Quais as chancesm.green betsvocê ter um sósia – e chegar a conhecê-lo?:m.green bets
Probabilidade rara?
Dizem que todos nós temos um sósia - alguém que é uma cópia perfeitam.green betsvocê, com os olhos dam.green betsmãe, o narizm.green betsseu pai e aquelas sardas que você queria tirar há anos. A ideia povoa o imaginário popular há milênios. É o temam.green betsuma das obras mais antigas da literatura, Gilgamesh.
Mas será mesmo verdade? Vivemosm.green betsum planeta com maism.green bets7 bilhõesm.green betspessoas, portanto provavelmente alguém por aí tem o mesmo rosto que você, não? Bem, a resposta é mais complicada do que parece.
Na realidade, até pouco tempo atrás ninguém havia tentado descobrir. Até que, no ano passado, a pesquisadora australiana Teghan Lucas, da Universidadem.green betsAdelaide, decidiu testar o riscom.green betsconfundir um inocente com um assassino.
Munidam.green betsuma coleçãom.green betsfotografiasm.green betsfuncionários das Forças Armadas americanas, Lucas analisou a fundo os rostosm.green betsquase 4 mil pessoas. Ela mediu as distâncias entre partes fundamentais da face, como os olhos e as orelhas. A seguir, ela calculou a probabilidadem.green betsos rostosm.green betsduas pessoas serem semelhantes.
O que ela descobriu pode ser uma boa notícia para o sistema judicial, mas deve decepcionar aqueles que estãom.green betsbuscam.green betsseus sósias: as chancesm.green betsapresentar oito dimensõesm.green betsrosto iguais àsm.green betsuma outra pessoa sãom.green betsmenosm.green betsumam.green bets1 trilhão. Ou seja, mesmo com 7,4 bilhõesm.green betspessoas no planeta, haveria apenas uma chancem.green bets135m.green betsse encontrar um único parm.green betssósias.
"Antes você podia até se perguntar se um réu seria mesmo inocente e estaria sendo confundido com o verdadeiro criminoso. Mas agora podemos dizer que as chancesm.green betsisso acontecer são ínfimas", afirma Lucas.
Além disso, a enorme variedadem.green betsaspectos humanos se resume a muito mais do que oito traços. Para Lucas, é mais provável que ninguém tenha um sósia.
'Soma das partes'
Mas a história não acaba por aqui. O estudo se baseoum.green betsmedidas exatas. Se suas orelhas medem 59 milímetros e am.green betsseu sósia, 60 milímetros, a semelhança entre vocês não seria levadam.green betsconsideração.
Existe outra maneiram.green betspensar na possibilidadem.green betsexistir um sósia. E tudo depende da definição do que é um sósia: "é alguém parecido com outro ser humano ou alguém parecido com outro segundo um softwarem.green betsreconhecimento facial?", indaga David Aldous, estatístico da Universidade da Califórniam.green betsBerkeley.
O canadense François Brunelle, que fotografou maism.green bets200 paresm.green betssósias para seu projeto intitulado I'm not a look-alike ("Não sou um sósia"), concorda. "Para mim, um sósia é alguém que você vê e pensa que se tratam.green betsum conhecido. É uma soma das partes", define.
Quando vistos separadamente, as pessoas que ele retratou parecem clones perfeitos. "Mas quando você as vê lado a lado, você percebe que eles não são tão parecidos assim", diz.
Percepção cerebralm.green betsum rosto
Mas se pequenos detalhes não são importantes, será que a possibilidadem.green betster um sósia parece mais real?
Para descobrir, precisamos entender o que acontece quando reconhecemos um rosto familiar.
Nosso cérebro guarda rostos mais como um mapa do que com uma imagem. Quando você encontra um amigo na rua, o cérebro imediatamente começa a reconhecer suas características individualmente - como se estivesse reconhecendo a Itáliam.green betsum mapa apenas porm.green betsforma.
Mas e se a pessoa cortou o cabelo ou está usando maquiagem? Para assegurar que as característicasm.green betsalguém possam ser reconhecidasm.green betsqualquer contexto, o cérebro emprega uma área conhecida como os giros temporais para juntar todas as peças. Se você estivesse olhando para um mapa, teria que procurar a fronteira com a França e um litoral para se certificarm.green betsque se trata da Itália.
