Como o bullying no trabalho pode afetar aimagem de roletasaúde:imagem de roleta
Perigo para o coração
Um artigoimagem de roleta2018, escrito por um grupo liderado por Tianwei Xu, da Universidadeimagem de roletaCopenhague, analisou dadosimagem de roletaquase 80 mil trabalhadores na Suécia e na Dinamarca.
Os pesquisadores acessaram relatórios para averiguar se os participantes sofreram bullying no trabalho e,imagem de roletaseguida, procuraram registrosimagem de roletasaúde para ver se haviam desenvolvido alguma doença cardiovascular nos quatro anos seguintes.
Um padrão claro emergiu dos dados daqueles milharesimagem de roletahomens e mulheres. Os 8% a 13% dos entrevistados que disseram que sofreram bullying tiveram 1,59 vezes mais chances do que os outros participantesimagem de roletadesenvolver uma doença cardíaca ou ter um derrame.
A incidênciaimagem de roletaproblemas relacionados ao coração aumentouimagem de roleta59% nos que foram vítimasimagem de roletabullying,imagem de roletacomparação com os que não haviam sido intimidados.
Isso se manteve mesmo depois que os pesquisadores controlaram fatores que poderiam gerar confusão, como índiceimagem de roletamassa corporal e tabagismo. Eles também descobriram uma relação dose-resposta: quanto mais os participantes disseram que haviam sido intimidados, maior o riscoimagem de roletadesenvolver problemas cardíacos.
Ao traduzir suas descobertas para toda a população, Xu explica que, se houver um nexoimagem de roletacausalidade entre o assédio moral no trabalho e as doenças cardíacas, "a remoção do assédio moral no localimagem de roletatrabalho significaria que poderíamos evitar 5%imagem de roletatodos os casosimagem de roletadoenças cardiovasculares". Embora o estudo não prove isso, seria uma perspectiva impressionante.
O coração não é a única parte do corpo que pode ser afetada pelo assédio moral no localimagem de roletatrabalho. Em um estudo semelhante com participantes da Suécia, Dinamarca e Finlândia, os pesquisadores descobriram que um histórico recenteimagem de roletaintimidação no trabalho estava associado a um risco 1,46 vezes maiorimagem de roletadesenvolver diabetes tipo 2 na década seguinte.
É verdade que esses estudos observacionais não podem provar totalmente que o assédio moral no localimagem de roletatrabalho causa problemas cardíacos e diabetes. É possível, por exemplo, que vulnerabilidades preexistentes aumentem o riscoimagem de roletauma pessoa sofrer bullying e o riscoimagem de roletadesenvolver problemasimagem de roletasaúde mais tarde.
No entanto, Xu e seus colegas acreditam que existem mecanismos plausíveis que poderiam explicar como o bullying leva diretamente a doenças físicas. Isso inclui níveis altosimagem de roletahormônios do estresse e a reaçãoimagem de roletavítimasimagem de roletabullying, que podem adotar comportamentos prejudiciais, como comerimagem de roletaexcesso ou beber muito álcool.
Os pesquisadores planejam explorar essas possibilidadesimagem de roletatrabalhos futuros.
Por enquanto, porém, Xu diz que "os empregadores devem estar cientes das consequências adversas para seus funcionários ao sofrerem bullying no localimagem de roletatrabalho".
Ela aconselha as vítimasimagem de roletabullying a "procurar ajuda o mais rápido possível".
Consequências para testemunhas
Não é apenas para o bem da vítima que os empregadores criam programas e sistemas para impedir o assédio moral no localimagem de roletatrabalho. Os funcionários que testemunham bullying com outros colegas também podem sofrer efeitos adversos na saúde.
Pesquisadores do Institutoimagem de roletaPsicologia do Trabalho da Universidadeimagem de roletaSheffield descobriram que, mesmo sem sofrer bullying direto, a equipe que observou o comportamento sofreu um declínio no seu bem-estar relacionado ao trabalho, se sentindo mais deprimida.
Pesquisas anteriores da Singapore Management University também concluíram que a estarimagem de roletacontato, mesmo que indireto, com o assédio moral afeta a saúde mental, o que, porimagem de roletavez, afetaimagem de roletasaúde física.
Outra pesquisa da Universidadeimagem de roletaSheffield também mostra que testemunhar o bullying pode prejudicar funcionários que não têm apoio social ou que têm tendência ao pessimismo.
O professor Jeremy Dawson, coautor do estudo, aconselha que, se você observou o assédio moral no localimagem de roletatrabalho, deve falar a respeito.
"Isso pode ser com a vítima (por exemplo, perguntando como ela está) ou com outras pessoas (e as conversas podem ser sobre a formaçãoimagem de roletaum plano para abordar o problema ou apenas uma trocaimagem de roletaexperiências)", ele escreve.
Ele também incentiva os funcionários a denunciar o bullyingimagem de roletatodas as maneiras possíveis — por meioimagem de roletacanais oficiais, chefes ou outros colegasimagem de roletaconfiança.
Dados os efeitos aparentemente amplos e prejudiciais do assédio moral no localimagem de roletatrabalho — tanto para vítimas quanto para testemunhas —, é mais importante do que nunca criar uma cultura colaborativa na qual o assédio moral seja eliminado antesimagem de roletase enraizar.
Soma Ghosh, que desde então estabeleceu seu próprio negócio como consultoraimagem de roletacarreira para mulheres, diz que os empregadores deveriam fazer mais para proteger seus funcionários do assédio moral no localimagem de roletatrabalho e que, se soubesse dessas descobertas, teria largado o emprego ainda mais cedo.
Ela incentiva qualquer pessoa que acredite estar passando por problemasimagem de roletasaúde mental ou física como resultado do bullying a falar com alguém, como um clínico geral ou um psicólogo.
"Não é algo que vai desaparecer", alerta ela.
Este artigo não foi escrito por um funcionário da BBC. Seu autor é o dr. Christian Jarrett, editor sênior da revista Aeon. Seu próximo livro, sobre mudançaimagem de roletapersonalidade, será publicadoimagem de roleta2021. Veja a versão original aqui, no site da BBC Worklife.
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