Fiocruz anuncia descobertaproxima copa do mundo 2026possível transmissão do zika por saliva:proxima copa do mundo 2026

Vírusproxima copa do mundo 2026modo ativo foi identificadoproxima copa do mundo 2026amostras por instituto brasileiro

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Legenda da foto, Vírusproxima copa do mundo 2026modo ativo foi identificadoproxima copa do mundo 2026amostras por instituto brasileiro

proxima copa do mundo 2026 A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou nesta sexta-feira, por meioproxima copa do mundo 2026um comunicado, ter constatado a presença do zika vírusproxima copa do mundo 2026estado ativoproxima copa do mundo 2026amostrasproxima copa do mundo 2026saliva eproxima copa do mundo 2026urina.

O resultadoproxima copa do mundo 2026um estudoproxima copa do mundo 2026pesquisadores da instituição levanta a possibilidadeproxima copa do mundo 2026transmissão do zika também ocorrer por meioproxima copa do mundo 2026beijos e outras vias alternativas à picada do mosquito Aedes aegypti,proxima copa do mundo 2026especial porque o vírus foi encontrado nessas amostrasproxima copa do mundo 2026modo ativo – ou seja, com potencialproxima copa do mundo 2026provocar infecção.

Segundo a Fiocruz, é a primeira vez que o zika é identificadoproxima copa do mundo 2026amostras deste tipo com potencialproxima copa do mundo 2026infecção.

Na nota oficial, a Fiocruz ressaltou a necessidadeproxima copa do mundo 2026mais pesquisas para investigar a possibilidadeproxima copa do mundo 2026infecção. Horas mais tarde,proxima copa do mundo 2026uma entrevista coletiva, o presidente da fundação, Paulo Gadelha, recomendou que, enquanto não haja comprovação, mulheres grávidas reforcem os cuidados, evitando o compartilhamentoproxima copa do mundo 2026talheres e copos, por exemplo.

A instituição não fez nenhuma recomendação para que as pessoas evitem a trocaproxima copa do mundo 2026fluidos.

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Liderados pela pesquisadora Myrna Bonaldo, os estudos analisaram amostras referentes a dois pacientes. Os cientistas colocaram o materialproxima copa do mundo 2026contato com outras células e observaram um efeitoproxima copa do mundo 2026“destruição ou danificação das células”, o que comprovaria a atividade viral.

A Fiocruz, porém, enfatiza que é preciso aguardar os próximos passos da pesquisa.

"O fatoproxima copa do mundo 2026haver um vírus ativo com capacidadeproxima copa do mundo 2026infecção na urina e na saliva não é uma comprovação ainda. E nem significa que necessariamente o será ou que há possibilidadeproxima copa do mundo 2026infecçãoproxima copa do mundo 2026outras pessoasproxima copa do mundo 2026maneira sistêmica através desses fluidos", disse o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

O professor Jonathan Ball, virologista da Universidadeproxima copa do mundo 2026Nottingham, vai na mesma linha. "O fatoproxima copa do mundo 2026detectarmos o vírusproxima copa do mundo 2026um fluido corporal não significa que ele vai se tornar uma fonte importanteproxima copa do mundo 2026transmissão do vírus a humanos", disse à BBC.

"No auge da replicação do vírus no sangue, ele comumente é detectadoproxima copa do mundo 2026outros fluidos corporais, mas os níveisproxima copa do mundo 2026vírus costumam ser muito mais baixos e não há meios óbvios ou eficientesproxima copa do mundo 2026ele passar desse fluido para o sangueproxima copa do mundo 2026outra pessoa. É por isso que o zika vírus ‘sequestra’ o mosquito (Aedes aegypti, seu vetor), e não vejo qualquer evidênciaproxima copa do mundo 2026que vá mudarproxima copa do mundo 2026algum momento."

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Grávidas devem aumentar cuidados, afirma a Fiocruz

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Entre os cuidados recomendados pela Fiocruz a gestantes também está evitar grandes aglomerações. Gadelha frisou ainda a importânciaproxima copa do mundo 2026que a prevenção também envolva pessoas que convivam com elas e tenham sintomasproxima copa do mundo 2026zika.

O presidente da Fiocruz, porém, afirma que as recomendações são para mulheres grávidas e não devem influir na maneiraproxima copa do mundo 2026o restante da população celebrar o Carnaval.

"A evidênciaproxima copa do mundo 2026hoje não quer dizer que as pessoas não possam brincar no Carnaval", disse Gadelha. "A precaução maior deve ser tomada naqueles casos onde há uma maior gravidade ou potencialproxima copa do mundo 2026danos, que são as gestantes."

Ao fim da coletiva, buscou evitar alarmismo. "Beijar, se você tem uma relação que não seja com parceiro fixo, pode aumentar o risco. Agora, não temos isso como uma visão geralproxima copa do mundo 2026saúde pública, pelo amorproxima copa do mundo 2026Deus. Pode beijar!"

Vírus pode não resistir a suco gástrico

Virologista da UFRJ, Davis Ferreira afirma que a presençaproxima copa do mundo 2026diversos tiposproxima copa do mundo 2026vírusproxima copa do mundo 2026saliva e urina não é rara durante infecções, e já era conhecida entre doentes com o zika vírus. A importância da pesquisa da Fiocruz estáproxima copa do mundo 2026comprovar a presença do vírusproxima copa do mundo 2026estágio infeccioso, o que era um pontoproxima copa do mundo 2026dúvida, explica.

"Mas isso não quer dizer que a urina e a saliva sejam um veículoproxima copa do mundo 2026transmissão do vírus", afirma o pesquisador do institutoproxima copa do mundo 2026microbiologia da UFRJ.

