Os animais que conseguem ficar meses (ou anos) sem água:jogos com bonus gratis

Demônio espinhento, lagarto australiano

Crédito, Alamy

Legenda da foto, O demônio espinhento da Austrália tem sulcos para captar o orvalho

Caixa d'água

Alguns animais usam tanques internos. Tartarugas, por exemplo, armazenam águajogos com bonus gratissuas bexigas. Quando chove ou têm acesso a folhas verdes, os répteis aproveitam para encher o tanque e podem extrair a águajogos com bonus gratistempos mais secos, usando as paredes permeáveis da bexiga.

Por isso, cientistas alertam para que essas tartarugas sejam manuseadas com cuidado. "Se você pegar uma tartaruga e perturbá-la o suficiente, eventualmente terá uma poça no chão - basicamente derramará o cantil dela", explica Glenn Walsberg, da Universidade Estadual do Arizona, nos EUA.

Tartaruga do deserto

Crédito, Daniel Heuclin

Legenda da foto, Tartarugas armazenam água na bexiga

Já uma espécie australianajogos com bonus gratissapo, batizada justamentejogos com bonus gratisretentora, guarda água não só na bexiga, mas também nas guelras e mesmojogos com bonus gratistecidos internos. Este anfíbio chega a duplicar seu peso, mas compensa com o fatojogos com bonus gratisque pode passar até cinco anos sem beber.

A ironia é que sapos que retêm água podem acabar servindo como um cantil para predadores - cobras, pássaros, crocodilos e cães selvagens, por exemplo. Ou mesmo seres humanos - na Austrália, por exemplo, a tribo aborígene Tiwi matajogos com bonus gratissede no períodojogos com bonus gratisseca capturando os sapos e os espremendo sobre a boca.

Coberturajogos com bonus gratisgosma

Outras criaturas criaram outras maneirasjogos com bonus gratisevitar a desidratação. Nos desertos da América do Norte, por exemplo, os sapos pé-de-pá usam as patas para cavar tocasjogos com bonus gratisque se escondem por pelo menos nove meses do ano.

Lá, envolvem-sejogos com bonus gratisuma membranajogos com bonus gratismuco para conservar água. "Eles só saem quando começa a choverjogos com bonus gratisnovo", explica Walsberg.

Rãs arbóreas nas Américas do Sul e Central reduzem a perda hídrica através da secreçãojogos com bonus gratisum material ceroso impermeável emjogos com bonus gratispele.

Como partejogos com bonus gratisum experimento, Walsberg uma vez guardou um sapojogos com bonus gratisuma caixajogos com bonus gratissapatos por meses a fio. "Quando abri a caixa, encontrei algo que parecia um sapo mumificado. Adicionei água, e o sapo se reidratou, largoujogos com bonus gratispele e estava totalmente bem."

O peixe pulmonado australiano, que se assemelha a uma enguia, vivejogos com bonus gratiságuas rasasjogos com bonus gratismangues e brejos. Quando a água seca, ele simplesmente vai para terra firma e passa a respirar pelo parjogos com bonus gratisvez da água.

A espécie tem uma bexiga que se transformajogos com bonus gratisum pulmão e secreta uma camada gosmenta para minimizar a perdajogos com bonus gratislíquido. Essa membrana permite que o peixe possa passar mesesjogos com bonus gratisterra, dormindojogos com bonus gratisum estadojogos com bonus gratisanimação suspensa por até cinco anos, sem precisarjogos com bonus gratiscomida ou água. Só acorda quando as águas voltam.

Rato-de-bolso mexicano

Crédito, Rob Tilley

Legenda da foto, Ratos-de-bolso extraem águajogos com bonus gratissementes

Só comida

Para alguns animais do deserto, a comida é frequentemente uma das melhores fontesjogos com bonus gratiságua, e que pode ser armazenada mais facilmente que líquido.

Ratos norte-americanos, como o rato-de-bolso mexicano, coletam sementesjogos com bonus gratistempos úmidos e vivem delas pelo resto do ano. "Eles sobrevivem com esse estoque até que mais comida esteja disponível", explica Mary Price, da Universidade da Califórnia.

Esses roedores passam os dias quentes escondidosjogos com bonus gratissuas tocas, comendo as sementes, saindo da toca apenas à noite. As sementes são ricasjogos com bonus gratiscarboidratos e delas os ratos produzem "água metabólica", o que torna desnecessário beber água.

Se você deixar um rato-de-bolso e um punhadojogos com bonus gratissementesjogos com bonus gratisum pote durante um ano, quando você voltar encontrará metade fezes, metade semente e um rato vivendo normalmente", completa Walsburg.

Se ratos se valemjogos com bonus gratiscarboidratos para produzir água, mamíferos maiores têm a gordura como fonte. Camelos são um bom exemplo.

Para cada gramajogos com bonus gratisgordura que metaboliza, consegue pouco maisjogos com bonus gratis1 mljogos com bonus gratiságua. Sendo assim,jogos com bonus gratisvezjogos com bonus gratisarmazenar águajogos com bonus gratissuas corcovas, eles usam gordura - até 36kg dela.