Essa percepção "da soma das partes" é o que faz o fatom.green betsreconhecer amigos algo bem mais preciso do que se suas características fossem avaliadas isoladamente. Isso também disfarça a importânciam.green betsalguns dos detalhes mais sutis.
"A maioria das pessoas se concentram.green betscaracterísticas como a linha dos cabelos, o tipom.green betscabelo e as sobrancelhas", diz Nick Fieller, estatístico do Projetom.green betsReconhecimento Facial por Computador. Outros estudos mostram que reparamos primeiro nos olhos, na boca e no nariz, nessa ordem.
Portanto, trata-se apenasm.green betsdescobrir a probabilidadem.green betsque outra pessoa tenha as mesmas versões que você. "Há uma quantidade determinadam.green betsgenes que especificam o formato do rosto e bilhõesm.green betspessoas, então é possível que existam indivíduos extremamente parecidos", afirma Winrich Freiwald, que estuda percepção facial na Universidade Rockefeller. "Alguém que tenha um rosto 'normal' pode ter facilidadem.green betsencontrar sósias."
Pensemosm.green betsum homem com o cabelo curto e loiro, olhos castanhos, um nariz carnudo, um rosto arredondado e barba. É difícil encontrarmos pesquisas sobre a prevalência dessas características, mas já se sabe que 55% da população mundial tem olhos castanhos.
Além disso, maism.green betsumam.green betscada dez pessoas tem o rosto arredondado, segundo uma pesquisa realizada por uma fabricantem.green betscosméticos. Um estudo com fotos tiradas na Europa em.green betsIsrael identificaram os narizes carnudos como os mais comuns (24,2%).
Finalmente, os cabelos: uma pesquisa realizada com 24,3 mil visitantesm.green betsum parque temático na Flórida mostrou que 82% dos homens tinham cabelos curtos. Mas loiros naturais seriam apenas 2%.
E a Grã-Bretanha é a capital mundial da barba, já que umm.green betscada seis apresenta uma barba completa.
Um simples cálculo revela que a probabilidadem.green betsuma pessoa ter todas essas características ém.green betsumam.green bets100 mil.
Isso daria ao nosso amigo nada menos do que 74 mil possíveis sósias. Claro que a prevalência desses dados não é global, então trata-sem.green betsum número impreciso. Mas levando-sem.green betsconta a quantidadem.green betssósiasm.green betsfamosos pelo mundo, pode ser que o número esteja bem próximo.
Então qual a probabilidadem.green betsque todos nós tenhamos um sósia por aí? A maneira mais simplesm.green betsadivinhar seria estimar o númerom.green betspossíveis rostos e compará-lo com o númerom.green betspessoas vivas hoje.
Fieller acredita que há boas chances. "Acho que a maioria das pessoas tem um rosto que pode ser encontradom.green betsoutros indivíduos, a menos que possuam feições verdadeiramente peculiares", diz.
Fascínio e empatia
E por que esse assunto é tão fascinante?
Brunelle acredita que conhecer alguém que se parece conosco nos ajuda a formar um laço instantâneo por causa das feiçõesm.green betscomum. O fotógrafo conta que recebe milharesm.green betspedidosm.green betspessoas buscando seus sósias, principalmente da China, onde até pouco tempo atrás as famílias não podiam ter maism.green betsum filho.
Na área científica, pesquisas mostram que temos a tendênciam.green betsjulgar pessoas parecidas conosco como sendo mais confiáveis e atraentes.
Pode ser que esse interesse também venham.green betsnossos antepassados,m.green betsuma épocam.green betsque a semelhança facial era um bom indicadorm.green betsproximidade. No mundo globalizadom.green betshoje, no entanto, essa noção é equivocada.
"É perfeitamente possível que duas pessoas com rostos semelhantes tenham DNAs completamente diferentes, enquanto um parm.green betsindivíduos compatíveis geneticamente pode ser distintos fisicamente", explica a geneticista Lavinia Paternoster, da Universidadem.green betsBristol.
Por isso, antesm.green betscomeçar a sonhar com a ideiam.green betstrocarm.green betspapel com seu possível "gêmeo", lembre-sem.green betsque há outros aspectos que podem denunciá-lo. Douglas, nosso britânico que encontrou um sósia no avião, destaca ser bem mais baixo do que ele.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site da BBC Future.