"A urina costuma ser um veículoproxima copa do mundo 2026difícil transmissão (de vírus). A saliva é mais importante, mas mesmo que contenha o vírus infeccioso, não sabemos se o zika vírus está adaptado para infectar pela via do suco gástrico, como os vírus entéricos fazem", afirma.

"Pelo que entendemosproxima copa do mundo 2026virologia, esse não seria um vírus que infectaria com facilidade pela via oral. Mas temos tido muitas surpresas com o zika vírus, como por exemplo a transmissão sexual, que já foi estabelecida. É algo que não tínhamos vistoproxima copa do mundo 2026nenhum outro arbovírus (transmitidos por mosquitos)."

No que diz respeito ao carnaval, porém, ele afirma que isso não deve virar uma nova preocupação para foliões, à exceçãoproxima copa do mundo 2026grávidas, a quem considera justificado recomendar cuidados extremos.

"As preocupações para o carnaval são com o mosquito e com a presençaproxima copa do mundo 2026turistas que podem levar o vírus para outras regiões do mundo. Quanto à saliva, a gente pode esperar para o próximo carnaval, a gente já deve ter algumas respostas."

Indícios no Texas

Na semana passada, autoridades nos Estados Unidos anunciaram um potencial casoproxima copa do mundo 2026transmissão sexual ou por saliva no Estado do Texas. Para a coordenadora do comitêproxima copa do mundo 2026virologia da Sociedade Brasileiraproxima copa do mundo 2026Infectologia (SBI), Nancy Bellei, a prevenção máxima seria necessária.

“Não podemos aguardar um corpo robustoproxima copa do mundo 2026dados para prevenir as pessoas", disse Bellei.

Em entrevista à BBC, a vice-diretora do CDC (Centroproxima copa do mundo 2026Controle e Prevençãoproxima copa do mundo 2026Doenças americano), Anne Schuchat, disse que “o laboratório do CDC confirmou o primeiro casoproxima copa do mundo 2026zika vírusproxima copa do mundo 2026um não viajante. Nós não acreditamos que o contágio tenha ocorrido por meioproxima copa do mundo 2026picadasproxima copa do mundo 2026mosquito, mas sim por contato sexual”.

Questionada sobre a confirmação, Schuchat explicou que até o momento não há outras formas plausíveis que possam dar conta da transmissão neste caso, já que uma pessoa esteve na Venezuela, voltou aos EUA, apresentou sintomasproxima copa do mundo 2026zika, e teve contato sexual com o parceiro.

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Essa pessoa foi testada positiva para zika, assim como o parceiro, que não esteveproxima copa do mundo 2026regiões onde a epidemia está ativa. Além disso, não há infestação do Aedes aegypti (mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya) na regiãoproxima copa do mundo 2026Dallas.

“As evidências que nós temos neste momento apontam para isso”, reforçou Schuchat ao ser questionada sobre o contágio sexual.

No Texas, foram encontrados indíciosproxima copa do mundo 2026transmissão sexual do zika vírus

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A vice-diretora do CDC mencionou o caso citado na literatura, que teria documentadoproxima copa do mundo 20262011 um cientista americano vindo do Senegal, que passava por um surtoproxima copa do mundo 2026zika, e que teria transmitido a doença para a mulher, nos EUA, que não havia estadoproxima copa do mundo 2026regiões infectadas e não vivia numa cidade com presença do Aedes aegypti.

“Havia este caso citado na literatura anterior, sobre a possibilidadeproxima copa do mundo 2026transmissão sexual, e portantoproxima copa do mundo 2026certa forma isto não foi surpresa. Nós vamos atualizar nossas orientações logo sobre as consequências deste evento”, diz.

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‘Prevenção máxima’

Bellei insisteproxima copa do mundo 2026maiores cuidados:

“Quando você não tem muita clareza e informação sobre uma epidemia como essa, se reduz a tolerância e se eleva o estágioproxima copa do mundo 2026alerta e prevenção. Uma vez que já se sabe mais e se tem mais domínio sobre o comportamento do vírus, abaixa-se a guarda. Não o contrário”, avalia.

Embora ainda não haja comprovação científica, acredita-se que no Brasil o zika vírus esteja relacionado aos casosproxima copa do mundo 2026microcefalia e/ou outras más-formações no sistema nervoso central. Segundo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde na terça-feira, já são 404 casos confirmados.

Outros 709 casos suspeitos foram descartados e 3.670 continuam sendo investigados.

Sêmen, saliva e prevenção

Bellei diz que, do pontoproxima copa do mundo 2026vista microbiológico, a confirmação total desse caso seria possível ao coletar uma amostraproxima copa do mundo 2026sêmen do viajante que esteve na Venezuela e inocular o vírus.

“Ao identificar o vírus no sêmen desta pessoa, inoculá-lo e demonstrar que ele está viável, ou seja, que se replica e pode ser transmitido, teríamos a total confirmação. Mas os elementos atuais descritos mostram que é muito difícil que o parceiro ou parceira tenha sido contaminadoproxima copa do mundo 2026outra forma, num local sem o mosquito e durante o inverno”, avalia.

Em entrevista à BBC, Robert Lanciotti, pesquisador do CDC que testou as duas amostras do casal do Texas, disse que era cedo para afirmar que houve transmissão sexual neste caso, mas levantou a hipótese do contágio pela saliva.

“Os dados que temos (do Texas) mostram que o vírus está na salivaproxima copa do mundo 2026concentração maior".

A infectologista da SBI, porém, lembrou que até o momento os cientistas não sabem quanto tempo o vírus fica presente no sêmen, na saliva ou na urina.

“Do pontoproxima copa do mundo 2026vista da transmissão, saber que o vírus pode ser transmitido pela saliva é muito mais preocupante".