Rã arbórea

Crédito, Michael D. Kern

Legenda da foto, Algumas espéciesjogos com bonus gratisrãs acabam virando alvo justamente por armazenarem líquido

Se a gordura é uma boa fontejogos com bonus gratiságua, é tentador estranhar não vermos animais obesos se arrastando pelo deserto.

No entanto, animais com gordura mais distribuída sofreriam para se manterem refrescados, porque a gordura é um isolante térmico. Por isso, por exemplo, é que o camelo concentra seu depósito nas corcovas.

Tapando vazamentos

A maioria dos animais do deserto é "avarento" no que diz respeito ao consumojogos com bonus gratiságua.

Os ratos-cangurus, por exemplo, têm rins capazesjogos com bonus gratisextrair água da urina antesjogos com bonus gratisse livrarem dela. Suas fezes são compostasjogos com bonus gratismenosjogos com bonus gratis50%jogos com bonus gratiságua, muito mais seco que o normal.

Suar e ofegar pode ajudar animais a se refrescarem, mas também resultamjogos com bonus gratisperdasjogos com bonus gratiságua. Para driblar isso, camelos não ofegam e têm menos glândulas sudoríferas, mas ainda assim conseguem variarjogos com bonus gratistemperaturajogos com bonus gratisaté seis grausjogos com bonus gratisum dia.

"Nós humanos gastamos muita energia para manter nossa temperatura corporal pertojogos com bonus gratis38°C. Os camelos têm menos limitesjogos com bonus gratisregulagemjogos com bonus gratissua temperatura, o que é um grande método para diminuir a dependênciajogos com bonus gratiságua", explica Walsberg.

Camelos e ratos-cangurus, assim como avestruzes, contam ainda com um sistema respiratório que os ajuda a respirar menos ar.

O ar nos pulmõesjogos com bonus gratisum rato-canguru, por exemplo, é quente e saturado com água, mas a pontajogos com bonus gratisseu nariz é fria. No meio do caminho, há uma passagemjogos com bonus gratisar que é como um labirinto e, à medida que o ar sai dos pulmões para atmosfera, o vapor d'água se condensa na membrana do nariz do rato e se torna água,jogos com bonus gratisvezjogos com bonus gratisexpirada.

Cáfila no deserto

Crédito, RooM the Agency / Alamy Stock Photo

Legenda da foto, Camelos e dromedários processam água da gordura armazenada nas corcovas

Em suas tocas, o vapor d'água que escapa acaba preso nas paredes da toca e respirado novamente.

Pegue-me se puder

Se alguns animais conservam água, outros buscam apanhar cada gotinha que puderem.

Um exemplo é o demônio espinhento, uma espéciejogos com bonus gratislagarto australiano que consegue beber comjogos com bonus gratispele. Os espinhos que cobrem seu corpo estão repletosjogos com bonus gratissulcos que atraem umidade, incluindo orvalho. Um sistemajogos com bonus gratiscanais leva a água até a boca do animal, que suga as gotas.

A perdiz-de-areia, espéciejogos com bonus gratispássaro dos EUA, armazena pequenas quantidadesjogos com bonus gratiságuajogos com bonus gratissuas penas. Algo essencial, já que elas volta e meia fazem seus ninhos a até 50kmjogos com bonus gratisfontesjogos com bonus gratiságua. Quando uma perdiz macho vê um lago ou uma poça, ela se senta nela, para que as penas do abdômen sirvam como uma espéciejogos com bonus gratisesponja. "Daí, voltam para o ninho e os filhotes extraem a água das penas", explica Price.

Em desertos próximos ao mar, como o da Namíbia, na África, a névoa matinal pode ser um alívio.

Uma espéciejogos com bonus gratisbesouro, o toktokkie, deixa ela se condensar contra seu corpo e se transformejogos com bonus gratisgotículas que matamjogos com bonus gratissede.

E se ficar mais seco?

A incrível capacidade das criaturas do desertojogos com bonus gratisse adaptar a condições áridas não significa que esses animais poderão sobreviver a mudanças climáticas que tornem seus habitats mais secos. A chuva, por exemplo, estimula a produçãojogos com bonus gratisplantas, fontejogos com bonus gratisalimentação para os ratos, por exemplo.

"Mas se os intervalosjogos com bonus gratisproduçãojogos com bonus gratisalimento rarearem, os roedores não terão vida fácil", explica Price.

Zebras bebendo água

Crédito, Alamy

Legenda da foto, A água nem sempre está à disposiçãojogos com bonus gratisregiões mais áridas

Walsberg diz já ter testemunhado mudanças nas populaçõesjogos com bonus gratiscertas espécies, como rãs. Para ele, é difícil prever como as secas vão afetar os animais já adaptados à escassezjogos com bonus gratiságua.

Ele trabalha todos os anos no Deserto Sonoran, o mais quente da América do Norte. É casa para 60 espéciesjogos com bonus gratismamíferos, 350jogos com bonus gratisaves, 20jogos com bonus gratisanfíbios e 100jogos com bonus gratisrépteis. Em julho, o local por vezes passa por ondasjogos com bonus gratiscalor que elevam a temperatura para até 49°C.

"Quando faço trabalhojogos com bonus gratiscampo nessa época do ano, o deserto fica distintivamente mais quieto. Fico me perguntando se os animais estão mudandojogos com bonus gratiscomportamento ou simplesmente mortos."