O que hábetano br aviatorconcreto sobre os males e benefícios trazidos pelas redes sociais:betano br aviator
Na pesquisa, com amostragembetano br aviator1,8 mil pessoas, as mulheres se mostraram mais estressadas que os homens. O Twitter foi considerado um "grande contribuidor" disso porque aumentavabetano br aviatorconsciência do estresse alheio.
Mas o Twitter também foi visto como um canal para desabafar - e quanto mais as mulheres o usavam, menos estressadas elas se mostravam. O mesmo efeito não aconteceu nos homens, que tinham uma relação mais distanciada com as redes sociais, segundo os cientistas. De modo geral, os pesquisadores concluíram que o usobetano br aviatorredes sociais estava ligado a "níveis relativamente mais baixos"betano br aviatorestresse.
Humor
Em 2014, pesquisadores na Áustria descobriram que os entrevistados reportaram um mau humor mais significativo depoisbetano br aviatorusar o Facebook por 20 minutosbetano br aviatorcomparação com aqueles que apenas fizeram pesquisas na internet. O estudo sugeriu que as pessoas se sentem assim porque veem a atividade como um desperdíciobetano br aviatortempo.
Aliás, bom ou mau humor podem se espalhar entre as pessoas nas redes sociais, segundo estudiosos da Universidade da Califórnia que avaliaram conteúdos emocionaisbetano br aviatormaisbetano br aviator1 bilhãobetano br aviatoratualizaçõesbetano br aviatorstatusbetano br aviatormaisbetano br aviator100 milhõesbetano br aviatorusuáriosbetano br aviatorFacebook entre 2009 e 2012.
Até critérios meteorológicos foram observados. Um diabetano br aviatortempo ruim aumentava o númerobetano br aviatorposts negativosbetano br aviator1%, e os pesquisadores descobriram que um post negativobetano br aviatoralguémbetano br aviatoruma cidade chuvosa influenciava outros 1,3 postsbetano br aviatoramigos vivendobetano br aviatorcidades com tempo seco. A boa notícia é que posts felizes tinham uma influência mais forte - cada um deles inspirava outro 1,75 post feliz. No entanto, não está claro se um post feliz equivale a uma melhoria real do humor.
Ansiedade
Pesquisadores observaram a ansiedade geral provocada pelas redes sociais, caracterizada por sentimentosbetano br aviatorpreocupação e inquietude, alémbetano br aviatordificuldade para dormir e se concentrar. Um estudo publicado no periódico Computers and Human Behaviour apontou que as pessoas que dizem usar sete plataformasbetano br aviatorredes sociais ou mais tinham, no mínimo, três vezes mais chancebetano br aviatorapresentar sintomasbetano br aviatoralto nívelbetano br aviatoransiedade comparadas às pessoas que usam entre 0 e 2 plataformas.
Não se sabe exatamente, no entanto, como as redes sociais causam ansiedade. Cientistas da Universidadebetano br aviatorBabes-Bolyai, na Romênia, avaliaram pesquisas sobre a relação entre ansiedade e redes sociaisbetano br aviator2016 e disseram que os resultados são mistos. Eles concluíram que é necessário realizar mais estudos.
Depressão ou apoio?
Algumas pesquisas apontaram uma ligação entre depressão e usobetano br aviatorredes sociais, mas há dados recentes sobre como as redes sociais podem na verdade serem usadas para o bem.
Dois estudos envolvendo maisbetano br aviator700 estudantes apontaram que sintomasbetano br aviatordepressão, como baixo astral e sentimentosbetano br aviatordesesperança e desvalorização, estavam ligados à qualidade das interações online. Os pesquisadores apontaram níveis mais elevadosbetano br aviatorsintomas depressivos entre aqueles que tinham mais interações negativas.
Um estudo parecido, conduzidobetano br aviator2016 e envolvendo 1,7 mil pessoas, indicou um risco três vezes maiorbetano br aviatordepressão e ansiedade entre as pessoas que mais usam plataformasbetano br aviatorredes sociais. Os motivos para isso, sugerem os pesquisadores, incluem cyberbullying, ter uma visão distorcida da vida das outras pessoas e a sensaçãobetano br aviatordesperdíciobetano br aviatortempo.
