Por que resolvemos enfrentar a montanha que matou nossa mãe:bwin holandia
bwin holandia Chegar ao cume do K2 é um desafio que poucas pessoas conseguiram vencer. A segunda montanha mais alta do mundo, atrás apenas do Monte Everest, é considerada a mais perigosa por suas condições extremamente adversas.
A primeira mulher britânica a alcançar o feito,bwin holandia1986, acabou morrendo na descidabwin holandiavolta.
Agora, 30 anos depois, os filhos dela decidiram ir ao Himalaia para homenagear a mãe e visitar o local onde está o memorial da alpinista britânica. Mesmo sem nunca antes ter enfrentado um desafio deste tipo.
"Tudo aqui é fora da minha zonabwin holandiaconforto. Sou uma donabwin holandiacasabwin holandia50 anos, não uma aventureira, ou uma montanhista", diz a filhabwin holandiaJulie Tullis, Lindsay, enquanto tenta controlar a emoção e o medobwin holandiaenfrentar a montanhabwin holandia8.611 metrosbwin holandiaaltitude.
"Mas eu disse que viria aqui para dar adeus. E fiz isso. Agora não vejo a horabwin holandiadescer outra vez."
Julie Tullis morava na regiãobwin holandiaTunbridge Wells, no sudeste da Inglaterra, onde tinha uma lojabwin holandiaartigos para alpinismo. "Grande parte da nossa infância foi acompanhando nossos pais nas aulasbwin holandiamontanhismo que eles davam", relembra Chris, filhobwin holandiaJulie.
"Mas foi na nossa adolescência, quando eu tinha por voltabwin holandia16 anos, que minha mãe partiu parabwin holandiaprimeira grande expedição, escalar uma montanha no Peru. Foi nessa época que ela conheceu Kurt Diemberger", diz.
bwin holandia O desafio do K2
O experiente alpinista austríaco acabou se tornando parceirobwin holandiaexpediçõesbwin holandiaJulie. Ao lado dele, a britânica participoubwin holandiaoutras viagens, incluindo as tentativasbwin holandiaescalar o K2 na décadabwin holandia1980.
"Quandobwin holandiamãe está distante, fazendo algo perigoso, você sempre pensa, lá no fundo, que existe uma chance dela não voltar. Mas era algo que ela sempre quis fazer e eu não poderia ser egoísta e dizer 'não faça isso'", recorda o filho da montanhista ao falar da épocabwin holandiaque via a mãe partindo para os desafios ao redor mundo.
Ela tinha como hábito gravar um diáriobwin holandiaáudio, que era enviado para o marido detalhando o que aconteciabwin holandiasuas viagens. Em uma dessas fitas, a alpinista descreve a chegada ao K2, que por si só já é uma missão complicada pelo difícil acesso à região.
"São seis horas da manhã. Estamos começando a subida. Está nevando forte e há muita neblina", contou na gravação. Tullis seguiu dizendo que "é um cenário muito louco. Dá uma sensação estranhabwin holandiaestar perto da montanha e começar a subida. Não chega a ser um mau presságio. É mais um climabwin holandiamistério mesmo".
Depoisbwin holandiaduas tentativas frustradasbwin holandiaalcançar o cume do K2, Julie conseguiu seu objetivobwin holandia1986, na terceira expedição que fez à montanha. Mas suas gravações revelam que o caminho foi marcado por vários contratempos, incluindo uma queda que por pouco não encerrou prematuramente a aventura.
"Escorregamos e rolamos por bastante tempo. Em um momento, a avalanche acabou nos cobrindo completamente. Acabei batendo o braço com muita força. Era neve por todos os lados. Não sei exatamente por quanto tempo caímos, mas foi muito. Ebwin holandiarepente eu estava estirada, com neve dentro da minha roupa, dentro da minha boca e nas orelhas. Ouvi a voz do Kurt perguntando, 'Julie você está bem?' Olhei pra cima e ele estava a uns sete metrosbwin holandiamim. Sabia que por um milagre havíamos conseguido escapar."
O imprevisto mais grave, no entanto, ocorreu na descida. Depoisbwin holandiaalcançar o ponto mais alto da escalada, o grupobwin holandiaque a alpinista estava acabou preso por uma semanabwin holandiaum acampamento ainda no topo do K2 por causa do mau tempo. Os alpinistas estavambwin holandiauma área conhecida como 'zona da morte', a oito mil metrosbwin holandiaaltitude, com condições extremas e ar rarefeito.
Julie Tullis não sobreviveu. Ela morreu dentro da barraca onde estava acampada. Dos outros cinco integrantes do grupo que tentaram seguir a descida, apenas dois completaram o percurso com vida.
bwin holandia Visita ao memorial
Acompanhado da irmã, o filho da alpinista decidiu ir até a montanha no Himalaia para visitar o memorial montadobwin holandiahomenagem abwin holandiamãe. "Eu só queria ir lá e dar uma olhada. Ver o que a atraía tanto nessa montanha", revela.
O memorial - que na verdade é uma espéciebwin holandiatampabwin holandiapanela com o nome da montanhista gravado, assim como é feito com outras pessoas que morreram no K2 - fica a aproximadamente 25 metros acima da geleira.
"O lugar ébwin holandiauma ladeira cheiabwin holandiapedras e muito íngrime. Então, minha irmã ficou muito assustada, não se sentiu bem por estar ali, naquele lugar que não é nada agradável", afirma Chris. "Mas é um local muito emotivo, onde estão homenagens para centenasbwin holandiapessoas que morreram na montanha."
A jornada, gravadabwin holandiadocumentário com outros filhosbwin holandiaalpinistas que morreram no K2, se mostrou mais árdua para a filhabwin holandiaJulie. "A Lindsay não é alpinista e foi bastante difícil para ela. São quase 150kmbwin holandiacaminhada até a geleira. E também foi muito emotivo. Eu já tinha ido antes, mas para ela foi a primeira vez no lugar onde nossa mãe morreu", conta.
Chris ainda diz que, apesarbwin holandiater perdido a mãe no acidente, a família prefere ressaltar o feito dela, algo que entrou para a história da prática esportiva no Reino Unido. "Sempre nos focamos mais no fato dela ter conseguido fazer o que estava tentando, chegou ao topo dessa montanha depoisbwin holandiavários anos. E ainda se tornou a primeira mulher britânica a fazer isso. Ela morreu conquistando seu sonho", explica.