Como o lixo que produzimos consegue chegar ao ‘lugar mais isolado da Terra’:como aposta pixbet

Ponto Nemo

Crédito, Timwi

Legenda da foto, Batizadocomo aposta pixbet'Ponto Nemo', local fica a 1,6 mil quilômetroscomo aposta pixbettrês ilhas

Cemitério espacial

Mir

Crédito, NASA/Alamy

Legenda da foto, Destroços da estação espacial Mir estão espalhados pela regiãocomo aposta pixbettorno do Ponto Nemo

Por causa disso, toda a regiãocomo aposta pixbettorno do lugar é bastante conhecida dos astrônomos. As agências espaciais da Europa, da Rússia e do Japão o utilizam há muitos anos como "lixão" porque é o ponto do planeta com menos habitantes humanos e uma das rotascomo aposta pixbetnavegação mais tranquilas.

Cientistas acreditam que maiscomo aposta pixbetcem naves e equipamentos espaciais descontinuados agora ocupem esse "cemitério",como aposta pixbetsatélites expirados à falecida estação espacial Mir.

Segundo a arqueóloga espacial Alice Gorman, da Universidade Flinders, na Austrália, esses destroços estãocomo aposta pixbetpedaços e espalhados pelo leito do oceano.

"Naves espaciais não sobrevivem inteiras à reentrada na atmosfera", afirma. "A maioria se incendia por causa do intenso calor. Os componentes que resistem melhor são tanquescomo aposta pixbetcombustível e veículoscomo aposta pixbetpressão, geralmente feitoscomo aposta pixbetligacomo aposta pixbettitânio ou fibracomo aposta pixbetcarbono."

Enquanto os fragmentos menores da Mir acabaram pegando fogo, as partes maiores teriam sido levadas pelas correntes marítimas até as praias das ilhas Fiji, enquanto o resto da navecomo aposta pixbet143 toneladas afundou.

"Assim como navios naufragados, esses destroços criam habitats que acabam sendo colonizados por seres que vivem naquela profundidade", diz ela. "A menos que haja vazamentocomo aposta pixbetcombustível residual, não há riscos para a vida marinha".

Habitat extremo

'Histrio histrio'

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, Um peixe da espécie Histrio histrio nada pertocomo aposta pixbetuma cordacomo aposta pixbetplástico

E quem é que realmente vive no Ponto Nemo?

Segundo o oceanógrafo Steven D'Hondt, da Universidadecomo aposta pixbetRhode Island (EUA), provavelmente não muitos seres.

Isso ocorre porque o ponto fica dentro do giro do Pacífico Sul, uma enorme corrente oceânica rotatória que é limitada pela Austrália e pela América do Sul, pela linha do Equador e pela forte corrente circumpolar antártica.

As águas do giro são estáveis, com uma temperaturacomo aposta pixbet5,8ºC na superfície, segundo dados coletados pela Nasa (agência espacial americana). A corrente rotatória impede a entradacomo aposta pixbetáguas mais quentes e ricascomo aposta pixbetnutrientes.

Além disso, como a região é tão isolada da terra firme, o vento não leva muita matéria orgânica até lá. Por isso, há pouco alimento disponível. O leito também é praticamente desabitado. "Trata-se da região menos biologicamente ativacomo aposta pixbettodos os oceanos do mundo", afirma D'Hondt.

Mas algumas criaturas peculiares conseguem sobrevivercomo aposta pixbetpontos da região.

O Ponto Nemo fica próximo ao extremo sulcomo aposta pixbetuma linha submarinacomo aposta pixbetatividade vulcânica que marca a fronteira entre as placas tectônicas do Pacífico ecomo aposta pixbetNazca. Uma boa quantidadecomo aposta pixbetmagma se instala nas fissuras e cria sistemascomo aposta pixbetventilação hidrotermal que expelem água quente e minerais.

Trata-secomo aposta pixbetum ambientecomo aposta pixbetcondições extremas, mas propício à proliferaçãocomo aposta pixbetbactérias. Estas, porcomo aposta pixbetvez, sustentam criaturas maiores como o caranguejo-yeti (Kiwa hirsuta), observado pela primeira vezcomo aposta pixbet2005.

'Lixão' da humanidade

Infelizmente, o que mais parece estar se acumulando por ali é lixo. Estudo publicadocomo aposta pixbet2013 confirmou a presençacomo aposta pixbetuma faixacomo aposta pixbetlixo dentro do Giro do Pacífico Sul. O maior acúmulo ocorre no centro, a 2,5 mil km do Ponto Nemo.

Os resíduos são essencialmentecomo aposta pixbetplásticos carregados das áreas costeiras ecomo aposta pixbetnavios. A corrente rotatória acaba aprisionando o lixo e fragmentando tudocomo aposta pixbetpequenos pedaços.

Especialistas há muito discutem o desafio geográficocomo aposta pixbetencontrar o "meio" do oceano. Mas com novas tecnologias, eles conseguiram solucionar o problema. O polo oceânicocomo aposta pixbetinacessibilidade foi descoberto oficialmentecomo aposta pixbet1992 pelo engenheirocomo aposta pixbetcampo Hrvoje Lukatela, com o usocomo aposta pixbetum software especializado, que levacomo aposta pixbetconta o formato elíptico do planeta para ter precisão máxima.

É pouco provável que o ponto mudecomo aposta pixbetlugar no futuro próximo.

"A localização equidistantecomo aposta pixbettrês pontos é algo bastante singular, e não há outros pontos na superfície da Terra que possam,como aposta pixbetprincípio, substituir o Ponto Nemo", explica Lukatela. É possível que novas ferramentascomo aposta pixbetmedição - ou até a erosão costeira - acabe modificando ligeiramente a exata posição do local, "por uma questãocomo aposta pixbetmetros".

como aposta pixbet Leia a versão original desta reportagem como aposta pixbet (em inglês) no site da BBC Earth como aposta pixbet .