Os cientistas estão estudando também como as redes sociais podem ser utilizadas para diagnosticar depressão, o que pode ajudar as pessoas a receber um tratamento mais cedo. Pesquisadores da Microsoft avaliaram 476 pessoas e analisaram seus perfis do Twitterbetano br aviatorbuscabetano br aviatorlinguagem depressiva, estilo linguístico, engajamento e emoção. Para isso, eles desenvolveram um esquemabetano br aviatorclassificação que pode prever com precisão um diagnósticobetano br aviatordepressão antes que ele provoque sintomasbetano br aviatorcada 7betano br aviator10 casos.
Pesquisadores das Universidadesbetano br aviatorHarvard e Vermont analisaram as fotos no Instagrambetano br aviator166 pessoas para criar uma ferramenta parecida com a mesma taxabetano br aviatorsucesso.
Sono e luz
Os humanos costumavam passar suas noites na escuridão, mas agora estamos cercadosbetano br aviatorluz durante todo o dia e toda a noite. Um pesquisa apontou que isso pode inibir a produção corporal do hormônio melatonina, o que facilita o sono - e a luz azul, emitida pelos celulares e telasbetano br aviatorlaptop, é apontada como a principal culpada. Em outras palavras, se você deitabetano br aviatorseu travesseiro à noite checando seu Facebook ou o Twitter, você está destinado a um sono sem descanso.
No ano passado, cientistas da Universidadebetano br aviatorPittsburgh perguntaram a 1,7 mil jovens entre 18 e 30 anosbetano br aviatoridade sobre suas redes sociais e seus hábitosbetano br aviatorsono. Eles encontraram uma ligação entre redes sociais e problemasbetano br aviatorsono - e concluíram que a luz azul tinha um papel nisso. A frequência com que eles se logavam nos sites,betano br aviatorvez do tempo gasto nos sites, era um indicadorbetano br aviatorproblemas no sono, sugerindo "uma verificação obsessiva", disseram os pesquisadores.
Os cientistas disseram que isso pode ser causado por excitação fisiológica antes do sono, e que as luzes brilhantes dos aparelhos podem atrasar o ritmo circadiano (regulado por nosso ciclo biológico). Mas eles não conseguiram esclarecer se as redes sociais prejudicavam o sono ou se as pessoas com sono prejudicado passavam mais tempo nas redes sociais.
Mapeando vícios
Apesarbetano br aviatoralguns cientistas argumentarem que tuitar pode ser mais difícilbetano br aviatorresistir do que cigarros e álcool, o vício nas redes sociais não está incluído nos mais recentes manuaisbetano br aviatordiagnósticobetano br aviatordoençasbetano br aviatorsaúde mental.
As redes sociais estão mudando mais rápido do que os cientistas conseguem acompanhar, e por isso vários grupos estão tentando estudar comportamentos compulsivos relacionados ao seu uso - por exemplo, cientistas holandeses criarambetano br aviatorprópria escala para identificar um possível vício.
E se o víciobetano br aviatorredes sociais realmente existe, seria um tipobetano br aviatorvíciobetano br aviatorinternet - e essa é uma doença já classificada. Em 2011, Daria Kuss e Mark Griffiths da Universidade Trent,betano br aviatorNottingham (no Reino Unido), analisaram 43 estudos anteriores sobre o assunto e concluíram que o víciobetano br aviatorrede social é um problemabetano br aviatorsaúde mental que "pode" exigir tratamento profissional.
Eles descobriram que o uso excessivo resultavabetano br aviatorproblemasbetano br aviatorrelacionamentos, pior desempenho acadêmico e menor participaçãobetano br aviatorcomunidades offline - alémbetano br aviatorapontar que os mais vulneráveis a se viciarbetano br aviatorredes sociais geralmente eram os dependentesbetano br aviatorálcool, os mais introvertidos e aqueles que usam as redes sociais para compensar menos laços na "vida real".
