O surpreendente lado positivo - e até social - da selfie:bonus casino sem deposito
Jovem ou velho, você não pode culpar as pessoas por querer aceitação, e agora isso está a um toquebonus casino sem depositodistância.
Espelho
Em 2013, Eler escreveu um artigo para o site Hyperallergic com o título "As Políticas Feministas das #Selfies", focandobonus casino sem depositomulheresbonus casino sem depositocor e selfies,bonus casino sem depositoresposta a um artigo postado no blog feminino Jezebel que sugeria que as selfies eram um grito desesperadobonus casino sem depositoajuda.
"Será que podemos falar sobre o que as #selfies significam para pessoas que nunca tiveram uma chancebonus casino sem depositose enxergar na grande mídia?", escreveu a escritora feministabonus casino sem depositolivrosbonus casino sem depositoquadrinho Mikki Kendallbonus casino sem depositoseu Twitterbonus casino sem depositonovembro daquele mesmo ano.
Por mais que postar selfies publicamente sempre acabe expondo as pessoas a discursobonus casino sem depositoódio e assédio, isso também as conecta a uma rede globalbonus casino sem depositoapoiobonus casino sem depositopotencial. Com a popularização da selfie, imagensbonus casino sem depositopessoas marginalizadas que antigamente ficavambonus casino sem depositofora dos principais canaisbonus casino sem depositocomunicação se tornaram icônicas.
Desde 2013, quando 'selfie' foi nomeada a palavra do ano pelo Dicionáriobonus casino sem depositoOxford, esses autorretratos contemporâneos se tornaram onipresentesbonus casino sem depositouma épocabonus casino sem depositoque visibilidade às vezes é considerada um sinônimobonus casino sem depositopoder político.
Movimentosbonus casino sem depositoresistência e protestos tomaram novas formas desde então. Eles são menos sobre marchar com placas ou organizaçãobonus casino sem depositocomunidades e mais sobre fluidez descentralizada ou ser vistobonus casino sem depositovárias plataformas online.
"Seu objetivo é ganhar visibilidadebonus casino sem depositouma lógica diferente - usando imagens comuns, táticas, hashtags, políticasbonus casino sem depositoidentidade e eventos icônicos", escreveu a acadêmica Irmgard Emmelhainzbonus casino sem depositouma publicação chamada e-flux.
O outro lado
É claro que há um problema que se tornou muito evidente nos últimos anos: vigilância.
Apesarbonus casino sem depositorevelaçõesbonus casino sem depositoespionagem pela Agência Nacionalbonus casino sem depositoSegurança (NSA na siglabonus casino sem depositoinglês)bonus casino sem depositoamericanos comuns, ou o fatobonus casino sem depositoque nossas informações pessoais são coletadas e vendidas por grandes corporaçõesbonus casino sem depositorede sociais, isso não parece nos impedirbonus casino sem depositopostar nossos momentos mais pessoais para todos verem.
Nós amamos tirar selfies, mesmo que nossas imagens sejam monetizadas para o lucro dos outros, toda atividade online seja monitorada e todos nossos movimentos verificados pelas mesmas ferramentas que nos conectam.
"A ameaça não é tão digital quanto é pessoal", escreve Eler. Há uma atitude generalizadabonus casino sem deposito"eu não tenho nada a esconder", mas essa realidade é diferente para os mesmos ativistas e artistas que podem ser empoderados pela visibilidade que as selfies oferecem.
Trabalhar sob as limitações impostas pela vigilânciabonus casino sem depositoum momentobonus casino sem depositoque visibilidade é vista como poder político força movimentos dissidentes a ser mais fluidos embonus casino sem depositoestratégia porque suas impressões digitais podem ser usadas contra eles, mesmo que a tecnologiabonus casino sem depositohoje seja agora umabonus casino sem depositosuas ferramentas mais importantes.
Nós vemos isso no movimentobonus casino sem depositojornalismo cidadão, seja com um vídeobonus casino sem depositosmartphone ou um policial branco atirando e matando um homem negro ou vídeos com as últimas palavrasbonus casino sem depositocidadãos na guerra da Síria - essa nova "vigilância da selfie" resultoubonus casino sem depositoalgumas das mais comoventes documentaçõesbonus casino sem depositomomentos políticos da história.
Eler cita os protestosbonus casino sem depositoStanding Rock - quando a companhia americana Energy Transfer pretendia construir uma oleoduto gigante, mas encontrou resistência da comunidade indígena americana.
A poeta Lakota Oglala e o ativista Mark Tilsen passaram mesesbonus casino sem depositoStanding Rock, e ele falou a Eler sobre a constante vigilância que havia lá nas mãos da empresa 'contraterrorismo' Tigerswan, contratada pela Energy Transfer.
