvez não um Jurassic Park).

No entanto, como Friese ressalta, as práticascódigos promocionais betanoclonagem levantam questões complicadas sobre autenticidade e ética.

Um íbex-dos-pirineus clonado, cujo DNA nuclear é combinado com ocódigos promocionais betanocabras domésticas, seria um verdadeiro íbex? Poderia um animal clonadocódigos promocionais betanouma espécie selvagem ser considerado selvagemcódigos promocionais betanosi? E se zoológicos e parquescódigos promocionais betanosafári com acesso à mais recente biotecnologia se tornarem repletoscódigos promocionais betanoanimais clonados no futuro, qual seria o impacto nos paísescódigos promocionais betanobaixa renda que atualmente dependem do turismo baseadocódigos promocionais betanoanimais selvagens?

Esses aspectos são nebulosos, mas uma coisa é clara. O hypecódigos promocionais betanotornocódigos promocionais betanoum processo biotecnológico custoso não deve descartar completamente a preservação do habitat e as práticascódigos promocionais betanoconservação testadas e comprovadas.

Como diz Wright, "os humanos devem apoiar e implementar medidas que visem a preservação dos ambientes naturais e garantir que animais e espécies não sejam extintos".