Autoestima
Há tempos pesquisa-se a possibilidadebetano br aviatorrevistas femininas, com suas fotosbetano br aviatormodelos retocadas digitalmente, criarem problemasbetano br aviatorautoestimabetano br aviatormulheres jovens. Porém, agora, combetano br aviatorprofusãobetano br aviatorfotos com filtrosbetano br aviatorpessoas bonitas e felizes festejando ou passando fériasbetano br aviatorlocais paradisíacos, as redes sociais estão se tornando a maior preocupação entre grupos ativistas e ONGs.
As redes sociais fazem maisbetano br aviatormetadebetano br aviatorseus usuários se sentirem inadequados, segundo uma pesquisa com 1,5 mil pessoas da ONG Scope, e metade dos jovens com idades entre 18 e 34 anos dizem que o material disponível online os faz se sentirem não atraentes.
Um estudobetano br aviator2016, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), apontou que ver selfies alheias reduz a autoestima porque as pessoas se comparam às fotosbetano br aviatorpessoas aparentando o máximobetano br aviatorfelicidade. Uma pesquisa das Universidadesbetano br aviatorStrathclyde,betano br aviatorOhio, ebetano br aviatorIowa também descobriu que as mulheres se comparam negativamente a selfiesbetano br aviatoroutras mulheres.
Mas não são apenas as selfies que têm potencial para diminuir a autoestima. Um estudo com mil usuários suecos do Facebook apontou que as mulheres que passavam mais tempo na rede social disseram se sentir menos felizes e confiantes. "Quando os usuários do Facebook comparam suas vidas às dos outros, com suas carreiras aparentemente melhores e seus relacionamentos felizes, eles podem sentir que suas vidas são piores por comparação", concluiu o estudo.
Outra pesquisa, no entanto, apontou que ver o seu próprio perfil, e não o dos outros, pode aumentar a autoestima. Pesquisadores da Universidade Cornell,betano br aviatorNova York, colocaram 63 estudantesbetano br aviatordiferentes grupos. Alguns se sentaram com um espelho diantebetano br aviatoruma telabetano br aviatorcomputador, por exemplo, enquanto outros se sentaram diantebetano br aviatorseu próprio perfil no Facebook.
O Facebook teve um efeito positivo na autoestimabetano br aviatorcomparação com outras atividades que aumentavam a autoconsciência. Espelhos e fotos, explicaram os pesquisadores, fazem-nos comparar com padrões sociais, enquanto ver nossos próprios perfis pode aumentar nossa autoestima porque é mais fácil controlar como nos apresentamos ao mundo.
Bem-estar
Em um estudobetano br aviator2013, pesquisadores enviaram mensagens a 79 participantes, cinco vezes ao dia por 14 dias, perguntando a eles como se sentiam e quanto haviam usado o Facebook desde a última mensagem. Quanto mais tempo as pessoas passavam no site, pior elas se sentiam depois, ebetano br aviatorsatisfação com a vida ia diminuindo com o tempo.
Mas outra pesquisa descobriu que, para algumas pessoas, as redes sociais podem aumentar o bem-estar. Os pesquisadoresbetano br aviatormarketing Jonah Berger e Eva Buechel descobriram que as pessoas que são emocionalmente instáveis têm uma tendência maior a postar sobre suas emoções, o que pode ajudá-las a receber apoio e se recuperar após experiências negativas.
De maneira geral, os efeitos das redes sociais no nosso bem-estar são ambíguos, segundo um artigo escrito recentemente por pesquisadores holandeses. No entanto, eles sugerem que há indícios do impactobetano br aviatorum grupo específicobetano br aviatorpessoas: as redes sociais têm um efeito mais negativo no bem-estar daqueles que estão mais isolados socialmente.
Relacionamentos
Se você já passou pela experiênciabetano br aviatorfalar com um amigo que fica grudado no celular, você pode se perguntar o que as redes sociais estão fazendo com os relacionamentos.