Quando eles conseguiam fazer alguma ligação, às vezes dava para ouvir uma respiração profunda ao fundo, diz Tilsen - seus telefones foram grampeados. Quando começaram a circular rumoresbonus casino sem depositoque a polícia estava usando check-ins do Facebook para vigiar os que estavam no localbonus casino sem depositoprotesto, maisbonus casino sem depositoum milhãobonus casino sem depositopessoas no mundo inteiro fizeram check-inbonus casino sem depositoStanding Rockbonus casino sem depositosolidariedade aos manifestantes.
O que lembra uma postagem recente no Instragam do artista Glenn Ligon:bonus casino sem depositouma capturabonus casino sem depositotelabonus casino sem depositoseu iPhone, vemos a imagembonus casino sem depositoum menubonus casino sem depositorede sem fio e a primeira rede diz "Vanbonus casino sem depositoVigilância do FBI #9013C".
Realmente havia uma vanbonus casino sem depositovigilância do FBI? Não sabemos. Mas esses compartilhamentos e check-ins também podem ser vistos como selfies mais sofisticadas, diz Eler. Sob vigilância e talvez até perigo físico, as selfies são uma maneirabonus casino sem depositodizer "eu estou aqui, eu estou vivo e não tenho medo".
Como selfies e ativismo online podem fazer a diferença? Em uma entrevistabonus casino sem depositodezembrobonus casino sem deposito2017 ao príncipe Harry para um programa da BBC Radio 4, o ex-presidente americano Barack Obama disse que, para que os movimentos digitais realmente terem um impacto no "mundo real", as comunidades precisam "ir para o offline".
É fácil ser um troll cheiobonus casino sem depositoódio ou um ativistabonus casino sem depositooposição protegido pelo anonimato da internet, disse Obama ao príncipe, mas quando você senta com alguém, as complexidades do seu ser se tornam mais aparentes, e você pode ser capazbonus casino sem depositose conectar com alguém inesperado.
Se não, nossas ideias são apenas reforçadas pelo loop das respostas nas redes sociais.
Selfie-retrato
Alguns artistas rapidamente viram na selfie um rico materialbonus casino sem depositotrabalho.
Em 2003, Ryan McGinley ficou famoso com seu primeiro show solo, The Kids Are Alright ("As Crianças Estão Bem",bonus casino sem depositoportuguês), no Museu Whitneybonus casino sem depositoArte Americana,bonus casino sem depositoNova York, e foi um dos artistas mais jovens a se apresentar nessa instituiçãobonus casino sem depositoprestígio.
Muitos desaprovaram a controversa matéria orgânica do trabalho, mas muitos outros adorarambonus casino sem depositocrueza, que trazia um retratobonus casino sem depositouma certa cultura jovem distópicabonus casino sem depositoNova York e dos EUA. Entre seus trabalhos, McGinley também virou a câmera para si e tirou autorretratos no estilo do que mais tarde ficou conhecido como selfie.
Apesar desse registrobonus casino sem deposito2003, apenasbonus casino sem deposito2006 a socialite Paris Hilton inventou a selfie com Britney Spears - segundo ela mesmo diz - e registrou o jornal The New York Times.
Mais recentemente, houve uma polêmica envolvendo o artista Richard Prince e suas apropriaçõesbonus casino sem depositoselfies do Instagram, que foram impressas e vendidas por centenasbonus casino sem depositomilharesbonus casino sem depositodólares, com preços parecidos com os da arte contemporânea da Galeria Gagosian, até que ele foi processado por infringir direitosbonus casino sem depositoautoriabonus casino sem depositoimagem pelo fotógrafo Donald Graham.
O caso ainda está sendo julgado. Porém, certamente ambos se beneficiaram com caso, que vai à raiz da antiga questão do que pode ser considerado arte.
Para além das polêmicas, artistas mais jovens estão tomando iniciativas mais brandasbonus casino sem depositorelação à selfie.
Em seu livro, Eler se refere a uma geraçãobonus casino sem depositoartistas como Peregrine Honig, que criou uma exibiçãobonus casino sem depositopinturas especialmente com o objetivobonus casino sem depositotirar selfies, e Brannon Rockwell-Charland, que usa selfies para criarbonus casino sem depositopersona online.
"Selfies me dão uma sensaçãobonus casino sem depositocontrole diante da sempre iminente fetichização do corpo da mulher negra", diz Rockwell-Charland.
Para seu projeto 400 Nudes, a artista Jillian Mayer buscou selfiesbonus casino sem depositopessoas nuas na internet e colocou seu próprio rosto sobre elas.
A selfie serve como uma metáfora para um momento único quando, como disse Franciscobonus casino sem depositoGoya embonus casino sem depositosérie Os Desastres da Guerra (1814), "a verdade morreu". As selfies e a cultura da internet questionam a premissa básicabonus casino sem depositoautenticidade, como se reflete nas artes e na política hoje.
A "pós-verdade" e as "fake news" não são conceitos novos, e ferramentas como as selfies, as redes sociais ou big data não podem ser culpados pela nossa estranha realidade. Mas talvez elas possam nos ajudar a entendê-la.
- bonus casino sem deposito Leia a versão original desta reportagem (em inglês) bonus casino sem deposito no site da BBC Culture