Até mesmo a mera presençabetano br aviatorum celular pode interferir com as nossas interações, especialmente quando estamos falando sobre algo importante, segundo um pequeno estudo. Para escrever um artigo publicado no Journal of Social and Personal Relationships, pesquisadores deram a 34 paresbetano br aviatorpessoas a tarefabetano br aviatorconversar por 10 minutos sobre algo interessante que aconteceubetano br aviatorsuas vidas recentemente. Cada par sentoubetano br aviatorsalas privadas e metade deles tinha um celular sobre a mesa.
Os que tinham um celular à vista eram menos positivos ao lembrarbetano br aviatorsuas interações, tinham conversas menos significativas e disseram se sentir menos próximosbetano br aviatorseus parceiros do que os outros, que tinham um laptop sobre a mesa.
Relacionamentos amorosos também não estão imunes. Pesquisadores da Universidadebetano br aviatorGuelph (Canadá) entrevistaram 300 pessoas com idades entre 17 e 24 anosbetano br aviator2009 sobre os ciúmes que sentiam quando estavam no Facebook, fazendo perguntas como "qual é a probabilidadebetano br aviatorvocê ficar com ciúmes ao ver seu companheiro adicionar alguém do sexo oposto?"
As mulheres passam muito mais tempo no Facebook que os homens e sentiam mais ciúmes ao fazê-lo. Os pesquisadores concluíram que eles "achavam que o ambiente do Facebook criava esses sentimentos e aumentava preocupações sobre a qualidadebetano br aviatorseu relacionamento".
Inveja
Em um estudo com 600 adultos, quase um terço disse que as redes sociais traziam emoções negativas - principalmente frustração - e a inveja era a principal causa. Isso era provocado pela comparação da própria vida com a dos outros, e o principal causador eram as fotosbetano br aviatorviagem alheias. A sensação causa uma "espiral" na qual as pessoas reagem à inveja postando mais e mais conteúdos como os que lhe causaram invejabetano br aviatorprimeiro lugar.
No entanto, a inveja não é necessariamente uma emoção destrutiva - muitas vezes ela pode nos fazer se esforçar mais, segundo pesquisadores das universidadesbetano br aviatorMichigan e Wisconsin-Milwaukee. Eles pediram a 380 alunos para olhar para "fotos provocadorasbetano br aviatorinveja" e textos do Facebook e do Twitter, incluindo posts sobre comprar bens caros, viajar e se casar. Mas o tipobetano br aviatorinveja que os pesquisadores encontraram foi a "inveja do bem", que é a que faz as pessoas se esforçarem mais, segundo os pesquisadores.
Solidão
Um estudo publicado no Jornal Americanobetano br aviatorMedicina Preventiva pesquisou recentemente 7 mil jovens com idades entre 19 e 32 anos, e descobriu que aqueles que passavam mais tempo nas redes sociais tinham duas vezes mais chancesbetano br aviatorse sentirem isolados socialmente, o que pode incluir uma faltabetano br aviatorsensobetano br aviatorpertencimento social, engajamento com outros e relacionamentos gratificantes.
Passar mais tempo nas redes sociais, segundo os pesquisadores, poderia afastar interações pessoais diretas e fazer as pessoas se sentirem excluídas.
"Exposição a representações tão altamente idealizadas das vidas dos outros pode provocar sentimentosbetano br aviatorinveja e uma crença distorcidabetano br aviatorque os outros têm vidas mais felizes e bem-sucedidas, o que pode aumentar o sentimentobetano br aviatorisolamento".
Conclusões?
Está evidentebetano br aviatormuitas áreas que não há dados o suficiente para chegar a conclusões sólidas. No entanto, as evidências apontam para um caminho: as redes sociais afetam as pessoasbetano br aviatormaneiras diferentes, dependendobetano br aviatorcondições pré-existentes e traçosbetano br aviatorpersonalidade.
Assim como a comida, os jogosbetano br aviatorazar e outras tentações da vida moderna, o uso excessivobetano br aviatoralgo não será recomendado para algumas pessoas. Mas, ao mesmo tempo, seria errado dizer que as redes sociais são algo ruim universalmente, porque elas claramente trazem uma miríadebetano br aviatorbenefícios a nossas vidas.
- betano br aviator Leia a versão original desta reportagem (em inglês) betano br aviator no site da BBC Future